Pera aí, vamos por partes.
Frajola,
VINICIUS O ASTROS NAO É UM MISSEL?
Não. Como o Brasileiro disse, o ASTROS II (Artillery Saturation Rocket System II), como o próprio nome diz, é um sistema lança-foguetes de saturação de área. Grosseiramente explicando a diferença entre foguetes e mísseis é que, enquanto os foguetes depois de lançados têm uma trajetória balística, sem qualquer tipo de guiagem, os mísseis possuem guiagem (calor, radar ativo/passivo, etc), podendo efetuar mudanças de trajetória até o alvo, atingindo-o com precisão.
Brasileiro,
O AV/MT 300, vulgo Matador, até que se prove o contrário, é mais uma falácia da Avibrás sim. Infelizmente. Sem ufanismo a verdade é que esse míssil dificilmente chegará a algum lugar.
não se sabe o estágio atual do programa, por ser sigiloso.
Sigiloso porque? Ora, na minha humilde concepção, a Avibrás tinha que fazer o contrário. Deveria anunciar mais seu produto de forma a atrair a atenção de potenciais compradores que estejam dispostos até a bancar o final do desenvolvimento. Basta você pegar revistas especializadas como a RFA, T&D ou S&D e você verá que, às vezes, são anunciados produtos que não tiveram seus projetos finalizados, ou que ainda não estão em operação. Exemplo mais clássico: Mirage 2000BR, nem existe e é anunciado como solução.
Mas sabe-se que a Avibrás está trabalhando para fabricar novos protótipos e chegar a um projeto sólido.
Sabe-se como se você mesmo disse que o projeto é sigiloso?
Quando vocês falam que ele é um foguete disfarçado, so pra fazer propaganda, não é verdade. O "Matador" antes de ser um míssil de verdade, é preciso fazer testes de todos os tipos, para se saber quais as medidas a tomar e os procedimentos no projeto, igual ao MAA-1, sabe-se lá se um dia ele também nunca foi um "foguete disfarçado".
Claro. Quando eu disse foguete disfarçado de míssil eu me refiro àquela imagem veiculada na internet do 1º lançamento no Campo de Provas de Marambaia do EB. Porém, nesse teste, que foi apenas para testar o funcionamento da abertura das asas, nada mais era que um foguete SS-80 adaptado. E, que eu saiba, nunca passou disso, embora o teste de abertura das asas tenha sido bem sucedido.
A qualquer momento a Avibrás poderá apresentar o Míssil, tal como o FOG-MP.
Só espere sentado que é pra não cansar.
Já o FOG-MP é um missil, ele inclusive foi testado, Fibra-ótica é uma tecnologia dominada pelo Brasil, a Avibrás deve estar trabalhando firme, porém com pouco dinheiro, mas talvez ele seja apresentado como um míssil de verdade logo-logo.
Cara, infelizmente estou inclinado a acreditar que isso não passa de "achismos" da sua parte. Onde, quando, em que condições o FOG foi testado? Gostaria de saber pois realmente desconheço esses dados. A Avibrás trabalhando duro? Ora, ela acabou de fechar duas fábricas e demitir centenas de empregados!
Seu projeto deve estar quase pronto, faltando apenas as encomentas. A concorrência do F/X se a Avibrás ganhasse, talvez acelerasse bastante o desenvolvimento desses mísseis.
Se estivesse pronto já teria tido encomendas. Agora, depender do F-X é outra estória. O "se" não ajuda muito. "Se" ganhar o F-X... "Se" tiver dinheiro o Brasil termina o SNA...
Amigo, eu gostaria muito mesmo que eu estivesse errado. Mas infelizmente creio que não estou.
Ricardo,
Quer dizer que num eventual conflito o Brasil não tem condições de combater a médias e longas distâncias?
Não é bem assim. Não é só de mísseis que se faz um conflito. Depende das distâncias e contra quem. O Brasil tem aviação de caça com capacidade de REVO (Reabastecimento em Vôo) já amplamente comprovada, tem uma Marinha de porte razoável, etc. Estamos em condições ruins? Estamos, mas não é o fato de termos mísseis de longo alcance ou não que garantiria alguma coisa.
E as demais Forças, têm mísseis?
Sim. Mísseis ar-ar tanto a FAB quanto a MB. Mísseis antiaéreos de defesa de ponto a FAB usa o IGLA e a os fuzileiros navais usam o MISTRAL. Já as Fragatas da Marinha possuem mísseis antiaéreos de relativamente médio alcance.
Spetsnaz,
Pow em um eventual conflito, dependendo do adversario, o Brasil na minha opinião está totalmente F*#@%$.... a gente só consegue manter mesmo uma guerra de guerrilha ...
Também não é assim. Depende do adversário. Contra qualquer país sul-americano a Brasil conseguiria vencer com relativa tranqüilidade. Agora, contra uma potência, o mais sensato é mesmo a guerra de guerrilha, vide Iraque.