Lisboa, 17 Dez (Lusa) - Os três ramos das Forças Armadas -o Exército, Força Aérea e Marinha- poderão receber as armas que vão substituir a G-3 já no final do próximo ano, disse hoje o ministro da Defesa.
Paulo Portas, que falava no lançamento dos procedimentos para o concurso internacional com vista ao fornecimento da arma ligeira para as Forças Armadas, afirmou que "se tudo correr bem, até final de 2005" serão entregues as armas.
O concurso tem como objecto o fornecimento de 31 mil espingardas automáticas, 1.700 metralhadoras ligeiras e 6.800 pistolas e respectivos acessórios, refere o "anúncio de concurso com selecção de propostas para negociação".
Questionado acerca do valor do investimento que implica a substituição das G-3, o ministro de Estado, Defesa Nacional e Assuntos do Mar, disse que a Lei da Programação Militar estipula 75 milhões de euros.
As propostas devem ser apresentadas até 60 dias após a publicação do anúncio, o que "poderá acontecer domingo", segundo uma fonte do Ministério da Defesa.
No dia seguinte à data limite para apresentação, serão abertas as propostas que devem ser entregues na Direcção Geral do Armamento e Equipamento de Defesa.
O anúncio do concurso limita o número máximo de propostas a seleccionar para a fase de negociações a oito, não podendo ser seleccionadas mais que duas por concorrente.
A adjudicação será feita "de acordo com o critério da proposta economicamente mais vantajosa" e tendo em conta, por ordem decrescente de importância, aspectos relativos a custos, índice de satisfação operacional e contrapartidas.
O lançamento do concurso para a substituição das G-3 era "uma necessidade operacional" há muito tempo, já que a vida útil destas armas é de 25 a 30 anos, e o início da sua produção foi em 1962, explicou Paulo Portas.
Logo, em 1990 devia ter-se começado a tratar da substituição das G-3, afirmou o ministro, acrescentando que, na área da Defesa, "o preço de não decidir é elevadíssimo".
Os primeiros estudos para a substituição da G-3 datam da década de 70, tendo-se sucedido várias intenções e outros tantos adiamentos ao longo dos últimos anos.
Mas, "a instituição militar continuou sempre o seu dever [realizando estudos para a substituição], a parte política é que não", acrescentou o ministro.
Paulo Portas frisou as vantagens de ser realizado um concurso comum para os vários ramos das Forças Armadas, conferindo "mais força negocial e maior operacionalidade".
O governante recordou que o concurso já devia ter sido lançado "não fossem os acontecimentos políticos" das últimas semanas, mas "estava previsto para 2004 e foi cumprido".
Nova arma ligeira para o Exército português
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Nova arma ligeira para o Exército português
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Sniper escreveu:Quais seriam as principais concorrentes amigo JLRC?
Um dos concorrentes é a Brasileira MD-2
http://www.nasog.net/datasheets/firearm ... el_MD2.htm
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Essa é uma boa notícia:
Embora eu não seja um jurista fico com a dúvida:
Se este é um governo de gestão, pode abrir concursos e adjducar?
Depois, entre a abertura do concurso e a adjudicação, esta será já feita pelo governo que sair das eleições.
Espero sinceramente que o próximo Governo não ande com o processo para trás, dado o atraso e necessidade que as nossas FA's têm de uma nova arma ligeira.
Julgo ainda, que uma das concorrentes era a M-60 americana, mas parce que está práticamnte fora da corrida.
Embora eu não seja um jurista fico com a dúvida:
Se este é um governo de gestão, pode abrir concursos e adjducar?
Depois, entre a abertura do concurso e a adjudicação, esta será já feita pelo governo que sair das eleições.
Espero sinceramente que o próximo Governo não ande com o processo para trás, dado o atraso e necessidade que as nossas FA's têm de uma nova arma ligeira.
Julgo ainda, que uma das concorrentes era a M-60 americana, mas parce que está práticamnte fora da corrida.
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Sniper escreveu:Quais seriam as principais concorrentes amigo JLRC?
"As autoridades prevêem que pelo menos oito fabricantes se apresentem a concurso: a Styer (Austria/Suíça), a Sig Sauer (Áustria), a FN Herstal (Bélgica), a HK (Alemanha), a Colt (EUA), a Diemaco (Canadá), a IMI (Israel) e a Singapore Technologies Engineering (Singapura)."
Cumptos
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JLRC escreveu:Sniper escreveu:Quais seriam as principais concorrentes amigo JLRC?
"As autoridades prevêem que pelo menos oito fabricantes se apresentem a concurso: a Styer (Austria/Suíça), a Sig Sauer (Áustria), a FN Herstal (Bélgica), a HK (Alemanha), a Colt (EUA), a Diemaco (Canadá), a IMI (Israel) e a Singapore Technologies Engineering (Singapura)."
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Então e a IMBEL?????????
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P-44:
É possível que os fabricantes IMBEL se candidatem, mas sinceramente, e apesar da urgência com que a G-3 deverá ser substituída, acho que tudo isto vai acabar por ficar à espera do novo Governo.
Nessa altura todos estes fabricantes a mais alguns poderão concorrer, já que a encomenda é grande, e portanto chamativa.
Apesar da LPM ser uma lei que está acima das legislaturas, como saberá esta pode ser revista em periodos de tempo definidos, e os programas poderão ser alterados.
Eu, por mim não acredito que um futuro governo que saia das eleições mexa neste assunto, mas poderá demorar mais que as afirmações que dizem que daqui a um ano as armas começarão a chegar.
P.S.
Colegas do Brasil e portugueses:
Já agora não se arranjam uma ou duas fotos dessa arma a que o P-44 refere?
É que eu não estou a ver como ela é
É possível que os fabricantes IMBEL se candidatem, mas sinceramente, e apesar da urgência com que a G-3 deverá ser substituída, acho que tudo isto vai acabar por ficar à espera do novo Governo.
Nessa altura todos estes fabricantes a mais alguns poderão concorrer, já que a encomenda é grande, e portanto chamativa.
Apesar da LPM ser uma lei que está acima das legislaturas, como saberá esta pode ser revista em periodos de tempo definidos, e os programas poderão ser alterados.
Eu, por mim não acredito que um futuro governo que saia das eleições mexa neste assunto, mas poderá demorar mais que as afirmações que dizem que daqui a um ano as armas começarão a chegar.
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É que eu não estou a ver como ela é
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A G-3 alemã que equipa os 3 ramos das FA's portugueses e as forças policiais (PSP e GNR) desde os anos 60:
São armas fabricadas em Portugal, sob licença do fabricante alemão.
Apesar da decisão ainda não estar tomada, todo indica que o actual Governo acabe por optar pela G-36 a despeito das outras hipóteses, nomeadamente da M-60 norte-americana, e das naturais movimentações e lobbies dos fabricantes.
A G-36:
A new development for HK, the G36 is a true modular weapon system in caliber 5.56x45mm NATO.
Constructed almost entirely of a tough, carbon fiber reinforced polymer material and using a simple, self-regulating gas system, the G36 provides the user with a lightweight weapon that delivers high performance with extremely low maintenance.
The barrel of the G36 can be exchanged by unit armorers to create a rifle, carbine, or light support variant using the same common receiver. The G36 has been exhaustively tested and is currently fielded with the German Armed Forces (including the new NATO Rapid Reaction Force).
Manufacturer Heckler & Koch GmbH
Designation G36K
Coutry Germany
Production 1995 - present
Cartridge 5.56 x 45mm NATO
Magazine Capacity 30 rounds
Length (gun) 24.21 - 33.78"
Length (barrel) 12.52"
Weight (gun) 6.62 Lbs
6Rifling groove right hand
Cyclic Rate 750 rpm
São armas fabricadas em Portugal, sob licença do fabricante alemão.
Apesar da decisão ainda não estar tomada, todo indica que o actual Governo acabe por optar pela G-36 a despeito das outras hipóteses, nomeadamente da M-60 norte-americana, e das naturais movimentações e lobbies dos fabricantes.
A G-36:
A new development for HK, the G36 is a true modular weapon system in caliber 5.56x45mm NATO.
Constructed almost entirely of a tough, carbon fiber reinforced polymer material and using a simple, self-regulating gas system, the G36 provides the user with a lightweight weapon that delivers high performance with extremely low maintenance.
The barrel of the G36 can be exchanged by unit armorers to create a rifle, carbine, or light support variant using the same common receiver. The G36 has been exhaustively tested and is currently fielded with the German Armed Forces (including the new NATO Rapid Reaction Force).
Manufacturer Heckler & Koch GmbH
Designation G36K
Coutry Germany
Production 1995 - present
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Segundo a Comunicação Social em Portugal, dos 7 concorrentes a fornecerem a nova arma ligeira para os 3 ramos das FA's e forças policiais, 5 desistiram, considerando que os parâmetros do concurso parecem favorecer à partida um dos concorrentes.
Leia-se a HK alemã, fabricante da G-36, e que tudo parece apontar para que seja de facto a substituta da G-3 ainda em uso.
A Steyr austríaca, a Colt americana e a Diemaco canadiana foram as que mais protestaram contra os termos do concurso internacional, acusando o Governo de Portugal de estar à partida a favorecer uma concorrente.
Mais uma razão para pensarmos que futuramente veremos as nossas tropas equipadas com a G-36.
O valor apontado pela comunicação social aponta para cerca de 70 milhões de euros envolvidos neste concurso, mas a empresa vencedora terá que investir, ao jeito de contrapartidas um valor mais ou menos equivalente em Portugal.
Ou seja:
Provavelmente essas armas serão fabricadas em Portugal, à semelhança, aliás do que aconteceu com a adjudicação dos blindados de rodas para o exército: os PANDUR II.
Contrapartidas à parte, ainda não será desta que teremos a americana M-16 ou a arma da Steyrque equipa as FA's da Austrália aos ombros dos tropas portugueses.
Leia-se a HK alemã, fabricante da G-36, e que tudo parece apontar para que seja de facto a substituta da G-3 ainda em uso.
A Steyr austríaca, a Colt americana e a Diemaco canadiana foram as que mais protestaram contra os termos do concurso internacional, acusando o Governo de Portugal de estar à partida a favorecer uma concorrente.
Mais uma razão para pensarmos que futuramente veremos as nossas tropas equipadas com a G-36.
O valor apontado pela comunicação social aponta para cerca de 70 milhões de euros envolvidos neste concurso, mas a empresa vencedora terá que investir, ao jeito de contrapartidas um valor mais ou menos equivalente em Portugal.
Ou seja:
Provavelmente essas armas serão fabricadas em Portugal, à semelhança, aliás do que aconteceu com a adjudicação dos blindados de rodas para o exército: os PANDUR II.
Contrapartidas à parte, ainda não será desta que teremos a americana M-16 ou a arma da Steyrque equipa as FA's da Austrália aos ombros dos tropas portugueses.
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Como é do conhecimento público, as chefias do 3 ramos das FA's entregarão ao Governo até Junho as propostas orçamentais com vista à redefinição e revisão da Lei de Programação Militar para o próximo triénio.
No que respeita ao Exército, algum dos celegas sabe em que pé está o concurso para o fornecimento da nova arma ligeira, que tudo indica, venha a ser a G-36 da HK alemã?
Ou será que vai ser sacrificado em nome da contenção orçamental, e assim ser mais uma vez atirado para as calendas?
No que respeita ao Exército, algum dos celegas sabe em que pé está o concurso para o fornecimento da nova arma ligeira, que tudo indica, venha a ser a G-36 da HK alemã?
Ou será que vai ser sacrificado em nome da contenção orçamental, e assim ser mais uma vez atirado para as calendas?