Cortes obscenos no orçamento militar
Enviado: Sáb Ago 27, 2005 2:45 pm
Governo desestrutura Forças Armadas
Os recursos para custeio e investimentos das Forças Armadas sofreram corte de 50% com relação ao ano em curso. E já vinham sendo uma vergonha, há muito tempo. Não se trata de uma iniciativa do governo Lula. O sociólogo cortou horrores, antes dele também cortaram. O atual presidente segue o mesmo rumo.
Se mudanças não forem feitas pelo Legislativo, obrigará o Exército a deixar de convocar mais 50 mil recrutas, em 2006. De modo geral, rapazes que aprendem uma profissão e são entregues à sociedade como cidadãos. Os recursos para a alimentação de soldados, marinheiros e aviadores servirão para três dias na semana. Os uniformes precisarão passar de uma turma para outra.
Pior, no entanto, fica quando se fala não em renovação do equipamento bélico, mas apenas na manutenção do que já existe. A Marinha imobilizará seus cinco submarinos convencionais, interrompendo a construção de outros e, mais grave ainda, abandonará os planos do submarino nuclear, que se arrastam há anos. Não haverá condições para patrulhar as plataformas submarinas de petróleo, já hoje expostas a qualquer perigo externo. A Força Aérea continuará mais um ano sem a renovação dos caças necessários à substituição dos Mirage adquiridos em 1971. E assim por diante, sem falar do atraso tecnológico.
Essas coisas acontecem por falta de dinheiro, revanchismo contra os militares, coincidência, ou seguem um plano cuja finalidade é enfraquecer e anular as Forças Armadas dos países em desenvolvimento? Ficaria mais fácil para a Nova Roma concretizar o domínio total do planeta.
Conselho de Segurança, adeus
No Itamaraty, dá-se como caso perdido a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A posição contrária às nossas pretensões, adotada pela China e pelos países africanos, muitos dos quais até perdoamos as dívidas, acopla-se à resistência dos Estados Unidos. Para os nossos diplomatas, não se trata de derrota definitiva. Há que insistir, em especial quando acontecer uma reforma na própria ONU.
Existe um fator fundamental obstando a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança: não somos uma nação nuclear. Graças a D. Fernando I e a D. Fernando II, abrimos mão do direito de pesquisa nuclear livre, mesmo sem o objetivo de fazer a bomba. Assinamos o tratado de não proliferação de armas nucleares enquanto os países com assento permanente no Conselho de Segurança deixaram de fazê-lo. O poder militar ainda é o principal fator de decisão na comunidade internacional. O grave é que aceitamos a imposição externa sem tirarmos qualquer proveito. Resultado: mais frustração.
Defesanet 27 Agosoto 2005
Tribuna da Imprensa 27/28 Agosto 2005.
O brasil vai de mal a pior
Os recursos para custeio e investimentos das Forças Armadas sofreram corte de 50% com relação ao ano em curso. E já vinham sendo uma vergonha, há muito tempo. Não se trata de uma iniciativa do governo Lula. O sociólogo cortou horrores, antes dele também cortaram. O atual presidente segue o mesmo rumo.
Se mudanças não forem feitas pelo Legislativo, obrigará o Exército a deixar de convocar mais 50 mil recrutas, em 2006. De modo geral, rapazes que aprendem uma profissão e são entregues à sociedade como cidadãos. Os recursos para a alimentação de soldados, marinheiros e aviadores servirão para três dias na semana. Os uniformes precisarão passar de uma turma para outra.
Pior, no entanto, fica quando se fala não em renovação do equipamento bélico, mas apenas na manutenção do que já existe. A Marinha imobilizará seus cinco submarinos convencionais, interrompendo a construção de outros e, mais grave ainda, abandonará os planos do submarino nuclear, que se arrastam há anos. Não haverá condições para patrulhar as plataformas submarinas de petróleo, já hoje expostas a qualquer perigo externo. A Força Aérea continuará mais um ano sem a renovação dos caças necessários à substituição dos Mirage adquiridos em 1971. E assim por diante, sem falar do atraso tecnológico.
Essas coisas acontecem por falta de dinheiro, revanchismo contra os militares, coincidência, ou seguem um plano cuja finalidade é enfraquecer e anular as Forças Armadas dos países em desenvolvimento? Ficaria mais fácil para a Nova Roma concretizar o domínio total do planeta.
Conselho de Segurança, adeus
No Itamaraty, dá-se como caso perdido a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A posição contrária às nossas pretensões, adotada pela China e pelos países africanos, muitos dos quais até perdoamos as dívidas, acopla-se à resistência dos Estados Unidos. Para os nossos diplomatas, não se trata de derrota definitiva. Há que insistir, em especial quando acontecer uma reforma na própria ONU.
Existe um fator fundamental obstando a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança: não somos uma nação nuclear. Graças a D. Fernando I e a D. Fernando II, abrimos mão do direito de pesquisa nuclear livre, mesmo sem o objetivo de fazer a bomba. Assinamos o tratado de não proliferação de armas nucleares enquanto os países com assento permanente no Conselho de Segurança deixaram de fazê-lo. O poder militar ainda é o principal fator de decisão na comunidade internacional. O grave é que aceitamos a imposição externa sem tirarmos qualquer proveito. Resultado: mais frustração.
Defesanet 27 Agosoto 2005
Tribuna da Imprensa 27/28 Agosto 2005.
O brasil vai de mal a pior