Veículos blindados sobre rodas no EB - Uma nova proposta

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Paulo Bastos
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Veículos blindados sobre rodas no EB - Uma nova proposta

#1 Mensagem por Paulo Bastos » Qui Out 30, 2003 2:43 pm

Saudações amigos.

Todos aqui já sabem que a algum tempo o EB vem fazendo estudos e testes em vários veículos blindados sobre rodas, para uma suposta concorreência que visaria a substituição dos atuais EE-9 e EE-11.
Muita coisa já foi dita e especulada, áté preferências já foram feitas, só que ainda não foi dito é que existe uma corrente muito forte no EB que é contraria a aquisição de veículos desse tipo de procedência estrangeira (eu tambem partilho desta opinião).
Esta corrente, aparentemente, se dividiu em duas linhas de pensamento, sendo que a primeira que defende a modernização total e a volta da fabricação dos EE-9 e EE-11, chamados de Geração II (Veja PROJETO FÊNIX 2003 - UM NOVO FUTURO PARA BLINDADOS SOBRE RODAS NO EXÉRCITO BRASILEIRO), e a segunda que propõem algo ainda mais radial: Ao invés de um veículo blindado para a função de reconhecedor (Hummer, Guara, Iguana, etc..), seria adotado um veículo rápido, leve e não blindado (Como o Saicã) e para substituir o Cascavel e os M-41C, reativar o desenvolvimento do EE-18, este sim um carro de combate moderno.
Para saber mais sobre o EE-18 Sucuri II, suas caracteristicas e suas possibilidades, alem de conhecer um pouco do que pensam a segunda linha de pensamento que citei acima (e que me incluo), sugiro que dêem uma olhada neste artigo:

CAÇA-TANQUE EE-18 SUCURI II - O MAIS SOFISTICADO E DESCONHECIDO DA ENGESA

Aguardo comentários. 8-)

Um forte abraço,
Paulo Bastos




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#2 Mensagem por miliko » Qui Out 30, 2003 7:47 pm

Companheiro Parabelum
Nao consegui abrir o arquivo, nem pelo link nem no site, mas vou repassar algumas opinioes minhas e outras informaçoes colhidas em trabalho de pesquisa que realizei
A epoca em que fiz a pesquisa, haviam outras linhas de açao paralelas as duas que foram citadas.
Uma seria de fato a produção total e nacional da chamada nova geração
Outra seria a aquisição de veiculos estrangeiros
outra seria a aquisição de veiculos com a transferencia de tecnologia para a sua produçao no Brasil
e a ultima (nao necessariamente em ordem de prioridades) seria um meio termo, a aquisição de alguns componentes de Bld, seus direitos ou nao de fabricaçao, desenvolver projetos nacionais com os componentes que temos tecnologia e possibilidade de produzir e montar esses projetos e produzi-los no Brasil
Nao entendi muito bem a 2 linha de ação que vc colocou, fiquei com algumas duvidas, pediria que se possivel a detalhasse um pouco mais.
Por exemplo, a substituição dos m41 como vtr de reconhecimento, ja que os m41 nao reconhecem. Dentro das funçoes taticas dos m41, eles encontram-se enquadrados nos RCB integrantes das Bda Cav Mec, e a funçao dessas OM e basicamente ser a força ofensiva , o "braço blindado" dessas GU , e seriam primordialmente utilizados (ou melhor , sao) em açoes ofensivas que extrapolem a capacidade de manobra e mobilidade das OM Mec.
Existem tbm algumas consideraçoes acerca das vantagens e desvantagens de cada linha de ação que citei, no proximo post eu posso passar algumas delas , se nao me alongo muito neste aqui.




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#3 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Out 30, 2003 8:24 pm

Agora eu entendi Paulo, mas você tem informações sobre a blindagem do Sucuri II? Comparando o peso dele com outros produtos da Engesa não parece aguentar muito mais que uma .50, não é meio pouco para substituir os M-41C?




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Solução Nacional

#4 Mensagem por FCarvalho » Sex Out 31, 2003 10:22 pm

Olá Paulo.
Creio hajam duas considerações básicas a serem feitas em relação às propostas citadas por você.
Uma é em relação a capacidade da industria nacional em apoiar, comercial e logisticamente, este projeto de revitalização dos veiculos, no que pese em que medida e com que qualidade isto poderia ser feito, e até onde realmente teríamos condições e interesse, em abrir uma linha para a construção de veiculos novos, uma vez que a nossa capacitação em materiais optrônicos atual é virtulamente nula, e a que sobrou em mecânica e motorização é quase que totalmente dependente do fornecimento de peças e recursos tecnologicos do exterior.
A segunda consideração é em torno da produção do EE-18 Sucuri e seus possiveis derivados, sobre o qual concordo com você, da necessidade e logica do aproveitamento do projeto original em substituição aos EE-9/11, até por questão de se privilegiar a industria nacional na questão. Mas se pensarmos bem, qual industria hoje no Brasil estaria gabaritada a assumir e bancar, finaceira e comercialmente um projeto desta envergadura sem o respaldo inequívoco e certo do Estado?

São respotas a serem respondidaas antes de tomarmos qualquer decisão, ante tão importante missão do EB e demais forças.

Abraços.




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#5 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Nov 01, 2003 1:02 am

Na minha opinião, os sistemas optrônicos poderiam ficar a cargo da Mectron. Quanto a montagem do veículo em si, me parece que a Avibrás deveria estar obrigatoriamente na empreitada, visto que ela sem dúvida é a que possui a maior estrutura para isso no Brasil. A Columbus/Ceppe também poderia participar.

De qualquer forma não creio que conseguiríamos fazer um veículo 100% nacional, poderíamos ao menos nacionalizar bastante coisa.




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#6 Mensagem por Paulo Bastos » Seg Nov 03, 2003 12:30 pm

Saudações amigos.

Este tema é realmete muito complexo, porem para ser entendido corretamente deve ser levar em consideração dois pequenos detalhes:
_ Os M41C Caxias foram substituidos no EB pelos Leopard 1A1 e pelos M60A3 TTS. As unidades que ainda preservam estes veículos os empregam como complemento aos EE-9.
_ Quanto a viatura de Reconhecimento que disse em minha mensagem anterior, estava me referindo a substitução dos EE11 Urutu, pois atualmente estes veículos vem sendo empregados em missões de reconhecimeto ou transporte de pequenas unidades de reconhecimento, tanto que para sua substituição pensou-se, inicialmente, em empregar Vtr Bld 4x4 (como os Guará, Puma, Iquana, etc...), mas existe tambem quem pensa que isso poderia ser feito por um veículo não blindado mais barato, como um jipe armado do tipo Saicã.

Sobre uma possível produção de um veículo derivado do projeto do antigo EE18 Sucuri II, acredito que isso só se tornaria possível com uma parceria envolvendo o IME/IPD, a IMBEL (dona dos direitos de produção de todos os produtos da extinta Engesa), a Universal e CEPPE/Columbus (empresas que adquiriram muito do material da massa falida da Engesa e que agrupa um grande numero de ex-funcionarios) e, claro que não podia ficar de fora, a Avibras (empresa que possui o maior parque industrial dessa área). Claro que tudo isso só funcionaria com a boa vontade e disposição do EB.

Abraços,
Paulo Bastos




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Cooperação

#7 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 04, 2003 7:50 pm

Olá amigos.
Apesar de concordar com vocês no que tange ao desenvolvimento de um veiculo nacional, acredito que o momento politico-econômico a curto e medio prazo, não nos é favoravel a este tipo de empreitada, visto as eternas e onipresentes "prioridades sociais" do atual e dos governos passados e provalvelmente futuros; neste sentido penso ser para nós, em termos práticos, mais útil, unirmos esforços no sentido de participar de um projeto internacional, de modo a conseguirmos a transferencia de tecnologia necessária ao desenvolvimento, manutenção e atualização de nosso parque industrial bélico.
Vejo como principal vantagem neste tipo de negócio, não só a possibilidade de acesso a novas tecnologias, mas tambem a aquisição da capacidade de desenvolver um projeto moderno desde a sua concepção até sua adequação às nossas necessidades, tanto EB quanto CFN. Afora isto poderemos introduzir este veiculo e seus derivados no mercado externo, principalmente sul-americano e africano, gerando divisas importantes à manuternção de nossa capacidade fabril e tecnico profissinal.


Abraços.




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#8 Mensagem por miliko » Qua Nov 05, 2003 1:13 pm

FCarvalho, concordo completamente com sua opiniao. Ta lembrado do post de blindados la do antigo forum...hehe, queria ter salvo aquilo tudo la.
Parabellum.,algumas observaões, Os m41 nao foram completamente substituidos. So nos RCC. Os RCB , organicos de Bda Cav Mec, ainda o utilizam, e nao em complemento ao EE9, mas sim para açoes ofensivas (identicas as desempenhadas pelos RCC) que necessitem ser realizadas dentro do quadro tatico de emprego das Bda Mec. Ou seja, eles nao complementam o emprego de uma Vtr, como vc citpou, mas sim realizam missoes ofensivas, como sempre fizeram, mesmo nos RCC.
qto aos Urutu, nao e que atualmente eles estejam sendo utilizados para o transporte de tropas de reconhecimento..eles SEMPRE foram utlizados para isso. Nao tem como se substituir o urutu das tropas de cav mec por Vtr 4x4, sejam elas blindadas ou nao. Os urutu transportam um GC ( ( 9homens +motorista), ou uma Pça de Mrt ( 5 h+ mot) , que nao cabem em uma viatura 4x4 das do tipo citadas e cujo fracionamento em 2 vtrs nao e aconselhavel devido ao tipo de emprego dessas fraçoes. A questao das vtr 4x4 , na realidadse , e a seguinte
1- atualmente, os Grupos de exploradores(esses sim, compostos por pequenos grupos de 3 h em cada vtr) e os grupos de cmdo dos pel ainda sao dotados de jeeps.
2-atualmente, nao se concebe em termos de emprego real em defesa externa que esses grupos nao possuam vtr bld
3-sendo assim, nos quadros de dotaçao de material ja adotados pelo EB, existe a previsao de vtr bld 4x4 para essas fraçoes
4-Como o dimdim sempre e curto, apesar dos estudos, rob, rop, etc e diversos veiculos Bld 4x4 sendo oferidos no mercado , e provavel que no se tenha a curto ou medio prazo verba para essas compras
5- sendo assim, admite-se que se adquiram veiculos 4x4 no estilo dos q vc falou, levenmente, parcialmente, ou mesmo sem blindagem, oara pelo menos mobiliar esatas triopas para adestramento e aposentar os surrados jeeps.
abraços




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NACIONAL

#9 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 05, 2003 8:22 pm

Olá amigo miliko, pra se vê, mas dia menos dia a gente acaba falando e revendo as mesmas coisas, os mesmos assuntos.
Quanto a possibilidade de veiculos 4X4 não blindados ou com pouca blindagem serem utilizados nos esq. de exploração, penso que seria interessante, no presente caso, a utililização de um veiculo que ainda está, creio eu, em fase de protótipo, e que pelas suas caracteristicas, em minha humilde opinião de civil, sairia-se muito bem no tarefa especificada : o Commando M4. É um veiculo que pelo que pude constatar tem toda as qualidades tácnicas necessárias tanto para a substituição dos jeeps como viatura de emprego geral, como tambem no reconhecimento. Ele é baseado no Hummer, mas com desenhos e projeto originais brasileiros; e a não ser por alguns quesitos mecânicos é totalmente nacional.
Penso ser esta um opção original, coerente e mais barata para o momento atual que vivemos.
Gostaria de saber se alguém poderia dizer em que estágio se encontra este projeto.


Abraços.




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#10 Mensagem por alex » Dom Nov 09, 2003 3:25 pm

Amigos,
Antes de mais nada voces sabiam que produtos como armas para as forças armadas não sofrem taxa de importação?
enqunto que os produtores nacionais pagam todos os impostos no Brasil?
Por isso fica dificil comparar preços.e o produto nacional como o Sucuri como o que voces propõe não poderá suportar a concorrencia.
Tem que mudar a lei antes de darmos incentivo a industria nacional.




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#11 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Nov 09, 2003 3:58 pm

É verdade. E os impostos aqui dentro estão em torno de 46% do preço do produto!




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#12 Mensagem por Paulo Bastos » Ter Nov 11, 2003 1:42 pm

Olá Milico.

Agora são as minhas considerações:

Os m41 nao foram completamente substituidos. So nos RCC. Os RCB , organicos de Bda Cav Mec, ainda o utilizam, e nao em complemento ao EE9, mas sim para açoes ofensivas (identicas as desempenhadas pelos RCC) que necessitem ser realizadas dentro do quadro tatico de emprego das Bda Mec. Ou seja, eles nao complementam o emprego de uma Vtr, como vc citpou, mas sim realizam missoes ofensivas, como sempre fizeram, mesmo nos RCC.

Exato, só faltou você falar que isso não ocorreu devido justamente a falta de equipamento para substitui-lo.
Já em 1988 a o EB e a Engesa estudavam a substituição dos M-41C dos RCB pelos EE-18 Sucuri II, devido a uma nova tendência estratégica. Seria algo como as Novas Brigadas Striker do U.S. Army.
Portanto considero o a substituição dos M-41C das RCB por um blindado sobre leve sobre rodas, porem bem armado (no caso bem mais armado que os Caxias), como o Centauro ou EE-18, algo estremamente válido, para não dizer lógico.

qto aos Urutu, nao e que atualmente eles estejam sendo utilizados para o transporte de tropas de reconhecimento..eles SEMPRE foram utlizados para isso. Nao tem como se substituir o urutu das tropas de cav mec por Vtr 4x4, sejam elas blindadas ou nao. Os urutu transportam um GC ( ( 9homens +motorista), ou uma Pça de Mrt ( 5 h+ mot) , que nao cabem em uma viatura 4x4 das do tipo citadas e cujo fracionamento em 2 vtrs nao e aconselhavel devido ao tipo de emprego dessas fraçoes. A questao das vtr 4x4 , na realidadse , e a seguinte
1- atualmente, os Grupos de exploradores(esses sim, compostos por pequenos grupos de 3 h em cada vtr) e os grupos de cmdo dos pel ainda sao dotados de jeeps.
2-atualmente, nao se concebe em termos de emprego real em defesa externa que esses grupos nao possuam vtr bld
3-sendo assim, nos quadros de dotaçao de material ja adotados pelo EB, existe a previsao de vtr bld 4x4 para essas fraçoes
4-Como o dimdim sempre e curto, apesar dos estudos, rob, rop, etc e diversos veiculos Bld 4x4 sendo oferidos no mercado , e provavel que no se tenha a curto ou medio prazo verba para essas compras
5- sendo assim, admite-se que se adquiram veiculos 4x4 no estilo dos q vc falou, levenmente, parcialmente, ou mesmo sem blindagem, oara pelo menos mobiliar esatas triopas para adestramento e aposentar os surrados jeeps.

Você tambem esta correto em sua afirmação, porem a idéia de substituir os EE-11 por veículos leves não blindados não é minha, mas sim do General Amarante, Diretor de Fabricação e de Recuperação do Exército Brasileiro. Ela é baseada na premissa da falta de recursos: É melhor economizar dinheiro na substituição dos EE-11 para aplica-los na substituição dos EE-9 e M-41C. Ele esta coberto de razão neste caso.

Só um pequeno adendo: Quando a Engesa projetou o EE-17 Sucuri, um dos maiores fiascos da empresa, ele foi idealizado apenas como um caça-tanque, porem quando surgiu o EE-18, já se vislumbrou uma familia (APC, C&R, Command, Obuzeiro AP, etc..), da mesma forma que o Iveco/FIAT/Oto-Melara Centauro, assim sendo, caso houvesse um real interesse e ressucitar o projeto Sucuri II, não vejo maiores dificuldades em se criar uma versão APC que poderia substituir o EE-11 e padronizar a logistica das RCB e RCM e, quem sabe, um AP para os GAC.

Abraços,
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#13 Mensagem por Clermont » Qua Nov 12, 2003 9:09 pm

Já em 1988 a o EB e a Engesa estudavam a substituição dos M-41C dos RCB pelos EE-18 Sucuri II, devido a uma nova tendência estratégica. Seria algo como as Novas Brigadas Striker do U.S. Army.
Portanto considero o a substituição dos M-41C das RCB por um blindado sobre leve sobre rodas, porem bem armado (no caso bem mais armado que os Caxias), como o Centauro ou EE-18, algo estremamente válido, para não dizer lógico.


Bem, talvez seja uma tendência correta. Só que eu não tenho um pingo de confiança em viaturas blindadas sobre pneus, como instrumentos de combate cerrado.

Quanto às brigadas "Stryker" americanas, ainda teremos de ver como é que elas vão se sair, caso tenham de travar um combate de intensidade considerável. Se tiverem sucesso, ótimo. Mas se o mundo assistir as carcaças enegrecidas de vários "Stryker", atingidas por RPGs, seria bom o Exército brasileiro pensar duas vezes, antes de contar com esse tipo de viatura como instrumentos principais de combate.




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#14 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Nov 12, 2003 10:21 pm

Se algum arabe acertar um Stryker a 100km/h ele merece a vitória, ter viaturas rapidas é tão importante quanto as pesadamente blindadas, as muito pesadas (sobre lagartas) demoram muito para se locomover e tem um custo operacional muito alto, enquanto as sobre rodas são rapidas e tem um custo operacional baixo, ambas são importantes.




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#15 Mensagem por Clermont » Qui Nov 13, 2003 12:10 am

Se algum arabe acertar um Stryker a 100km/h ele merece a vitória


Não sei se, em combate, durante uma emboscada, os "Stryker" estarão correndo à 100 Km/h.

Quanto a questão dos custos operacionais, eu creio que o maior custo ainda é a vida das guarnições. Nenhuma vantagem financeira relativa ao custo das viaturas e de sua manutenção irá compensar a perda da vida da tropa, caso fique comprovado que as viaturas não tem resistência aos incidentes do combate. E, no caso dos Estados Unidos, com certeza, não compensaria um eventual golpe no moral do Exército americano, e da sociedade civil, caso ocorresse algum desastre, com elevado índice de baixas.




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