Coréia do Norte admite ter arma nuclear
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Coréia do Norte admite ter arma nuclear
A Coréia do Norte anunciou pela primeira vez publicamente que produziu armas nucleares para fins de defesa. Além disso, o país asiático, através de seu Ministério das Relações Exteriores, informou, nesta quinta-feira, que suspendeu a participação em negociações sobre o seu programa nuclear por um "período indeterminado". "Não há motivos para que nós participemos das negociações novamente, já que o governo Bush chamou a Coréia do Norte, um parceiro de diálogo, de ´posto avançado da tirania´", disse o Ministério, em um pronunciamento transmitido pela agência de notícias estatal KCNA.
A referência foi a uma recente declaração dada pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. Logo após a notícia, Condoleezza, que está em Luxemburgo, afirmou que a Coréia do Norte vai se isolar ainda mais da comunidade internacional com essa decisão.
"O governo vai tomar medidas para reforçar seu arsenal nuclear e assim proteger a ideologia, o sistema, a liberdade e a democracia do país", diz o pronunciamento coreano.
´Hostil´
Esta é a afirmação pública mais explícita já realizada pelo governo norte-coreano de que o país possui armas nucleares. No passado, apenas funcionários do alto escalão haviam admitido a possibilidade de isso ser verdade em conversas sigilosas.
A discussão em torno do programa nuclear norte-coreano começou em 2002, quando os Estados Unidos acusaram o país de manter um esquema ilegal de enriquecimento de urânio.
Desde então, as duas nações já se encontraram três vezes para negociações - junto com representantes de China, Japão, Rússia e Coréia do Sul - mas não houve muitos progressos.
Um quarto encontro marcado para setembro foi cancelado pois a Coréia do Norte se recusou a comparecer, mencionando o que chamou de "política hostil" dos Estados Unidos em relação à reunião.
Discursos de Bush
A "raiva" da Coréia do Norte parece estar relacionada a uma série de importantes discursos recentemente realizados pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e outros altos representantes do governo americano.
"Está cada vez mais clara a intenção do segundo mandato de Bush de confrontar, isolar e reprimir a Coréia do Norte a qualquer preço", diz o Ministério das Relações Exteriores no pronunciamento desta quinta-feira, mencionando os discursos de posse e do Estado da União do presidente americano.
Alguns observadores tinham a esperança de que o discurso do Estado da União, de Bush, pudesse aumentar as chances de as negociações avançarem, já que o presidente americano evitou criticar diretamente a Coréia do Norte.
Em 2002, em outro discurso do Estado da União, Bush disse que a Coréia do Norte, juntamente com o Iraque e o Irã, fazia parte de um "eixo do mal".
Japão
No pronunciamento desta quinta-feira, o governo norte-coreano também lançou fortes declarações contra o Japão, ao dizer que o país "persiste em exercer sua política hostil em relação à Coréia do Norte, seguindo a linha dos Estados Unidos".
Os norte-coreanos acusam o governo japonês de tentar impedir a normalização das relações fazendo falsas acusações sobre "a questão do desaparecimento" - uma disputa sobre japoneses desaparecidos que a Coréia do Norte admite ter seqüestrado entre os anos 70 e 80. O governo norte-coreano diz que a questão "já está resolvida".
Apenas horas antes da divulgação do pronunciamento, John Bolton, o sub-secretário americano para o controle de armas e a segurança internacional, disse que o governo americano acredita que a Coréia do Norte continua produzindo armas nucleares.
"Qualquer que seja o estágio em que está o programa nuclear norte-coreano - e nós acreditamos que eles têm um - a falta de progresso nas recentes negociações significa que eles (os norte-coreanos) estão avançando com o programa", disse Bolton a repórteres durante a visita a Tóquio. "O tempo não está do nosso lado", concluiu.
http://www.estadao.com.br/internacional ... /10/30.htm
_________________
E agora?
O que vcs acham, pessoal?
A referência foi a uma recente declaração dada pela secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. Logo após a notícia, Condoleezza, que está em Luxemburgo, afirmou que a Coréia do Norte vai se isolar ainda mais da comunidade internacional com essa decisão.
"O governo vai tomar medidas para reforçar seu arsenal nuclear e assim proteger a ideologia, o sistema, a liberdade e a democracia do país", diz o pronunciamento coreano.
´Hostil´
Esta é a afirmação pública mais explícita já realizada pelo governo norte-coreano de que o país possui armas nucleares. No passado, apenas funcionários do alto escalão haviam admitido a possibilidade de isso ser verdade em conversas sigilosas.
A discussão em torno do programa nuclear norte-coreano começou em 2002, quando os Estados Unidos acusaram o país de manter um esquema ilegal de enriquecimento de urânio.
Desde então, as duas nações já se encontraram três vezes para negociações - junto com representantes de China, Japão, Rússia e Coréia do Sul - mas não houve muitos progressos.
Um quarto encontro marcado para setembro foi cancelado pois a Coréia do Norte se recusou a comparecer, mencionando o que chamou de "política hostil" dos Estados Unidos em relação à reunião.
Discursos de Bush
A "raiva" da Coréia do Norte parece estar relacionada a uma série de importantes discursos recentemente realizados pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e outros altos representantes do governo americano.
"Está cada vez mais clara a intenção do segundo mandato de Bush de confrontar, isolar e reprimir a Coréia do Norte a qualquer preço", diz o Ministério das Relações Exteriores no pronunciamento desta quinta-feira, mencionando os discursos de posse e do Estado da União do presidente americano.
Alguns observadores tinham a esperança de que o discurso do Estado da União, de Bush, pudesse aumentar as chances de as negociações avançarem, já que o presidente americano evitou criticar diretamente a Coréia do Norte.
Em 2002, em outro discurso do Estado da União, Bush disse que a Coréia do Norte, juntamente com o Iraque e o Irã, fazia parte de um "eixo do mal".
Japão
No pronunciamento desta quinta-feira, o governo norte-coreano também lançou fortes declarações contra o Japão, ao dizer que o país "persiste em exercer sua política hostil em relação à Coréia do Norte, seguindo a linha dos Estados Unidos".
Os norte-coreanos acusam o governo japonês de tentar impedir a normalização das relações fazendo falsas acusações sobre "a questão do desaparecimento" - uma disputa sobre japoneses desaparecidos que a Coréia do Norte admite ter seqüestrado entre os anos 70 e 80. O governo norte-coreano diz que a questão "já está resolvida".
Apenas horas antes da divulgação do pronunciamento, John Bolton, o sub-secretário americano para o controle de armas e a segurança internacional, disse que o governo americano acredita que a Coréia do Norte continua produzindo armas nucleares.
"Qualquer que seja o estágio em que está o programa nuclear norte-coreano - e nós acreditamos que eles têm um - a falta de progresso nas recentes negociações significa que eles (os norte-coreanos) estão avançando com o programa", disse Bolton a repórteres durante a visita a Tóquio. "O tempo não está do nosso lado", concluiu.
http://www.estadao.com.br/internacional ... /10/30.htm
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E agora?
O que vcs acham, pessoal?
- Luís Henrique
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Rússia critica Coréia do Norte, mas apóia programa nuclear do Irã
Reuters
Agência EFE
17:25 10/02
A Rússia criticou hoje, quinta-feira, as ambições nucleares da Coréia do Norte, inimigo de Washington, mas reafirmou sua intenção de fornecer combustível atômico ao regime iraniano, também condenado pelos EUA.
"A solução para a crise nuclear está nas conversações, não no retorno da corrida armamentista e ainda mais na nuclear", assegurou Alexandr Yakovenko, porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores.
Pyongyang anunciou hoje que possui armas nucleares e que não participará de futuras conversações para o desmantelamento de seu programa atômico, das quais participam Rússia, China, as duas Coréias, os EUA e o Japão.
"A Rússia compreende as exigências de segurança da Coréia do Norte", mas, acrescentou Yakovenko, "este anúncio não corresponde à sua suposta intenção de contribuir para uma península coreana sem armas nucleares".
A Rússia mantém uma postura crítica em relação à Coréia do Norte, que deixou de ser sua aliada na era Yeltsin (1991-99), embora considere "contraproducentes" as pressões diplomáticas exercidas pelos Estados Unidos desde que George W. Bush assumiu o poder na Casa Branca.
O ministro da Defesa russo, Sergei Ivanov, advertiu hoje, em Nice, onde se reúne com seus homólogos da Otan, que a retirada de Pyongyang das negociações seria "um passo na direção errada".
O chefe da KGB soviética, Vladimir Kriuchkov, já denunciou em 1990 durante uma reunião do Politburo do Partido Comunista Russo que a Coréia do Norte possuía "uma ou duas cargas nucleares".
Enquanto isso, Moscou confirmou hoje que fornecerá combustível nuclear para o Irã, apesar da reprovação da nova secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, depois de Rússia e Irã terem assinado um protocolo para a devolução do combustível atômico usado.
"O fornecimento de combustível nuclear depende da assinatura de um protocolo prevendo a devolução do combustível usado com fins civis", afirmou Yakovenko.
Segundo fontes do Kremlin, este protocolo será assinado em março próximo. O assunto pode ser tratado pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria, Yevgueni Primakov, que visita Teerã este fim de semana.
A Rússia quer continuar cooperando na esfera nuclear com Teerã, porém com o consentimento da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), e se recusa a levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU.
Rice pressionou a Rússia no sábado passado durante um encontro com seu colega russo, Sergey Lavrov, para abandonar definitivamente seus planos de fornecer energia à usina nuclear iraniana de Busher, cuja construção teve participação de engenheiros russos.
Washington vem pedindo nos últimos meses a Moscou que interrompa a entrega ao Irã de tecnologias e materiais necessários para programas não convencionais de mísseis e armas nucleares.
Lavrov revelou há algumas semanas que "entre a Rússia e o Irã existe um diálogo aberto para que o programa nuclear iraniano mantenha exclusivamente um caráter pacífico e não levante dúvidas".
Em relação à Coréia do Norte, apesar da "frieza" do anúncio, a Rússia "não perde a esperança de as negociações multilaterais serem retomadas e haver um compromisso para a solução da crise que satisfaça os interesses de todas as partes envolvidas".
"O formato multilateral é o melhor para a solução da crise", acrescentou Yakovenko.
Por outro lado, Konstantin Kosachev, presidente do comitê de Relações Exteriores da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia, advertiu hoje que o anúncio norte-coreano é um novo "fracasso" do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
"O arsenal nuclear da Coréia do Norte é uma dor de cabeça para a humanidade e representa um perigo para toda a região, especialmente para seus vizinhos: Rússia e Coréia do Sul", ressaltou.
No entanto, Kosachev duvida que a Coréia do Norte disponha já dos meios necessários para "o lançamento das cargas nucleares".
Especialistas russos afirmaram hoje que o anúncio da Coréia do Norte é verdadeiro, mas ressaltaram que Pyongyang não deu ainda "indícios" da posse de armas nucleares e nem fez provas com ogivas.
"Todas as potências nucleares só anunciaram a posse de armas após fazer vários testes. Com a Coréia do Norte, tudo acontece ao contário", assegurou o general Vladimir Belous, especialista da Academia de Ciências da Rússia.
Uma delegação do Parlamento russo visitará a Coréia do Norte no próximo mês de abril com o propósito de relançar as negociações nucleares.
Segundo fontes americanas, a Coréia do Norte dispõe de uma ou duas armas nucleares e entre 2.500 e 5 mil armas químicas, além de um exército composto por 1,1 milhão de soldados.
Reuters
Agência EFE
17:25 10/02
A Rússia criticou hoje, quinta-feira, as ambições nucleares da Coréia do Norte, inimigo de Washington, mas reafirmou sua intenção de fornecer combustível atômico ao regime iraniano, também condenado pelos EUA.
"A solução para a crise nuclear está nas conversações, não no retorno da corrida armamentista e ainda mais na nuclear", assegurou Alexandr Yakovenko, porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores.
Pyongyang anunciou hoje que possui armas nucleares e que não participará de futuras conversações para o desmantelamento de seu programa atômico, das quais participam Rússia, China, as duas Coréias, os EUA e o Japão.
"A Rússia compreende as exigências de segurança da Coréia do Norte", mas, acrescentou Yakovenko, "este anúncio não corresponde à sua suposta intenção de contribuir para uma península coreana sem armas nucleares".
A Rússia mantém uma postura crítica em relação à Coréia do Norte, que deixou de ser sua aliada na era Yeltsin (1991-99), embora considere "contraproducentes" as pressões diplomáticas exercidas pelos Estados Unidos desde que George W. Bush assumiu o poder na Casa Branca.
O ministro da Defesa russo, Sergei Ivanov, advertiu hoje, em Nice, onde se reúne com seus homólogos da Otan, que a retirada de Pyongyang das negociações seria "um passo na direção errada".
O chefe da KGB soviética, Vladimir Kriuchkov, já denunciou em 1990 durante uma reunião do Politburo do Partido Comunista Russo que a Coréia do Norte possuía "uma ou duas cargas nucleares".
Enquanto isso, Moscou confirmou hoje que fornecerá combustível nuclear para o Irã, apesar da reprovação da nova secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, depois de Rússia e Irã terem assinado um protocolo para a devolução do combustível atômico usado.
"O fornecimento de combustível nuclear depende da assinatura de um protocolo prevendo a devolução do combustível usado com fins civis", afirmou Yakovenko.
Segundo fontes do Kremlin, este protocolo será assinado em março próximo. O assunto pode ser tratado pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria, Yevgueni Primakov, que visita Teerã este fim de semana.
A Rússia quer continuar cooperando na esfera nuclear com Teerã, porém com o consentimento da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), e se recusa a levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU.
Rice pressionou a Rússia no sábado passado durante um encontro com seu colega russo, Sergey Lavrov, para abandonar definitivamente seus planos de fornecer energia à usina nuclear iraniana de Busher, cuja construção teve participação de engenheiros russos.
Washington vem pedindo nos últimos meses a Moscou que interrompa a entrega ao Irã de tecnologias e materiais necessários para programas não convencionais de mísseis e armas nucleares.
Lavrov revelou há algumas semanas que "entre a Rússia e o Irã existe um diálogo aberto para que o programa nuclear iraniano mantenha exclusivamente um caráter pacífico e não levante dúvidas".
Em relação à Coréia do Norte, apesar da "frieza" do anúncio, a Rússia "não perde a esperança de as negociações multilaterais serem retomadas e haver um compromisso para a solução da crise que satisfaça os interesses de todas as partes envolvidas".
"O formato multilateral é o melhor para a solução da crise", acrescentou Yakovenko.
Por outro lado, Konstantin Kosachev, presidente do comitê de Relações Exteriores da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia, advertiu hoje que o anúncio norte-coreano é um novo "fracasso" do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
"O arsenal nuclear da Coréia do Norte é uma dor de cabeça para a humanidade e representa um perigo para toda a região, especialmente para seus vizinhos: Rússia e Coréia do Sul", ressaltou.
No entanto, Kosachev duvida que a Coréia do Norte disponha já dos meios necessários para "o lançamento das cargas nucleares".
Especialistas russos afirmaram hoje que o anúncio da Coréia do Norte é verdadeiro, mas ressaltaram que Pyongyang não deu ainda "indícios" da posse de armas nucleares e nem fez provas com ogivas.
"Todas as potências nucleares só anunciaram a posse de armas após fazer vários testes. Com a Coréia do Norte, tudo acontece ao contário", assegurou o general Vladimir Belous, especialista da Academia de Ciências da Rússia.
Uma delegação do Parlamento russo visitará a Coréia do Norte no próximo mês de abril com o propósito de relançar as negociações nucleares.
Segundo fontes americanas, a Coréia do Norte dispõe de uma ou duas armas nucleares e entre 2.500 e 5 mil armas químicas, além de um exército composto por 1,1 milhão de soldados.
- Luís Henrique
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UE e EUA pedem que a Coréia do Norte volte à mesa de negociações
AFP
17:04 10/02
LUXEMBURGO, 10 Fev (AFP) - A União Européia (UE) e os Estados Unidos fizeram nesta-quinta um apelo à Coréia do Norte para que retome as negociações sobre seu programa nuclear.
"Esperamos que voltem a negociar para que este assunto seja logo resolvido", disse à imprensa a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, ao final de um encontro com líderes da União Européia (UE), em Luxemburgo.
Rice afirmou que a decisão da Coréia do Norte de não dar continuidade às conversações é "infeliz (...) porque só contribui para aprofundar o isolamento" do país em relação à "comunidade internacional".
Ela deixou claro, no entanto, que os "Estados Unidos não têm intenção de atacar ou invadir a Coréia do Norte".
"O mundo oferece uma saída e eles deveriam aproveitá-la", disse Rice.
A Coréia do Norte voltou a afirmar nesta quinta-feira que possui a bomba atômica para se proteger dos Estados Unidos, acusados pelos coreanos de quererem derrubar seu governo, e se negou a retomar as negociações sobre seu programa nuclear com Coréia do Sul, Estados Unidos, China, Japão e Rússia.
Por sua vez, o alto representante de Política Exterior e Segurança da União Européia, Javier Solana, lamentou a decisão norte-coreana e afirmou que, apesar "de a UE não participar das negociações, apóia totalmente as discussões, por serem o melhor instrumento para abordar a questão nuclear na península da Coréia".
"O diálogo é o único caminho para avançar e pedimos à Coréia do Norte que analise novamente sua decisão e volte à mesa de conversações", afirmou.
Condoleezza Rice disse esperar que "os norte-coreanos, quando perceberem a perspectiva de um maior isolamento, não apenas dos Estados Unidos, mas também dos outros participantes, reconsiderem sua decisão".
A secretária de Estado explicou que a mensagem dirigida à Coréia do Norte "é a mesma" que para o Irã: "a comunidade internacional acredita que a criação de programas nucleares não pode ser aceita", por isso pede "que abandonem estas aspirações".
"A Líbia entendeu esta lição" e "está melhorando suas relações com o resto do mundo", afirmou.
Rice também destacou que "todos os membros responsáveis da comunidade internacional, e especialmente os vizinhos da Coréia do Norte, apóiam estas negociações como meio para resolver o assunto nuclear".
"Os norte-coreanos vêm tendo uma oportunidade de encontrar um caminho diferente", "uma relação mais razoável com o restante do mundo" e "uma alternativa ao isolamento", frisou.
Desde outubro de 2002 que as duas Coréias, os Estados Unidos, a China, o Japão e a Rússia se reúnem para tentar convencer a Coréia do Norte a abandonar seu programa para produzir armas nucleares.
Em outubro de 2003, Pyongyang anunciou pela primeira vez que possui "uma força nuclear dissuasiva".
Em setembro, a Córeia do Norte se negou a participar de uma quarta série de negociações.
AFP
17:04 10/02
LUXEMBURGO, 10 Fev (AFP) - A União Européia (UE) e os Estados Unidos fizeram nesta-quinta um apelo à Coréia do Norte para que retome as negociações sobre seu programa nuclear.
"Esperamos que voltem a negociar para que este assunto seja logo resolvido", disse à imprensa a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, ao final de um encontro com líderes da União Européia (UE), em Luxemburgo.
Rice afirmou que a decisão da Coréia do Norte de não dar continuidade às conversações é "infeliz (...) porque só contribui para aprofundar o isolamento" do país em relação à "comunidade internacional".
Ela deixou claro, no entanto, que os "Estados Unidos não têm intenção de atacar ou invadir a Coréia do Norte".
"O mundo oferece uma saída e eles deveriam aproveitá-la", disse Rice.
A Coréia do Norte voltou a afirmar nesta quinta-feira que possui a bomba atômica para se proteger dos Estados Unidos, acusados pelos coreanos de quererem derrubar seu governo, e se negou a retomar as negociações sobre seu programa nuclear com Coréia do Sul, Estados Unidos, China, Japão e Rússia.
Por sua vez, o alto representante de Política Exterior e Segurança da União Européia, Javier Solana, lamentou a decisão norte-coreana e afirmou que, apesar "de a UE não participar das negociações, apóia totalmente as discussões, por serem o melhor instrumento para abordar a questão nuclear na península da Coréia".
"O diálogo é o único caminho para avançar e pedimos à Coréia do Norte que analise novamente sua decisão e volte à mesa de conversações", afirmou.
Condoleezza Rice disse esperar que "os norte-coreanos, quando perceberem a perspectiva de um maior isolamento, não apenas dos Estados Unidos, mas também dos outros participantes, reconsiderem sua decisão".
A secretária de Estado explicou que a mensagem dirigida à Coréia do Norte "é a mesma" que para o Irã: "a comunidade internacional acredita que a criação de programas nucleares não pode ser aceita", por isso pede "que abandonem estas aspirações".
"A Líbia entendeu esta lição" e "está melhorando suas relações com o resto do mundo", afirmou.
Rice também destacou que "todos os membros responsáveis da comunidade internacional, e especialmente os vizinhos da Coréia do Norte, apóiam estas negociações como meio para resolver o assunto nuclear".
"Os norte-coreanos vêm tendo uma oportunidade de encontrar um caminho diferente", "uma relação mais razoável com o restante do mundo" e "uma alternativa ao isolamento", frisou.
Desde outubro de 2002 que as duas Coréias, os Estados Unidos, a China, o Japão e a Rússia se reúnem para tentar convencer a Coréia do Norte a abandonar seu programa para produzir armas nucleares.
Em outubro de 2003, Pyongyang anunciou pela primeira vez que possui "uma força nuclear dissuasiva".
Em setembro, a Córeia do Norte se negou a participar de uma quarta série de negociações.
- Barao Vermelho
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Caros Amigos,
estranho, porque sera que os EUA, não falam mais em invadir a COREIA, que nem fazem bancando os machões ameaçando o IRÃ.
A verdade é uma só, quando o negocio e atômico a coisa muda de figura, agora danou-se.....
Vão tentar reverter fazendo mil propostas que não vão dar em nada, e vai ficar o dito pelo não dito...
8) ainda assim no apagar das luzes vão voltar a ser parceiros tipo a CHINA ea RUSSIA de hoje.
abraços.....
estranho, porque sera que os EUA, não falam mais em invadir a COREIA, que nem fazem bancando os machões ameaçando o IRÃ.
A verdade é uma só, quando o negocio e atômico a coisa muda de figura, agora danou-se.....
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Vão tentar reverter fazendo mil propostas que não vão dar em nada, e vai ficar o dito pelo não dito...
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abraços.....
Avançar sempre, combater até o fim, sem rendição nem retirada!
- Rui Elias Maltez
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Ao contrário de outros países, a ameaça de isolamento ou de sanções não prejudicarão a Coreia do Norte, já que este é um dos países mais isolados do mundo e com uma economia planificada e fechada.
A grande diferença passa pelo Iraque que afirmou não possuir ADM's e que foi sujeito a inspecções, a vigilância e a bombardeamentos pontuais ao longo de 12 anos, e que ainda assim foi invadido e ocupado, e a Coreia que apregoa aos 4 ventos que possui potencial nuclear e não se prevê que venha agora a ser invadida e ocupada.
Dois pesos e duas medidas, mais uma vez.
Não que me incomode a existência dessa capacidade, já que a Coreia do Norte apenas as tem para efeitos de dissuação e saberá que se um dia as usasse noutra doutrina, as consequências seriam terríveis.
E mesmo que as possuam, como foi afirmado, também não me choca a sua existência.
Julgo não haver uma espécie de Direito Divino que permita que apenas o restrito "clube dos 5" as possam ter, para além de Israel, e mais recentemente da Índia e do Paquistão.
As ambições do Irão, Argentina, Brasil e África do Sul para poderem um dia enveredar por essa via não são segredo.
Porque com a Coreia do Norte terá que ser diferente?
Confiemos no bom senso.
A grande diferença passa pelo Iraque que afirmou não possuir ADM's e que foi sujeito a inspecções, a vigilância e a bombardeamentos pontuais ao longo de 12 anos, e que ainda assim foi invadido e ocupado, e a Coreia que apregoa aos 4 ventos que possui potencial nuclear e não se prevê que venha agora a ser invadida e ocupada.
Dois pesos e duas medidas, mais uma vez.
Não que me incomode a existência dessa capacidade, já que a Coreia do Norte apenas as tem para efeitos de dissuação e saberá que se um dia as usasse noutra doutrina, as consequências seriam terríveis.
E mesmo que as possuam, como foi afirmado, também não me choca a sua existência.
Julgo não haver uma espécie de Direito Divino que permita que apenas o restrito "clube dos 5" as possam ter, para além de Israel, e mais recentemente da Índia e do Paquistão.
As ambições do Irão, Argentina, Brasil e África do Sul para poderem um dia enveredar por essa via não são segredo.
Porque com a Coreia do Norte terá que ser diferente?
Confiemos no bom senso.
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- Avançado
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e uma pena o Brasil nao estar equipado com armamento nuclear, seria uma boa dissuação para toda America do Sul e CPLP
seria uma maneira de entrar no clube dos 5 do conselho de segurança
e que em breve todos estarão dotados de Armas Nucleares menos os Latinos
Paises Nucleares:
EUA
Russia
China
França
India
Pakistão
Reino Unido
Coreia do Norte
ISRAEL
Irà
como podem ver nenhuma nação de cultura sul-americana ou hispano-portuguesa
seria uma maneira de entrar no clube dos 5 do conselho de segurança
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e que em breve todos estarão dotados de Armas Nucleares menos os Latinos
Paises Nucleares:
EUA
Russia
China
França
India
Pakistão
Reino Unido
Coreia do Norte
ISRAEL
Irà
como podem ver nenhuma nação de cultura sul-americana ou hispano-portuguesa
cumprimentos
- talharim
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Srs,a resposta é simples:
Os EUA nao vao fazer nada!
A Coréia do Norte nao possui petróleo,já se trata do país mais isolado do mundo,nao tendo peso nenhum no comércio internacional,com exceçao da tecnologia nuclear militarmente a cada ano que passa a CN oferece menos riscos a Coréia do Sul.............
Como bem disse o Rui Elias Maltez sao 2 pesos 2 medidas com relaçao a política externa americana para o Iran e para Coréia do Norte.
Para os EUA conter a CN basta deixá-la mais isolada do que já está,metade de sua populaçao deve morrer de fome nos próximos anos devido ao corte de ajuda humanitária da ONU ao país,fazer pressao frente a Rússia e China para nao exportaçao de material bélico avançado para lá e idem para nao exportaçao de material bélico da CN para outros países estrangulando a praticamente inexistente economia Norte Coreana...............
Depois é só esperar:De 2 uma...............ou a CN cede e abdica de suas ambiçoes nucleares que nao levam a lugar algum permitindo inspeçoes da ONU e permitindo o levante do embargo americano ou o regime se isola mais ainda e depois é só esperar que o próprio regime desmorone daqui a 1 ou 2 décadas...............
Os EUA nao vao fazer nada!
A Coréia do Norte nao possui petróleo,já se trata do país mais isolado do mundo,nao tendo peso nenhum no comércio internacional,com exceçao da tecnologia nuclear militarmente a cada ano que passa a CN oferece menos riscos a Coréia do Sul.............
Como bem disse o Rui Elias Maltez sao 2 pesos 2 medidas com relaçao a política externa americana para o Iran e para Coréia do Norte.
Para os EUA conter a CN basta deixá-la mais isolada do que já está,metade de sua populaçao deve morrer de fome nos próximos anos devido ao corte de ajuda humanitária da ONU ao país,fazer pressao frente a Rússia e China para nao exportaçao de material bélico avançado para lá e idem para nao exportaçao de material bélico da CN para outros países estrangulando a praticamente inexistente economia Norte Coreana...............
Depois é só esperar:De 2 uma...............ou a CN cede e abdica de suas ambiçoes nucleares que nao levam a lugar algum permitindo inspeçoes da ONU e permitindo o levante do embargo americano ou o regime se isola mais ainda e depois é só esperar que o próprio regime desmorone daqui a 1 ou 2 décadas...............
"I would rather have a German division in front of me than a French
one behind me."
General George S. Patton.
one behind me."
General George S. Patton.
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Eu, pessoalmente, sou radicalmente contra o Brasil possuir armas nucleares. E acredito que tanto o nosso governo quanto os nossos militares compartilham da opinião que, para um país pacífico como o nosso, elas são desnecessárias.
Sobre a Coréia do Norte, de fato, ela pode ter armas nucleares e pode não ter petróleo, mas uma análise de por que os EUA não atacam a mesma não pode se restringir a apenas a frase que "já que eles não tem petróleo, os americanos não atacam".
Essas armas tem efeito quase que simbólico. Nem o piradão governo de Kim Jong Il seria louco o suficiente para usá-las.
Abraços
César
Sobre a Coréia do Norte, de fato, ela pode ter armas nucleares e pode não ter petróleo, mas uma análise de por que os EUA não atacam a mesma não pode se restringir a apenas a frase que "já que eles não tem petróleo, os americanos não atacam".
Essas armas tem efeito quase que simbólico. Nem o piradão governo de Kim Jong Il seria louco o suficiente para usá-las.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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- FinkenHeinle
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Olá Pessoal!
Sinceramente, eu to pouco me fudendo se esses caras tem ou não armas nucleares!
Se o mané do Kim quer fazer o povo dele se ferrar para ter uma porcaria de uma arma atômica, ele conseguiu. Como o Pervez Musharraf (foi ele?) falou: "Se for preciso, nosso povo comerá pasto, mas nós teremos a nossa bomba atômica"! É esse o pensamento nada inteligente da Coréia do Norte.
Um país que, ao contrário do que muitos pensam, não é respeitado, mas sim temido. Como um dia falou um grande pensador: "Governa pelo exemplo, e não pelo medo!".
Bom, não vou me ater à esse spensamentos filosóficos, senão eu vou parar num Hospício...
Mas, com certeza digo uma coisa, armas atômicas não foram feitas para serem usadas, e a única excessão à regra é Hiroshima e Nagasáki!
Mas, isso é conversa pra outra hora...
Sinceramente, eu to pouco me fudendo se esses caras tem ou não armas nucleares!
Se o mané do Kim quer fazer o povo dele se ferrar para ter uma porcaria de uma arma atômica, ele conseguiu. Como o Pervez Musharraf (foi ele?) falou: "Se for preciso, nosso povo comerá pasto, mas nós teremos a nossa bomba atômica"! É esse o pensamento nada inteligente da Coréia do Norte.
Um país que, ao contrário do que muitos pensam, não é respeitado, mas sim temido. Como um dia falou um grande pensador: "Governa pelo exemplo, e não pelo medo!".
César escreveu:Essas armas tem efeito quase que simbólico. Nem o piradão governo de Kim Jong Il seria louco o suficiente para usá-las.
Bom, não vou me ater à esse spensamentos filosóficos, senão eu vou parar num Hospício...
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Mas, isso é conversa pra outra hora...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Que o cara é maluco é, e realmente o povo de lá tá na maior pinda, mas sobre a posse ou não de armas nucleares e sua tecnologia, se fosse tão ruim, uma nação pacífica como a França não as teria, acho que depende mais de quem são os prováveis inimigos e as vezez é mais barato uma pequena força nuclear que um enorme exército convencional como fonte dissuasora. Forças convencionais sempre dão aquela sensação de que dá prá encarar, que eu sou o mais esperto, etc,etc... Agora, uns bons mísseis e ogivas tornam a aventura bem mais cara e aí o cara vai sempre pensar duas vezes.
- Plinio Jr
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Este ditadorzinho que mais parece um boneco dos infernos está chantageando todo mundo com esta situação, querendo arrancar dinheiro na forma de ameaças.
A sorte dele até o momento é que ainda não se sabe onde estão estas ogivas, a hora que encontrarem vai chover bombas e mísseis e acabar com a palhaçada deste otário...
A sorte dele até o momento é que ainda não se sabe onde estão estas ogivas, a hora que encontrarem vai chover bombas e mísseis e acabar com a palhaçada deste otário...
- P44
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- rodrigo
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É uma pena que essa situação na Coréia não se resolva, e que o povo continue oprimido e reprimido, passando fome, sendo torturado e bancando uma ditadura completamente maluca. Espero ainda ver um dia uma Coréia unificada, a exemplo da Alemanha. E que se algum dia a arma atômica tenha que ser usada, que seja nesse malditos ditadores malucos.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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