Boeing 737 MAX
Enviado: Seg Mar 11, 2019 10:35 am
Boeing 737-8 MAX: já caíram dois aviões em menos de dois anos de serviço
Nuno Miguel Silva 11 Março 2019, 07:43
Os acidentes ocorridos com este novo modelo de avião da Boeing, a 29 de outubro de 2017, com um voo da Lion Air, e ontem, com uma ligação aérea da Ethiopian Airlines, já causaram a morte de 346 vítimas mortais. Sem haver sobreviventes em qualquer dos voos.
Em menos de dois anos de serviço às companhias aéreas que o encomendaram a nível mundial, o novo modelo de avião da Boeing, o 737-8 MAX, já tem no seu currículo dois grandes acidentes na indústria contemporânea aeronáutica de passageiros.
Qualquer deles sem qualquer sobrevivente para contar as histórias trágicas por que passaram.
Estamos a falar de um total de 346 vítimas mortais reportadas, entre passageiros e tripulantes.
O primeiro acidente grave ocorreu no mar de Java, território da Indonésia, a 29 de outubro de 2018, causando a morte a todos os passageiros e tripulantes e passageiros, num total de 189 vítimas mortais.
O desastre ocorreu menos de 20 minutos após a descolagem da aeronave.
Sem se conhecerem ainda os resultados das investigações sobre as causas deste acidente, sabe-se apenas que Nurcayo Utomo, o líder da autoridade indonésia de aviação civil, foi poucas semanas depois dizer ao parlamento nacional que o piloto deste avião da Lion Ailines tentou, até ao final do despenhamento no mar, corrigir a rota de voo da aeronave, sem sucesso.
Um relatório preliminar de investigadores da autoridade indonésia de aviação civil apontou que um sistema automático anti-bloqueio parecia ter-se ‘ confundido’ devido a leituras tecnológicas erróneas de um sensor de ângulo de ataque ao solo, ‘empurrando’ o avião para um mergulho que os pilotos não conseguiram corrigir.
Ainda não há conclusões públicas definitivas sobre este recente acidente da aviação internacional.
Pouco mais de quatro meses depois, ontem, dia 10 de março, foi a vez de outro avião deste modelo da Boeing, se ter despenhado sem sobreviventes para contar a história.
Desta vez, com um avião da Ethiopian Airlines, cerca de seis minutos após a descolagem da capital etíope em direção à capital queniana, Nairobi.
Caiu, causando a morte de todos os 157 viajantes a bordo: 149 passageiros, mais oito tripulantes.
Segundo revelou ontem o CEO da Ethiopian Airlines, Tewolde GebreMariam, em conferência de imprensa realizada na capital etíope após o fatídico acidente, o comandante do voo ET302 reportou dificuldades ao aeroporto de Adis Abeba poucos minutos após descolar, tendo solicitado para regressar.
Depois dessa comunicação, desapareceu do radar. Despenhou-se sem nenhum sobrevivente, a cerca de 60 quilómetros de Adis Abeba.
A companhia aérea etíope já prometeu investigações para apurar as causas do acidente, em conjunto com as autoridades nacionais de aviação e de transporte; da Boeing, construtora do avião; e de outras entidades e organizações internacionais.
Neste acidente da Ethiopian Airlines, foram mortalmente vitimados cidadãos de 33 países, incluindo 12 com passaporte da ONU – Organização das Nações Unidas, de acordo com informação divulgada pela agência noticiosa France Presse.
O Boeing 737-8 MAX é uma das variantes do que pretende ser a quarta geração do mítico modelo de aeronaves da construtora norte-americana (Boeing 737), naquele que é o mais recente modelo construído pela Boeing.
Foi lançado em agosto de 2011, efetuou o primeiro voo em 29 de junho de 2016 e foi certificado pela autoridade norte-americana de aviação civil (FAA) a 8 de março de 2017.
A primeira entrega deste modelo de avião da Boeing foi à companhia aérea Malindo, ocorreu a 16 de maior de 2017, tendo este avião entrado ao serviço a 22 de maio desse mesmo ano.
Curiosamente, a Malindo, é uma subsidiária da Lion Air, companhia aérea que se defrontou com o primeiro acidente grave com os Boeing 737-8 MAX.
Esta quarta geração de Boeing 737 custa entre cerca de 89 milhões de euros e cerca de 120 milhões de euros por unidade, consoante as suas diversas gamas disponíveis.
Até janeiro passado, já haviam sido efetuadas 5.011 encomendas firmes dos Boeing 737 MAX e já tinham sido entregues 350 modelos deste avião.
A Ethiopian Airlines, os governos da Etiópia e do Quénia (incluindo o congénere liderado por António Costa) e a própria Boeing já apresentaram ontem, dia 10 de março, condolências às famílias e próximos dos vitimados neste acidente da Ethiopian Airlines.
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... ico-420389
Nuno Miguel Silva 11 Março 2019, 07:43
Os acidentes ocorridos com este novo modelo de avião da Boeing, a 29 de outubro de 2017, com um voo da Lion Air, e ontem, com uma ligação aérea da Ethiopian Airlines, já causaram a morte de 346 vítimas mortais. Sem haver sobreviventes em qualquer dos voos.
Em menos de dois anos de serviço às companhias aéreas que o encomendaram a nível mundial, o novo modelo de avião da Boeing, o 737-8 MAX, já tem no seu currículo dois grandes acidentes na indústria contemporânea aeronáutica de passageiros.
Qualquer deles sem qualquer sobrevivente para contar as histórias trágicas por que passaram.
Estamos a falar de um total de 346 vítimas mortais reportadas, entre passageiros e tripulantes.
O primeiro acidente grave ocorreu no mar de Java, território da Indonésia, a 29 de outubro de 2018, causando a morte a todos os passageiros e tripulantes e passageiros, num total de 189 vítimas mortais.
O desastre ocorreu menos de 20 minutos após a descolagem da aeronave.
Sem se conhecerem ainda os resultados das investigações sobre as causas deste acidente, sabe-se apenas que Nurcayo Utomo, o líder da autoridade indonésia de aviação civil, foi poucas semanas depois dizer ao parlamento nacional que o piloto deste avião da Lion Ailines tentou, até ao final do despenhamento no mar, corrigir a rota de voo da aeronave, sem sucesso.
Um relatório preliminar de investigadores da autoridade indonésia de aviação civil apontou que um sistema automático anti-bloqueio parecia ter-se ‘ confundido’ devido a leituras tecnológicas erróneas de um sensor de ângulo de ataque ao solo, ‘empurrando’ o avião para um mergulho que os pilotos não conseguiram corrigir.
Ainda não há conclusões públicas definitivas sobre este recente acidente da aviação internacional.
Pouco mais de quatro meses depois, ontem, dia 10 de março, foi a vez de outro avião deste modelo da Boeing, se ter despenhado sem sobreviventes para contar a história.
Desta vez, com um avião da Ethiopian Airlines, cerca de seis minutos após a descolagem da capital etíope em direção à capital queniana, Nairobi.
Caiu, causando a morte de todos os 157 viajantes a bordo: 149 passageiros, mais oito tripulantes.
Segundo revelou ontem o CEO da Ethiopian Airlines, Tewolde GebreMariam, em conferência de imprensa realizada na capital etíope após o fatídico acidente, o comandante do voo ET302 reportou dificuldades ao aeroporto de Adis Abeba poucos minutos após descolar, tendo solicitado para regressar.
Depois dessa comunicação, desapareceu do radar. Despenhou-se sem nenhum sobrevivente, a cerca de 60 quilómetros de Adis Abeba.
A companhia aérea etíope já prometeu investigações para apurar as causas do acidente, em conjunto com as autoridades nacionais de aviação e de transporte; da Boeing, construtora do avião; e de outras entidades e organizações internacionais.
Neste acidente da Ethiopian Airlines, foram mortalmente vitimados cidadãos de 33 países, incluindo 12 com passaporte da ONU – Organização das Nações Unidas, de acordo com informação divulgada pela agência noticiosa France Presse.
O Boeing 737-8 MAX é uma das variantes do que pretende ser a quarta geração do mítico modelo de aeronaves da construtora norte-americana (Boeing 737), naquele que é o mais recente modelo construído pela Boeing.
Foi lançado em agosto de 2011, efetuou o primeiro voo em 29 de junho de 2016 e foi certificado pela autoridade norte-americana de aviação civil (FAA) a 8 de março de 2017.
A primeira entrega deste modelo de avião da Boeing foi à companhia aérea Malindo, ocorreu a 16 de maior de 2017, tendo este avião entrado ao serviço a 22 de maio desse mesmo ano.
Curiosamente, a Malindo, é uma subsidiária da Lion Air, companhia aérea que se defrontou com o primeiro acidente grave com os Boeing 737-8 MAX.
Esta quarta geração de Boeing 737 custa entre cerca de 89 milhões de euros e cerca de 120 milhões de euros por unidade, consoante as suas diversas gamas disponíveis.
Até janeiro passado, já haviam sido efetuadas 5.011 encomendas firmes dos Boeing 737 MAX e já tinham sido entregues 350 modelos deste avião.
A Ethiopian Airlines, os governos da Etiópia e do Quénia (incluindo o congénere liderado por António Costa) e a própria Boeing já apresentaram ontem, dia 10 de março, condolências às famílias e próximos dos vitimados neste acidente da Ethiopian Airlines.
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... ico-420389