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Mensagem
por Cassio » Ter Jan 14, 2020 3:25 pm
Erro de cálculo pode atrasar ainda mais o projeto do C919 chinês
Há quase 12 anos, a China, com a intenção de ingressar na indústria aeroespacial e competir com a Boeing e Airbus, estabeleceu uma nova entidade estatal conhecida como Corporação Comercial de Aeronaves da China – ou COMAC, abreviando.
A empresa estabeleceu a meta de um voo inaugural para o seu jato de passageiros de estreia, o C919, em 2014, com produção e entrega nos próximos anos.
Após uma série de atrasos, o C919 decolou pela primeira vez em 2017, e as autoridades chinesas esperavam terminar os testes, iniciar a produção e começar a fazer entregas até o final deste ano.
Em vez disso, a Reuters informou esta semana que a empresa completou menos de um quinto das horas de voo necessárias para a aprovação do regulador de aviação civil da China, ou 20%, e que a corporação agora está olhando entregas, em 2021 ou 2022, na melhor das hipóteses.
Pelo que a Reuters escreveu, a COMAC ainda não enviou os cálculos corretos à General Electric e à Safran. A fabricante do motor precisa das informações corretas para garantir que os motores possam lidar com cargas pesadas, o que pode exigir o reforço do motor e da carcaça.
Uma das fontes da Reuters disse à organização internacional de notícias que “as coisas nem sempre funcionam como planejado, mas espero que o COMAC diminua um pouco e tente não apressar as coisas, caso contrário, haverá muitos problemas mais tarde”.
Questões anteriores incluíam rachaduras nos estabilizadores horizontais e gearboxes dos jatos de teste (que obrigaram os motores a desligar durante os vôos de teste), além de inspeções que descobriram rachaduras e vazamentos de óleo.
O relatório observou que os promotores federais em 2018 descobriram um esquema das autoridades chinesas para espionar 13 fabricantes aeroespaciais globais, incluindo a Airbus.
Projetado para acomodar até 168 passageiros, o C919 já tem pedidos de 20 clientes. Embora o preço do jato ainda não tenha sido divulgado, acredita-se que seja cerca de 30% menor que o preço de um Airbus A320neo ou Boeing 737 MAX.
Analistas disseram que as questões sublinham a inexperiência da COMAC na aviação comercial, mas alguns também observaram que o atraso contínuo não é necessariamente um problema para a empresa – mesmo que ela perca pedidos durante a atual alta do mercado. Afinal, eles disseram, o governo da China pode simplesmente direcionar suas próprias companhias aéreas para comprar os jatos da COMAC assim que estiverem prontos.
Que papelão... No final falam em governo direcionando as compras de aeronaves da empresas aéreas chinesas. Algo semelhante com o que foi proposto em outro tópico. E agora?? As empresas vão esperar até quando essa jaca aí!!!