Riqueza ameaçada

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Riqueza ameaçada

#1 Mensagem por Paisano » Sex Out 21, 2005 9:21 pm

Falta de verbas compromete capacidade de defesa da costa brasileira

Fonte: http://www.terra.com.br/istoe

São nada menos que 4,4 milhões de quilômetros quadrados de oceano que incluem 3,5 milhões de quilômetros quadrados da faixa de 200 milhas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e mais 900 mil quilômetros quadrados do prolongamento da Plataforma Continental, que mais do que dobram os 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro. Amazônia Azul para a Marinha, essa imensidão de mar precisa de mais proteção. O número de naves de guerra da Esquadra (leia quadro) se torna cada dia mais insuficiente diante do tamanho da área. No caso dos submarinos (quatro em atividade e o maior e mais novo, o Tikuna, em fase final de acabamento para entrar em serviço), o número, para todos os especialistas, é claramente insuficiente. A Marinha tem um projeto de construir mais três iguais ao Tikuna e, em seguida, dois de maior porte, como teste de tecnologia para o submarino nuclear. Já houve consulta aos fabricantes alemães
e franceses, visando à construção e à transferência de tecnologia. Mas a falta de verbas, problema desde o governo FHC, emperrou o programa. Em 2005, por exemplo, o orçamento previa R$ 900 milhões, mas a Marinha recebeu zero real. Resultado: não há sequer combustível.

Poucos submarinos comprometem sua missão, a de “negar o mar ao inimigo”. A carência de material se reflete nas fragatas, que também deveriam ser o dobro das atuais, e até em navios de guerra menores, como os navios-patrulha. São eles, por exemplo, que patrulham as costas, incluindo os campos de petróleo da Bacia de Campos, o “Kuwait brasileiro”, responsável pela produção de 1,2 milhão de barris/dia de petróleo. Jóia da coroa no mar, as 48 plataformas de Campos recebem atenção especial. Por sorte, Campos fica perto do Rio de Janeiro e da Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, no Estado do Rio. “Mas cada vez mais se descobrem campos de petróleo longe do Rio. E as dificuldades vão aumentar, se não tivermos mais homens treinados, submarinos, navios e helicópteros”, alerta uma fonte naval.


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#2 Mensagem por Lauro Melo » Sex Out 21, 2005 9:44 pm

Apesar de alguns pequenos erros é difícil ver este nível na imprensa.
( Qualidade das informações )




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TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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#3 Mensagem por Brasileiro » Sáb Out 22, 2005 11:29 am

Para mim, a MB deveria ter:

-Oito submarinos
-15 Fragatas
-8 Corvetas
-10 NaPaOc

Mas é uma pena ter um sonho tão distante da realidade. E olha que o sonho nem é tão absurdo :cry: :cry: :cry:


[abraços]




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#4 Mensagem por REGATEANO » Sáb Out 22, 2005 12:55 pm

15 Fragatas nos tinhamos.

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Tudo isto igual a 14. Teriamos que ter 20, ou, pelo menos, as 14 no estado de arte.

Abraços




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#5 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Out 22, 2005 1:32 pm

Francisco Daniel escreveu:15 Fragatas nos tinhamos.

6 Niteroi
4 T22
4 Garcia

Tudo isto igual a 14. Teriamos que ter 20, ou, pelo menos, as 14 no estado de arte.

Abraços

Olá Francisco!


Prefiro ter as 14/15 no Estado da Arte, do que as 20 meia-boca!

Mas de fato, as Pará (que teoricamente, são Contratorpedeiros) já não servem mais de muita coisa!

As Greenhalgh mereceria também uma modernização!

E as Corvetas poderia ter muito mais poder, ou muito menos, elas estão no limiar do "emcimadomurismo"!




Atte.
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#6 Mensagem por CFB » Sáb Out 22, 2005 2:41 pm

Aonde foram parar esses 900 milhoes nominomo foram desviados p/ o mensalao, fazer o q estamos no Brasil, infelizmente aqui e assim




Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
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#7 Mensagem por Túlio » Sáb Out 22, 2005 3:09 pm

Bom, pessoal, em minha visão uma Marinha com credibilidade por aqui deveria começar não com SSN, NAel ou NFBr, mas com um BOM número de NaPaCos e NaPaOcs, que são os que realmente protegem a costa e adjacências. Muito tri isso de Fragatas Stealth, Submarinos Nucleares e quetales mas...que Defesa oferecem à costa? Vamos afundar pesqueiros ilegais com torpedos e/ou Exocets? Combater terroristas tentando tomar uma Plataforma de Extração com canhões de 4,5 pol.? Parar contrabandistas com ECMs? Tudo o que foi citado aqui neste tópico é importante mas, no caso das Fragatas, servem principalmente para escoltar comboios. Subs, para negar o uso do mar ao inimigo e NAes para projetar poder aéreo. Defesa da costa, em condições como as atuais, é tarefa de Navios-Patrulha... E qualquer Almirante lhes dirá o quanto nos seriam úteis e quão poucos temos...




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#8 Mensagem por REGATEANO » Sáb Out 22, 2005 4:23 pm

Mas também a Marinha tem culpa no cartório.

Não é à toa que essas baixas ocorreram após a aquisição do NAe São Paulo.

Trata-se de um navio velho, grande, de manutenção cara e que precisa de muita gente pra operar. Sua capacidade de combate é inexistente.
Não adianta ficar na "eterna" discussão sobre seu valor como treinamento. A verdade está aí, gasta-se 200 milhões para manter um navio sem valor flutuando.

Em verdade, o maior alvo naval do mundo. Deveria se colocar uns círculos preto e branco nele. Ficaria mais interessante.

Vão me atacar dizendo que os A4 vão ser modernizados. Sem essa. Lugar de avião velho é no ferro-velho. Vai-se de gastar uma dinheirama pra modernizar o que não se renova mais.

Todas as Marinhas de países com "juízo" partiram pra NAes pequenos do tipo STOL. Somente a MB faz o contrário. A França pode manter o CHG com os seus Rafales, os americanos podem manter 7 NAes de 90.000t. O Brasil não!

Inglaterra, Espanha, Itália e Tailândia operam navios de até 20.000t com tripulações pequenas, operando poucos aviões. Uma equação de CUSTO X PODER.

O Harrier é um dos maiores sucessos da industria de aviação, só o Brasil não viu isso. Talvez seja os sonhos megalomaníacos dos Almirantes, Brigadeiros e Generais que embasou a visão.

Neste momento, o maior elefante-branco deste país passa por mais uma revisão, gastando o suando dinheiro tirado do povo pobre e dos não tão pobres.

Na medida em que se desativam navios, mantem-se a operação da avião. Talvez, estejam iludidos pelo "sucesso" do A-4 nas Malvinas. Sucesso? Na época em que o sistema de proteção automazido de mísseis dava seu primeiro passo, foram perdidos dezenas de aviões para a dupla Navio X Harrier.

Outrossim, convém que quem ganhou a guerra foi o Harrier, a partir dos NAes da GBR. Como, ainda, a boa atuação dos A-4 foi meramente por conta da coragem dos pilotos argentinos.

Enquanto a Esquadra não tem dinheiro para realizar exercícios, vendo seus ser "abatidos" e não serem substituídos. Exemplo disso é a Classe Garcia, até no momento se desconhecesse os meios que virão tomar seu lugar.

Diversos possuem destróieres AAW, mas na MB essa possibilidade é bem remota. A preferência ainda é manter o A-12 operando.

Ademais, não se sabe verdadeiramente qual é (será) a função do AF-1, já que não pode carregar um ASM e é lento demais para servir como meio de defesa aérea. Será um "pombo"-branco... só vive cagando pelos cantos.... Desculpem a força da expressão.

Não é preciso ser gênio nem expert para ver a situação de fora.

Sabe-se ainda, que em todo exercício o SP é afundado pelos SSK. Será que somente os nossos comandantes sabem pilotar submarinos?

Culpasse o governo por tudo. Mas este não é culpado sozinho. Se na MB podesse ser aplicada a lei de responsabilidade fiscal - para manter a esquadra operando com o orçamento anual - certamente todo ano o Cmdt. seria condenado. Não é admissível uma força ter um Porta-Aviões mas uma Esquadra decadente.

Lembrem-se, ainda, que não se consegue terminar uma simples coverta, passando esta dos 10 anos de construção. Nunca se construiu nada, sequer um NP.

Já dizia um velho listeiro (em outro lista de discussão) que a aviação naval seria o fim da esquadra. Agora, só tenho a concordar com ele.

Minha opnião? Parafuso já! Vamos gastar com algo que certamente valha a pena. Que possa projetar PODER e garantir a DEFESA nacional.

Pensem e reflitam. Aguardo as muitas críticas que vem por aí. Não é primeira vez que escrevo sobre isso.




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