Planeamento da Marinha Portuguesa:
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- Rui Elias Maltez
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Planeamento da Marinha Portuguesa:
Em trabalhos arqueológicos de campo, descobri este achado antigo, que aqui transcrevo, para pasmo e rizada de todos os que gostem de se divertir:
Ministro da Defesa confirma modernização da Marinha Portuguesa
Durante a cerimónia de abertura das comemorações do dia da Marinha Portuguesa, realizadas em Viana do Castelo, o Ministro da Defesa Nacional Dr. Paulo Portas, confirmou a intenção de modernizar a Marinha Portuguesa através da chegada ao país, no fim de 2004 ou no início de 2005, da primeira fragata da Classe “Oliver Hazard Perry” (a FFG-14 USS Sides), assim como a chegada durante o ano de 2005 da segunda unidade do mesmo modelo.
A Marinha Portuguesa espera receber via FMS (Foreign Military Sales) um total de três fragatas dessa classe, todas ex-U. S. Navy.
Na mesma ocasião foi confirmada a construção de um NPL (Navio Polivalente Logístico) nos estaleiros da empresa portuguesa ENVC SA (Estaleiros Navais de Viana do Castelo), cujo projeto será fornecido pela empresa Alemã Howaldtswerke Deutsche Werft AG como contrapartida pela compra de dois submarinos U209PN ao German Submarine Consortium.
Por outro lado, o Ministro da Defesa assinou o contrato para a construção nos estaleiros da ENVC SA de dois NCPs (Navio de Combate à Poluição) baseados no projeto dos dez NPOs (Navio Polivalente Oceânico) encomendados à mesma empresa (os dois primeiros já se encontram em construção).
Foi ainda anunciada a abertura de uma competição international para a aquisição de cinco lanchas costeiras.
Presente à cerimônia, o Chefe de Estado-Maior da Armada Portuguesa, Almirante Francisco Vidal Abreu, declarou que se trata de “sinais fortíssimos da vontade política de renovar a capacidade da Marinha Portuguesa”, pelo que se manifestou convicto de que, em 2010, “Portugal terá uma nova Marinha”. (Victor Manuel Saraiva Barreira)
in Seguranca & Defesa
Ministro da Defesa confirma modernização da Marinha Portuguesa
Durante a cerimónia de abertura das comemorações do dia da Marinha Portuguesa, realizadas em Viana do Castelo, o Ministro da Defesa Nacional Dr. Paulo Portas, confirmou a intenção de modernizar a Marinha Portuguesa através da chegada ao país, no fim de 2004 ou no início de 2005, da primeira fragata da Classe “Oliver Hazard Perry” (a FFG-14 USS Sides), assim como a chegada durante o ano de 2005 da segunda unidade do mesmo modelo.
A Marinha Portuguesa espera receber via FMS (Foreign Military Sales) um total de três fragatas dessa classe, todas ex-U. S. Navy.
Na mesma ocasião foi confirmada a construção de um NPL (Navio Polivalente Logístico) nos estaleiros da empresa portuguesa ENVC SA (Estaleiros Navais de Viana do Castelo), cujo projeto será fornecido pela empresa Alemã Howaldtswerke Deutsche Werft AG como contrapartida pela compra de dois submarinos U209PN ao German Submarine Consortium.
Por outro lado, o Ministro da Defesa assinou o contrato para a construção nos estaleiros da ENVC SA de dois NCPs (Navio de Combate à Poluição) baseados no projeto dos dez NPOs (Navio Polivalente Oceânico) encomendados à mesma empresa (os dois primeiros já se encontram em construção).
Foi ainda anunciada a abertura de uma competição international para a aquisição de cinco lanchas costeiras.
Presente à cerimônia, o Chefe de Estado-Maior da Armada Portuguesa, Almirante Francisco Vidal Abreu, declarou que se trata de “sinais fortíssimos da vontade política de renovar a capacidade da Marinha Portuguesa”, pelo que se manifestou convicto de que, em 2010, “Portugal terá uma nova Marinha”. (Victor Manuel Saraiva Barreira)
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- P44
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- Rui Elias Maltez
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O abate das fragatas da classe João Belo terá sido prematuro?
F-480 Comandante João Belo
Numa altura em que tudo indica que as fragatas americanas O.H. Perry virão para Portugal, caso efectivamente se confirme a sua chegada para a primeira metade de 2006, chegarão a tempo, até serem efectivamente operacionalizadas, para substitur as da classe Comandante João Belo?
Hoje ainda não se sabe se eles virão em estado de perfeita operacionalidade, ou se terão ainda que receber adaptações ou melhoramentos no Arsenal do Afeite, e se for esse o caso, por quanto tempo permanecerão ainda atracadas no cais.
Aliás, a única coisa que se sabe neste momento, a fazer fé no anterior MDN, é que as duas fragatas Perry serão entreges a Portugal com os sistemas de armas que usavam na US Navy.
Das 4 fragatas desta classe, inspirada na Com. Reviére, francesa, dos anos 60, e já sem valor militar relevante hoje em dia, restam actualmente 2 unidades no activo.
Terá o abate das outras duas sido prematuro, isso numa altura em que o negócio da vinda das duas FFG12 e FFG14 ainda não estava seguro?
F-480 Comandante João Belo
Numa altura em que tudo indica que as fragatas americanas O.H. Perry virão para Portugal, caso efectivamente se confirme a sua chegada para a primeira metade de 2006, chegarão a tempo, até serem efectivamente operacionalizadas, para substitur as da classe Comandante João Belo?
Hoje ainda não se sabe se eles virão em estado de perfeita operacionalidade, ou se terão ainda que receber adaptações ou melhoramentos no Arsenal do Afeite, e se for esse o caso, por quanto tempo permanecerão ainda atracadas no cais.
Aliás, a única coisa que se sabe neste momento, a fazer fé no anterior MDN, é que as duas fragatas Perry serão entreges a Portugal com os sistemas de armas que usavam na US Navy.
Das 4 fragatas desta classe, inspirada na Com. Reviére, francesa, dos anos 60, e já sem valor militar relevante hoje em dia, restam actualmente 2 unidades no activo.
Terá o abate das outras duas sido prematuro, isso numa altura em que o negócio da vinda das duas FFG12 e FFG14 ainda não estava seguro?
- Rui Elias Maltez
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Par mim, o ideal seriam 7 fragatas, sendo que embora todas elas polivalentes seriam 3 mais para ASW e ASuW (as Vasco da Gama), e 4 ( OHP, sendo que duas seriam especializadas em AAW, e as outras duas essencialmente AAW, mas com algumas capacidade ASW).
Raul:
Das 5, teremos as 3 VdG com 15 anos neste momento, e teremos em 2006, 2 OHP com 27 anos.
Não me parece que a sua vida útril seja especialmente prolongada.
E como tenho dito, para já, nada se fala em termos de uma futura frota oceânica para os anos que se seguem a 2015/2020.
Raul:
Factualmente tudo aponta para que fiquemos com 5, esperemos que o resto de vida útil das mesmas decorra o melhor possível.
Das 5, teremos as 3 VdG com 15 anos neste momento, e teremos em 2006, 2 OHP com 27 anos.
Não me parece que a sua vida útril seja especialmente prolongada.
E como tenho dito, para já, nada se fala em termos de uma futura frota oceânica para os anos que se seguem a 2015/2020.
A propósito de planeamento naval, já temos discutido o quadro de Meios de Sistema de Força Naval, citado no livro Guerra em Paz, de Nuno Rogeiro.
O que acham deste quadro de meios sugerido pela Marinha? Alguém sabe se dentro da Armada este número de unidades é considerado realista, ou em função de que necessidades foi ele elaborado?
Para quem não tem o livro, aqui fica uma transcrição:
O que acham deste quadro de meios sugerido pela Marinha? Alguém sabe se dentro da Armada este número de unidades é considerado realista, ou em função de que necessidades foi ele elaborado?
Para quem não tem o livro, aqui fica uma transcrição:
Meios de Sistema de Força Naval (1996-1997)
Necessários
Oceânica:
12 FF (ASW/ASuW)
2 FF(AAW)
1 AoR
1 TMO
14 PC
20 Hélis ASW
3 AXS
Submarina:
4 SSK
Projecção de Forças:
1 BLD
1 DAE
1 LPD
Guerra de Minas:
7 MSO
4 MSH
3 MH
2 CDT
Aceitáveis
Oceânica:
8 FF (ASW/ASuW)
2 FF(AAW)
1 AoR
1 TMO
12 PC
16 Hélis ASW
3 AXS
Submarina:
3/4 SSK
Projecção de Forças:
1 BLD
1 DAE
1 LPD
Guerra de Minas:
4 MCMV
2 CDT
Mínimos
Oceânica:
4 FF (ASW/ASuW)
2 FF(AAW)
1 AoR
1 TMO
10 PC
8 Hélis ASW
3 AXS
Submarina:
3 SSK
Projecção de Forças:
1 BLD
1 DAE
1 LPD
Guerra de Minas:
4 MCMV
2 CDT
- P44
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- De facto confesso a minha completa ignorância perante algumas das designações apresentadas
O que posso dizer procurando responder ao amigo JNSA, é o seguinte:
Lembro-me de ter lido um artigo na "Revista de Marinha", (infelizmente tenho pena de não ter comprado essa edição ) no qual segundo declarações de um oficial da Armada portuguesa era referida a necessidade de 12 Fragatas, 4 Submarinos, 4 Navios de Guerra de Minas, mas em relação às fragatas ele deixou bem claro que nenhum Governo aceitaria tal proposta, daí que a Armada tenha na altura elaborado um "esquema" a 6 escoltas oceânicos (procedeu-se ao abate de uma JB).
Quanto aos patrulhas oceânicos recordo-me de um colega num outro espaço cibernáutico ter referido que a intenção inicial era a construção de 14 unidades. Mas infelizmente não tenho fonte oficial que me possa confirmar o mesmo.
Em todo o caso meus amigos, já repararam concerteza que o número de escoltas aí referido corresponde ao número exacto de duas classes de navios Holandeses, a classe "Kortenaer" de 12 navios (ASW e creio que ASuW), e a classe "Jacob Van Heemskerck" de 2 navios (AAW).
Enfim, temos o que temos, regozijemo-nos com isso, pois nada do que aqui dissermos poderá alterar a realidade
O tempo acende as paixões verdadeiras e apaga as superficiais.
- P44
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- Eu compreendo a tua desconfiança P44, esperemos que da parte do Governo impere o bom senso, para já o que parece transparecer é uma forte apatia em relação a questões de Defesa. Se o MDN actual concretizar todos os programas assinados pelo seu antecessor do mal o menos, mas quedam coisas por fazer, o investimento nas FA's deve ser contínuo, não se pode adquirir logo tudo, mas pode-se ir adquirindo, o importante é não parar, já lá diz o povo na sua sabedoria:
"parar é morrer"
O tempo acende as paixões verdadeiras e apaga as superficiais.
- Rui Elias Maltez
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Nesse plano, não tão longínquo assim vê-se que há uma grande disparidade entre o desejável, do ponto de vista da maritima, o mínimamemnte aceitável, que se aproxima bastante do que eu tenho proposto como um patamar mínimo de capacidades para a Armada e a realidade.
Mínimos
Oceânica:
4 FF (ASW/ASuW)
2 FF(AAW)
1 AoR
1 TMO
10 PC
8 Hélis ASW
3 AXS
Submarina:
3 SSK
Projecção de Forças:
1 BLD
1 DAE
1 LPD
Guerra de Minas:
4 MCMV
2 CDT
Se repararmos, até há poucos anos a Armada tinha 7 fragatas (3 VdG + 4 JB = 7 fragatas).
Reconhecendo o seu estado obsoleto, seria necessário dotar a Armada de 4 fragatas, sendo que para mim duas delas deveriam ser essencialmente AAW (e isso corresponde ao que se espera com a vinda das OHP) e as outras 2 AAW/ASW.
Entre o 6 e o 7 acho que seriam um número realista que baste, e que estaria perfeitamente ao alcance da Armada e das capacidades do país.
Reparo que para a Marinha, o mínimo aceitável ao nível de capacidade submarina seriam 3 unidades, sendo que para a Marinha o ideal seriam 4 unidades.
Teremos 2 unidades.
Para a Marinha seria desejavel ter capacidade naval para guerra de minas:
Não temos nada nem se espera que venhamos a ter
Entre os 16 helis ASW dados com "aceitáveis" e os 8 helis ASW vistos como um dispositivo "mínimo", temos actualemente 5 helis Linx, já com alguma idade e poderemos ter em breve mais 2 ou 3, perfazendo 7, ou 8, na melhor das hipóteses.
Ou seja:
As wish-list's que eu tenho recorrentemente colocado aqui não diferem muito desta wish-list dos anos 90, aliás próxima das que sairam dos grupos de trabaho para as quais que eu tive a honra de contribuir.
E todos sabemos que ao nível da Administração Pública, há uma diferença abissal entre o desejável e a realidade.
Para mim, o ideal é que entre o desejável e a realidade houvesse uma distância mais curta, tendo em conta que Portugal é um país essencialmente marítimo, e com responsabilidades internacionais que deveriam ser potenciadas com maior investimento a esse nível.
Duas notas:
Nesses grupos de trabalho que funcionaram regularmente entre 1995 e 2001, nunca vingou muito a tese por mim defendida de que Portugal deveria ter 2 LPD em vez de um único, e que seria importante que a par do LPD houvesse um bom navio de apoio logístico com a filosofia do velho e abatido NRP S. Miguel.
Também parece não ter vingado a minha ideia de que para um diospositivo como o proposto como sendo o ideal, não houvesse pelo menos 2 AOR, já que para tamanho da frota, 1 único AOR, ainda que novo, é pouco para as solicitações.
Mínimos
Oceânica:
4 FF (ASW/ASuW)
2 FF(AAW)
1 AoR
1 TMO
10 PC
8 Hélis ASW
3 AXS
Submarina:
3 SSK
Projecção de Forças:
1 BLD
1 DAE
1 LPD
Guerra de Minas:
4 MCMV
2 CDT
Se repararmos, até há poucos anos a Armada tinha 7 fragatas (3 VdG + 4 JB = 7 fragatas).
Reconhecendo o seu estado obsoleto, seria necessário dotar a Armada de 4 fragatas, sendo que para mim duas delas deveriam ser essencialmente AAW (e isso corresponde ao que se espera com a vinda das OHP) e as outras 2 AAW/ASW.
Entre o 6 e o 7 acho que seriam um número realista que baste, e que estaria perfeitamente ao alcance da Armada e das capacidades do país.
Reparo que para a Marinha, o mínimo aceitável ao nível de capacidade submarina seriam 3 unidades, sendo que para a Marinha o ideal seriam 4 unidades.
Teremos 2 unidades.
Para a Marinha seria desejavel ter capacidade naval para guerra de minas:
Não temos nada nem se espera que venhamos a ter
Entre os 16 helis ASW dados com "aceitáveis" e os 8 helis ASW vistos como um dispositivo "mínimo", temos actualemente 5 helis Linx, já com alguma idade e poderemos ter em breve mais 2 ou 3, perfazendo 7, ou 8, na melhor das hipóteses.
Ou seja:
As wish-list's que eu tenho recorrentemente colocado aqui não diferem muito desta wish-list dos anos 90, aliás próxima das que sairam dos grupos de trabaho para as quais que eu tive a honra de contribuir.
E todos sabemos que ao nível da Administração Pública, há uma diferença abissal entre o desejável e a realidade.
Para mim, o ideal é que entre o desejável e a realidade houvesse uma distância mais curta, tendo em conta que Portugal é um país essencialmente marítimo, e com responsabilidades internacionais que deveriam ser potenciadas com maior investimento a esse nível.
Duas notas:
Nesses grupos de trabalho que funcionaram regularmente entre 1995 e 2001, nunca vingou muito a tese por mim defendida de que Portugal deveria ter 2 LPD em vez de um único, e que seria importante que a par do LPD houvesse um bom navio de apoio logístico com a filosofia do velho e abatido NRP S. Miguel.
Também parece não ter vingado a minha ideia de que para um diospositivo como o proposto como sendo o ideal, não houvesse pelo menos 2 AOR, já que para tamanho da frota, 1 único AOR, ainda que novo, é pouco para as solicitações.
- Rui Elias Maltez
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Como disso noutro local, o programa dos NPO's será concluido em 2014, numa base dos 10 previstos (o que inclui os 2 NCP).
O MDN já garantiu que honrará todos os progrmas assumidos pelo anterior ministro, apenas admitindo que num ou noutro programa possam ocorrer acertos de calendarização (leia-se atrasos ).
Mas não afirmou ainda que serão cancelados este ou aquele programa.
Para já, há que não desesperar.
De resto, e dada a idade e estado das actuais corvedas JC e BdA, os NPO's são indispensáveis, e dado que estarão sub-armados, nem sairão caros demais.
Por outro lado, nos últimos 6 anos já se verificou que em termos de programação militar, o que hoje parece ser um facto assente, amanhã será uma realidade diferente.
Mas exactamente por causa disso, o actual MDN (que me parece ser uma pessoa pouco condutora e pouco interventiva, ou exactamente por isso - não ter ideias) quer manter os programas, para, segundo as suas palavras, não desestabilizar mais ainda a necessária modernização das FA's.
O MDN já garantiu que honrará todos os progrmas assumidos pelo anterior ministro, apenas admitindo que num ou noutro programa possam ocorrer acertos de calendarização (leia-se atrasos ).
Mas não afirmou ainda que serão cancelados este ou aquele programa.
Para já, há que não desesperar.
De resto, e dada a idade e estado das actuais corvedas JC e BdA, os NPO's são indispensáveis, e dado que estarão sub-armados, nem sairão caros demais.
Por outro lado, nos últimos 6 anos já se verificou que em termos de programação militar, o que hoje parece ser um facto assente, amanhã será uma realidade diferente.
Mas exactamente por causa disso, o actual MDN (que me parece ser uma pessoa pouco condutora e pouco interventiva, ou exactamente por isso - não ter ideias) quer manter os programas, para, segundo as suas palavras, não desestabilizar mais ainda a necessária modernização das FA's.
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Raul Neto escreveu:Eu compreendo a tua desconfiança P44, esperemos que da parte do Governo impere o bom senso, para já o que parece transparecer é uma forte apatia em relação a questões de Defesa. Se o MDN actual concretizar todos os programas assinados pelo seu antecessor do mal o menos, mas quedam coisas por fazer, o investimento nas FA's deve ser contínuo, não se pode adquirir logo tudo, mas pode-se ir adquirindo, o importante é não parar, já lá diz o povo na sua sabedoria:
"parar é morrer"
Raul,
Depois de ler a noticia do DN acerca do PIDDAC, depois de constatar a ausência /indeferença do governo aquando da cerimónia do passado sábado, eu não me admirava nada que suspendessem o programa dos NPOs e nos ficássemos por estes 2...e que o NAVPOL fosse dar em nada tb...sou pessimista, é certo, mas os sinais estão aí...
Triste sina ter nascido português
Rui Elias Maltez escreveu:Nesses grupos de trabalho que funcionaram regularmente entre 1995 e 2001, nunca vingou muito a tese por mim defendida de que Portugal deveria ter 2 LPD em vez de um único, e que seria importante que a par do LPD houvesse um bom navio de apoio logístico com a filosofia do velho e abatido NRP S. Miguel.
Também parece não ter vingado a minha ideia de que para um diospositivo como o proposto como sendo o ideal, não houvesse pelo menos 2 AOR, já que para tamanho da frota, 1 único AOR, ainda que novo, é pouco para as solicitações.
Exacto, Rui. Se para a frota proposta como mínima (4+2 fragatas), 1 AOR ainda pode ser considerado suficiente, já não se pode dizer o mesmo no caso da visão maximalista (12+2 fragatas).
Por outro lado, uma dúvida que surge é qual foi a lógica que presidiu à escolha destes meios por parte da Armada. Tendo em conta que a data apresentada para este quadro de forças é 1996/97, não se percebe porque seriam precisas 12 fragatas ASW, visto que a ameaça submarina por parte da URSS já tinha desaparecido. Este parece ser um plano feito a pensar na Guerra Fria e não no moderno quadro de operações que, na visão maximalista, exigiria obviamente um 2º AOR e um 2º LPD ou LHD em detrimento de tantas escoltas. Fica-se a pensar se a Marinha não andaria um pouco perdida no tempo quando fez esta "wish-list".