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100 Anos de Campeonato Carioca (1906 - 2006)

Enviado: Dom Jan 08, 2006 2:10 am
por Paisano
100 anos de charme

Fonte: http://www.jb.com.br

A seis dias do início, Campeonato Carioca comemora um século de história, surgimento de craques e emoção de sobra

Ele já esteve ameaçado de extinção. Já teve edição manchada por WO. Foi palco de duas voltas olímpicas na mesma final. A expectativa que o cerca, no entanto, parece inabalável. A convite do Jornal do Brasil, craques do passado estiveram no Maracanã para relembrar histórias da competição que em 2006 chega ao seu centenário. Na visão nostálgica de Carlos Alberto Torres, Alcir Portela, Afonsinho, Nunes, Luisinho e Nelsinho Rosa, o Campeonato Carioca perdeu importância ao longo de seus 100 anos. O charme, porém, permanece intacto.

Da edição com apenas seis clubes, em 1906, até os preparativos para o centésimo campeonato, que começa no próximo sábado, não faltam histórias curiosas, emocionantes, tristes e empolgantes. Lembranças que os craques do passado não se cansam de contar, evidenciando a falta que sentem dos tempos em que eram recebidos por quase 200 mil torcedores. Nelsinho Rosa e Carlos Alberto Torres, por exemplo, se enfrentaram no mítico Fla-Flu de 1963, que registrou o maior público da história da competição - 177.020 pagantes, fora convidados e profissionais que trabalharam na decisão.

- O empate era do Flamengo e, no finalzinho do jogo, o Escurinho teve uma chance ao receber sozinho, cara a cara, com Marcial. Ele (o goleiro rubro-negro), que era muito bom, conseguiu defender. A gente foi campeão ali - lembrou o ex-meia.

Nelsinho defendeu as cores rubro-negras de 1962 a 1968, conquistando, além do título de 63, o Carioca de 65. Hoje, no entanto, é treinador das categorias de base do Vasco, clube com o qual sagrou-se campeão brasileiro em 1989. Por isso, preferiu não vestir uniforme de clube algum durante o bate-papo descontraído na arquibancada do Maracanã.

- Fui campeão pelo Flamengo como jogador, mas também atuei pelo Madureira, fui treinador do Fluminense, hoje trabalho no Vasco. Tenho identificação com o futebol carioca como um todo - justificou-se.

Se Nelsinho passou pela maioria dos clubes grandes do Rio, Nilton Santos, em seus 17 anos de carreira, só vestiu a camisa do Botafogo. Apaixonado pelo clube, foi campeão carioca em 1948, 1957, 1961 e 1962.

- Ah, eu me divertia. Talvez a posição ajudasse um pouco, né? O Zizinho é que vivia dizendo que o ponta existia para não deixar a bola sair pela lateral. Mas nunca contei isso para o Garrincha porque ele poderia se ofender - relembra o lateral bicampeão do mundo em 1958/1962. - Acho que sempre fui meio amador. Cheguei a assinar contratos em branco, no auge da carreira. Hoje a Célia, minha mulher, não deixaria. Adorava os Campeonatos Cariocas, mas, quando acabava, a turma toda atravessava o túnel e ia à praia. Eu, que era da Seleção, tinha que me apresentar porque começavam os jogos e excursões da Seleção. Isso me incomodava um pouco - contou, sem arrependimento, Nilton Santos, que, convidado para o encontro dos craques, declinou diante da chuva que caiu na quinta-feira.

A festa que ainda ronda as ruas do Rio em dias de grandes clássicos, era praticamente semanal até a década de 80. Mesmo sem facções de torcidas organizadas, as bandeiras e bandinhas tomavam conta das arquibancadas, cadeiras e geral.

- Aos domingos, não tinha nada melhor para fazer depois da praia. O público ia ao Maracanã e voltava para casa feliz. Os melhores jogadores do Brasil estavam reunidos aqui. Era o grande charme do Brasil - opinou Alcir Portela, zagueiro do Vasco nas décadas de 60 e 70, que hoje também passa sua sabedoria como treinador.

Num bate-bola digno de um Flamengo e Vasco dos anos 60, Nelsinho completa:

- O torcedor vinha ao Maracanã para admirar o jogo. O Carioca era o ponto alto do futebol brasileiro. Hoje, muitos interesses entraram em campo. Os jogadores não têm mais aquela identificação com os clubes.

Contemporâneo de Alcir e Nelsinho, Carlos Alberto Torres jogou apenas cinco Cariocas, já que passou quase 10 anos defendendo o Santos. Com um currículo invejável, quando disputou o Campeonato Carioca seus piores resultados foram os vice-campeonatos de 1963 (pelo Fluminense), 1971 (Botafogo) e 1977 (Flamengo). Pelo tricolor, foi campeão em 1964 e em 1976, com a famosa Máquina do ex-presidente Francisco Horta. Apesar da carreira majoritariamente paulista, o capitão do tri reconhece.

- O Carioca é muito mais charmoso. Em São Paulo não tem isso. Mas o campeonato já foi muito melhor. Era mais longo, tinha os estádios cheios. Hoje, é jogado em apenas dois meses, os clubes pequenos têm muito mais tempo para se preparar... Não é a mesma coisa - analisou.

Nesta centésima edição, Botafogo, Flamengo e Vasco têm a missão de impedir o bicampeonato do Fluminense, que é o maior vencedor do Carioca, com 30 títulos. Os rubro-negros vêm a seguir, com 28. Em terceiro, aparecem os cruzmaltinos, com 22, cinco a mais que os botafoguenses. O campeonato marcará a reabertura do Maracanã, ainda em obras para o Pan-2007. De cara para um novo gramado, impecável, teve ex-jogador com pena de deixar a estréia para os mais novos.

- Nós é que tínhamos que inaugurar esse tapete - afirmou o ex-atacante Nunes, que, entre outros feitos, marcou um dos gols rubro-negros na decisão do título carioca de 1981, conquistado pelo Flamengo sobre o Vasco (2 a 1 no terceiro jogo da final).

Primo-pobre na turma, Luisinho Lemos, maior artilheiro da história do América, com 379 gols, foi também artilheiro do Carioca em 1974 e 1983 e se orgulha de ser um dos três maiores goleadores do Maracanã. Também artilheiro pelo Flamengo e Botafogo, mas está intimamente ligado ao América.

- Nunca me esqueço da campanha de 1974. Vencemos a Taça Guanabara e fomos para a final com o Flamengo. Tínhamos um timaço: Rogério, Orlando, Alexa, Geraldo e Álvaro; Ivo e Bráulio; Flecha, eu, Eduzinho e Gílson Nunes. Mas o Flamengo do Zico naquela época fazia a diferença.

Enviado: Dom Jan 08, 2006 2:15 am
por Paisano
Não há Campeonato Carioca sem emoção*

Fonte: http://www.jb.com.br

Ninguém é filho de chocadeira, dizia João Saldanha. Não há como falar em Campeonato Carioca sem envolver a emoção de torcedor. A minha praia é escrever sobre Seleção Brasileira. Admito que sou isento de paixões quando trato do nosso escrete. Sou tão desapaixonado que se jogarem Seleção versus Flamengo torço desavergonhadamente pelo rubro-negro. Como já fizera em 1958, quando ganhamos por 1 a 0, gol do juvenil Manuelzinho. Em 1976 vencemos a canarinho por 2 a 0, com o Maracanã apinhado.

Falo isso a propósito do centenário do Campeonato Carioca. Para me reavivar a memória (o gol de Petkovic que nos deu o título foi em 2000 ou 2001?) pus aqui ao meu lado uma revista futebolística que resenha os certames do Rio de Janeiro. Incrível, não há destaque para os 100 anos daquilo que eles chamam de Cariocão. O sotaque, como dá para perceber, é alienígena. O editor fala sobre os 100 anos en passant.

Não é o Brasileirão (cruz credo!) que nos mobiliza. Nele temos que dar de cara com Figueirense, Criciúma, Corinthians, Vitória e demais clubes que nada têm a ver conosco. O bom é o puro Flamengo contra Vasco, de hoje em dia, e Flamengo x Botafogo, de outrora.

Esse negócio de quererem acabar com os campeonatos regionais é coisa do neoliberalismo. Já estamos cansados dele. O primeiro que deu cabo desses moderneiros foi Getúlio. O neoliberalismo da Primeira República se chamava política dos governadores, política do café-com-leite e outras políticas que privilegiavam os barões do café. Getúlio acabou com a farra. E o Fluminense comprou o selecionado paulista, fazendo a primeira máquina, bem antes do Francisco Horta de Nélson Mota.

Como sou filho de militar – e eu mesmo ex-militar – passei muito tempo longe do Rio. Nos tempos de garoto morava em Porto Alegre e torcia pelo Internacional. Lembremos: ninguém é filho de chocadeira. Por isso, a gurizada tinha que torcer por algum time. O meu era o colorado de Tesourinha e Adãozinho. Passei minha infância gozando os gremistas, mas nunca deixei de acompanhar o Flamengo pela Rádio Nacional, nas vozes de Jorge Cury e de Antônio Cordeiro, aprendendo que a cerveja Brahma era o requinte em malte e lúpulo. Enquanto vencia em Porto Alegre, penava com as notícias do Rio, porque lá tinha um time que juntava Ademir, Barbosa, Danilo, Maneca, Ipojucan e Chico. Ninguém ganhava deles. Senti o abalo da saída de Zizinho para o Bangu. Vibrei com o mesmo Bangu, que encurralou o Fluminense no Campeonato Carioca de 1951. Se Didi não tivesse quebrado a perna de Mendonça, sei não... Naquele campeonato de 1951, os jornais chamaram atenção para um fato esportivo-místico-religioso impressionante: na rodada que coincidia com a data dedicada a São Cosme e Damião, os jogos terminaram empatados em 1 a 1!

Estava de volta ao Rio no tricampeonato de 1953-54-55. Solich era o meu deus e Dida o seu apóstolo. Para as pessoas que candidamente têm o América como seu segundo time, o mais simpático, alerto: o América era insuportável. Os americanos, se quiserem recuperar o seu fascínio d’antanho, devem tornar a ser antipáticos. A pior qualidade do homem é ser bonzinho.

Homem feito, retornei a Porto Alegre. Era oficial do Exército. Retomei o gosto pelo Internacional, sem o mesmo vigor de antes. Foi uma época dura para nós, colorados. O Grêmio levantava todos os campeonatos. O Internacional economizava para construir o Beira-Rio. Eles tinham Aírton, Ortunho, Alcindo, Joãozinho e outros cobras. Assim mesmo, mantinha meus ouvidos ligados no Rio, vibrando com o título de 1963. O empate nos servia contra o Fluminense. Marcial pegou tudo. Escurinho perdeu um gol que até a minha genitora faria e ficamos com mais esse Campeonato Carioca.

Houve a fusão da Guanabara com o Estado do Rio, o que me põe em dúvida se esse campeonato atual pode realmente ser chamado de carioca. E os títulos do Americano pelo Campeonato Campista?

Reconheço que no reinado de Zico ficamos nojentos. O sorriso atarraxado identificava o flamenguista nas ruas. “E aquela tabelinha de cabeça entre Tita e Zico dentro da área? O Leão zonzinho, não sabia se ia num ou noutro? Rê, rê, rê!”. “E aquele córner, no último minuto, que Zico bateu e Rondinelli, o deus da raça, veio lá de trás e testou pra dentro? Rá, rá, rá!”.

Entretanto, a minha maior alegria, o momento mais sublime de minha vida, foi a falta cobrada por Petkovic contra o Vasco, no finzinho da partida que decidia o Campeonato Carioca de 2001. O resultado favorecia ao Vasco, com seus Juninhos Paulista e Pernambucano. Para levar o campeonato, o Flamengo precisava fazer um gol. Faltavam dois, três minutos para acabar o jogo. Parecia que não tinha jeito, o Vasco já era campeão. Sinceramente, eu estava até conformado com isso. O gringo colocou a bola para bater a falta com a cara de quem ia aprontar. A bola saiu pelo lado de fora da barreira e descreveu uma curva para dentro. Hélton se esticou todo. A bola fez a volta por trás do dedo mais comprido do goleiro, entortou mais um pouquinho para a esquerda e entrou. Não agüentei ver os minutos finais pela televisão. Fui para cozinha lavar pratos, com as mãos tremendo e o coração acelerado.

*Ivan Soter - autor da Enciclopédia da Seleção (Ed. Folha Seca)

Enviado: Dom Jan 08, 2006 2:41 am
por Paisano
Fluminense conquista o primeiro Campeonato

Fonte: http://www.oglobo.com.br

No ano de 1906, a Liga Metropolitana de Football (LMF) promoveu, com Fluminense, Paysandu, Rio Cricket, Botafogo, Bangu e Football and Athletic, o primeiro Campeonato Carioca. O América jogou a Segunda Divisão. Desde a estréia com 7 a 1 sobre o Paysandu, o Fluminense dominou a competição por pontos corridos. Costa Santos foi o artilheiro com 18 gols. O Fluminense foi campeão com: Waterman (Francis Walter), Victor Etchegaray e Salmond; C. Portella, Buchan e Gulden; Oswaldo Gomes, Costa Santos, Edwin Cox, Emílio Etchegaray e Félix Frias.

Título da temporada de 1907 só é decidido em 1996

O futebol do Rio tomara grande impulso em 1904. Foram fundados o The Bangu Athletic Club, a 17 de abril; o Botafogo Football Club, a 12 de agosto; e o América Football Club, a 18 de setembro. Os amistosos foram se tornando mais constantes, até que, em 1905, foi criada a Liga Metropolitana de Football.

Muito diferente do que é hoje, o futebol era altamente elitizado, reunindo senhores de paletó e gravata e damas de vestidos longos e chapéus. Negros e pobres não jogavam, à exceção do Bangu, que teve um atleta negro no campeonato de 1906 (Manuel Maia). O vocabulário do jogo era em inglês, e os jornais publicavam apenas notas sobre os jogos.

Em 1907, as primeiras polêmicas. A Liga Metropolitana de Esportes Terrestres (LMET), que substituíra a LMF, proibiu negros no futebol. O Bangu, que tinha Maia e Carregal (este no time de reservas) abandonou o torneio.

O campeonato não acabou. Fluminense e Botafogo terminaram empatados em pontos. O regulamento previa desempate por saldo de gols. O Fluminense tinha dois gols a mais de saldo, mas o Botafogo esperava golear a fraca Internacional, para tirar a diferença. Como o adversário não compareceu, o Botafogo venceu por W.O., mas não pôde ampliar o saldo. Fluminense e Botafogo se consideraram campeões e só em 1996 o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBF dividiu o título.

Enviado: Dom Jan 08, 2006 2:44 am
por Paisano
Nos campos, uma revolução em preto e branco em 1923

Fonte: http://www.oglobo.com.br

A revolução no futebol carioca foi preta e branca, as cores do Vasco. Segundo o jornalista Mário Filho, autor do livro “O Negro no Futebol Brasileiro”, de 1906 a 1922 nenhum clube fora campeão carioca com negros em suas equipes. Bem poucos jogavam e estavam restritos aos times do Bangu e do América.

Tal panorama mudou em 1923, quando o Vasco, fundado em 1898 para o remo e que já era campeão nas regatas, chegou à Primeira Divisão. Diferentemente dos times de elite, o Vasco tinha mulatos, negros, pobres e analfabetos.

Título vascaíno causa polêmica na década de 20

Comandada pelo uruguaio Ramon Platero, a equipe vascaína fazia treinos físicos e se concentrava, ao passo que os rivais iam às noitadas. À medida que os “camisas pretas” (assim apelidados por causa da cor da camisa) dominavam a competição, a polêmica crescia. O futebol era amador, mas o Vasco pagava gratificações por vitórias, o que levava os críticos a acusá-lo de profissionalismo disfarçado. Quanto mais o time vencia, mais os estádios enchiam, em resposta ao futebol elitizado. Apesar das críticas e acusações, o Vasco foi campeão de 1923, em sua estréia entre os grandes, com Nélson, Leitão e Mingote (Cláudio); Nicolino, Bolão e Arthur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito.

Para Mário Filho, ainda em “O Negro no Futebol Brasileiro”, aquele título vascaíno “era uma verdadeira revolução que se operava no futebol brasileiro”. Terminado o campeonato de 1923, o futebol carioca entrou em crise. Fluminense, Botafogo, Flamengo e América criaram uma nova entidade, a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (Amea) e fizeram uma série de exigências aos clubes interessados. Entre elas, os atletas não poderiam ter profissões consideradas inferiores nem ganhar dinheiro para jogar.

Para entrar na Amea, os clubes teriam de eliminar atletas em condições duvidosas, exatamente pobres, negros, subempregados e analfabetos. Havia preconceito social e racial. Forçado a eliminar 12 atletas para ser aceito, o Vasco se recusou a fazê-lo, permanecendo na Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). Com isso, em 1924, houve dois campeonatos: o da Amea, vencido pelo Fluminense, e o da LMDT, pelo Vasco.

Em 1926, ridicularizado por não ter estádio, o Vasco coletou dinheiro entre torcedores para comprar um terreno em São Cristóvão, onde ergueu, em 1927, São Januário, maior estádio do Rio até a abertura do Maracanã, em 1950. Em 1926, o São Cristóvão ganhou seu único estadual.

Na década de 30, o futebol do Rio enfrentou sua pior crise: a do profissionalismo. Antes desse regime, era comum craques irem para clubes profissionais no exterior. Em 1932, já na seleção brasileira, Leônidas da Silva e Domingos da Guia foram jogar no Peñarol e no Nacional, do Uruguai.

Botafogo não aceita o profissionalismo

Em 1933, Fluminense, América e Bangu lideraram a profissionalização. Até então, jogadores ganhavam dinheiro extra-oficialmente. Mas o novo regime não foi aceito por todos. O Botafogo continuou amador, na Amea. Fluminense, Flamengo e Vasco aderiram à Liga Carioca de Futebol (LCF), profissional. De 1933 a 1936, houve dois campeões por ano. O Botafogo ganhou em 1932 (na AMEA, antes da cisão), 1933 e 1934 (AMEA) e 1935 (Federação Metropolitana de Desportos, a FMD, que já aceitava profissionais). Em 1936, o campeão da FMD foi o Vasco. Na Liga Carioca de Futebol, em 1933, o vencedor foi o Bangu; em 1934, o Vasco, e em 1935, o América e em 1936, o Fluminense.

A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) era pró-amadorismo, e a Federação Brasileira de Futebol (FBF), profissional. Filiada à Fifa, a CBD não convocou para a Copa do Mundo de 1934 jogadores de times profissionais.

A pacificação do futebol se deu em 1937, por iniciativa de Vasco e América (chamado por isso Clássico da Paz). Foi criada a Liga de Futebol do Rio (LFRJ), profissional. Com o profissionalismo, atletas negros e de classes mais baixas puderam atuar em clubes da elite. Não eram sócios, mas empregados que entravam por portão específico. Em 1936, o Flamengo contratou Leônidas da Silva, Domingos da Guia e outros jogadores negros, que até então não eram bem vistos. Com isso, começava a granjear a popularidade que tem hoje.

Enviado: Sex Jan 13, 2006 5:16 pm
por Paisano
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Enviado: Sáb Jan 14, 2006 1:49 pm
por VICTOR
O único jeito de um time carioca ganhar alguma coisa é disputar o Campeonato Carioca, onde não há times de outros lugares...

[082] [082] [082] [082] [082]

Enviado: Sáb Jan 14, 2006 1:54 pm
por talharim
O outrora grande campeonato carioca ao completar 100 anos voltou as suas origens.

Virou um belo dum campeonato varzeano.

Enviado: Sáb Jan 14, 2006 2:03 pm
por VICTOR
Menos, Talharim, menos... Vai ter até jogador com mais de 1000 gols!

Enviado: Sáb Jan 14, 2006 10:39 pm
por Paisano
Inveja e dor de cotovelo são realmente dois grandes problemas... :roll:

Enviado: Dom Jan 15, 2006 1:14 am
por Guillermo Muñoz
Paisano: ya sé que NUESTRO gran team tiene un Brasileiráo (1995), pero ¿cuanto campeonatos cariocas ha ganado? ¿y cuanto otros títulos posee y cuales son estos (si los hay)?
desde ya, gracias por la respuesta!!!
Salu2

Enviado: Dom Jan 15, 2006 11:17 am
por Paisano
Saudações botafoguenses, Guillermo. :D

Bom, respondendo a sua questão segue abaixo a relação de títulos do Fogão:

Botafogo de Futebol e Regatas

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Fundação - 12/08/1904

Site - http://www.botafogonocoracao.com.br

Estádio - Caio Martins (Niterói)
Endereço - Rua Presidente Backer, s/nº - Santa Rosa - Niterói.
Capacidade - 12.000 pessoas

Mascote - Manequinho

Títulos:

Copa Conmebol de 1993
Campeonato Brasileiro de 1995
Taça Brasil de 1968
2 Municipais - 1951 e 1996
4 Torneios Rio-São Paulo - 1962, 1964, 1966 e 1998

17 Estaduais - 1907, 1910, 1912, 1930, 1932, 1933, 1934, 1935, 1948, 1957, 1961, 1962, 1967, 1968, 1989, 1990 e 1997


Fonte: http://www.jb.com.br

Um abraço.

Enviado: Seg Jan 16, 2006 11:04 am
por Paisano
14/01/2006
Grupo A - 16:00 - Americano 3 x 2 Cabofriense (Godofredo Cruz)
Grupo A - 18:10 - Flamengo 0 x 1 Nova Iguaçu (Raulino de Oliveira)
Grupo B - 16:00 - América-RJ 1 x 2 Volta Redonda (Edson Passos)

15/01/2006
Grupo A - 16:00 - Fluminense 4 x 0 Portuguesa-RJ (Edson Passos)
Grupo B - 16:00 - Vasco 3 x 1 Madureira (São Januário)
Grupo B - 18:10 - Botafogo 3 x 0 Friburguense (Luso Brasileiro)


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Enviado: Seg Jan 16, 2006 3:56 pm
por Einsamkeit
Paisano [017] Eins

Enviado: Seg Jan 16, 2006 4:49 pm
por Paisano
Realmente, Eins. :roll: A verdade é cruel. :twisted: :wink: :lol:

Enviado: Seg Jan 16, 2006 9:41 pm
por FinkenHeinle
VICTOR escreveu:O único jeito de um time carioca ganhar alguma coisa é disputar o Campeonato Carioca, onde não há times de outros lugares...

[082] [082] [082] [082] [082]

Hahahahaha!!


Tem certeza que não está se referindo ao Inter/Gauchão?! :lol: