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Caça-Minas Ingleses á venda

Enviado: Seg Jan 31, 2005 10:29 am
por P44
ROUBADO AO JLRC, e sem excrúpulos, porque ele É MAU! :evil:

JLRC escreveu:

Citação:
Em relação ao meu post inicial, devo lembrar que os ingleses vão por à venda 6 navios caça-minas, 3 da classe Hunt e 3 da classe Sandown. Será que não é uma ocasião única de readquirismos esta capacidade? Especialmente os Sandown são navios recentes e idênticos aos espanhóis o que permitiria uma grande interoperacionalidade.


do site da RN

Imagem

The Hunt Class



The Hunt Class are the largest warships ever constructed out of Glass Reinforced Plastic. Permanently fitted for the duel action functions of ‘Sweeping’ and ‘Hunting’ in one hull. They function as ‘Minesweepers’ in two ways. Destroying buoyant mines by sweeping them by cutting the mooring wires with a towed wire sweep and then blowing up the buoyant case on the surface. Dealing with ground mines (Bombs that sit on the sea bed listening for ship’s noise and magnetic signatures) by using influence sweeps which simulate noise and magnetic signature. As Minehunters they ‘hunt’ for mines with a high definition sonar and then destroy them using explosives placed either by the Mine Clearance Divers or by the Remote Controlled Mine Disposal System Vehicles. In addition, the 1 x 30mm, 2 x 20mm guns and two General Purpose Machine Guns (GPMGs) enable them to function in a Secondary Role as very potent patrol Craft. The Hunt class are often found supporting the Fishery Protection Squadron around UK waters.




Hunt Class Mine MCMV
Ship Name Pennant No. Ship Name Pennant No.
Atherstone M38 Brecon M29
Brocklesby M33 Cattistock M31
Chiddingfold M37 Dulverton M35
Hurworth M39 Ledbury M30
Middleton M34 Quorn M41


Hunt Class MCMV Statistics
Displacement: 750 tonnes
Length: 60 metres
Beam: 10.5 metres
Draught: 2.2 metres
Speed: 15 knots
Complement: 45
Armament: 1 x 30mm gun
2x BMarc 20mm guns
2 x General Purpose Machine Guns
Sonar: Type 193M mine hunting sonar
Mil cross avoidance sonar
Type 2059 Pap submersible tracking sonar
Sensors: Type 1007 I band
Countermeasures: RCMDS (Remote Control Mine Disposal System) Mk1 with 2 x pap Pap 104 Mk 5 remotely controlled submersibles
Combined Influence Sweep - consisting of Acoustic sweep (Mk3 Towed Acoustic Generator)
Magnetic sweep
Mechanical sweep - Mk 8 conventional Oropesa sweeps with armed capability. SCARAB remote control floating mine towing device - this helps the safe destruction of moored mines that have been cut from their chains.
Propulsion: 2 x Ruston-Paxman deltic 9-58K diesels developing 1900hp
1 Deltic 9-59 diesel for pulse generation and auxiliary drive.
2 shafts + bow thruster.

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Imagem

Sandown Class

The latest class of MCMV to enter service with the Royal Navy they are dedicated single role mine hunters. The first hull, HMS Sandown, entered service with the Royal Navy in 1989 and eleven are now in service.




Sandown Class Mine Countermeasure Vessel (MCMV)
Displacement: 600 tons
Length: 52.5 metres
Beam: 10.9 metres
Speed: 13 knots
Complement: 34 (max 40)
Armament: 1 x 30 mm gun
Radar: Type 1007 I-Band
Countermeasures: 2 x PAP 104 Mk5 remote controlled submersibles (RCMDS 2)
Sonar: Type 2093 mine search and classification sonar
Propulsion: 2 x Paxman Valenta 6RP200E diesels; 1523 hp sustained; Voith-Schnieder propulsion; 2 x Schottel bow thrusters

Barquitos tão jeitosos... :roll:

Enviado: Seg Jan 31, 2005 1:12 pm
por Rui Elias Maltez
De facto é pena que não esteja consignado nos planos da Marinha nacional a aquisição dessa valência que julgo necessária.

Mas olhando para os navios, não lhes parece que estruturalmente os NPO's ou mesmo o velho NRP Shultz Xavier, após o lançamento dos NPO's à água, poderia fazer esse serviço, com adaptações no equipamento?

O que acham?

Enviado: Seg Jan 31, 2005 10:18 pm
por JLRC
Rui Elias Maltez escreveu:De facto é pena que não esteja consignado nos planos da Marinha nacional a aquisição dessa valência que julgo necessária.

Mas olhando para os navios, não lhes parece que estruturalmente os NPO's ou mesmo o velho NRP Shultz Xavier, após o lançamento dos NPO's à água, poderia fazer esse serviço, com adaptações no equipamento?

O que acham?


Rui
As adaptações saem sempre caras e nunca conseguem serem tão boas como os navios construídos de raiz. Por outro lado, o Schultze Xavier já é VCC e está bom é para ir para a sucata, ou então ficar estacionado, por exemplo na Madeira ou nos Açores como rebocador de alto-mar, missão para a qual ele foi concebido. Não sei se seria possível adaptar os NPO para a guerra anti-minas, provavelmente era possível, mas o ideal era comprar os 3 Sandown que a GB vai pôr à venda, ou melhor ainda, comprar também os 3 Hunt. Mas como também já disse noutro tópico, os navios de guerra contra-minas (ou navios varredores, como dizem os nossos irmãos brasileiros), não fazem parte das prioridades da Marinha portuguesa. É pena.
Um abraço

PS : Então as bejecas?

Enviado: Ter Fev 01, 2005 8:50 am
por Rui Elias Maltez
Tem razão, JLRC:

De facto eu preferiria que se adquirissem duas ou três unidades concebidas de raíz para essas missões, mesmo que usadas, e nesse aspecto poderia ser uma boa Portugal procurar negociar junto da nossa velha aliada a aquisição desses navios.

Mas exactamente por essa valência da nossa Marinha não estar consignada, julgo que se poderiam adaptar, uma vez que nem todos estão ainda construídos, um ou dois NPO's para esse efeito.

Por outro lado, como se trata de plataformas pequenas, e portanto não demasiadamente caras, julgo que um dia, se se perspectivar essa necessidade, a Marinha poderá pensar nisso e avançar para essa valência de que também considero ser uma lacuna grave a sua ausência.

Quanto às bejecas, um dia, se quiserem, havemos de combinar um encontro em locar a definir, e bebê-las bem geladas.

Por mim, estou pronto.

Enviado: Ter Fev 01, 2005 1:10 pm
por P44
Como podem ver, os "pobrezinhos" Espanhois ainda usam Draga-Minas do tempo da pedra, ao passo que os "ricos" portugas já os abateram:

http://www.losbarcosdeeugenio.com/barcos/en/ae_M22.html

Imagem
M22 Ebro

Builder Bellingham SY
Launched 11 August 1957
Commissioned 19 December 1958

Displacement, tons 355 standard, 384 full load
Dimensions, metres 43,9 x 8,5 x 2,5
Main machinery 2 x GM 8-268A diesels ( 880 hp )
Speed, knots 14
Range, miles 2700 at 10 knots
Complement 39 ( 3 officers )

Guns 2 x Oerlikon 20mm ( double )

Radar Navigation: Decca TM 626 or RM 914, I band
Sonar UQS 1

Callsign: EBIZ
Comment Wooden hull. This unit, along with others from its class, was transferred from the US Navy, where it served with code MSC-269.

http://www.losbarcosdeeugenio.com/barcos/en/ae_M26.html

Imagem
M26 Odiel

Builder Tampa Marine Corporation, Florida
Launched 09 March 1958
Commissioned 10 September 1959


Displacement, tons 355 standard, 384 full load
Dimensions, metres 43,9 x 8,5 x 2,5
Main machinery 2 x GM 8-268A diesels ( 880 hp )
Speed, knots 14
Range, miles 2700 at 10 knots
Complement 39 ( 3 officers )

Guns 2 x Oerlikon 20mm ( double )

Radar Navigation: Decca TM 626 or RM 914, I band
Sonar UQS 1

Callsign: EBJC
Comment Wooden hull. This unit, along with others from its class, was transferred from the US Navy, where it served with code MSC-288

Enviado: Ter Fev 01, 2005 2:11 pm
por Slip Junior
Em 1998, a Marinha Brasileira adquiriu alguns (acho que 4) navios varredores ingleses classe River que foram modificados no Brasil para realizar missões de patrulha marítima e denominados NPa (Navios-Patrulha) classe Bracuí por aqui.

Agora, voltando ao assunto: Portugal não possui atualmente uma força de navios "de guerra contra-minas" (como dizem os nossos irmãos portugueses :wink: )?

Abraços

Enviado: Ter Fev 01, 2005 2:28 pm
por P44
Slip Junior escreveu:
Agora, voltando ao assunto: Portugal não possui atualmente uma força de navios "de guerra contra-minas" (como dizem os nossos irmãos portugueses :wink: )?

Abraços


Slip, só temos mergulhadores mesmo, que operam de um "chasso" Chamado "SChultz Xavier" (A 521) que serve pra tudo...reboque, apoio a mergulhadores, farois, boias...e tivemos draga-minas identicos a esses espanhois, o ultimo tendo sido abatido, salvo erro, no inicio da década de 90.

Mas NAVIOS PRÓPRIOS pra esse efeito: ZERO!!!!!!! :evil:

E o mais "engraçado" é que nossa Base Naval (em Lisboa) fica bem dentro do estuario do Rio Tejo, portanto, minando a barra (saida) do rio, que é estreita pois tem muitos areais, a Frota fica toda imobilizada... :evil:

Enviado: Ter Fev 01, 2005 2:35 pm
por Slip Junior
A ausência de tais navios na Marinha Portuguesa é algo surpreendente para mim. Afinal de contas, além do perigo de minagem do estuário do rio Tejo por você mencionado, há de se considerar também que Portugal é fica na porta do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico (e, obviamente, vice-e-versa)!

Abraços

Enviado: Qua Fev 02, 2005 12:11 pm
por Rui Elias Maltez
Como já escrevi a este propósito noutro local deste forum, é pela localização da Base Naval (única) que temos, que ela se torna muito vulnerável, correndo Portugal o risco de de um dia para o outro ver essa frota ficar imobilizada.

Por isso, se um dia viermos a ter uma marinha oceânica maior, ou mesmo que se mantenha ao nível da actual, deveria Portugal manter sempre alguns navios estacionados fora do Alfeite.

No futuro, ou uma 2ª base no estuário do Sado, ou na Figueira da Foz, ou na Madeira.

Como se costuma dizer, "não se devem, deixar todos os ovos no mesmo cesto"

Enviado: Qua Fev 02, 2005 12:45 pm
por P44
Para os amigos do Brasil ficarem sabendo...

NRP SCHULTZ XAVIER (A 521)


Imagem

N.R.P. Schultz Xavier
O navio balizador "Schultz Xavier" foi construído nos estaleiros do Arsenal do Alfeite e aumentado ao efectivo de unidades navais em Julho de 1972, tendo-lhe sido atribuído o número de amura A521 e o indicativo de chamada BALIVIER.
Para o desempenho da tarefa de apoio à balizagem e aos faróis dos portos do continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o navio dispõe desde a sua concepção inicial de uma embarcação de apoio, de uma grua de 12 toneladas de capacidade de elevação e de porões para transporte de garrafas de acetileno e de material diverso.
A sua configuração de navio balizador permite-lhe ainda apoiar operações de salvamento marítimo, designadamente, o reboque, o desencalhe de navios de porte médio, a recuperação de objectos afundados, bem como apoior exercícios navais.
Em 1997, com a instalação de uma câmara hiperbárica, o navio aumentou a sua capacidade de apoio a operações com mergulhadores, motivando a redefinição do seu conceito de emprego e a aprovação de novas tarefas tipo por S.Ex.a o Almirante CEMA, em 29 de Janeiro de 1999.

Características
Deslocamento 900t
Comprimento 56 mts
Boca 10 mts
Calado 3.8 mts
Velocidade Máxima 14.5 nós
Autonomia 3000mi(12.5nós)
Propulsão
2 Motores Diesel 2400 hp

Guarnição
Oficiais 3
Sargentos 9
Praças 27
Total 39

Enviado: Qua Fev 02, 2005 12:54 pm
por Rui Elias Maltez
O mais impressionante no velho Shultz é o seu armamento:

Nenhum!

Ao menos os velhos draga-minas de Espanha, que tal como o JLRC já são VCC, têm duas Oerlikon de 20mm.

Coisas da vida.

Enviado: Qua Fev 02, 2005 1:01 pm
por JNSA
Na realidade, Rui, ele não precisa de qualquer armamento.

Tendo em conta as missões que realiza, que não envolvem qualquer tipo de combate, bem como a sua baixa velocidade (que inviabiliza a sua utilização como patrulha), a provisão de armamento seria desnecessária.

Se se conseguissem navios em 2ª mão, baratos, então acho que deveríamos agarrar essa hipótese. Mas como já disse anteriormente, comprar navios novos parece-me desnecessário - o dinheiro não estica e há necessidades mais prementes.

Para além do mais, a probabilidade de alguém minar a barra do Tejo durante a próxima década é quase nula (muito menos recorrendo a um navio de superfície; só se utilizassem um submarino).

Enviado: Qua Fev 02, 2005 1:03 pm
por P44
VCR =VELHO COMO A RÔLA :lol: :wink:

Andei á procura de um mapa do estuário do Tejo...mas não encontrei, portanto, com as devidas vénias ao site da Brisa e á camera digital do trabalho, aqui deixo esta imagem, dá pra ter um a ideia da localização da BNL (fica mais ou menos onde está o cursor no ecran, situada na Margem Sul do Tejo, frente a Lisboa)

Imagem

Enviado: Qua Fev 02, 2005 1:10 pm
por César
Slip Junior escreveu:A ausência de tais navios na Marinha Portuguesa é algo surpreendente para mim. Afinal de contas, além do perigo de minagem do estuário do rio Tejo por você mencionado, há de se considerar também que Portugal é fica na porta do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico (e, obviamente, vice-e-versa)!

Abraços

Bem que quem fica na "entrada" do mediterrâneo, propriamente dito, é a Espanha com o Estreito de Gibraltar.
E sendo Gibraltar uma base britânica, é possível deduzir que tem teria essa responsabilidade seriam ou os Espanhóis, ou o Reino Unido.

Falou

César

Enviado: Qua Fev 02, 2005 1:16 pm
por P44
A título de "curiosidade"...

de
http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/D ... ra_africa/

No que se refere às unidades navais combatentes a Armada possuía, em 1961, o seguinte efectivo:

14 Escoltadores Oceânicos (7 fragatas, 3 contratorpedeiros e 4 avisos)
3 Submarinos
14 Patrulhas
16 Draga-Minas
2 Caça-Minas
12 Lanchas de Fiscalização

Até 1974 foram aumentados ao efectivo dos navios da Armada:
3 Fragatas da classe "Dealey"
4 Fragatas da classe "Commandant Rivière"
3 Submarinos da classe "Daphné"
6 Corvetas da classe "João Coutinho"
43 Lanchas de Fiscalização - 10 Lanchas de fiscalização grandes
- 10 Patrulhas costeiros
- 23 Lanchas de fiscalização pequenas
64 Lanchas de Desembarque - 6 Grandes
- 36 Médias
- 22 Pequenas

Ao terminar a Guerra de África, em Abril de 1974, os quantitativos de unidades da Armada combatentes eram:
14 Escoltadores Oceânicos
4 Submarinos
17 Patrulhas
9 Draga-Minas
35 Lanchas de fiscalização
64 Lanchas de desembarque

O dispositivo naval nos teatros de operações africanos, durante os 13 anos em que se desenvolveu o conflito, variou em função da evolução do mesmo e do programa de aquisição das novas unidades navais.


Dos escoltadores oceânicos as 3 fragatas da classe "Dealey" e os draga-minas, por imperativo da NATO, nunca foram deslocadas para Africa, o mesmo sucedendo aos submarinos, embora um deles tenha efectuado uma viagem até Cabo Verde. As restantes unidades navais combatentes prestaram serviço em águas africanas tendo sido significativo o número lanchas presentes na Guiné. As unidades de menor dimensão, nomeadamente as lanchas, foram atribuídas com carácter permanente aos Comandos Territoriais e parte delas agrupadas em esquadrilhas, tendo sido criadas as Esquadrilhas de Lanchas da Guiné, do Zaire e do Niassa.