VASP: está chegando ao fim a agonia

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rodrigo
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VASP: está chegando ao fim a agonia

#1 Mensagem por rodrigo » Ter Jan 25, 2005 11:01 am

Em crise, Vasp cancela vôos, suspende ponte aérea e oferece bilhete com desconto

Em grave crise financeira, a Vasp cancelou hoje a maioria de seus vôos, comunicou a suspensão do serviço de ponte aérea Rio-São Paulo, e anunciou uma promoção relâmpago que oferece descontos nos preços das passagens. Em Guarulhos, apenas um vôo foi operado.

Para o consumidor, comprar um bilhete da Vasp com desconto é uma operação com grande risco de cancelamento. A própria empresa informou que vai cancelar todos os vôos que não tenham pelo menos 50% de ocupação. A demais companhias aéreas não são obrigadas a endossar os bilhetes de passageiros que não voarem pela Vasp.

O DAC (Departamento de Aviação Civil) acompanha o caso de perto. Segundo o DAC, inspetores acompanham as condições técnicas e também a freqüência do serviço, que poderá ser suspenso.

A Vasp confirmou hoje o cancelamento temporário dos vôos da ponte aérea Rio-São Paulo. Segundo a Infraero, a companhia aérea não operou vôos hoje nos aeroportos de Congonhas e de Santos Dumont (Rio).

Segundo a empresa, os vôos da ponte aérea foram suspensos desde 15 de dezembro. Apesar da suspensão dessa rota, a central de reservas da companhia continua vendendo esses vôos. O bilhete da ponte aérea é vendido por R$ 179, segundo a central telefônica de reservas.

Para quem tenta comprar um bilhete, entretanto, a central informa que não há lugares nos vôos para hoje e para amanhã. A central informa ainda que os vôos de quarta-feira da ponte aérea estão lotados e que existem lugares na fila de espera. As reservas com lugares determinados são feitas a partir de 3 de fevereiro, segundo a central.

No final de semana, a empresa cancelou todos os vôos com menos de 50% de ocupação. A estratégia de cancelar vôos com baixa ocupação já havia sido utilizada no ano passado pela Vasp.

Na ocasião, a empresa foi obrigada a reduzir a malha aérea, pois vinha cancelando vários vôos por dia.

Hoje, por exemplo, a companhia operou um vôo que chegou ao aeroporto de Salvador (BA) às 9h25. O avião, que deveria seguir depois para Natal (RN) e Fortaleza (CE), continuou parado.

"A Vasp informa que continua sua operação com normalidade, determinando eventualmente apenas o cancelamento daqueles vôos com menos de 50% de ocupação. A companhia manterá suas operações dentro do quadro acima descrito e prosseguirá suas atividades em caráter normalíssimo", diz a nota da Vasp.

Descontos

Após cancelar vários vôos neste final de semana, a Vasp decidiu fazer uma "liquidação" de bilhetes aéreos. Batizada de "promoção relâmpago", a campanha oferece descontos para quem comprar bilhetes hoje e amanhã.

A central de reservas da Vasp informa, por exemplo, que o vôo São Paulo-Fortaleza está sendo vendido por R$ 399 durante a promoção. Em outras companhias, o mesmo vôo não sai por menos de R$ 820.

O vôo da ponte aérea também custa menos na Vasp: R$ 268. Nos concorrentes, o bilhete custa cerca de R$ 100 a mais.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u92805.shtml

Espero que acabe sem nenhum acidente por manutenção ruim.




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Paisano
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Re: VASP: está chegando ao fim a agonia

#2 Mensagem por Paisano » Ter Jan 25, 2005 11:57 am

rodrigo escreveu:Espero que acabe sem nenhum acidente por manutenção ruim.


Concordo com você. :?




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Slip Junior
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#3 Mensagem por Slip Junior » Qui Jan 27, 2005 11:08 am

26/01/2005 - 20h36

Vasp perde concessão para explorar oito linhas comerciais

JANAINA LAGE
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, no Rio e em Brasília

O DAC (Departamento de Aviação Civil) determinou hoje a cassação das oito linhas operadas pela Vasp. A partir desta quinta-feira, a Vasp está proibida de operar vôos regulares.

Por lei, ela teria direito a 180 dias para ajustar as contas e provar que tem condições de operar estes vôos. No entanto, como a licença da empresa para realizar vôos regulares vence em abril, ela deverá provar ao DAC que tem condições de realizá-los antes mesmo do prazo legal.

Os trechos operados pela Vasp que tiveram sua licença cassada foram: Galeão - Fortaleza, passando por Salvador e Natal, Fortaleza - Manaus, com escalas em Teresina, São Luís e Belém, Brasília - Recife, com escalas em Salvador e Aracaju e Guarulhos - Maceió passando por Recife e Fortaleza. Segundo o diretor geral do DAC, Jorge Godinho, já existe demanda de outras empresas para operar estas linhas. Segundo Godinho, nenhuma das localidades que deixaram de ter pousos de aviões da Vasp deixou de ser atendida por companhias aéreas.

A decisão do DAC foi realizada com base na observação do período de 20 a 26 de janeiro. No dia 19, o DAC havia autorizado a Vasp a operar oito linhas. No período observado, das 56 viagens previstas, somente oito foram realizadas e 13 foram feitas parcialmente. A partir disso, o órgão avaliou que a empresa não tem condições no momento de realizar vôos regulares.

Na avaliação do DAC, a Vasp não tem condições de realizar o aporte de recursos para garantir o pagamento aos credores e pagar despesas como combustível ou dívidas, como a que empresa tem hoje com a Infraero. O patrimônio da Vasp hoje é formado por 25 aeronaves.

A Vasp pode voltar a operar vôos regulares, caso normalize sua situação e solicite nova inspeção ao DAC. A decisão do órgão passou pela Aeronáutica e pelo Ministério da Defesa, aos quais o departamento está subordinado. Outro caminho para a empresa é solicitar autorização para fazer vôos fretados.

A inspeção do DAC ainda não terminou. O departamento investiga ainda quantas pessoas deixaram de ser atendidas pela empresa.

Passageiros

Quem comprou uma passagem da Vasp deverá procurar a companhia a partir de amanhã para receber o dinheiro de volta. O cliente pode também tentar que outra concessionária endosse o bilhete. O DAC já entrou em contato com as empresas, mas ainda não há uma definição. O passageiro pode ainda recorrer ao DAC para fazer uma reclamação da empresa.

Segundo Godinho, o ofício foi recebido por um assessor da presidência da Vasp. O diretor geral do departamento conversou pelo telefone com o presidente da empresa, Wagner Canhedo. Na avaliação de Godinho, a reação de Canhedo foi a "de um empresário que recebe instruções de um órgão concedente e que deve procurar colocar seu negócio em ordem".

Outro lado

A Vasp informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre a decisão do DAC.

Em outra nota, sobre a greve dos pilotos, a Vasp afirmou esperar que os funcionários ajudem a sensibilizar o governo sobre a continuidade de suas operações.

"A Vasp acredita que só o trabalho continuado e a ação conjunta de empregadores e empregados, apoiados pelo governo e pela sociedade, poderá conduzir a soluções, jamais obtidas com movimentos que venham a paralisar as operações uma companhia aérea de tanta tradição e renome perante a história da Aviação Comercial Brasileira".


Fonte: Folha Online

E a Gol já está de olhos grandes nessas oito linhas....

Quinta-feira, 27 de janeiro de 2005 - 08h30
Gol compra de mais 4 Boeings 737-800 Next Generation

Milton F. da Rocha Filho

São Paulo - A Gol Linhas Aéreas Inteligentes confirmou hoje a encomenda de quatro aeronaves Boeing 737-800 Next Generation. O anuncio da Gol ocorre no momento em que a Vasp deixa de operar oito linhas regulares. O comunicado foi feito hoje cedo, antes da abertura do mercado, pois a empresa ações em bolsa.

Fonte: Agência Estado

Abraços




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rodrigo
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#4 Mensagem por rodrigo » Qui Jan 27, 2005 11:42 am

27/01/2005 - 09h00
Pilotos da Vasp entram em greve

da Folha Online

Os pilotos e comissários da Vasp estão em greve por tempo indeterminado desde a 0h de hoje. Eles querem o cumprimento do acordo fechado com a empresa em outubro do ano passado, que garantia estabilidade de emprego e a regularização do pagamento de salários e gratificações.

Ontem, o DAC (Departamento de Aviação Civil) determinou a cassação das oito linhas operadas pela Vasp. A partir desta quinta-feira, a empresa está proibida de operar vôos regulares.

Os trechos operados pela Vasp que tiveram sua licença cassada foram: Galeão - Fortaleza, passando por Salvador e Natal, Fortaleza - Manaus, com escalas em Teresina, São Luís e Belém, Brasília - Recife, com escalas em Salvador e Aracaju e Guarulhos - Maceió passando por Recife e Fortaleza.

Segundo o diretor geral do DAC, Jorge Godinho, já existe demanda de outras empresas para operar estas linhas.

Na avaliação do DAC, a Vasp não tem condições de realizar o aporte de recursos para garantir o pagamento aos credores e pagar despesas como combustível ou dívidas, como a que empresa tem hoje com a Infraero.

A Vasp pode voltar a operar vôos regulares, caso normalize sua situação e solicite nova inspeção ao DAC. A decisão do órgão passou pela Aeronáutica e pelo Ministério da Defesa, aos quais o departamento está subordinado. Outro caminho para a empresa é solicitar autorização para fazer vôos fretados.

Quem comprou uma passagem da Vasp deverá procurar a companhia a partir de hoje para receber o dinheiro de volta. O cliente pode também tentar que outra concessionária endosse o bilhete. O DAC já entrou em contato com as empresas, mas ainda não há uma definição. O passageiro pode ainda recorrer ao DAC para fazer uma reclamação da empresa.

Segundo Godinho, o ofício foi recebido por um assessor da presidência da Vasp. O diretor geral do departamento conversou pelo telefone com o presidente da empresa, Wagner Canhedo. Na avaliação de Godinho, a reação de Canhedo foi a "de um empresário que recebe instruções de um órgão concedente e que deve procurar colocar seu negócio em ordem".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u92896.shtml




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
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#5 Mensagem por VICTOR » Sex Mai 27, 2005 6:30 pm

27/05/05

Vasp assina acordo para pagar dívidas e acabar com intervenção

da Folha Online

A Vasp conseguiu chegar a um acordo com o Ministério Público do Trabalho e dois sindicatos de funcionários de empresas aéreas que, na prática, pode pôr fim à intervenção na companhia aérea decretada pela Justiça do Trabalho.

Durante audiência realizada nesta sexta-feira pelo juiz Homero Batista Mateus da Silva, titular da 14ª Vara do Trabalho de São Paulo, o empresário Wagner Canhedo, dono da Vasp, assinou o acordo que prevê o pagamento das dívidas trabalhistas da empresa como contrapartida para o fim da intervenção.

A empresa está sob intervenção desde março por determinação da Justiça do Trabalho. Além disso, a Vasp enfrenta grave crise financeira e teve sua autorização para operar vôos comerciais cassada em fevereiro pelo DAC (Departamento de Aviação Civil), ficando restrita a transportar cargas e realizar vôos fretados.

A empresa tem até junho para regularizar sua situação e renovar sua concessão de empresa aérea.

Pelos termos do acordo, a Vasp compromete-se a "cumprir integralmente a legislação trabalhista", efetuando o pagamento do salário de seus empregados até o quinto dia útil de cada mês.

Além disso, a empresa aérea quitará a folha de pagamento em atraso, "inclusive quanto aos recolhimentos previdenciários e fiscais".

As verbas rescisórias devidas aos trabalhadores já demitidos, que tenham ou não ajuizado ações trabalhistas, serão quitadas até o dia 17 de junho. As pendências do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), os recolhimentos de previdência privada junto ao fundo Aeros (fundo de pensão da empresa) e os recolhimentos junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) serão regularizados até o dia 27 de junho.

Além disso, pelo prazo de dois anos, a Vasp deverá assegurar "a manutenção do nível médio de emprego verificado no período de 2003 e 2004".

Segundo o texto do acordo assinado, a Vasp depositará imediatamente R$ 40 milhões em conta judicial especialmente aberta na 14ª Vara do Trabalho de São Paulo para garantir o pagamento dessas dívidas. Caso a empresa cumpra suas obrigações, o dinheiro será devolvido em setembro.
Somente após o depósito dos R$ 40 milhões "estará suspensa a intervenção judicial vigente desde 10 de março de 2005 com a devolução dos poderes de mando e gestão aos controladores".

O acordo ainda determinou que, "dada a complexidade da situação acumulada ao longo dos anos", os bens da Vasp e de seus controladores permanecerão indisponíveis até o dia 1º de setembro.




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#6 Mensagem por VICTOR » Sáb Mai 28, 2005 10:00 am

Empresário assina acordo trabalhista para encerrar intervenção na aérea, que passaria ao controle da empresa GBDS

Canhedo afirma ter fechado venda da Vasp


BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Wagner Canhedo disse à Folha que acertou ontem a venda da Vasp, durante uma audiência judicial na 14ª vara do Fórum Trabalhista de São Paulo, em que a empresa assinou um acordo para o pagamento de direitos trabalhistas a seus funcionários.

"A gente só admite que a venda está efetivamente feita depois de receber a grana. Mas [o negócio] está fechado", afirmou Canhedo pouco antes de deixar, às 14h, o prédio da Justiça do Trabalho.

A compradora seria a empresa GBDS S.A., que esteve presente à audiência. Ao chegar ao fórum, a vice-presidente de estratégia da GBDS, Joicy von Stwezzer, recusou-se a dar entrevista. Na saída, ela e Marcos Faria, vice-presidente de finanças, solicitaram à equipe de segurança do fórum que impedisse a aproximação da Folha, único órgão de imprensa que teve acesso à audiência. Os seguranças formaram barreira no corredor e puxaram, pelo braço, repórter e repórter-fotográfico da Folha.
Convocados pelo juiz da 14ª vara, Homero Batista Mateus da Silva, também compareceram representantes do Ministério Público do Trabalho, dos sindicatos de trabalhadores da aviação, da Infraero e do governo do Estado de São Paulo, que é acionista minoritário da Vasp. O brigadeiro Jorge Godinho, diretor-geral do DAC (Departamento de Aviação Civil), também assistiu à audiência.

Canhedo assinou acordo judicial em que reconhece os passivos trabalhistas da Vasp "ainda que se verifique mudança no nome fantasia, na razão social, no controle dos acionistas" e mesmo após a entrada em vigor da nova Lei Falência, no próximo dia 9. A nova lei elimina a sucessão de débitos trabalhistas e limita seu pagamento a 150 salários mínimos.

Em troca, ficará suspensa a intervenção trabalhista que foi determinada em março na empresa. Para que isso ocorra, no entanto, deve ser feito depósito, em conta judicial, de uma caução de R$ 40 milhões. Até as 13h da próxima terça, a caução precisa estar formalizada com carta de fiança emitida pelo Banco do Brasil.

A indisponibilidade dos bens de Canhedo permanece, pelo menos, até o dia 1º de setembro. Desde ontem, no entanto, o empresário já pode movimentar suas contas bancárias, nas quais, segundo o juiz, "não há nenhum dinheiro".

Além da caução, a Vasp também precisa quitar até a próxima sexta-feira toda a sua folha de pagamento em atraso. Segundo o Ministério Público, esses débitos representam outros R$ 40 milhões, beneficiando 2.500 dos 5.500 funcionários da aérea.

Caso não seja feito o pagamento, a caução será usada para fazê-lo. O dinheiro, que totaliza R$ 80 milhões e precisa estar disponível na semana que vem, segundo foi dito em audiência, será desembolsado diretamente pela GBDS.

São duas as conseqüências diretas do acordo: quem quer que assuma a Vasp está obrigado ao passivo trabalhista, e substitui-se a discussão do mérito pela certeza da dívida. O acordo homologado -do qual não cabe recurso- é um título que pode ser executado judicialmente no caso de haver descumprimento de cláusula.

Venda de bens
A partir de agora, os bens da Vasp e do grupo econômico de Canhedo já podem ser vendidos pela Justiça para honrar a dívida. "Se [a venda da empresa] for um blefe, agora já há garantias", afirmou a procuradora do trabalho Viviann Rodriguez Mattos, que acompanha ação civil pública contra Canhedo. O acordo é a decisão final dessa ação.

Foi esse processo que determinou, em março, a intervenção trabalhista na aérea. Diferentemente da intervenção prevista pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, a intervenção trabalhista é uma experiência nova. A Vasp é a terceira empresa na história do país a passar por esse procedimento.
No acordo, a Vasp também se comprometeu a pagar até 17 de junho as verbas rescisórias (como aviso prévio) de funcionários dispensados e a regularizar até 29 de julho todas as pendências de depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na Caixa Econômica Federal.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, a Vasp não deposita o FGTS de seus funcionários desde 98. A entidade aponta que a Vasp cometeu crime previdenciário (ao recolher e não repassar o INSS) e crime de fraude de balanço (deixando de lançar despesas).

Para os sindicalistas, ainda é cedo para comemorar. "Vamos esperar. É preciso ver com cautela esse acordo", afirmou Uébio José da Silva, do Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo.

Para que a Vasp volte a voar, precisa regularizar sua situação até 10 de junho no DAC a fim de manter suas concessões de vôo. Isso significa, entre outras coisas, comprovar a quitação de débitos. Segundo Jorge Godinho, diretor-geral do DAC, com Canhedo ou com outro investidor no comando da empresa, é preciso aguardar a regularização para saber se a empresa voltará a voar.

Os sindicalistas avaliam que a retomada das operações é a única esperança real de recebimento de todos os salários atrasados.




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