Armada Portuguesa: Novo Reabastecedor de Esquadra

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Raul Neto
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Armada Portuguesa: Novo Reabastecedor de Esquadra

#1 Mensagem por Raul Neto » Dom Jan 16, 2005 2:07 am





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#2 Mensagem por P44 » Dom Jan 16, 2005 3:58 pm

Colega Raúl,

Boas tardes!

Realmente não sei bem...a LPM prevê a compra em 2ª Mão ou construção de uma nova unidade?

O Bérrio tem uma configuração semelhante ao A11, mas o São Gabriel que o Precedeu tinha uma configuração semelhante ao A14...

Quais são as vantagens/desvantagens de possuir 2 ou 4 mangueiras de abastecimento?

Pessoalmente um "mano" do A14 parece ser mais "robusto"...?




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#3 Mensagem por P44 » Seg Jan 17, 2005 8:33 am

E não está em consideração a hipótese de manter o Bérrio, como 2º apoio, e adquirir um outro AOR para suporte do NAVPOL, p. ex?




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Raul Neto
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#4 Mensagem por Raul Neto » Seg Jan 17, 2005 12:33 pm

    P44 escreveu:E não está em consideração a hipótese de manter o Bérrio, como 2º apoio, e adquirir um outro AOR para suporte do NAVPOL, p. ex?


    Estimado colega P44,

    Do que eu sei, e que é publicamente conhecido nada disso está previsto. No entanto concordo consigo em relação à necessidade de a nossa Armada dispôr de 2 AOR (gémeos de preferência).


    Melhores Cumprimentos,

    Raul Neto




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#5 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Jan 17, 2005 12:55 pm

A substituição do Bérrio não está incluída nos 50 programas apresentados pelo MDN, e penso que a sua substituição passará por verbas que não estejam consignadas em sede de LPM, mas através das verbas habituais para aquisição de equipamentos, ou seja, através das verbas regulares anuais atribuídas a cada um dos ramos das FA's.

Quanto à pergunta pertinente do colega Raul, eu apostaria num navio de configuração do A-14, e se possível com um deck, com capacidade para que ali um helicóptero operasse em certas missões.

Para reabastecimento de helis, apostaria antes na adaptação de um C-130 para esse efeito, embora os EH-101 possam voar do Continente para as ilhas sem essa necessidade.

Gostaria ainda de ver esse novo reabastecedor grande para missões distantes, mantendo-se o Bérrio para o triângulo Continente/Madeira/Açores, e para manobras.

Mas julgo que de facto não está previsto esse 2º reabastecedor de esquadra, o que é pena.

Se iremos ter 5 fragatas (as 3 actuais mais as OH Perry, e já nem estou a contar com a João Belo remanescente, mais um NavPol e 2 submarinos, não creio que 2 Reabastecedores de Esquadra, sendo que um pudesse ter ainda uma capacidade de apoio logístico (tipo NRP S. Miguel) fossem de mais.




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#6 Mensagem por P44 » Seg Jan 17, 2005 2:43 pm

Se iremos ter 5 fragatas (as 3 actuais mais as OH Perry, e já nem estou a contar com a João Belo remanescente


:?: :?:

então mas as JB não sairão de serviço assim que as OHP chegarem, ficando 3 VdG + 2 OHP?

(fase intermédia 3 VdG + 1 OHP + 1 JB?)




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A L.P.M. de 2004

#7 Mensagem por Raul Neto » Seg Jan 17, 2005 3:26 pm

Artigo 19.º
Norma transitória

1 - A presente Lei de Programação Militar deve ser revista no decorrer do ano de 2004, devendo a revisão produzir os seus efeitos a partir do ano de 2005.

2 - Considerando a sua importância no processo de modernização e reequipamento das Forças Armadas, no sentido de aumentar as suas capacidades e eficácia, a revisão da Lei de Programação Militar a operar em 2004 terá em conta, prioritariamente, o desenvolvimento dos seguintes processos:

a) Na Marinha:

i) Modernização de meia-vida das fragatas da classe «Vasco da Gama»;

ii) Continuação do programa de substituição das fragatas da classe «João Belo»;

iii) Substituição do NRP «Bérrio» por outro reabastecedor de esquadra;


    De facto a substituição do N.R.P. «Bérrio» consta de uma norma transitória, e tal como o Rui disse não consta dos "50 programas", aonde sim está prevista a construção do L.P.D..




Raul Neto
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#8 Mensagem por Raul Neto » Seg Jan 17, 2005 3:43 pm

P44 escreveu:
Se iremos ter 5 fragatas (as 3 actuais mais as OH Perry, e já nem estou a contar com a João Belo remanescente


:?: :?:

então mas as JB não sairão de serviço assim que as OHP chegarem, ficando 3 VdG + 2 OHP?

(fase intermédia 3 VdG + 1 OHP + 1 JB?)


    Tudo aponta para que a referida substituição ocorra no sentido descrito pelos colegas.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Também não julgo ser necessária a capacidade de reabastecimento dos EH-101 a bordo, mas entendo que o navio deve ter um convés de vôo capaz de receber (falo concretamente ao nível das dimensões e da tonelagem) o maior helicóptero da Nação.

    Isto tendo em vista os diversos tipos de missões de transporte e de S.A.R..

    O N.P.O. deve ter idênticas valências.


    Melhores Cumprimentos,

    Raul Neto




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#9 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Jan 18, 2005 9:37 am

P-4:

Efectivamete as João Belo que restam serão abatidas ao serviço após a vinda das 2 OH Perry.

Mas pode acontecer que após a recepção dessa fragatas americanas, ainda uma João Belo navegue em exercícios por mais uns meses.

Mas o futuro passará pelo "abate", o que é pena, já que como sabe, eu, como você, defendemos que um exemplar desse navio deveria ser preservado e musealizado.

Quanto à proposta do Raúl, eu também dedendo que esse reabastecedor de esquadra deva ter capacidade de receber um Heli pesado ou dois ligeiros ou médios para qualquer necessidade.

Nos dias de hoje, um navio sem capacidade de receber helicóptero será sempre um navio muito limitado.

Quanto aos NPO's julgo que pelo menos alguns terão um deck para que ali possam operar helis de porte médio ou Linx, apesar destes estarem afectos às Fragatas, para missões SAR, ou para outras missões onde se revele necessária essa plataforma aérea.

Tenho pena que não fiquemos com um segundo reabastecedor, mas sempre é melhor termos um único mais novo, que um único já envelhecido e como algumas limitações.

Do mal o menos. :cry:

Por mim, defenderia um conceito de Reabastecedor de Esquadra não especializado, mas um que também tivesse alguma capacidade logística, nomeadamente ao nível de mantimentos.

Ou em alternativa, que a Marinha pudesse, independentemente do NavPol, comprar em 2ª mão um navio mercante e adaptá-lo para esse fim, tal como o fazia o afundado S. Miguel.




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#10 Mensagem por P44 » Ter Jan 18, 2005 9:44 am

A propósito do São Miguel ( A 5208), que até participou logisticamente na 1ª Guerra do Golfo, alguém me sabe dizer porque esteve tão poucos anos ao serviço da Armada?

Estava assim em tão mau estado?




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#11 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Jan 18, 2005 10:11 am

Julgo saber que o NRP S. Miguel tinha alguns problemas estruturais (fadiga de material) que o tornavam perigoso para navegar em mares alterosos, por exemplo, tornava-se arriscado levá-lo a atravessar o Atlântico.

Depois, porque se tratava de um navio mercante de design obsoleto e muito limitado ao nível das missões que se requiriam para um navio logístico, para além de ser relativamente pequeno.

Daí a decisão de o levar ao fundo, com as munições fora de prazo, no que resultou naquele espectáculo verdadeiramete bombástico.

P-44: Tem razão quanto à participação de apoio logístico na 1ª guerra do Golfo.

Julgo que foi a sua última missão a sério.




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#12 Mensagem por P44 » Ter Jan 18, 2005 10:17 am

P-44: Tem razão quanto à participação de apoio logístico na 1ª guerra do Golfo.

Julgo que foi a sua última missão a sério.


Lembro-me de ler isso na altura, na "revista de marinha"


____________________

Rui,

Então, nenhum comentário ao tópico de navios MUSEU??? :?




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#13 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Jan 18, 2005 10:25 am

Já lá está o comentário:

Agora é rezar, porque parece finalmente que há abertura para essa eventualidade.

O que interessa é começar.




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