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The Baaz
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#1
Mensagem
por The Baaz » Qui Ago 25, 2005 9:42 pm
Defesanet 25 Agosto 2005
Gazeta Mercantil 25 Agosto 2005
Concorrência para construir nova torre fracassa
Virgínia Silveira
São José dos Campos (SP), 25 de Agosto de 2005 - Fracassou a concorrência para a construção da nova torre de lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Os dois consórcios que apresentaram proposta na licitação, liderados pelas empresas Brasilsat, de Curitiba (PR) e Jaraguá, de Sorocaba (SP) foram desclassificados no quesito preço.
O resultado da licitação foi anunciado ontem pela direção do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em São José dos Campos. Segundo o presidente da Comissão Especial de Licitação da Torre Móvel de Alcântara, José Carlos Argolo, os valores propostos pelas duas empresas não estavam de acordo com o previsto no edital.
O projeto da torre tem garantidos no orçamento recursos da ordem de R$ 30 milhões. "Uma das empresas apresentou um preço muito acima do previsto e a outra bem abaixo", disse. A Brasilsat e a Jaraguá, segundo Argolo, aceitaram a decisão do CTA e abriram mão de um eventual recurso na justiça para rever o resultado do processo.
Um novo edital já está sendo preparado pelo CTA e deverá ser publicado nos próximos dias. "Faremos uma revisão rápida do projeto e do orçamento da torre para verificar se algum ponto do edital deu margem a eventuais dúvidas para os interessados."
Cerca de 20 empresas chegaram a retirar o edital da concorrência, lançado no mês de julho, mas só três compareceram à licitação e duas apresentaram proposta. Quase todas as empresas que retiraram o edital eram do setor de construção civil. O projeto da primeira torre de Alcântara, construída na década de 90 pelas empresas Akaer Engenharia e pela Andrade Gutierrez, envolveu mais de 50% de obras civis. O atual projeto prevê apenas 15% de obras civis.
A primeira torre foi destruída em agosto de 2003, num incêndio que provocou a morte de 21 técnicos e engenheiros do CTA. A tragédia aconteceu depois que um dos motores do foguete VLS acendeu acidentalmente, três dias antes do seu lançamento, quando já estava totalmente integrado na torre.
A Aeronáutica contratou empresas de consultoria russas para fazerem uma revisão do projeto do foguete e também para sugerir modificações na nova torre de lançamento. A implementação das modificações, relacionadas à parte elétrica do foguete e também aos métodos de ensaios em solo e de segurança durante a campanha de lançamento, já começaram a ser colocadas em prática.

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The Baaz
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Bolovo
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#2
Mensagem
por Bolovo » Qui Ago 25, 2005 9:56 pm
A NASA já vai estar botando uma bandeira em Jupiter e nós ainda estaremos no VLS.

"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Brasileiro
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#3
Mensagem
por Brasileiro » Sex Ago 26, 2005 10:43 pm
Acho que 2006 não, mas 2007 sim. E apartir de 2010 VLS-2.
Por falar em atraso, o projeto do Ciclone IV em Alcântara também está atrasado, previam que seriam lançados apartir de 2006, agora no mínimo 2008....pena...
[abraços]
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Carlos
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#4
Mensagem
por Carlos » Sex Ago 26, 2005 10:44 pm
É isso que acontece com quem dá um passo maior que as pernas.
Falou,
Carlos
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Marechal-do-ar
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#5
Mensagem
por Marechal-do-ar » Sáb Ago 27, 2005 12:32 pm
Passo maior que as pernas não, passo maior que as verbas.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Vinicius Pimenta
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#6
Mensagem
por Vinicius Pimenta » Sáb Ago 27, 2005 3:10 pm
Discordo veementemente. O Programa Espacial Brasileiro é plenamente coerente e viável. As verbas necessárias são baixas e é fácil para o Brasil destiná-las corretamente. Mas, infelizmente por causa da falta de vergonha do Palofi e sua máfia, elas são contingenciadas.
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#7
Mensagem
por Brasileiro » Sáb Ago 27, 2005 4:25 pm
Não, incrivelmente as verbas estão sendo plenamente suficientes para a sede do programa espacial, não estão sendo cortadas, e mais incrível ainda, em 2006 vai ter mais dinheiro ainda. Aparentemente aprenderam na base da "surra" que foi aquele acidente há exatos 2 anos. Parece difícil de acreditar, mas é so entrar no site da AEB que tem um arquivo que dá para ver a enorme ascenção das verbas destinadas.
[abraços]
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FinkenHeinle
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#8
Mensagem
por FinkenHeinle » Sáb Ago 27, 2005 5:25 pm
Vinicius Pimenta escreveu:Discordo veementemente. O Programa Espacial Brasileiro é plenamente coerente e viável. As verbas necessárias são baixas e é fácil para o Brasil destiná-las corretamente. Mas, infelizmente por causa da falta de vergonha do Palofi e sua máfia, elas são contingenciadas.
O Programa Espacial Brasileiro é inviável por duas questões básicas:
- Falta de Verbas;
- Falta de Planejamento.
Atte.
André R. Finken Heinle
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César
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#9
Mensagem
por César » Qua Ago 31, 2005 2:44 pm
O Lula está querendo usar o Programa Espacial como plataforma eleitoreira. Por isso todo aquele desespero pra colocar o VLS no ar até o fim de 2006: Usar esse sucesso na eleição presidencial.
Sorte que o bom senso reinou um pouco e o lançamento do VLS foi adiado e será planejado com mais calma.
Abraços
César
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por Moacir Barbosa de León » Qui Set 01, 2005 10:50 am
Convenhamos, nosso país necessita ter um programa especial próprio. Isto ninguém pode negar. Se ocorreu um acidente(?), é circunstancial e parece ser norma, já que outros acidentes vem ocorrendo com outros programas espaciais. Entretanto, se as verbas são poucas ou muitas, se estamos atrazados relativamente, se fomos ultrapassados, se nossos políticos se comportam criminosamente, não quer dizer que nosso país e nosso programa é inviável e que devemos abandoná-lo. O programa espacial está sendo executado por técnicos, cientistas e não políticos. Nosso dever é no mínimo apoiá-los e não desmoralizá-los.
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#11
Mensagem
por Rui Elias Maltez » Qui Set 01, 2005 11:49 am
Qual é a ideia desse projecto VLS?
É poderem entrar um dia o mercado dos lançamento de satélites para o Espaço e concorrerem com os outros?
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Vinicius Pimenta
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#12
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por Vinicius Pimenta » Qui Set 01, 2005 3:57 pm
Sim. O Brasil tem uma das bases mais bem localizadas do mundo: Alcântara.
Está a apenas 2° da Linha do Equador, o que proporciona lançamentos com mais de 30% de economia.
Além da venda de serviços espaciais, a intenção é tornar o país auto-suficiente na produção e lançamento dos seus próprios satélites, sejam civis, sejam militares. Hoje já somos capazes de construir nossos satélites. Falta apenas acertar a mão no lançador.
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#13
Mensagem
por Guerra » Sex Set 02, 2005 8:59 am
Alguém conhece o documento "A SISTEMÁTICA SABOTAGEM CONTRA A “MISSÃO ESPACIAL COMPLETA BRASILEIRA” (MECB)
E CONTRA O PROJETO VLS-1"?
Como eu faço para disponibiliza-lo aqui no forum?
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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A-29
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#15
Mensagem
por A-29 » Sex Set 02, 2005 11:50 am
Vamos e convenhamos, a falta de verbas parece ser o menor de nossos problemas. O acordo de criação de uma joint venture com a Ucrânia ficou dois anos parado esperando que o Congresso botasse no papel qual estatal brasileira seria a parceira nacional no projeto (no caso a Infraero). Agora fica a maior enrolação para fazer o estatuto da nova empresa. Ao mesmo tepo me fazem um edital de licitação deficiente para construção da nova torre. Isso não é falta de verbas, é incompetência e falta de vontade mesmo.