Idoso Senhor, não acompanho muito vida de artistas. Nunca fui um mas, por conhecer alguns e algumas, além de pessoas próximas, sei que vivem em um mundo onde as regras são diferentes das do meu. Por exemplo, pedofilia é considerada algo normal (PQP!!!), lembrar de Charlie Chaplin, Woody Allen, Roman Polansky, Klaus Kinski (que deflorou as próprias filhas, a tão deliciosa quão perturbada Nastassja e a menos conhecida Pola), verdadeiros gênios e ícones do cinema mas com este desvio de conduta; lembrar ainda do outro lado, como a atriz Drew Barrymore, que se destacou ainda criancinha no filme ET e, ali pelos 11 aninhos, já participava entusiasticamente de orgias sexuais regadas a álcool e drogas, tanto que já rodava por clínicas psiquiátricas e de desintoxicação (fora os tratamentos contra DSTs) ainda antes de se tornar adolescente de pleno.
Muitos anos atrás - décadas, na verdade - comprei uma Playboy (pois é, a falta que a internet fazia,
tinha que pagar pra ver muié pelada) onde havia uma entrevista com um famoso ator e diretor Brasileiro, que descrevia com precisão - e citando nomes - como funcionava (eu disse
funcionaVA? Tá, fica
funcionaVA ) o famigerado "teste do sofá". Tendo lido antes uma entrevista de
outro ator/diretor, em outra revista, falando sobre a que havia dado à citada Playboy, não foi difícil acreditar no que o anterior havia dito: os caras levavam uma garrafa de Scotch legítimo (naquele tempo o que mais tinha por aqui era falsificação paraguaia, dor de cabeça garantida) e induziam o entrevistado a beber, com o objetivo de fazê-lo destravar a língua e contar o que sequer mencionaria de passagem se estivesse sóbrio:
in vino veritas!
Ainda sobre o citado "teste do sofá", na década passada conheci uma atriz então da grobo, que estava de férias da novela em que atuava e aproveitava para tocar pra frente um Projeto pessoal, que era levar a Arte Dramática aos presos nos EPs. Quando chegou a comunicação à PMO, onde eu era lotado, foi aquele festival de TCR¹ e acabou sobrando pro ASD descascar o abacaxi. Conhecendo bem o pessoal de que dispunha, sabia que cerca de meio ano antes eu tinha feito um Curso de Proteção VIP - não tinha como não saber, sempre tive a mania de apresentar Relatório detalhado após cada Curso, junto com o Certificado de Conclusão original e cópia do Relatório dos Instrutores a meu respeito - e me saído muito bem, daí fui destacado como segurança pessoal dela que, pouco depois de me conhecer já me chamava (rindo) de "Túlio Brabão", porque eu me apresentava com aparência tão agressiva quanto possível (todo de preto e armado até os dentes) mas era educado e gentil (até engraçado) com quem eu tinha de proteger (isso constava do Relatório dos Instrutores como ponto forte, o que me rendeu/custou outras Missões, algumas bem menos agradáveis, para dizer pouco. A última, no fim da década, foi tão desagradável - mas por óbvio nunca vou poder comentar nada além de que tive que fechar os olhos e ouvidos a coisas que me deixaram pê da cara - que passei a recusar todas as seguintes até minha aposentadoria). Se alguém duvida, há foto minha com ela no meu Facebook, fora as que não postei nem vou postar. Daí, com o lance dela de me filar cigarros (na época Free, nome paradoxal para um troço que escraviza), pois seu contrato a proibia até de ser vista com um cigarro na mão, e ficar puxando charla sobre isso e aquilo, também fiz minhas perguntas e, claro, o "teste do sofá" estava na lista. Me falou que era verdade e que tinha (vai saber) escapado por merreca, já que namorava um
graudão televisivo na época dos testes para escalar quem seria quem (e SE seria) na novela mas, como tinha terminado com ele fazia pouco, ia tentar o cinema alternativo, onde aparentemente tinha pouco disso, em especial para quem já era conhecido. De fato, acabada a novela, pouco depois ela recebeu ótimas críticas e até um prêmio por interpretar uma lésbica num filme desses (vivo me prometendo que algum dia vou tomar umas cervas e ao menos
tentar assistir, já que cinema alternativo não é a minha). Mas uma frase que ela me disse, atribuindo a um conselho recebido de uma atriz bem famosa (disse o nome), nunca vou esquecer, e cito textualmente: "filha, de cama em cama é que se chega à fama". Há ainda os comentários do Tabet (Kibeloko) sobre o que acontece com os garotos cantores na grobo, sacaneando seu desafeto, o Dado Dolabella. É muita coisa para ignorar...
E a partir disso (incluindo conhecimentos que não compartilhei nem vou compartilhar, como famosos músicos Tradicionalistas Gaúchos entupidos de drogas num
backstage que adentrei de inopino, a serviço; uma atriz famosíssima que pegou três caras da Segurança do Festival de Cinema de Gramado - um deles era meu Colega de Curso e me contou - e fez um furioso
foursome com eles e depois os expulsou do quarto aos berros, cheia de cocaína, que cheirava inclusive no meio das trepadas, durante as quais - quando não estava
de boca cheia - urrava palavrões sem parar, e tem muito mais), tendo demonstrado a razão de não acompanhar a vida de celebridades (é só pegar um texto e vou saber ler nas entrelinhas, e não vou gostar do que vi - e notem que não acompanho TMZ), teço alguns cometários sobre o caso do Kevin Spacey:
O GATO DE SCHRÖDINGER - Não duvido nem por um instante do que o ex-garotinho falou; pior, bobear e aconteceu até mais. Só que, à falta de provas ou confissão, bueno, o gato está vivo e está morto ao mesmo tempo;
MUNDO ARTÍSTICO - Pelo acima exposto, me parece fácil e sensato inferir que não é considerado errado
fazer, só encrespa quando se é
apanhado fazendo ou tendo feito. Ou seja, segue normalmente a putaria, a pedofilia, a droga, a chantagem para ter acesso ao corpo de alguém (o véio "ou dá ou desce"), apenas os caras ficam mais prudentes por uns tempos;
CREDIBILIDADE - O cara sofre um abuso e só três décadas depois vai a público? Por quê? Óbvio, não? Perdeu todas as esperanças de algum dia vir a ser celebridade, adquiriu um monte de (caros) maus hábitos e, bueno, tem que pagar as contas, né? Levando-se em conta que nos EUA até entrevista é paga e que há legiões de
ghost-writers atrás de um história particularmente picante - e
bem lucrativa - para escrever, aí está o porquê;
ERA DA INFORMAÇÃO - Todo mundo hoje tem toda a informação que quiser (menos sobre o Leopard 1A5 e seus sistemas eletro-eletrônicos e mecânicos
) sobre o que quiser e pode fazer o que quiser com ela. Somando-se isso aos modismos crônicos - e hoje é o
denuncismo com agenda oculta - temos o caldo de cultura perfeito para que qualquer modo de arruinar a reputação de qualquer pessoa prospere.
Finalizando
MINHA AGENDA - Bueno, todo mundo aí sabe que adoro HoC tanto quanto detesto GoT. Estou - e temo que vou continuar - curiosíssimo sobre como será/seria a temporada seguinte, onde Frank Underwood, tendo sido botado pra escanteio pela própria esposa/cúmplice Claire, e ambos sendo manipuladores frios e inescrupulosos (assassinos, inclusive), por certo seria pra lá de empolgante. Contudo, a esperança ainda não morreu:
http://www.adorocinema.com/noticias/ser ... ia-135385/
Assim, vamos ver no que dá. Apenas insisto que crucificar Mr. Spacey e deixar o resto da cambada (praticamente todo mundo, a rigor) livre para seguir fazendo o que faz talvez seja a comparação final e definitiva entre a série e a politicagem do Brasil: tiramos a Anta e deixamos o Drácula!
¹ - TCR - "Técnica" que existe em todo o Serviço Público mundial e até na iniciativa privada, variando a sigla e alguma palavra por conta do idioma mas aqui significa "Tire o Cu da Reta", ou seja, o lance é jogar as potenciais consequências negativas de algum evento no lombo de outro mas preservando a capacidade de sair bem na foto se tudo der certo.