Um dos dois "irmãos argentinos" dos Tupi participou da Guerra das Falklands / Malvinas, 1982. É o San Luiz, cuja saga foi contada no AsasNet, de maneira brilhante, pelo José Luiz.
"A Argentina possuía na época dos fatos, quatro submarinos:
* 02 submarinos classe Guppy (remanescentes da II Guerra Mundial, construídos e modernizados nos EUA) o S-1 Santa Fé e o S-2 Santiago Del Estero.
* 02 submarinos tipo 209 (recentemente adquiridos da Alemanha, novos, parecidos externamente com os nossos Tupi) o S-31 Salta e o S-32 San Luiz.
Bem o S-2 Santiago Del Estero e o S-31 Salta não participaram do conflito, estavam no estaleiro, mesmo após o conflito o Salta andou mal das pernas, um submarino barulhento.
O San Luiz, bem apesar de novo, estava também em péssimas condições: o seu casco e o hélice apresentavam comprometidas por incrustações o que impedia que atingisse a velocidade máxima e produzia muito barulho, os dutos de refrigeração também estavam obstruídos pelas incrustações o que dificultavam a refrigeração do submarino. Como não dava tempo de docar o submarino para limpa-lo, o trabalho foi feito por um grupo de mergulhadores. Alem de tudo isso um dos motores diesel tinha uma rachadura no seu bloco e estava inoperante.
Por bem o submarino foi armado com 10 torpedos alemães filoguiados SST-4 anti-navio e 14 torpedos norte-americanos do tipo MK37 já antiquados, para uso anti-submarino.
Para piorar o barco era novo na Marinha Argentina e o pessoal não tinha experiência no barco, todos os torpedos de exercício disparados tinham apresentado problemas e os argentinos nunca tinham disparado um torpedo SST-4 de guerra.
Bem o submarino partiu em 11 de abril de 1982, ficando aguardando as ordens, ate que no dia 1 de maio, por volta das 10 horas, o sub. efetuou o disparo de um torpedo SST-4 contra um alvo de superfície a 10 km de distancia, porem 4 minutos após o disparo o cabo de guiagem do torpedo se rompeu. As 13.00 horas o San Luiz foi atacado por um torpedo AS. Lançado de um helicóptero, porem o San Luiz conseguiu escapar graças ao lançamento de decoys e manobras evasivas. Por fim o sub. Pousou no fundo as 16:00 horas, sofrendo ataque de cargas de profundiade e permaneceu ate as 21:00 horas, tendo dificuldades em sair do fundo, por volta das 05:00 horas o submarino usou o seu snorkel para recarregar as baterias.
No dia 08 de maio, o San Luiz detectou um alvo submarino se aproximando de forma inteligente pela popa e disparou um torpedo Mk 37 regulado para 2400 m de distancia e ouviu se a explosão do torpedo, mas não se sabe se o torpedo atingiu um cardume de camarão Krill ou uma rocha.
No dia 11 de maio, o submarino disparou um outro torpedo contra um alvo a 5500 metros e três minutos depois o cabo de guiagem se rompeu e o torpedo foi perdido.
O San Luiz rompeu o silencio de radio, comunicou com o continente e relatou os fatos recebendo ordem para retornar em 19 de maio, permanencendo 40 dias no mar e enfrentando a Royal Navy.
Posteriomente técnicos do fabricante dos torpedos alemães examinaram o submarino e descobriram que os argentinos haviam montados os cabos de guiagem dos torpedos de forma invertida e estes se rompiam após o disparo, fazendo com que os torpedos se perdessem, alem do mais houve problemas no computador e sistema de tiro dos torpedos.
Segundo relato britânico no dia 01 de maio, três helicópteros Sea King do esquadrão 826 operando em conjunto com dois navios de guerra de escolta, fizeram surtidas de 10 horas, tendo os helis. Sendo reabastecidos em vôo dez vezes e as tripulações trocadas por icagem. Tendo sido lançados 06 cargas de profundidade Mk.11 e 02 torpedos Mk46, tudo sem efeito.
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