Exposição do 2ºGAAAE
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Exposição do 2ºGAAAE
Exposição do Exército Brasileiro em Santos, dia 16 e 17 de abril de 2005.
A exposição ocorreu na praia na Praça das Bandeiras, estavam expostos equipamentos, veículos e armamentos do 2º GAAAE e do 2º BIL. O interessante é que estas unidades são novas na Baixada Santista, o 2ºGAAE substituiu a Artilharia de Costa, pois dentro da reestruturação do exército, os ASTROS foram enviados para a cidade de FORMOSA em Goiás e o 2ºBIL é uma transformação do tradicional 2º BC, Batalhão de Caçadores Martim Afonso.
Mas o que mais me chamou a atenção foram os equipamentos expostos do 2º GAAE, Grupo Fernando de Noronha. Estavam expostos um canhão Oerlikon de 35 mm, uma diretora de tiro Superfledermaus, um gerador elétrico, dois lançadores de treinamento do míssil Igla, um alvo aéreo. Vamos alguns comentários:
Estavam expostos dois lançadores de exercício Igla, um da cor amarela e outro de cor cinza prata, pelas informações que obtive os lançadores são armazenados numa caixa retangular, que comporta dois mísseis no seu interior.
Havia um equipamento que os militares denominavam de simulador de míssil, tratava-se de uma caixa retangular de mais ou menos 40 cm de comprimento por 30 cm de largura, com uns 30 de altura, era toda de aço de aparência robusta, no seu painel que parecia saído dos anos 50, havia um amperímetro analógico, destes que se usam em eletrônica, algumas luzes e marcador numérico de diodo, tipo o que se usa em rádios relógios, era um marcador de três dígitos e de aparência bem rústica. Aliás o aparelho parecia da idade da pedra da eletrônica, tinha saída para três conexões do tipo usada em computadores militares com tampas e uma parte que também podia acoplar ao lançador do Igla. O aparelho era usado para testar o míssil e pelo que eu pude ler em algumas fichas em português que estavam ao lado, a precisão do sensor era avaliada pelo amperímetro, na ficha estava escrito de 0 a 20 uA (mili Ampere) erro de 1 grau. Perguntei sobre isso, se era a corrente do sensor que era testada, mas o Sgt. Não me soube responder. Outro detalhe interessante era que os caracteres gravados estavam em russo com letras em cirílico, mas havia etiquetas com palavras em inglês como start. A alimentação era feita por duas baterias de carro, o que dava 24 volts.
Conversei com três militares e obtive algumas informações: o primeiro teste o míssil desviu e atingiu uma duna na restinga de Marambaia, não entendi a razão do erro, a explicação que me deu se referia a uma questão de ângulo de lançamento. Mas com a adoção de um flar no alvo aéreo parece que o problema foi solucionado. Um sargento me disse que o míssil no teste fez uma curva ao se aproximar do aeromodelo alvo e passou na frente deste, ele disse que isso era devido a uma característica do Igla de fazer uma curva para impactar o alvo de lado causando maiores danos principalmente ao piloto devido a ogiva pequena. Também afirmou que o sensor distingue de flares e que na utilização o Igla fica nas rotas possíveis de ataque enquanto os canhões ficam próximo ao alvo.
O Superfledermaus, possui um radar do tipo de varredura cônica, um painel completa analógico, tendo uma eletrônica classificada por um militar como rudimentar, junto a antena fica uma mira óptica telescópica de grande ampliação e que é o recurso utilizado para enfrentar as ECM. O militar afirma que o FILA pode enfrentar ECMs muito bem, algo que duvido. Segundo o cartaz exposto o alcance máximo de detecção é de 50 km, máximo de acompanhamento de 40 km, distancia mínima de computação 250 m, guarnição de 5 homens. No entanto acredito que a eficácia deva ser muito limitada pois não existe radar de busca, havendo apenas a antena em forma de prato do radar de tiro. Um operador se senta ao lado da antena e usa o telescópio, outros três ficam embaixo sentados em bancos escamoteáveis, expostos ao ar livre, sobre uma pequena cobertura, operando uma enormidade de "reloginhos" que marcam ângulos, azimutes, elevações etc, de radar apenas resta um tubo de raios catódicos saído de algum bunker alemão da IIGM de tão antigo.
O gerador exposto utiliza um motor VW , consumindo 10 litros por hora, com um tanque de 110 litros, consome gasolina, e possui cabos extensíveis de força de 80 m, força/dados de 80 m e cabo CDT de 200 m.
Todos os equipamentos possuem rodas e são rebocados.
O Alvo aéreo exposto era um aeromodelo rebocador LAH-EB/Delta, com envergadura de 148 cm e comprimento de 130 cm, com peso de 15 kg e controlado por um rádio de 6 canias de FM e o controle é igual ao que qualquer aeromodelista usa do tipo portátil.
Quanto a dotação de armas do 2ºGAAAE o número é um tanto confuso, segundo um militar somente existe um canhão e um radar, o mais provável, outro chegou a falar que chegariam 12 canhões. O mais provável é um numero entre 02 e 06. Quanto aos radares falaram que ficaram 02 Filas no quartel, também acho estranho. Quanto a munição de 35 mm, perguntei se estava sendo importada, me disseram que foi adquirido um grande lote com os canhões e que até hoje queimamos esta munição, puxa isto faz uns 30 anos, munição um tanto velha. Perguntei se não falhava, me disseram que não. Pessoalmente acho a munição muito velha, pois já atirei com munições velhas em armas portáteis e atesto que a queima da pólvora não é boa, perde rendimento, quando não falha, difícil dizer que com uma munição mais sofisticada e de maior perfomance não aconteça os mesmos efeitos.
A exposição ocorreu na praia na Praça das Bandeiras, estavam expostos equipamentos, veículos e armamentos do 2º GAAAE e do 2º BIL. O interessante é que estas unidades são novas na Baixada Santista, o 2ºGAAE substituiu a Artilharia de Costa, pois dentro da reestruturação do exército, os ASTROS foram enviados para a cidade de FORMOSA em Goiás e o 2ºBIL é uma transformação do tradicional 2º BC, Batalhão de Caçadores Martim Afonso.
Mas o que mais me chamou a atenção foram os equipamentos expostos do 2º GAAE, Grupo Fernando de Noronha. Estavam expostos um canhão Oerlikon de 35 mm, uma diretora de tiro Superfledermaus, um gerador elétrico, dois lançadores de treinamento do míssil Igla, um alvo aéreo. Vamos alguns comentários:
Estavam expostos dois lançadores de exercício Igla, um da cor amarela e outro de cor cinza prata, pelas informações que obtive os lançadores são armazenados numa caixa retangular, que comporta dois mísseis no seu interior.
Havia um equipamento que os militares denominavam de simulador de míssil, tratava-se de uma caixa retangular de mais ou menos 40 cm de comprimento por 30 cm de largura, com uns 30 de altura, era toda de aço de aparência robusta, no seu painel que parecia saído dos anos 50, havia um amperímetro analógico, destes que se usam em eletrônica, algumas luzes e marcador numérico de diodo, tipo o que se usa em rádios relógios, era um marcador de três dígitos e de aparência bem rústica. Aliás o aparelho parecia da idade da pedra da eletrônica, tinha saída para três conexões do tipo usada em computadores militares com tampas e uma parte que também podia acoplar ao lançador do Igla. O aparelho era usado para testar o míssil e pelo que eu pude ler em algumas fichas em português que estavam ao lado, a precisão do sensor era avaliada pelo amperímetro, na ficha estava escrito de 0 a 20 uA (mili Ampere) erro de 1 grau. Perguntei sobre isso, se era a corrente do sensor que era testada, mas o Sgt. Não me soube responder. Outro detalhe interessante era que os caracteres gravados estavam em russo com letras em cirílico, mas havia etiquetas com palavras em inglês como start. A alimentação era feita por duas baterias de carro, o que dava 24 volts.
Conversei com três militares e obtive algumas informações: o primeiro teste o míssil desviu e atingiu uma duna na restinga de Marambaia, não entendi a razão do erro, a explicação que me deu se referia a uma questão de ângulo de lançamento. Mas com a adoção de um flar no alvo aéreo parece que o problema foi solucionado. Um sargento me disse que o míssil no teste fez uma curva ao se aproximar do aeromodelo alvo e passou na frente deste, ele disse que isso era devido a uma característica do Igla de fazer uma curva para impactar o alvo de lado causando maiores danos principalmente ao piloto devido a ogiva pequena. Também afirmou que o sensor distingue de flares e que na utilização o Igla fica nas rotas possíveis de ataque enquanto os canhões ficam próximo ao alvo.
O Superfledermaus, possui um radar do tipo de varredura cônica, um painel completa analógico, tendo uma eletrônica classificada por um militar como rudimentar, junto a antena fica uma mira óptica telescópica de grande ampliação e que é o recurso utilizado para enfrentar as ECM. O militar afirma que o FILA pode enfrentar ECMs muito bem, algo que duvido. Segundo o cartaz exposto o alcance máximo de detecção é de 50 km, máximo de acompanhamento de 40 km, distancia mínima de computação 250 m, guarnição de 5 homens. No entanto acredito que a eficácia deva ser muito limitada pois não existe radar de busca, havendo apenas a antena em forma de prato do radar de tiro. Um operador se senta ao lado da antena e usa o telescópio, outros três ficam embaixo sentados em bancos escamoteáveis, expostos ao ar livre, sobre uma pequena cobertura, operando uma enormidade de "reloginhos" que marcam ângulos, azimutes, elevações etc, de radar apenas resta um tubo de raios catódicos saído de algum bunker alemão da IIGM de tão antigo.
O gerador exposto utiliza um motor VW , consumindo 10 litros por hora, com um tanque de 110 litros, consome gasolina, e possui cabos extensíveis de força de 80 m, força/dados de 80 m e cabo CDT de 200 m.
Todos os equipamentos possuem rodas e são rebocados.
O Alvo aéreo exposto era um aeromodelo rebocador LAH-EB/Delta, com envergadura de 148 cm e comprimento de 130 cm, com peso de 15 kg e controlado por um rádio de 6 canias de FM e o controle é igual ao que qualquer aeromodelista usa do tipo portátil.
Quanto a dotação de armas do 2ºGAAAE o número é um tanto confuso, segundo um militar somente existe um canhão e um radar, o mais provável, outro chegou a falar que chegariam 12 canhões. O mais provável é um numero entre 02 e 06. Quanto aos radares falaram que ficaram 02 Filas no quartel, também acho estranho. Quanto a munição de 35 mm, perguntei se estava sendo importada, me disseram que foi adquirido um grande lote com os canhões e que até hoje queimamos esta munição, puxa isto faz uns 30 anos, munição um tanto velha. Perguntei se não falhava, me disseram que não. Pessoalmente acho a munição muito velha, pois já atirei com munições velhas em armas portáteis e atesto que a queima da pólvora não é boa, perde rendimento, quando não falha, difícil dizer que com uma munição mais sofisticada e de maior perfomance não aconteça os mesmos efeitos.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Olá JL,
Você saberia me dizer quais unidades do EB utilizam os Iglas
E, se possível, a quantidade de lançadores que cada uma opera
Desde já agradeço
Abraços
César
Você saberia me dizer quais unidades do EB utilizam os Iglas
![Question :?:](./images/smilies/icon_question.gif)
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Desde já agradeço
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Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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- edson_spbr
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canhão
Servi no 2o gaaae em 2001/2002, passamos o ano inteiro fazendo manutenção no canhão, e no final do ano fomos realizar tiros reais em Bertioga, fui soldado municiador e digo um coisa, o equipamento pode ser velho, mas que funciona isso sim funciona fora a adrenalina e a polvora que levanta quando os tiros são disparados.
Eu tenho um vídeo dos tiros, pena que está em fita vhs.
abraços
Edson
Eu tenho um vídeo dos tiros, pena que está em fita vhs.
abraços
Edson
Esta rusticidade do equipamento russo é justamente para baratear, usa-se equipamento que seja suficiente e não o que mais impressiona visualmente, se o visor de rádio-relógio serve, por que colocar um de cristal líquido mais caro e complicado? Se faz a mesma coisa então é mais sensato usar o mais barato. Agora quem estiver disposto a pagar mais pela beleza e acabamento...
- FinkenHeinle
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Carlos Mathias escreveu:Esta rusticidade do equipamento russo é justamente para baratear, usa-se equipamento que seja suficiente e não o que mais impressiona visualmente, se o visor de rádio-relógio serve, por que colocar um de cristal líquido mais caro e complicado? Se faz a mesma coisa então é mais sensato usar o mais barato. Agora quem estiver disposto a pagar mais pela beleza e acabamento...
É, realmente, o MFD não faz nada que os "reloginhos" não façam...
Não há nenhuma vantagem em se usar visores de cristal-liquido...
É só pela beleza mesmo...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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É verdade, mas devemos reconhecer que os mostradores de "telinha", são muito mais fáceis e simples de se utilizar e necessitam de um esforço visual muito menor.
Mas os ponteirinhos são muito mais práticos do ponto de vista operacional, uma vez que são bem mais robustos, e mais simples do ponto de vista tecnológico e de manutenção.
Essa história de que "telinhas" são só jogada visual de vendas não funcionam em todos os casos, mas nesse caso pode ser que sim.
Simplicidade e sofisticação devem andar lado a lado, em equilíbrio.
abraços
Mas os ponteirinhos são muito mais práticos do ponto de vista operacional, uma vez que são bem mais robustos, e mais simples do ponto de vista tecnológico e de manutenção.
Essa história de que "telinhas" são só jogada visual de vendas não funcionam em todos os casos, mas nesse caso pode ser que sim.
Simplicidade e sofisticação devem andar lado a lado, em equilíbrio.
abraços
- Vinicius Pimenta
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Ah sim, os MFDs foram simples invenções ocidentais inúteis para um aeronave! Não servem para nada mesmo... Melhor ficar nos ponteirinhos... Aliás não sei porque o Su-35 possui um monte de MFDs... Deve ser para ficar mais bonito e atrair os ocidentais... Coisas estranhas desse mundo...
Eu me divirto com cada declaração nesse fórum...
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Eu me divirto com cada declaração nesse fórum...
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Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Vinícius, você pode não concordar com uma declaração de um membro, mais não precisa ridiculariza-la com expressões do tipo "eu me divirto com declarações desse forum", assim nem parece que você é moderador, quanto aos MFD eles foram criados porque não cabiam mais controles na cabine, se pudesse usar um controle analógico tudo bem, mas não da, é controle demais, câmera das armas guiadas por TV, IRST (é esse o nome do infra-vermelho?), mapa digital, etc
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Se eu preciso marcar amperagem e nada mais, prá quê um MFD? Se eu preciso mostrar um número, prá quê um MFD? Prá quê um MFD onde um relógio de R$5,00 resolve?
Agradeço ao colega pela ajuda, aliás a ridicularização de pessoas que pensam diferente está se tornando uma constante aqui e a rispidez de certos debates atesta isto, porém não cabe a mim observar comportamento de foristas. O Finken é contumaz nesta prática, mas do Vinícius eu não esperava isto, pela sua inteligência eu supus que tivesse compreendido ou já soubesse uma obviedade como a que eu escrevi, me enganei. Qualquer um sabe da mentalidade russa de não gastar mais que o necessário, não enfeitar mais que o necessário. Porém, como o modo de ver a Rússia continua o mesmo desde a guerra-fria, que aliás já acabou, parece que é muito difícil uma outra maneira de se fazer defesa que não seja o modelo americano/europeu. Nada além disto serve ou satisfaz, ainda que se tenha que pagar mais pelo mesmo, ou até mesmo muito mais. Enfim, fora as ridicularizações, apenas divergências de opiniões.
Agradeço ao colega pela ajuda, aliás a ridicularização de pessoas que pensam diferente está se tornando uma constante aqui e a rispidez de certos debates atesta isto, porém não cabe a mim observar comportamento de foristas. O Finken é contumaz nesta prática, mas do Vinícius eu não esperava isto, pela sua inteligência eu supus que tivesse compreendido ou já soubesse uma obviedade como a que eu escrevi, me enganei. Qualquer um sabe da mentalidade russa de não gastar mais que o necessário, não enfeitar mais que o necessário. Porém, como o modo de ver a Rússia continua o mesmo desde a guerra-fria, que aliás já acabou, parece que é muito difícil uma outra maneira de se fazer defesa que não seja o modelo americano/europeu. Nada além disto serve ou satisfaz, ainda que se tenha que pagar mais pelo mesmo, ou até mesmo muito mais. Enfim, fora as ridicularizações, apenas divergências de opiniões.
Carlos Mathias escreveu:Se eu preciso marcar amperagem e nada mais, prá quê um MFD? Se eu preciso mostrar um número, prá quê um MFD? Prá quê um MFD onde um relógio de R$5,00 resolve?
Agradeço ao colega pela ajuda, aliás a ridicularização de pessoas que pensam diferente está se tornando uma constante aqui e a rispidez de certos debates atesta isto, porém não cabe a mim observar comportamento de foristas. O Finken é contumaz nesta prática, mas do Vinícius eu não esperava isto, pela sua inteligência eu supus que tivesse compreendido ou já soubesse uma obviedade como a que eu escrevi, me enganei. Qualquer um sabe da mentalidade russa de não gastar mais que o necessário, não enfeitar mais que o necessário. Porém, como o modo de ver a Rússia continua o mesmo desde a guerra-fria, que aliás já acabou, parece que é muito difícil uma outra maneira de se fazer defesa que não seja o modelo americano/europeu. Nada além disto serve ou satisfaz, ainda que se tenha que pagar mais pelo mesmo, ou até mesmo muito mais. Enfim, fora as ridicularizações, apenas divergências de opiniões.
100% de acordo, principalmente na observação do comportamente de certos usuários.
Somente complementando, se a rusticidade Russa é tão ruim, pq os Americanos e outros atuais integrantes do projeto Freedom pediram ajuda técnica aos Russos principalmente nesta parte ?!
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."![Wink ;)](./images/smilies/icon_wink.gif)
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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Caro Cesar não sou militar, apenas entusiasta do assunto como acredito que a maioria o seja, bem como não tenho fontes priveligiadas apenas observo e leio as revistas e sites que todos aqui conhecem. Porém acompanho o assunto desde de 1980, então já li alguma coisa.
Quanto a sua pergunta uma vez li algo a respeito de uma centena de mísseis Igla, mas com certeza todos os grupos anti-aéreos devem ter a arma, bem como todas as unidades de elite. Infantaria de Selva, Paraquedistas, Forças Especiais, Batalhões de Infantaria Leve. Se o 2º Bil não exibiu a arma, talvez por ser uma unidade nova.
Quanto a eficiencia do Oerlikon 35 mm, não dúvido em nada, esta arma foi testada em combate nas Malvinas, nas mãos da artilharia anti-aérea da Fuerza Aérea Argentina e fez estrago abateu um Sea Harrier e na Batalha de Goose Green, causou baixa entre os para-quedistas ingleses, quando usada no tiro terrestre. O ponto fraco do sistema esta na diretora de tiro, muito antiga.
É bom lembrar que o EB também possui a combinação Bofors L/70 de 40 mm com diretora de tiro Avibrás FILA.
Quanto a "caixinha" de teste ou simulação do Igla, pode ser eficiente, mas uma coisa posso afirmar pareçe que saiu de um museu ou de alguma oficina velha de eletronica é feia que doi. E acho que não deve ser muito barata não. Afinal de contas o Igla já tem fama suficiente para ser um produto valorizado.
Agora o que falta é algo maior, um míssil maior. Aprecio muito o Bamse sueco, mas se o EB tivesse o Aspide, na versão terrestre igual ao da Marinha, já estaria muito bom.
Quanto a sua pergunta uma vez li algo a respeito de uma centena de mísseis Igla, mas com certeza todos os grupos anti-aéreos devem ter a arma, bem como todas as unidades de elite. Infantaria de Selva, Paraquedistas, Forças Especiais, Batalhões de Infantaria Leve. Se o 2º Bil não exibiu a arma, talvez por ser uma unidade nova.
Quanto a eficiencia do Oerlikon 35 mm, não dúvido em nada, esta arma foi testada em combate nas Malvinas, nas mãos da artilharia anti-aérea da Fuerza Aérea Argentina e fez estrago abateu um Sea Harrier e na Batalha de Goose Green, causou baixa entre os para-quedistas ingleses, quando usada no tiro terrestre. O ponto fraco do sistema esta na diretora de tiro, muito antiga.
É bom lembrar que o EB também possui a combinação Bofors L/70 de 40 mm com diretora de tiro Avibrás FILA.
Quanto a "caixinha" de teste ou simulação do Igla, pode ser eficiente, mas uma coisa posso afirmar pareçe que saiu de um museu ou de alguma oficina velha de eletronica é feia que doi. E acho que não deve ser muito barata não. Afinal de contas o Igla já tem fama suficiente para ser um produto valorizado.
Agora o que falta é algo maior, um míssil maior. Aprecio muito o Bamse sueco, mas se o EB tivesse o Aspide, na versão terrestre igual ao da Marinha, já estaria muito bom.
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- Vinicius Pimenta
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Quanta tempestade em copo d'água. Tudo bem, se eu "ridicularizei" a opinião de alguém, o que não foi minha intenção, peço desculpas sem problemas.
Só por questões de espaço? Hum...
Com apenas 1 MFD você concentra dezenas de "reloginhos" em um lugar só. Você não usa todos os reloginhos ao mesmo tempo. Mas numa aeronave militar, a quantidade de reloginhos é imensa. Num situação de combate, o piloto pode perder tempo demais olhando os reloginhos. Com um MFD ele seleciona apenas o que é relevante para aquele momento da manobra. Diminuindo de sobremaneira a carga do piloto que pode passar mais tempo se dedicando ao que realmente interessa, isto é, abater o adversário e de preferência não ser abatido. Se você precisar só de um reloginho, não precisa de um MFD, agora se você precisa de 50 reloginhos, um MFD vai te ajudar bastante. Além disso, o Marechal deu um exemplo acima: como você exibe um mapa digital no reloginho????
Portanto, os reloginhos não fazem a mesma coisa que o MFD, não trazem benefício algum ao piloto. Logisticamente é pior, imagina manter uma bancada de peças de reposição para 50 reloginhos diferentes quando você só precisa de 1 MFD. É um peso maior no cockpit. Só vejo como única vantagem o preço individual. Sinceramente não acho que o preço mais baixo compense os benefícios do MFD. Se o MFD fosse "supérfulo", todas as aeronaves novas no mundo utilizariam ainda reloginhos, o que não acontece, nem no Su-35, que é russo.
Se você está falando da tal bancada de testes ou sei lá o que do Igla, não sei porque você tocou no assunto MFD. Acredito que a função de um MFD seja outra. Se eu preciso de um reloginho só, não preciso de um MFD. É questão de lógica.
Então o glass-cockpit do Su-35 se deve a quê? Estão mudando sua filosofia?
Eu queria saber quem foi que questionou a rusticidade russa? A rusticidade russa não está em questão. E mesmo que fosse, ser rústico não quer dizer ficar atrelado a equipamentos obsoletos, aliás, coisa que os russos não estão, vide suas novas aeronaves. A questão que foi colocada foi a suposta eletrônica supérfula representada pelo MFD. A questão foi mal abordada por isso se deveu a minha brincadeira que foi bastante mal interpretada. Acho que cada um tem olhar para suas próprias mensagens antes de querer se fazer de santo, ainda mais num caso tão bobo quanto essa brincadeira. Enfim, devo desculpas ao Carlos Mathias caso ele tenha se sentido ofendido. Se ele aceitar, me basta.
Marechal-do-ar escreveu:quanto aos MFD eles foram criados porque não cabiam mais controles na cabine, se pudesse usar um controle analógico tudo bem, mas não da, é controle demais, câmera das armas guiadas por TV, IRST (é esse o nome do infra-vermelho?), mapa digital, etc
Só por questões de espaço? Hum...
Se eu preciso marcar amperagem e nada mais, prá quê um MFD? Se eu preciso mostrar um número, prá quê um MFD? Prá quê um MFD onde um relógio de R$5,00 resolve?
Com apenas 1 MFD você concentra dezenas de "reloginhos" em um lugar só. Você não usa todos os reloginhos ao mesmo tempo. Mas numa aeronave militar, a quantidade de reloginhos é imensa. Num situação de combate, o piloto pode perder tempo demais olhando os reloginhos. Com um MFD ele seleciona apenas o que é relevante para aquele momento da manobra. Diminuindo de sobremaneira a carga do piloto que pode passar mais tempo se dedicando ao que realmente interessa, isto é, abater o adversário e de preferência não ser abatido. Se você precisar só de um reloginho, não precisa de um MFD, agora se você precisa de 50 reloginhos, um MFD vai te ajudar bastante. Além disso, o Marechal deu um exemplo acima: como você exibe um mapa digital no reloginho????
Portanto, os reloginhos não fazem a mesma coisa que o MFD, não trazem benefício algum ao piloto. Logisticamente é pior, imagina manter uma bancada de peças de reposição para 50 reloginhos diferentes quando você só precisa de 1 MFD. É um peso maior no cockpit. Só vejo como única vantagem o preço individual. Sinceramente não acho que o preço mais baixo compense os benefícios do MFD. Se o MFD fosse "supérfulo", todas as aeronaves novas no mundo utilizariam ainda reloginhos, o que não acontece, nem no Su-35, que é russo.
Se eu preciso marcar amperagem e nada mais, prá quê um MFD? Se eu preciso mostrar um número, prá quê um MFD? Prá quê um MFD onde um relógio de R$5,00 resolve?
Se você está falando da tal bancada de testes ou sei lá o que do Igla, não sei porque você tocou no assunto MFD. Acredito que a função de um MFD seja outra. Se eu preciso de um reloginho só, não preciso de um MFD. É questão de lógica.
Qualquer um sabe da mentalidade russa de não gastar mais que o necessário, não enfeitar mais que o necessário. Porém, como o modo de ver a Rússia continua o mesmo desde a guerra-fria, que aliás já acabou, parece que é muito difícil uma outra maneira de se fazer defesa que não seja o modelo americano/europeu. Nada além disto serve ou satisfaz, ainda que se tenha que pagar mais pelo mesmo, ou até mesmo muito mais.
Então o glass-cockpit do Su-35 se deve a quê? Estão mudando sua filosofia?
ZeRo4 escreveu:Somente complementando, se a rusticidade Russa é tão ruim, pq os Americanos e outros atuais integrantes do projeto Freedom pediram ajuda técnica aos Russos principalmente nesta parte ?!
Eu queria saber quem foi que questionou a rusticidade russa? A rusticidade russa não está em questão. E mesmo que fosse, ser rústico não quer dizer ficar atrelado a equipamentos obsoletos, aliás, coisa que os russos não estão, vide suas novas aeronaves. A questão que foi colocada foi a suposta eletrônica supérfula representada pelo MFD. A questão foi mal abordada por isso se deveu a minha brincadeira que foi bastante mal interpretada. Acho que cada um tem olhar para suas próprias mensagens antes de querer se fazer de santo, ainda mais num caso tão bobo quanto essa brincadeira. Enfim, devo desculpas ao Carlos Mathias caso ele tenha se sentido ofendido. Se ele aceitar, me basta.
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Ai eu poderia dizer assim: Quá, quá, quá! Santa ignorância que permeia estas terras. Alguém aí diga por favor onde eu escrevi MFD, onde eu escrevi visor de cristal líquido, daqueles dos relógos do Paraguai que mostram apenas horas ou números, já colocaram visor multi-função, o que claramente não é a mesma coisa, então ou é má vontade ou burrice. Porém, não é do meu estilo, então acho que alguém erradamente interpretou o que eu disse com um pouco de má vontade e entendeu MFD no lugar de LCD, viu a diferença? Um mostrador, uma função. Então prá quê um mostrador MULTI função? Um mostrador, uma grandeza, então prá quê um com mil grandezas que será certamente muito mais caro. A vantagem dos MFD em mostradores de painéis de aviões e outros é de uma obviedade tão enorme que até mesmo eu posso saber disso, nem preciso da genialidade de outrem para saber de tal aspecto destas maravilhas. Pelo dito vê-se que a APARÊNCIA impressiona, afinal a caixa é FEIA. Pode ser uma maravilha, mas é feia.