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Se me permitem, gostaria de tomar a liberdade de abrir um topico que não me parece encaixar em outro lugar.

Nos anos 60, os EUA começou a adotar pequenos helicopteros-drones em destroyers antigos modernizados para ASW mas que não podiam comportar a plataforma e hangar para helicopteros tripulados. A função do DASH era simplesmente lançar um ou dois torpedos leves até um ponto especifico, determinado pelos sensores do navio. Apesar de mais lento, o DASH permitia lançar um torpedo ASW numa distancia maior que um ASROC, por exemplo.

A tecnologia da época limitava bastante a operacionalidade desses drones (vide o video abaixo), mas hoje em dia a operação de um drone assim se tornou muito mais simples e de uso amplo no ramo civil, inclusive.

Não necessariamente para substituir, mas talvez para complementar o uso de helicopteros tripulados, me parece oporturno ressussitar esse conceito. Me parece uma forma muito economica de lançar uma arma ASW a uma distancia maior e também de executar tarefas de vigilancia (com a instalação de radares, FLIRs, etc).

Em especial em navios pequenos demais para operar dois helicopteros tripulados, o complemento de um drone como esses seria muito interessante. E também poderia ser operado facilmente em plataformas pequenas (menos de 1,000t) como Navios de Patrulha.

pmicchi escreveu:Se me permitem, gostaria de tomar a liberdade de abrir um topico que não me parece encaixar em outro lugar.

Nos anos 60, os EUA começou a adotar pequenos helicopteros-drones em destroyers antigos modernizados para ASW mas que não podiam comportar a plataforma e hangar para helicopteros tripulados. A função do DASH era simplesmente lançar um ou dois torpedos leves até um ponto especifico, determinado pelos sensores do navio. Apesar de mais lento, o DASH permitia lançar um torpedo ASW numa distancia maior que um ASROC, por exemplo.

A tecnologia da época limitava bastante a operacionalidade desses drones (vide o video abaixo), mas hoje em dia a operação de um drone assim se tornou muito mais simples e de uso amplo no ramo civil, inclusive.

Não necessariamente para substituir, mas talvez para complementar o uso de helicopteros tripulados, me parece oporturno ressussitar esse conceito. Me parece uma forma muito economica de lançar uma arma ASW a uma distancia maior e também de executar tarefas de vigilancia (com a instalação de radares, FLIRs, etc).

Em especial em navios pequenos demais para operar dois helicopteros tripulados, o complemento de um drone como esses seria muito interessante. E também poderia ser operado facilmente em plataformas pequenas (menos de 1,000t) como Navios de Patrulha.

http://saab.com/air/airborne-solutions/ ... -maritime/

Não estou certo de que um helicóptero é o tipo de drone ASW mais eficiente, afinal, eles bebem bastante para poder pairar.

Mas um drone flutuante (ou submergível) ASW me parece interessante, e não só a mim:
http://www.darpa.mil/program/anti-subma ... ned-vessel

Esse Skeldar V-200 é um bom exemplo. Inclusive utiliza o mesmo combustivel do navio. Só precisaria ser uma versão um pouco maior para transportar ao menos um torpedo leve e/ou sensores mais pesados como um radar. Porém toda tecnologia de controle pode ser aproveitada.

Para os Navios de Patrulha Oceanicos seria ideal, mas poderia ser usado em fragatas tambem.

Sei lá, não vejo essa vantagem toda no DASH em relação a um seu contemporâneo que usamos por muitos anos, o Msl IKARA das Niterói ASW (o DASH, em troca de menos de 02 nm de alcance a mais, ocupava muito mais espaço e custava muito mais). Creio que um drone menor, apenas para levar sensores que determinassem a posição do alvo e a repassassem com updates a um equivalente moderno ao Ikara já estaria de bom tamanho...

Não é exatamente o que eu imaginei mas este aqui é bem inovador:



CQ-10A Snowgoose UAV

Túlio escreveu:Sei lá, não vejo essa vantagem toda no DASH em relação a um seu contemporâneo que usamos por muitos anos, o Msl IKARA das Niterói ASW (o DASH, em troca de menos de 02 nm de alcance a mais, ocupava muito mais espaço e custava muito mais). Creio que um drone menor, apenas para levar sensores que determinassem a posição do alvo e a repassassem com updates a um equivalente moderno ao Ikara já estaria de bom tamanho...

um drone atual teria alcance bem maior que o Ikara, alem de ser mais barato e poder ser usado para vigilancia.

essa imagem tem os diferentes alcances:

https://defence.pk/pdf/proxy.php?image= ... d29c2c1619

Com o peso do(s) torpedo(s) e sensores, acabaria sendo um helicóptero sem tripulação interna, apenas isso. E vai fazer um treco desses pousar em um convoo pequenininho (o propuseste para navios pequenos, tipo OPV, ou entendi errado?) com mar em estado 4, p ex. Haja joystick...

Legal esse video, desde sempre falo que para o brasil o melhor caminho seria apostar em drones de baixo custo ou apostar em fabricas nacionais para gerar grandes quantidades.

Ao invés de apenas helis e aviões para vigilancia poderia trabalhar em conjunto com drones baratos e até descartaveis que fariam vigilancia remota e poderia ir até algum lugar que houvesse uma antena de comunicação para enviar dados para uma central retransmitir.

Mas preferimos implementar doutrinas de decadas atrás usando menos da metade dos equipamentos necessários apenas para parecermos bacanudos.

Túlio escreveu:Com o peso do(s) torpedo(s) e sensores, acabaria sendo um helicóptero sem tripulação interna, apenas isso. E vai fazer um treco desses pousar em um convoo pequenininho (o propuseste para navios pequenos, tipo OPV, ou entendi errado?) com mar em estado 4, p ex. Haja joystick...

o DASH antigo pousava em estado 6 e era controlado por radio FM e a eletronica valvulada! Mesmo assim apenas 10% das perdas foram por erro do piloto. Acredito que um drone controlado por bluetooth a partir de um iphone faz melhor que isso hoje em dia. Na realidade atual, o pouso e decolagem podem ser totalmente automatizados.

Realmente é um pequeno helicoptero sem tripulação interna, mas isso é que faz toda diferença (pequeno+s/tripulação). Ganha-se em autonomia e espaço no navio.

A MB está testando drones a partir dos Navios de Patrulha. A tecnologia existe. Eu só colocaria ela num vetor armado um pouco maior.

pmicchi escreveu:o DASH antigo pousava em estado 6 e era controlado por radio FM e a eletronica valvulada! Mesmo assim apenas 10% das perdas foram por erro do piloto. Acredito que um drone controlado por bluetooth a partir de um iphone faz melhor que isso hoje em dia. Na realidade atual, o pouso e decolagem podem ser totalmente automatizados.

Realmente é um pequeno helicoptero sem tripulação interna, mas isso é que faz toda diferença (pequeno+s/tripulação). Ganha-se em autonomia e espaço no navio.

A MB está testando drones a partir dos Navios de Patrulha. A tecnologia existe. Eu só colocaria ela num vetor armado um pouco maior.

Acho este conceito muito interessante, e deveria ser avaliado não apenas pela MB mas também pelo EB e talvez até pela FAB. Até o Isis já está fazendo uso de drones armados no Iraque, e nós aqui arranjando desculpas para justificar o não investimento do país neste setor:

-http://adrenaline.uol.com.br/2017/01/18 ... ombardeio/

-http://www.washingtontimes.com/news/201 ... s-us-mili/

E a coisa fica mais interessante ainda por termos empresas nacionais desenvolvendo e produzindo drones que operam por aqui em diversos campos, com vários modelos já prontos e operacionais no mercado. É uma das poucas áreas onde ainda daria para tentar desenvolver alguma coisa local no estado da arte.

Mas aposto quanto quiserem se algum destes fabricantes locais destes procurar alguma FA para falar em desenvolver o que quer que seja antes de qualquer coisa vão exigir que ele consiga a certificação STANAG e quetales, que sem isso nem se darão ao trabalho de discutir o conceito o eventual produto. E o assunto vai morrer por aí mesmo :


Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:

pmicchi escreveu:o DASH antigo pousava em estado 6 e era controlado por radio FM e a eletronica valvulada! Mesmo assim apenas 10% das perdas foram por erro do piloto. Acredito que um drone controlado por bluetooth a partir de um iphone faz melhor que isso hoje em dia. Na realidade atual, o pouso e decolagem podem ser totalmente automatizados.

Realmente é um pequeno helicoptero sem tripulação interna, mas isso é que faz toda diferença (pequeno+s/tripulação). Ganha-se em autonomia e espaço no navio.

A MB está testando drones a partir dos Navios de Patrulha. A tecnologia existe. Eu só colocaria ela num vetor armado um pouco maior.

Acho este conceito muito interessante, e deveria ser avaliado não apenas pela MB mas também pelo EB e talvez até pela FAB. Até o Isis já está fazendo uso de drones armados no Iraque, e nós aqui arranjando desculpas para justificar o não investimento do país neste setor:

-http://adrenaline.uol.com.br/2017/01/18 ... ombardeio/

-http://www.washingtontimes.com/news/201 ... s-us-mili/

E a coisa fica mais interessante ainda por termos empresas nacionais desenvolvendo e produzindo drones que operam por aqui em diversos campos, com vários modelos já prontos e operacionais no mercado. É uma das poucas áreas onde ainda daria para tentar desenvolver alguma coisa local no estado da arte.

Mas aposto quanto quiserem se algum destes fabricantes locais destes procurar alguma FA para falar em desenvolver o que quer que seja antes de qualquer coisa vão exigir que ele consiga a certificação STANAG e quetales, que sem isso nem se darão ao trabalho de discutir o conceito o eventual produto. E o assunto vai morrer por aí mesmo :


Leandro G. Card

E ainda vão preferir importar em uma quantidade ridicula e com preço lá em cima.

LeandroGCard escreveu: E a coisa fica mais interessante ainda por termos empresas nacionais desenvolvendo e produzindo drones que operam por aqui em diversos campos, com vários modelos já prontos e operacionais no mercado. É uma das poucas áreas onde ainda daria para tentar desenvolver alguma coisa local no estado da arte.

Mas aposto quanto quiserem se algum destes fabricantes locais destes procurar alguma FA para falar em desenvolver o que quer que seja antes de qualquer coisa vão exigir que ele consiga a certificação STANAG, que sem isso nem se darão ao trabalho de discutir o conceito o eventual produto. E o assunto vai morrer por aí mesmo :


Leandro G. Card

Conheço algumas, particularmente bem a SKYDRONE de Porto Alegre, com produtos inovadores. TUDO é padrão STANAG/MIL STD e quetales desde o projeto. Adianta nada...

Links interessantes sobre projetos atuais ou em desenvolvimento:

http://www.navaldrones.com/S-100.html

http://www.janes.com/article/64806/airb ... rench-navy

https://dragonsdrones.com/2017/02/15/ne ... ree-video/

e uma analise interessante do antigo DASH:
http://armedforcesjournal.com/unmanned- ... -prospect/

um caso de aplicação terrestre que poderia ser adaptado para uso naval:

http://defense-tech.blogspot.com.br/201 ... -tank.html