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Exército reestrutura unidades de Artilharia

Enviado: Ter Jun 21, 2005 6:39 am
por cristiano neto
O Exército Brasileiro tem em andamento um plano de rearranjo de suas unidades de Artilharia de Campanha e Antiaérea, para melhor adequá-las ao cenário vigente e otimizar o material disponível. As ações já realizadas e/oou em andamento são as seguintes:

1) Transformação do 6º GACosM em 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes/Campo de Instrução de Formosa (6º GLMF/CIF), e transferência para Formosa-GO. A nova unidade centralizará o sistema Astros, abosorvendo os meios do 8ºGACosM, da 1ª/10º GACosM e das 1ª e 3ª BiaLMF.

2) O Comando e a Bia de Cmdo da AD da 1ª DE (AD/1) ocuparão as instalações do 8º GACosM (Niterói-RJ)

3) Transformação do 1º GACAP (Rio de Janeiro-RJ) em 1º GACSl, e transferência para Marabá-PA

4) Troca de material entre o 31ºGAC(Es) (Rio de Janeiro-RJ) e o 32º GAC (Brasilia-DF), ficando o 32º GAC com três Bia O 105mm L118 (Light Gun) e mais uma BiaO 105AR para uso do NPOR e realização de salvas.

5) O 2º GACAP (Itu-SP) foi transformado em 2º GACL. Receberá duas Bia O Oto Melara, uma do 8º GACPqdt e outra do 20º GACL. O 22º GAC (Uruguaiana-RS) foi transformado em 22º. GACAP, recebendo uma bateria do 1º GACAP e duas do 2º GACAP.

6) O 3º GACAP (Santa Maria-RS) e o 5º GACAP (CuritibaPR) receberão, cada um, uma BiaO do 1º GACAP (Rio), passando a ter estrutura quaternária, para apoio às Bda Bld.

7) O 8º GACPqdt e o 20º GACL receberão, cada um, uma Bateria de Morteiros Pesados de 120mm.

8) Os GAAAe (exceto o 1º) passarão a ser constituídos de uma Bateria de Comando, uma Bateria de Canhões de 40mm e uma Bateria de Mísseis Igla.

9) Recolhimento do material Oerlikon do 2º e do 3º GAAAe para manutenção no PqRMnt/1, e posterior distribuição para o 1º GAAAe, que centralizará todo o material Oerlikon.

10) O 2º. e o 3º. GAAAe receberão uma Bia de canhões (material FILA-Bofors 40mm), respectivamente provenientes do 11º e do 4º GAAAe.

11) O 2º GAAAe (Osasco-SP) foi transferido para Praia Grande-SP, ocupando as instalações do 6º GACosM.

12) A 9ª BiaAAAe(Es) (Rio-RJ) ocupou as instalações da 1ª/10º.GACosM (Macaé-RJ)

13) A 21ªBiaAAAe (Rio de Janeiro-RJ) foi transformada em 21ª Bia AAAePqdt

14) A 5ª BiaAAAe (Rio de Janeiro-RJ) foi transformada em 5ª BiaAAAeL e transferida para Barueri-SP.

fonte: http://www.segurancaedefesa.com

Enviado: Ter Jun 21, 2005 10:13 am
por Lauro Melo
Ótimas mudanças do EB. Esta nova estruturação busca a redução dos custos, através da concentração dos meios.

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20 de junho de 2005

Exército reestrutura unidades de Artilharia


O Exército Brasileiro tem em andamento um plano de rearranjo de suas unidades de Artilharia de Campanha e Antiaérea, para melhor adequá-las ao cenário vigente e otimizar o material disponível.

Enviado: Qua Jun 22, 2005 12:39 pm
por Rui Elias Maltez
E isso significa que em termos de dispositivo no terreno, haverá concentração de unidades?

Foi o que me pareceu pela leitura.

Já agora:

Onde estão estacionadas as vossas unidades de artilharia auto-propulsionada?

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 11:31 am
por sgt alex
Rui Elias Maltez escreveu:E isso significa que em termos de dispositivo no terreno, haverá concentração de unidades?

Foi o que me pareceu pela leitura.

Já agora:

Onde estão estacionadas as vossas unidades de artilharia auto-propulsionada?


Hoje a situação é a seguinte (vou colocar os estados e não as cidades):

1º GAC AP - Rio de Janeiro;
2º GAC AP - São Paulo;
3º GAC AP - Rio Grande do Sul;
5º GAC AP - Paraná;
29º GAC AP - Rio Grande do Sul;

Acho que está faltando alguém, mas por enquanto eu não me lembro, quando descobrir eu aviso.

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 12:20 pm
por Carlos Mathias
Pelo menos as coisas estão acontecendo, devagar mas estão.

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 3:28 pm
por César
Perguntando novamente: Quais são as unidades do Eb que operam o Igla?

Abraços :wink:

César

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 5:41 pm
por sgt alex
Rui Elias Maltez escreveu:E isso significa que em termos de dispositivo no terreno, haverá concentração de unidades?

Foi o que me pareceu pela leitura.

Já agora:

Onde estão estacionadas as vossas unidades de artilharia auto-propulsionada?


Lembrei, a outra unidade é 16º GAC AP - Rio Grande do Sul;

Os materiais são os seguintes:

1º GAC AP - M108 (105 mm);
2º GAC AP - M108;
3º GAC AP - M108;
5º GAC AP - M108;
16º GAC AP - M109 (155 mm);
29º GAC AP - M109.

Além destas unidades, existem alguns exemplares nas seguintes organizações militares de ensino:

Escola de Material Bélico - Rio de Janeiro (forma os militares responsáveis pela manutenção dos diversos tipos de armamento, viaturas, aparelhos de pontaria, e outros em uso no EB; e
Academia Militar das Agulhas Negras - Rio de Janeiro (forma os oficiais da Arma de Artilharia do EB).

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 5:44 pm
por sgt alex
César escreveu:Perguntando novamente: Quais são as unidades do Eb que operam o Igla?

Abraços :wink:

César


As unidades de artilharia anti-aérea, ou seja:

2º GAAAe - São Paulo;
3º GAAAe - Rio Grande do Sul;
4º GAAAe - Minas Gerais;
11º GAAAe - Brasília;

Só que até agora eu somente vi o simulador, os mísseis, ninguém sabe, ninguém viu.

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 5:50 pm
por Sniper
Ja dizia o ditado: Bosta quanto mais mexe mais fede! :D

Com certeza esta reestruturação é muito positiva, mas não vai melhorar a nossa qualidade de eqipamento!

Enquanto estivermos ultilizando Peças de 40mm de mais de 40 anos de idade não teremos a mínima dissuasão contra inimigos de maior porte!

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 6:08 pm
por Brasileiro
Calma Sniper!! 8-]

Vamos parte-por-parte, o Exército não pode dar um passo maior do que as pernas, primeiro vamos pro mais fácil e não menos importante, depois vamos ver o que se pode fazer, e com certeza será feito.
O que o Exército quer, na verdade, é dar mais garantia de utilização adequada do equipamento, o que já é um avanço. Se não fizessem isso, correriam o risco, de na hora de comprar um equipamento novo, ficarem impossibilitados de utilizá-los da melhor maneira.
Além do mais os canhões 40mm/FILA, são suficientemente modernos para nos dar proteção contra qualquer ameaça no cenário de América do Sul.
O problema do Exército no que se trata de anti-aérea são os 35mm que precisam de solução. Em artilharia terrestre, imagino que os ASTROS como principal meio de ataque do Exército, deveriam ser modernizados.

Alguém pode me dizer qual é o material utilizado pelas BiaAAe? São os L60 manuais?


abraços

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 7:31 pm
por sgt alex
Brasileiro escreveu:Alguém pode me dizer qual é o material utilizado pelas BiaAAe? São os L60 manuais?


Sim, são eles mesmos.

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 8:12 pm
por delmar
Conheço algo sobre a história da artilharia de campanha brasileira. Ainda menino eu vi a artilharia com canhões Krupp 75mm tracionada a cavalo. 03 parelhas por carreta, com um soldado montado num dos cavalos dianteiros para conduzir a viatura. A composição de um GAC era de uma bateria de serviço BS, uma bateria de comando BC e duas baterias de canhões, 1ºB e 2 ºB.
Depois veio a motorização, nos anos 60. Trocaram as rodas de carreta por pneus e mandaram uns caminhões velhos, resto americano da 2ª GM, para rebocar a artilharia. Aquilo que era SUCATA. Nunca conseguiram por mais de 50% rodando.
Mais tarde substituiram os canhões de 75mm pelos obuses de 105mm americanos e começaram a comprar caminhões nacionais. É o que existe até hoje.
A estrutura, no entanto, creio que nunca mudou. Continua sendo de uma BS, uma BC e a 1ªB e a 2ªB. A questão estrutural das unidades, que tem um desenho pré 2ª guerra e foram feitas para apoiar cavalaria ( a cavalo mesmo) nunca foi redesenhada. Creio que além do equipamento deve ser analisado o conceito dos GAC, especialmente o tamanho das unidades.
Uma história dos GAC que falam ser real.
Anos após a substituição dos cavalos por viaturas, um oficial que acompanhava um exercicio de tiro em um GAC notou que alguns praças permaneciam parados à distância, sem fazerem nada. Perguntou o motivo e ningúem souber informar com precisão, mas estava no manual de operações de tiro a distribuição deles. O oficial ficou curioso e resolveu procurar o motivo real. Descobriu então que a função dos praças era de segurarem os cavalos inexistentes.
Saudações.

Enviado: Sáb Jun 25, 2005 9:01 pm
por Einsamkeit
Alguem aqui no forum comentou sobre o estado dos M-108, Nossos M-109 estao totalmente operacionais?
Alguem sabe o alcance Maximo?

Enviado: Ter Jun 28, 2005 11:00 am
por Brasileiro
Acabei de ler que o Exército tem um programa de compra do sistema de míssil RBS-70, mas não consegue aprovar devido aos custos e os problemas financeiros de sempre.


abraços

Enviado: Ter Jun 28, 2005 11:03 am
por sgt alex
Einsamkeit escreveu:Alguem aqui no forum comentou sobre o estado dos M-108, Nossos M-109 estao totalmente operacionais?
Alguem sabe o alcance Maximo?


Vou contar da minha experiência para vocês:
- Em 1991, eu me apresentei no 1º GAC AP, e me tornei Chefe de Peça (CP) de um M108. A viatura estava indisponível, pois havia rachado o bloco do motor, coisa comum, pois dos 18 obuseiros da OM somente 06 estavam em funcionamento, sendo que o restante estavam parados devidos a problemas no motor. O armamento estava em condições, pois sempre se faziam as manutenções previstas (diária, semanal, mensal e semestral). Bom para encurtar a história, eu sai do 1º GAC AP no final de 1996 e somente 04 viaturas estavam funcionando.

- Em 2002, fazendo o CAS (Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos), nós fomos visitar o 29º GAC AP, e pergutamos ao Tenente, que era o CLF (Comandante da LInha de Fogo) da Bateria que estava fazendo uma demonstração do M109, quais eram os problemas mais encontrados com relação a manutenção dos mesmos, sendo que ele respondeu que o maior problema residia na falta de lubrificantes para a correta manutenção do motor e da caixa de transmissão, o que estava ocasionando uma restrição quanto ao uso dos mesmos, para evitar possíveis quebras.

- Quando ao alcance do M109, o site do EB diz que ele é de cerca de 23 Km, mas eu vou procurar algum conhecido que esteja servindo em alguma unidade que opere o M109 para saber sobre o alcance e de como anda a situação dos mesmos.