VARIG recorre ao govêrno, buscando uma tábua de salvação
Enviado: Ter Abr 04, 2006 11:07 pm
Meus prezados:
Brasília - Pressionada pelo agravamento das dificuldades financeiras, a diretoria da Varig voltou a recorrer ao governo em busca de uma tábua de salvação. Segundo fontes, o presidente da companhia, Marcelo Bottini, encaminhou na segunda mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando uma audiência com urgência para relatar a situação da empresa. Na mensagem, segundo as fontes, Bottini alerta que a Varig corre o risco de paralisar suas operações "nas próximas horas."
Nesta terça, a Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, deu um ultimato à Varig: se a companhia aérea não retomar os pagamentos diários das tarifas de operação nos aeroportos até o final desta semana, a estatal ameaça passar a cobrar os valores à vista nos aeroportos, no início de cada vôo da empresa. Com isso, várias rotas podem deixar de ser operadas e os clientes desses vôos poderão saber disso somente momentos antes da decolagem. A Varig deve R$ 116 milhões à Infraero.
Na correspondência encaminha formalmente à Varig, a estatal afirma que "houve uma quebra de compromisso" por parte da companhia aérea, que acertou na última sexta-feira que retomaria o pagamento diário das tarifas aeroportuárias na segunda-feira passada, mas não o fez. A Varig deve recolher em média R$ 900 mil por dia ao governo para poder usar as instalações dos aeroportos para pousos e decolagens.
De acordo com fontes da Infraero, a inadimplência da Varig foi tratada nesta terça pela diretoria da estatal, que preferiu não fixar uma data-limite para início das cobranças à vista. No entanto, um tempo considerado "razoável" é até o final desta semana. "A estatal tentou evitar a todo custo essa medida (cobrança à vista), que é dura e pode agravar ainda mais a situação da Varig. Mas a Infraero também não pode se furtar aos seus deveres" comentou uma fonte do governo. A Infraero não descarta a possibilidade de apresentar à justiça uma nova ação de cobrança contra a Varig.
Dívida
A dívida da Varig com a Infraero se refere ao período de 1º de setembro de 2005 a 14 de março de 2006, quando vigorou uma liminar da Justiça Federal do Rio de Janeiro impedindo a cobrança diária das tarifas de operação. A decisão judicial, no entanto, foi derrubada no dia 23 de março pelo Tribunal Regional Federal do Rio. A companhia quer que a Infraero espere até a publicação do acórdão (decisão final) da derrubada da liminar no Diário de Justiça para retomar a cobrança diária. A estatal aceita esperar a publicação para renegociar o débito passado, mas quer o pagamento do fluxo diário imediatamente.
O governo também já começa a analisar um plano de contingência para o caso de suspensão de vôos da Varig. Normalmente, as linhas que deixam de operar são redistribuídas entre outras companhias. Hoje, dirigentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) receberam representantes da TAM e o presidente da Gol, Constantino Jr. A diretora Denise Aires de Abreu, da Anac, informou que foram "visitas de cortesia".
fonte: Estadão Online
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambock@brturbo.com.br
Brasília - Pressionada pelo agravamento das dificuldades financeiras, a diretoria da Varig voltou a recorrer ao governo em busca de uma tábua de salvação. Segundo fontes, o presidente da companhia, Marcelo Bottini, encaminhou na segunda mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando uma audiência com urgência para relatar a situação da empresa. Na mensagem, segundo as fontes, Bottini alerta que a Varig corre o risco de paralisar suas operações "nas próximas horas."
Nesta terça, a Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, deu um ultimato à Varig: se a companhia aérea não retomar os pagamentos diários das tarifas de operação nos aeroportos até o final desta semana, a estatal ameaça passar a cobrar os valores à vista nos aeroportos, no início de cada vôo da empresa. Com isso, várias rotas podem deixar de ser operadas e os clientes desses vôos poderão saber disso somente momentos antes da decolagem. A Varig deve R$ 116 milhões à Infraero.
Na correspondência encaminha formalmente à Varig, a estatal afirma que "houve uma quebra de compromisso" por parte da companhia aérea, que acertou na última sexta-feira que retomaria o pagamento diário das tarifas aeroportuárias na segunda-feira passada, mas não o fez. A Varig deve recolher em média R$ 900 mil por dia ao governo para poder usar as instalações dos aeroportos para pousos e decolagens.
De acordo com fontes da Infraero, a inadimplência da Varig foi tratada nesta terça pela diretoria da estatal, que preferiu não fixar uma data-limite para início das cobranças à vista. No entanto, um tempo considerado "razoável" é até o final desta semana. "A estatal tentou evitar a todo custo essa medida (cobrança à vista), que é dura e pode agravar ainda mais a situação da Varig. Mas a Infraero também não pode se furtar aos seus deveres" comentou uma fonte do governo. A Infraero não descarta a possibilidade de apresentar à justiça uma nova ação de cobrança contra a Varig.
Dívida
A dívida da Varig com a Infraero se refere ao período de 1º de setembro de 2005 a 14 de março de 2006, quando vigorou uma liminar da Justiça Federal do Rio de Janeiro impedindo a cobrança diária das tarifas de operação. A decisão judicial, no entanto, foi derrubada no dia 23 de março pelo Tribunal Regional Federal do Rio. A companhia quer que a Infraero espere até a publicação do acórdão (decisão final) da derrubada da liminar no Diário de Justiça para retomar a cobrança diária. A estatal aceita esperar a publicação para renegociar o débito passado, mas quer o pagamento do fluxo diário imediatamente.
O governo também já começa a analisar um plano de contingência para o caso de suspensão de vôos da Varig. Normalmente, as linhas que deixam de operar são redistribuídas entre outras companhias. Hoje, dirigentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) receberam representantes da TAM e o presidente da Gol, Constantino Jr. A diretora Denise Aires de Abreu, da Anac, informou que foram "visitas de cortesia".
fonte: Estadão Online
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambock@brturbo.com.br