Míssel nas mãos do PCC e CV
Enviado: Sex Jul 15, 2005 11:16 am
Traficantes paulistas compraram armas do Rio
Polícia descobre plano para libertar presos com uso de explosivos em São Paulo
Waleska Borges
As organizações criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecida em São Paulo como Partido do Crime, e Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, comercializaram armas de guerra nos últimos meses. A transação ficou clara desde a apreensão, pela polícia paulista, de um míssil que seria usado para libertar o seqüestrador Wanderson Paula de Lima, o Andinho, do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, interior paulista. Um outro relatório da Polícia Federal, segundo o delegado paulista Aldo Galiano Júnior, revela que o objetivo da operação com o míssil era libertar o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e dois integrantes do PCC do presídio de Presidente Bernardes.
O juiz corregedor da Vara de Execuções Criminais de São Paulo, Pedro Paulo Ferronato, na sexta-feira passada, deu prazo de duas semanas para o traficante sair do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), mas as autoridades de Rio e São Paulo voltaram a entrar em desacordo quanto ao destino do detento. O RDD é um sistema pelo qual o preso só tem direito a duas horas diárias de banho de sol e fica em completo isolamento (sem visitas íntimas, rádio ou televisão).
Segundo o delegado Aldo Galiano, da 2ª Seccional, o serviço de inteligência do Exército de São Paulo fez perícia ontem e constatou que a arma apreendida pela polícia paulista teria poder de destruição em um raio de 400 metros quadrados. O míssil tem cerca de dois metros e mais de 100 quilos. O artefato estava completo para ser lançado, com base de lançamento e bússola. De acordo com o delegado, o artefato é de uso proibido pelas Forças Armadas brasileiras*, mediante acordo internacional administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
- O míssil produz fragmentos metálicos que podem causar mutilação. O artefato é comprado por guerrilheiros como os das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Movimento Revolucionário de Esquerda do Chile (MIR) e terroristas da Palestina - explica o delegado.
O míssil foi encontrado no dia 29 do mês passado, no sótão de uma casa na divisa de Guarulhos e a Zona Leste paulista, com Roberto Ramos, o Beto Bomba, integrante do PCC. Ele é acusado de organizar roubos em condomínios da Zona Sul de São Paulo e estava foragido. Ao ser preso, Beto Bomba disse que o míssil seria usado para libertar Andinho, que também já esteve preso em Presidente Bernardes.
- Roberto contou que o míssil foi comprado de traficantes do Comando Vermelho no Rio. Ele disse ainda que o artefato não havia sido utilizado porque não tinha uma pessoa especializada para operar o equipamento - diz o delegado.
O míssil foi levado para o Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Civil de São Paulo. Dias depois, segundo Galiano, ele teria sido informado de um relatório do departamento do Crime Organizado da Polícia Federal, em Brasília, sobre um plano de fuga para libertar Beira-Mar. O traficante do PCC Gilberto Oliveira Filho, o Bilica, chefiava a operação. Além de Beira-Mar, seriam libertados Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola , um dos líderes do PCC, e o seqüestrador Maurício Hernandez Morambuena, envolvido no sequestro de publicitário Washington Oliveto. O plano seria uma parceira entre o PCC e o CV. Nos últimos três anos, o serviço Disque-denúncia do Rio recebeu 78 informações sobre ligações entre traficantes do PCC e do CV.
- No último dia 11, o Bilica morreu depois de cair do terceiro andar de um prédio no Guarujá. Em depoimento à polícia, a mulher dele contou que ele passava por profunda depressão e usava muita droga por causa do plano de fuga. A mulher disse ainda que seria usado um míssil durante a fuga - diz o delegado.
A inspetora da Polícia Civil do Rio, Marina Magessi, acredita que o míssil pode ter sido vendido por traficantes do Comando Vermelho para integrantes do PCC. Ela explica que traficantes costumam comprar armas contrabandeadas por lote, incluindo bazucas e minas terrestres.
- Essas armas são compradas pelos traficantes em pacotes, mas nem são usadas. Um míssil poderia matar até o beneficiado da fuga - comenta Marina.
Segundo a inspetora, o Comando Vermelho está sem dinheiro e Beira-Mar é um traficante internacional.
- Se um dia ele foi CV, era porque estava preso. A permanência dele no Rio é perigosa porque tem carisma entre os bandidos - observa Marina.
O secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, é sucinto ao falar sobre o suposto plano: ''Seria um suicídio''.
* Essa declaração é o cúmulo do besteirol.Onde é que é premitido ter míssel no mundo?
Deviam entregar os projetos da Mectron e cia para o PCC e CV, que andaria mais rápido.
http://jbonline.terra.com.br/
Polícia descobre plano para libertar presos com uso de explosivos em São Paulo
Waleska Borges
As organizações criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecida em São Paulo como Partido do Crime, e Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, comercializaram armas de guerra nos últimos meses. A transação ficou clara desde a apreensão, pela polícia paulista, de um míssil que seria usado para libertar o seqüestrador Wanderson Paula de Lima, o Andinho, do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, interior paulista. Um outro relatório da Polícia Federal, segundo o delegado paulista Aldo Galiano Júnior, revela que o objetivo da operação com o míssil era libertar o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e dois integrantes do PCC do presídio de Presidente Bernardes.
O juiz corregedor da Vara de Execuções Criminais de São Paulo, Pedro Paulo Ferronato, na sexta-feira passada, deu prazo de duas semanas para o traficante sair do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), mas as autoridades de Rio e São Paulo voltaram a entrar em desacordo quanto ao destino do detento. O RDD é um sistema pelo qual o preso só tem direito a duas horas diárias de banho de sol e fica em completo isolamento (sem visitas íntimas, rádio ou televisão).
Segundo o delegado Aldo Galiano, da 2ª Seccional, o serviço de inteligência do Exército de São Paulo fez perícia ontem e constatou que a arma apreendida pela polícia paulista teria poder de destruição em um raio de 400 metros quadrados. O míssil tem cerca de dois metros e mais de 100 quilos. O artefato estava completo para ser lançado, com base de lançamento e bússola. De acordo com o delegado, o artefato é de uso proibido pelas Forças Armadas brasileiras*, mediante acordo internacional administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
- O míssil produz fragmentos metálicos que podem causar mutilação. O artefato é comprado por guerrilheiros como os das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Movimento Revolucionário de Esquerda do Chile (MIR) e terroristas da Palestina - explica o delegado.
O míssil foi encontrado no dia 29 do mês passado, no sótão de uma casa na divisa de Guarulhos e a Zona Leste paulista, com Roberto Ramos, o Beto Bomba, integrante do PCC. Ele é acusado de organizar roubos em condomínios da Zona Sul de São Paulo e estava foragido. Ao ser preso, Beto Bomba disse que o míssil seria usado para libertar Andinho, que também já esteve preso em Presidente Bernardes.
- Roberto contou que o míssil foi comprado de traficantes do Comando Vermelho no Rio. Ele disse ainda que o artefato não havia sido utilizado porque não tinha uma pessoa especializada para operar o equipamento - diz o delegado.
O míssil foi levado para o Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Civil de São Paulo. Dias depois, segundo Galiano, ele teria sido informado de um relatório do departamento do Crime Organizado da Polícia Federal, em Brasília, sobre um plano de fuga para libertar Beira-Mar. O traficante do PCC Gilberto Oliveira Filho, o Bilica, chefiava a operação. Além de Beira-Mar, seriam libertados Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola , um dos líderes do PCC, e o seqüestrador Maurício Hernandez Morambuena, envolvido no sequestro de publicitário Washington Oliveto. O plano seria uma parceira entre o PCC e o CV. Nos últimos três anos, o serviço Disque-denúncia do Rio recebeu 78 informações sobre ligações entre traficantes do PCC e do CV.
- No último dia 11, o Bilica morreu depois de cair do terceiro andar de um prédio no Guarujá. Em depoimento à polícia, a mulher dele contou que ele passava por profunda depressão e usava muita droga por causa do plano de fuga. A mulher disse ainda que seria usado um míssil durante a fuga - diz o delegado.
A inspetora da Polícia Civil do Rio, Marina Magessi, acredita que o míssil pode ter sido vendido por traficantes do Comando Vermelho para integrantes do PCC. Ela explica que traficantes costumam comprar armas contrabandeadas por lote, incluindo bazucas e minas terrestres.
- Essas armas são compradas pelos traficantes em pacotes, mas nem são usadas. Um míssil poderia matar até o beneficiado da fuga - comenta Marina.
Segundo a inspetora, o Comando Vermelho está sem dinheiro e Beira-Mar é um traficante internacional.
- Se um dia ele foi CV, era porque estava preso. A permanência dele no Rio é perigosa porque tem carisma entre os bandidos - observa Marina.
O secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, é sucinto ao falar sobre o suposto plano: ''Seria um suicídio''.
* Essa declaração é o cúmulo do besteirol.Onde é que é premitido ter míssel no mundo?
Deviam entregar os projetos da Mectron e cia para o PCC e CV, que andaria mais rápido.
http://jbonline.terra.com.br/