PANDUR II contruído em Portugal - onde?
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- Rui Elias Maltez
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PANDUR II contruído em Portugal - onde?
O anterior Governo negociou com a Steyr austriaca, vencedora do concurso para o fornecimento a Portugal de cerca de 300 viaturas Pandur II de 8 rodas, um pacote de contrapartidas.
Nessa negociação, um dos requesitos era o retorno e incorporação nacional, de que resultou a disponibilidade da Steyr para que cerca de 80% dos veículos fossem construídos em Portugal.
O local apontado, com grande pompa pelo anterior Ministro da Defesa, Paulo Portas foi a SOREFAME, antiga fábrica de material ferroviário circulante.
Já nessa altura, o seu colega de governo, Álvaro Barreto havia dito que entre o Estado português e a proprietária das instalações da SOREFAME (a Bombardier)não havia qualquer acordo para a cedência dessas mesmas instalações.
O ministro Portas na altura, num recuo táctico disse então que os Pandur II poderiam ser construídos na região de Lisboa, deixando de referir especificamente a SOREFAME.
Agora o actual governo confirma:
Na SOREFAME provavelmente não será, porque essas instalações esperam a proposta de compra por parte da maior operadora comercial ferroviária portuguesa.
Onde se construirão os Pandur II, que de acordo com os contratos assinados se deveriam começar a montar já na segunda metade deste ano de 2005?
Boa pergunta, não?
Nessa negociação, um dos requesitos era o retorno e incorporação nacional, de que resultou a disponibilidade da Steyr para que cerca de 80% dos veículos fossem construídos em Portugal.
O local apontado, com grande pompa pelo anterior Ministro da Defesa, Paulo Portas foi a SOREFAME, antiga fábrica de material ferroviário circulante.
Já nessa altura, o seu colega de governo, Álvaro Barreto havia dito que entre o Estado português e a proprietária das instalações da SOREFAME (a Bombardier)não havia qualquer acordo para a cedência dessas mesmas instalações.
O ministro Portas na altura, num recuo táctico disse então que os Pandur II poderiam ser construídos na região de Lisboa, deixando de referir especificamente a SOREFAME.
Agora o actual governo confirma:
Na SOREFAME provavelmente não será, porque essas instalações esperam a proposta de compra por parte da maior operadora comercial ferroviária portuguesa.
Onde se construirão os Pandur II, que de acordo com os contratos assinados se deveriam começar a montar já na segunda metade deste ano de 2005?
Boa pergunta, não?
![Imagem](http://i213.photobucket.com/albums/cc46/RuiElias2/2composiesPaint.jpg)
- FinkenHeinle
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Que tal a OGMA?!
Seria tecnicamente possível, e econômicamente viável?!
Como ela hoje é, em parte, subsidiária da Embraer, talvez fosse possível acordos com empresas brasileiras, já que o Brasil tem forte presença de uma indústria automobilística, e também o que sobrou de uma forte indústria de veículos militares.
Comentários?!
Seria tecnicamente possível, e econômicamente viável?!
Como ela hoje é, em parte, subsidiária da Embraer, talvez fosse possível acordos com empresas brasileiras, já que o Brasil tem forte presença de uma indústria automobilística, e também o que sobrou de uma forte indústria de veículos militares.
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Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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- Vinicius Pimenta
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Alcântara escreveu:Que tal um acordo com a Avibrás ou com a Imbel para a produção dos Pandur II?
Pra quem? Pra eles? Ué, se eles querem produzir 80% dos veículos lá, não tem sentido pensar em nada daqui do Brasil. Se for para algum país que não seja Portugal fabricar os veículos, que seja então o próprio fabricante, muito mais vantagem do que contratar um terceiro país. Se for pra nós, a Imbel já tem acordo com a Patria.
Vinicius Pimenta
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- Rui Elias Maltez
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Colegas:
Nas instalações das OGMA está fora de questão, já que estas são instalações especilaizadas na construção de componentes para aviação e manutenção de aeronaves.
Mas há outros locais possiveis e o que não falta em Portugal são unidades fabris relativamente desactivadas e que poderiam ser aproveitadas para essa montagem.
Agora fala-se que pode ser algures a sul de Lisboa, na península de Setúbal.
Em tempos, nos anos 60 e 70 construiram-se na região centro, no Tramagal os camiões Berliet que serviram o Exército português, como motorização Renault.
Depois, nos anos 80 construiram-se em versão militar e civil, em Portugal os UMM.
E esses camiões chegaram a servir na guerra colonial e na metrópole durante anos.
A nossa actuais armas ligeiras G-3 também foram construídas em Portugal sob licença do fabricante alemão, e o up-grade dos F-16 está a efectuar-se em território nacional.
Portanto temos capacidade e conhecimento para montar esses blindados de rodas.
E locais também.
O que urge é definir esse local, prepará-lo e começar essa montagem.
Porque uma das possiblidades é que essa fábrica de PANDUR II possa depois procurar encontrar no exterior mercados externos de exportação dessa viatura, nomeadamente para os PALOP e outros mercados.
Isto se o PANDUR II "português" provar e tiver sucesso, e com as necessárias licenças a Steyr.
Nas instalações das OGMA está fora de questão, já que estas são instalações especilaizadas na construção de componentes para aviação e manutenção de aeronaves.
Mas há outros locais possiveis e o que não falta em Portugal são unidades fabris relativamente desactivadas e que poderiam ser aproveitadas para essa montagem.
Agora fala-se que pode ser algures a sul de Lisboa, na península de Setúbal.
Em tempos, nos anos 60 e 70 construiram-se na região centro, no Tramagal os camiões Berliet que serviram o Exército português, como motorização Renault.
Depois, nos anos 80 construiram-se em versão militar e civil, em Portugal os UMM.
E esses camiões chegaram a servir na guerra colonial e na metrópole durante anos.
A nossa actuais armas ligeiras G-3 também foram construídas em Portugal sob licença do fabricante alemão, e o up-grade dos F-16 está a efectuar-se em território nacional.
Portanto temos capacidade e conhecimento para montar esses blindados de rodas.
E locais também.
O que urge é definir esse local, prepará-lo e começar essa montagem.
Porque uma das possiblidades é que essa fábrica de PANDUR II possa depois procurar encontrar no exterior mercados externos de exportação dessa viatura, nomeadamente para os PALOP e outros mercados.
Isto se o PANDUR II "português" provar e tiver sucesso, e com as necessárias licenças a Steyr.
![Imagem](http://i213.photobucket.com/albums/cc46/RuiElias2/2composiesPaint.jpg)
- Rui Elias Maltez
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Disputas pelos milhões do programa de armas
arquivo jn
O concurso de 320 blindados para o Exército e para a Marinha, no valor de 344 milhões de euros saídos do orçamento da Defesa, está formalmente concluído, mas a polémica está para durar.
A vencedora foi a Steyr, com o Pandur II, mas sob fortes protestos dos outros dois concorrentes, Mowag Piranha e Patria, que sempre alegaram que alguns dos "requisitos essenciais" do caderno de encargos não eram respeitados pelo vencedor.
De tal forma que o representante da Piranha em Portugal acabou por perder a concessão, uma vez que a "concorrente" faz parte do mesmo grupo, a General Dynamics, que parece ter querido assim evitar uma luta pública entre as duas fábricas.
A Patria, da Finlândia, moveu, por sua vez, uma providência cautelar, que foi entretanto levantada, mas os finlandeses poderão reservar outras surpresas. A grande bandeira política para a atribuição da vitória à Steyr por parte do então ministro da Defesa, Paulo Portas, foi a montagem dos blindados na fábrica Bombardier da Amadora - como vem, aliás, referido no "Anexo do Relatório da Comissão Permanente de Contrapartidas". No entanto, isso acabou por não ser viável, e continua sem se saber onde vão ser afinal montados os blindados.
Menos claro ainda é o que vai acontecer à fábrica quando ficar concluído o processo de fornecimento de blindados ao Exército e à Marinha (no contrato entre 2006 e 2009). Chegou a ser referido - e escrito no referido Relatório - que havia a possibilidade de fornecimento para países como Angola, mas tendo em conta a dívida deste Estado à Rússia as opções têm sido a compra de material de guerra à antiga URSS.
Outra opção seria o fornecimento para o Brasil também de blindados, mas esta intenção deixa dúvidas a muitos sectores. É que o Brasil tem uma indústria automóvel própria, produz inclusive blindados, exportando-os para todo o mundo.
E não é crível que este Estado aceite que seja outro país a construir e a fornecer algo que faz parte das suas próprias capacidades.
in Jornal de Notícias de 13/Maio/2005
arquivo jn
![Imagem](http://utils.sapo.pt/thumbnail?pic=http://jn.sapo.pt/2005/05/13/7260040.jpg&H=250&W=250&errorpic=http://jn.sapo.pt/images/lusomundo/jn/errorpic.gif)
O concurso de 320 blindados para o Exército e para a Marinha, no valor de 344 milhões de euros saídos do orçamento da Defesa, está formalmente concluído, mas a polémica está para durar.
A vencedora foi a Steyr, com o Pandur II, mas sob fortes protestos dos outros dois concorrentes, Mowag Piranha e Patria, que sempre alegaram que alguns dos "requisitos essenciais" do caderno de encargos não eram respeitados pelo vencedor.
De tal forma que o representante da Piranha em Portugal acabou por perder a concessão, uma vez que a "concorrente" faz parte do mesmo grupo, a General Dynamics, que parece ter querido assim evitar uma luta pública entre as duas fábricas.
A Patria, da Finlândia, moveu, por sua vez, uma providência cautelar, que foi entretanto levantada, mas os finlandeses poderão reservar outras surpresas. A grande bandeira política para a atribuição da vitória à Steyr por parte do então ministro da Defesa, Paulo Portas, foi a montagem dos blindados na fábrica Bombardier da Amadora - como vem, aliás, referido no "Anexo do Relatório da Comissão Permanente de Contrapartidas". No entanto, isso acabou por não ser viável, e continua sem se saber onde vão ser afinal montados os blindados.
Menos claro ainda é o que vai acontecer à fábrica quando ficar concluído o processo de fornecimento de blindados ao Exército e à Marinha (no contrato entre 2006 e 2009). Chegou a ser referido - e escrito no referido Relatório - que havia a possibilidade de fornecimento para países como Angola, mas tendo em conta a dívida deste Estado à Rússia as opções têm sido a compra de material de guerra à antiga URSS.
Outra opção seria o fornecimento para o Brasil também de blindados, mas esta intenção deixa dúvidas a muitos sectores. É que o Brasil tem uma indústria automóvel própria, produz inclusive blindados, exportando-os para todo o mundo.
E não é crível que este Estado aceite que seja outro país a construir e a fornecer algo que faz parte das suas próprias capacidades.
in Jornal de Notícias de 13/Maio/2005
![Imagem](http://i213.photobucket.com/albums/cc46/RuiElias2/2composiesPaint.jpg)