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SUBMARINOS DE PORTUGAL

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 8:11 am
por mpina41
Vamos falar um pouco de submarinos da Marinha de Portugal!

Mas gostava que os nossos amigos de outras nações, também dessem a conhecer as realidades dos seu países neste ramo!
Fico à espera.

Nota: Pesquisa feita no site http://www.areamilitar.net

A 1ª esquadrilha

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 8:20 am
por mpina41
1889 O Primeiro-Tenente João Augusto Fontes Pereira de Melo, projectou um submarino movido por baterias de acumuladores, em imersão, e por um motor de petróleo em superfície.
O Estado-Maior da Marinha Portuguesa aceitou a iniciativa que não passou nunca da fase experimental ao ser rejeitada pelo Governo.

1905 Outro oficial, o Também Primeiro-Tenente Valente da Cruz apresentou um novo projecto de navio submarino, que também não foi desenvolvido.

1907 o Governo autorizou a aquisição no estrangeiro de navios submarinos, sendo assinado três anos mais tarde um contrato com os estaleiros italianos de “La Spezia”, para a construção de um submarino tipo “Laurenti-Fiat” de 245 toneladas. (300 em imersão).

No dia 15 de Abril de 1913 foi recebido o “Espadarte”, em Itália, e após uma acidentada viajem, atracou na doca de Belém. O “Espadarte” tinha um comprimento de 45 metros e desenvolvia uma velocidade de 14 nos em superfície e de 8 em imersão.
A sua autonomia era de 1500 milhas e o armamento principal era constituído por quatro torpedos que podiam ser lançados através de dois tubos na proa.
Estes foram os primeiros submarinos da peninsula iberica.

1914 é constituída a Escola de Navegação Submarina o que faz dela uma das mais antigas do mundo.

1917 a Marinha Portuguesa adquiria os “Foca”, “Golfinho” e “Hidra”, também do tipo ”Laurenti-Fiat” embora algo maiores que o “Espadarte” ao deslocar 260 toneladas em superfície e 389 em imersão e ao aumentar-se a capacidade dos seus tanques de combustível, passando a sua autonomia das 1500 para as 3500 milhas.

A dotação era igualmente constituída por 21 homens e o seu armamento era idêntico ao do ”Espadarte”.



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Laurenti-Fiat - 1913
Deslocamento máximo: 389 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1917
Numero de tubos 2
Numero de torpedos 4
Tripulação: 21
Autonomía (milhas náuticas) 3.500


Com estes quatro navios constituiu-se a 1ª Esquadrilha de Submarinos.

A 2ª Esquadrilha

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 8:27 am
por mpina41
Em 1930 ao contemplar no Programa Naval a substituição dos navios da já antiga 1ª Esquadrilha , o Governo Português encomendou 3 novos submarinos da classe “Vickers-Armstrong”, que viriam a constituir a 2ª Esquadrilha de Submarinos.

Fabricados em Barrow, os “Delfim”, “Espadarte” e “Golfinho”, deslocavam 854 toneladas em superfície, 1105 em imersão e eram navios muito superiores aos “Laurenti”.

O seu armamento era constituído por um canhão de quatro polegadas na proa e um de montagem dupla na popa. Com quatro tubos lança torpedos na proa e dois na popa podiam levar um total de 12 torpedos.

A tripulação era constituída por 38 homens e seu raio de acção era de 5000 milhas a 10 nos.
Estes submarinos entraram ao serviço em Maio de 1934.

Estes são os submarinos portugueses ao serviço durante a segunda-guerra mundial.



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Vickers Armstrong - 1934
Deslocamento máximo: 1.105 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1934
Velocidade imersão/superficie
Numero de tubos 6
Numero de torpedos 12
Canhões de 101.6mm 1
Tripulação: 38
Autonomía (milhas náuticas) 5.000

Estes submarinos formam a 2ª esquadrilha

A 3ª esquadrilha

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 8:32 am
por mpina41
Finalizada a Segunda Guerra Mundial, foram adquiridos no Reino Unido em boas condições financeiras, três submarinos:

Os “Spur”, “Saga” e “Spearhead

Pertenciam todos à classe “S” a mais numerosa das construídas pela Royal Navy, com 63 unidades.

Estes navios de mediana tonelagem (814 toneladas em superfície e 990 em imersão) foram concebidos tanto para operar no Mar do Norte como no Mediterrâneo.
O projecto inicial, de 1929, concebia-os como substitutos da obsoleta classe “H” e durante a Segunda guerra Mundial sofreu três modificações.

Os submarinos portugueses “Narval” (ex Spur), “Nautilo” (ex-Saga) e Neptuno (ex-Spearhead) pertenciam ao terceiro grupo da classe “S” todos eles acabados de construir entre 1944 e 1945 em Cammell Laird vindo para a Marinha Portuguesa em 1948 com pouco mais de três anos de uso.

A sua velocidade era de 15 nos em superfície e 10 em imersão, com uma autonomia de 6000 milhas a 10 nos.

O armamento era constituído por um canhão de 4 polegadas, outro canhão Oerlikon de 20 mm. e três metralhadoras Vickers. A proa tinha seis tubos lança torpedos, e o número máximo de torpedos transportados era de 12.


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Classe S - 1948
Deslocamento máximo: 990 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1944/45
Velocidade imersão/superficie 10/15
Numero de tubos 6
Numero de torpedos 12
Canhões de 101.6mm 1
Tripulação: 38
Autonomía (milhas náuticas) 6.000

Estes formaram a 3ª esquadrilha

A 4ª esquadrilha

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 8:37 am
por mpina41
Com os avanços tecnológicos aparecidos durante a Segunda Guerra Mundial (invenção do snorkel, aperfeiçoamento do sonar, desaparição da artilharia, etc.) fizeram que a vida útil dos 3 submarinos da classe “S” fosse muito curta.

Por este motivo em 1964 o Governo Português encomendou aos estaleiros "Dubigeòn-Normándie", de Nantes (França) a construção de 4 submarinos da classe "Daphné" se bem com algumas modificações em função das especificações da Marinha.

Entre 1967 e 1969 foram entregues os “Albacora” (S-163), “Barracuda” (S-164), “Cachalote” (S-165) e “Delfim” (S-166). Em 1975 o “Cachalote” foi vendido à França que, posteriormente, o cedeu ao Paquistão.


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Classe Daphné
Deslocamento máximo: 1.053 Ton.
Comprimento: 57.8M
Ano de construção: 1965/66
Velocidade imersão/superficie 16/13.5
Numero de tubos 12
Numero de torpedos 12
Tripulação: 50
Autonomía (milhas náuticas) 2.700

Estes constituiem a 4ª Esquadrilha de Submarinos.

O Futuro

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 8:46 am
por mpina41
Tipo: U206A
(Submarino interino - Projecto entretanto abandonado )

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Deslocamento máximo: 498 Ton.
Comprimento: 48.6M
Largura: 4.6 M
Velocidade máxima: 17 nós
Numero de unidades a adquirir:

Motores: Diesel/Electico Vel. Maxima: 17 nós em mergulho e 10 nós á superficie. Alcance máximo de 8.000 Km á velocidade de 5 nós.

Tripulação: 22.

Armamento
Misseis: Torpedos:
Oito tubos para torpedos de 533mm STN Atlas DM2A3
Radares/Sonares
Radar: Thomson CSF Calypso II Sonar: Atlas Elektronik DBQS-21 D

Notas adicionais
Como parte do projecto de aquisição pela marinha portuguesa do submarino U-209PN / U-214, a marinha alemã, poderia eventualmente ter fornecido a Portugal a título de emprestimo dois submarinos deste tipo, para substituir interinamente os submarinos da classe Daphné/Albacora, até que o U-209/214 entre ao serviço

Estes submarinos teriam por objectivo permitir a continuação do treino de pessoal da marinha na utilização desta arma.

São porém submarinos muito limitados, dado terem especialmente desenhados para operação junto á costa e no mar do norte.

A opção da marinha, pendeu no entanto para a continuação da utilização dos Daphné/Albacora, dado os U-206 serem tão diferentes dos novos U-209PN que a introdução deste pequeno submarino, implicaría apenas aumentos de custos com a transição do Albacora para o U206A e deste para o U-209PN.

A 5ª esquadrilha

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 9:38 am
por mpina41
Tipo: U209-PN (U-214)

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Deslocamento (máx. estimado) 2.020 Ton.
Comprimento: 67.9M
Largura (diâmetro do casco): 6.3 M
Velocidade máxima (submerso): 22 nós
Numero de unidades da classe: 2 / 3


Motores: Motor de propulsão de iman permanente. Sistema de combustivel AIP por células de combustível (160kW )e sistema secundário Diesel/Electico Vel. Maxima: 22 nós em mergulho e 16 nós á superficie. Raio de operação máximo de 10.000 Km á velocidade de 14 nós.

Tripulação: 32

Armamento
Misseis:Quatro dos oito tubos têm capacidade de lançar misseis anti-navio sub-Harpoon. Este missil tem versões com um alcance de até 160Km com navegação orientada por GPS
Torpedos:
Oito tubos para torpedos, com 14 torpedos
(inicialmente foram anunciados os DM2A4. Posteriormente os Blackshark, de proveniência italiana)
e misseis Boeing Sub-Harpoon.


Radar:Kelvin Hughes Type 1007 I-band navigation radar (dados do U212)

Períscopio: Zeiss Optronik GmbH SERO 14
Sonar: STN Atlas Elektronik DBQS-40 (dados do U212)
Sistema de combate: Atlas Elektronik GmbH ISUS 90 (Integrated Sensor Underwater System)


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Notas adicionais

Como todas as aquisições do estado, a decisão para a aquisição dos novos submarinos para a armada portuguesa foi um processo tremendamente demorado.

Tão demorado, que na prática, Portugal quase vai deixar de ter submarinos, entre o período em que o ultimo "Albacora" for desactivado, ou utilizado apenas para treino (porque para pouco mais serve) até á chegada dos novos U209-PN.

Durante esse período, a marinha utilizará um dos velhos submarinos da classe Daphné. Todas as classes de submarinos anteriores aos actuais Daphné/Albacora, tiveram uma vida util de aproximadamente 20 anos. Os actuais submarinos, tiveram a sua vida util esticada até aos 30 e em alguns casos 35 anos.

O U209PN, é na realidade um U-214, com a ultima geração de células de combustível para o sistema de propulsão independente.
São, presentemente (em teoria) os mais silenciosos submarinos convencionais do mundo.

O sistema de propulsão independente AIP da HDW por células de combustível, é superior ao sistema AIP dos submarinos franceses SCORPENE que também foram analisados pela marinha portuguesa.

Estes ultimos utilizavam um sistema de propulsão AIP de turbina a vapor em circuito fechado, que é mais ruidoso, mais pesado (implicando maiores dimensões) e menos flexivel. àÀ altura em que são encomendados os U209PN são os mais modernos e sofisticados submarinos convencionais europeus.

Os U-209PN são uma extensão derivada do modelo de submarino alemão U-212. O U-212, foi desenhado para a marinha alemã, que opera essencialmente no mar do norte e no mar báltico, por isso, não tem nem a mesma autonomia, nem a mesma capacidade de mergulho, nem pode disparar mísseis dos seus tubos.

Os U209PN / U214 serão os primeiros submarinos de origem alemã na marinha portuguesa, por onde já passaram submarinos Italianos, Ingleses e Franceses.

D ponto de vista táctico, o U-209/214 será uma considerável mais-valia na garantia de defesa das aguas portuguesas e na garantia igualmente importante do direito de ligação marítima entre o continente e os arquipelagos da Madeira e dos Açores.

A existência destes submarinos, pode parecer insignificante. No entanto as suas características "Stealth" tornam-no numa arma a temer, por quem quer que seja, que durante o seu tempo de vida útil, tente (por alguma razõa) negar a Portugal o seu direito de navegação nas águas do oceano Atlântico, o qual é vital para a propria existência do país, como nação independente.

A entrega dos 2 ou 3 submarinos está prevista para 2010/11

Estes formaram a 5ª esquadrilha

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 9:42 am
por Charlie Golf
Excelente trabalho de pesquisa, colega mpina. :wink:

A propósito dos dois novos submarinos que irão ser construídos para a Armada, eu tenho 2 dúvidas: primeiro, o porquê da nossa versão ser designada por U-209PN quando esta variante a adquirir pelo Estado português será, em quase tudo, idêntica ao modelo U-214, e se a anterior intenção de dotá-los de mísseis superfície-superfície (Sub-Harpoon? Exocet?) ainda se encontra em cima da mesa ou se já terá sido abandonada? :?

as diferenças

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 10:14 am
por mpina41
A propósito dos dois novos submarinos que irão ser construídos para a Armada, eu tenho 2 dúvidas: primeiro, o porquê nossa versão ser designada por U-209PN quando esta variante a adquirir pelo Estado português será, em quase tudo, idêntica ao modelo U-214


A formalização do contrato de aquisição por parte da marinha portuguesa de dois submarinos, com o objectivo de substituir os antigos submarinos Albacora, adquiridos nos anos sessenta, gerou alguma confusão relativamente às suas características, e nomeadamente ao tipo ou família de submarinos em que os futuros U-209PN se inserem.

A família U-209, tem origem na Alemanha São construídos no inicio dos anos 70, depois de os aliados ocidentais, terem levantado a restrição a que a Alemanha produzisse submarinos com mais de 1000 toneladas de deslocamento, dado até ali a Alemanha se ter limitado aos pequenos U-205 e U-206 costeiros.

O U-209, é assim um submarino que se baseia nos conceitos dos pequenos U-206, mas com um tamanho maior, capacidade das baterias aumentada, propulsão mais potente, lemes horizontais retracteis a vante, montados a baixa altura na proa, lemes cruciformes a ré e uma tripulação reduzida. O U-209 foi um enorme sucesso de exportação, tendo sido vendidos U-209 para vários países, como o Equador, a Venezuela, a Indonésia, a Colombia, o Brasil, a Grécia, a Turquia ou o Chile

Os primeiros U-209: Submarinos convencionais a Diesel
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Os U-209 mais recentes: Mais compridos, electrónica melhorada, mais espaço, alteração de linhas exteriores, mas a mesma estrutura básica

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as diferenças

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 10:20 am
por mpina41
O concurso para a substituição dos submarinos Albacora:
Os sistemas AIP MESMA e de Células de Combustível


Quando Portugal, abriu um concurso para o fornecimento de novos submarinos, de imediato, dois concorrentes se destacaram:

Os franceses, com o seu novo submarino Scorpéne, com uma proposta para um submarino com o sistema AIP conhecido por MESMA, e outra proposta para um submarino sem o AIP, idêntica aos Scorpene posteriormente vendidos ao Chile.

Os alemães com o U-209-1400, na sua última versão, SEM AIP, mas com possibilidade de incorporação de um sistema AIP de células de combustível. O submarino francês, era superior ao submarino alemão. No entanto, nas versões com AIP ou "Preparadas para futura incorporação do AIP" a situação não era tão clara.

Além disso, a instalação do AIP nos Scorpene, parece ser mais simples que nos U-209, uma vez que, nos Scorpene, se trata de acrescentar um módulo (secção), enquanto que nos U-209, é necessário acrescentar os tanques de Hidrogénio e de Oxigénio, noutras secções do submarino.

Ver matéria sobre a comparação entre o sistema MESMA e o sistema de CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL

Mas entretanto, o processo pára durante muito tempo. O atraso da decisão é provocado por razões políticas, técnicas e outras, (que não são objecto de análise nesta matéria) de tal forma que, só com a tomada de posse do governo seguinte, o tema do concurso para a aquisição de novos submarinos volta novamente a ser tocado. Nessa altura, a preferência, segundo as informações divulgadas pela imprensa, é principalmente para o sistema frances, e para o submarino Scorpéne. O U-209-1500 com AIP, é eficiente, mas trata-se de um submarino com mais de 30 anos. Na altura em que as novas propostas são apresentadas, o U-209-1500 parece estar condenado a não ser aceite.

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O U-209-1400 e o 1500 com AIP com a inclusão de uma secção adicional, que lhe permite utilizar o sistema de propulsão AIP. Estes dois submarinos, constituiram a primeira proposta da HDW à Marinha Portuguesa. 

ImagemImagem

O U-209PN

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 10:28 am
por mpina41
O U-209PN


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O submarino apresentado pela empresa HDW, na segunda fase do concurso, apresenta características diferentes dos anteriores.
Ao contrário dos submarinos anteriormente propostos U-209, este último (U-209PN) tem sistema AIP de raiz, e linhas e dimensões diferentes.
No entanto, como compartilha com os U-209 algumas das suas características que o qualificam como submarinos oceânicos, não é completamente incorrecto chamar-lhe um "209".

No entanto, na realidade, trata-se de um U-214, uma nova família de submarinos alemães, que têm em comum, o sistema AIP, instalado de raiz. as suas linhas hidrodinâmicas, e ligas metálicas que permitem ao submarino atingir profundidades maiores . São equipamentos, pensados para o novo sistema de propulsão, , o que resulta, por exemplo, em termos de arranjo e acondicionamento dos vários sistemas do navio, em ganhos de espaço consideráveis.

Os novos U-209PN, serão mais espaçosos que os U-209-1400/1500/AIP, e em grande medida mais capazes, principalmente pelas suas capacidades acrescidas quanto a capacidade de mergulho e operação silenciosa.

Perante a nova proposta dos concorrentes, e entre optar por um submarino moderno, com um sistema AIP menos eficiente, e um U209PN, igualmente moderno, mas com um sistema AIP mais eficiente, a decisão foi no sentido de aceitar a proposta da HDW, e portanto escolher o U-209PN em vez do Scorpéne com sistema AIP-MESMA.

Perante a situação de vitória do projecto alemão, a francesa DCN, contestou o resultado do concurso, porque, em seu entender, o novo submarino, não era um U-209, mas sim um U-214, e neste caso, a HDW deveria ter sido excluída, porque o submarino apresentado na segunda fase, não era o mesmo que o apresentado na primeira fase. (ver notas sobre a questão jurídica abaixo)

A empresa DCN, terá alguma razão nas suas alegações, uma vez que, pela análise das suas características, o U-209PN, é um derivado do U-212 da própria HDW, e tem características que o tornam mesmo superior ao projecto 212, do qual várias unidades foram encomendadas pelas marinhas da Alemanha e da Itália.

A confusão

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 10:42 am
por mpina41
A confusão entre U-209PN / U-214 / U-212 ?

As dúvidas sobre que tipo de submarino é efectivamente o U-209PN, prende-se com o facto de este ter sido apresentado apenas na segunda fase do concurso, tendo na primeira fase a HDW alemã apresentado o U-209-1400 (proposto na versão com AIP e na versão sem AIP).

O U-214 (e o U-209PN) tem na sua génese, não os mais antigos U-209 (nas suas várias versões), mas sim o submarino U-212.

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Este, é um projecto alemão que tem como objectivo substituir os pequenos submarinos costeiros alemães, por um submarino com características de submarino costeiro, mas com dimensões maiores e (naturalmente) com o sistema AIP.

Isto vai permitir à marinha alemã, se necessário, operar no Atlântico, coisa que, com os pequenos U-206 não podia fazer.
O U-212 foi pensado para as necessidades decorrentes da utilização do sistema AIP.

O reservatório de Oxigénio está colocado fora da zona pressurizada do navio, assim como os reservatórios de Hidrogénio. Esta é aliás a maior diferença entre os dois navios, porque o U-214, não tem os reservatórios de Oxigénio na parte exterior, mas sim na parte pressurizada.

A razão prende-se com o facto de, um submarino oceânico, ter necessidade de submergir a profundidades maiores.

É por isto que o seu casco, (ou a parte pressurizada) deve ser mais resistente. O U-214, tem uma área pressurizada uniforme, quase como uma enorme botija de gás.
Parece ter-se optado por colocar o reservatório de Oxigénio “dentro” da parte pressurizada, porque ao contrário, isso implicaria o aumento da parte exterior, o que tornaria o submarino, ou muito mais volumoso, ou então implicaria a existência de bossas, no casco exterior, o que prejudicaría uma das vantagens do U-214, que é o seu casco hidrodinâmico, que reduz o ruído.

No U-212, o reservatório de Oxigénio está colocado na parte exterior. Como resultado, o U-212 tem uma área pressurizada com dois diâmetros diferentes.
A secção frontal é maior que a secção posterior, exactamente porque, nessa secção do navio, está alojado o tanque de Oxigénio.
O único problema neste caso, é a possibilidade de existir aí, um ponto de menor resistência à pressão, tornando o U-212 menos eficiente que o U-214 no que respeita a mergulho a grande profundidade. [/b

[b]Outra diferença entre U-212 e U-214, são os lemes.


http://imageshack.us]Imagem[/URL]


Enquanto que o U-214 tem um leme vertical de proa, o U-214, dispõe de lemes verticais na vela.
Também se verifica no leme traseiro uma diferença considerável:
[b]
Assim: Enquanto o U-212 tem um leme em " X" o U-214 tem um leme tradicional, na configuração "+"


Quer num caso quer noutro, as razões prendem-se com o conceito de utilização. O leme em "X" do U-212, torna-o menos proeminente, facilitando ao mesmo tempo o "pouso" no fundo do mar.
Também por isso, os lemes verticais foram colocados na vela e não mais abaixo no casco, como no U-214, que, pensado para operar no oceano, não tem que "pousar" no fundo do mar, o que tornaria o leme em X e o leme vertical na vela, de pouca utilidade.


A família U-209 e a família U-212/214 são diferentes, no entanto, há, mesmo dentro da nova família (U-212/214) diferenças que estão directamente relacionadas com os teatros de operações onde se espera que os navios venham a ser utilizados.

O U-209PN, sendo um U-214, embora cumprindo com todas as exigências da marinha portuguesa, determinadas para os U-209 inicialmente propostos, são dos navios mais modernos presentemente em construção, e, serão, em 2010, quando forem incorporados, dos submarinos convencionais mais eficientes de qualquer marinha europeia

Comparações

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 10:52 am
por mpina41
A família U-209 e a família U-212/214 são diferentes, no entanto, há, mesmo dentro da nova família (U-212/214) diferenças que estão directamente relacionadas com os teatros de operações onde se espera que os navios venham a ser utilizados.

O U-209PN, sendo um U-214, embora cumprindo com todas as exigências da marinha portuguesa, determinadas para os U-209 inicialmente propostos, são dos navios mais modernos presentemente em construção, e, serão, em 2010, quando forem incorporados, dos submarinos convencionais mais eficientes de qualquer marinha europeia.

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Enviado: Sáb Ago 20, 2005 3:49 pm
por Charlie Golf
Muito obrigado, caro colega mpina. :D

Já tinha lido a "Revista da Armada" onde vinha publicado o artigo sobre os novos submarinos mas confesso-lhe que entendi agora a coisa muito melhor. :wink:

Só uma questão: e os mísseis? Há alguma novidade ou será como no caso dos "Sea Skua" para os Super Lynx, isto é, as plataformas podem utilizá-los mas o Estado não tem o mínimo interesse em os comprar? :roll:

Enviado: Sáb Ago 20, 2005 5:17 pm
por mpina41
Só uma questão: e os mísseis? Há alguma novidade ou será como no caso dos "Sea Skua" para os Super Lynx, isto é, as plataformas podem utilizá-los mas o Estado não tem o mínimo interesse em os comprar?


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Características 
Fabricante: Boeing
Motor: Turbojacto Teledyne, propelente sólido
Potência: Superior a 272 Kg
Alcance: Até 124 Km - Velocidade: Subsónica (855 Km/h)
Ogiva: 224Kg - Preço: aproximadamente $1.2 milhões de dolares para um block II e $700.000 para um block I.
 Comprimento: - 3.8M (versão aérea) e 4.6 M (versão lançada de navios de superficie e de submarinos)
Peso: 661 KgDiâmetro: 34.3 cm
Largura alar: 91.4cm


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Misseis:Quatro dos oito tubos têm capacidade de lançar misseis anti-navio sub-Harpoon. Este missil tem versões com um alcance de até 160Km com navegação orientada por GPS 


O sub tem capacidade para misseis, falta saber se o país tem capacidade para o sub.