VA OTHON
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VA OTHON
Gritem, berrem, batam as panelas!
Xinguem o PT!
Mas... Não vi nenhuma nota doutros partidos...
Câmara dos Deputados
Partido dos Trabalhadores
Gabinete da Liderança
NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE AO
ALMIRANTE OTHON LUIZ PINHEIRO DA SILVA
Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, manifesto apoio e solidariedade ao Vice-Almirante R1 Othon Luiz Pinheiro da Silva, detido dia 28 de julho na 16ª fase da Operação Lava–Jato.
Diretor-presidente licenciado da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobras), que hoje gera cerca de 3% da energia elétrica consumida no País, o almirante Othon é um nacionalista, patriota e tem papel que já passou para a história no tocante ao nosso desenvolvimento científico e tecnológico, notadamente no campo nuclear.
Tem atuação comparável à do almirante Álvaro Alberto, outro nacionalista que abriu as portas para o Brasil avançar no campo da pesquisa nuclear, contrariando todas as pressões externas para que o País ficasse à margem das conquistas nessa área.
Othon formou-se pela Escola Naval em 1960 e em engenharia naval pela Escola Politécnica de São Paulo em 1966, e obteve em 1978 sua especialização em engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA.
Foi Diretor de Pesquisas de Reatores do IPEN entre 1982 e 1984 e foi fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para Submarinos entre 1979 e 1994. Exerceu o cargo de Diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (COPESP), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994.
É o autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio e da instalação de propulsão nuclear para submarinos. O desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil. O projeto concebido pelo almirante inclui o Brasil no seleto grupo de países detentores do ciclo nuclear e é, por isso mesmo, objeto de cobiça internacional. Dada a sua natureza estratégica, de interesse de Estado, é cercado de sigilo.
A Marinha é uma instituição séria que sabe zelar pelos interesses estratégicos do Brasil. A busca de autonomia na área nuclear encaixa-se no projeto de desenvolvimento nacional com autonomia e soberania. A construção de um submarino nuclear eleva o Brasil a um novo patamar na comunidade internacional.
Apoiamos o espírito empreendedor do almirante e repudiamos qualquer tentativa de julgamento prévio dele — assim como de outras pessoas detidas no âmbito da Operação Lava-Jato — com base apenas em delações. Temos convicção de que o almirante provará sua inocência e continuará a contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, num momento em que as nações que se destacam no mundo são justamente as que dominam tecnologias de ponta, inclusive a nuclear.
O almirante Othon passou a se destacar na história brasileira ao lutar, nos anos 80 e 90, contra o bloqueio do Ocidente ao acesso ao conhecimento na área nuclear. Enfrentou pressões, foi vigiado no Brasil e no exterior por buscar acesso a um conhecimento que garantisse ao País outro lugar no concerto das nações.
A prisão do almirante pode ser comemorada por setores antinacionais, que ignoram a importância da soberania e dos interesses nacionais. Mas os que pensam um Brasil próspero e soberano, com autonomia tecnológica para fins pacíficos, só podem lamentar sua prisão.
O nosso projeto estratégico, construído com a valiosa cooperação do almirante Othon, não pode ser prejudicado e nem atacado por setores antinacionais em razão da Operação Lava-Jato, que tem gerado questionamentos de renomados juristas. Não cabe a nenhum juiz, de nenhuma instância, o direito de prejudicar o interesse de Estado — que por sua natureza é sigiloso — e destruir um patrimônio nacional construído ao longo de décadas.
O Brasil precisa avançar e pessoas como o almirante Othon são imprescindíveis, pois ele, como outros cientistas nacionalistas, guia-se pelo lema do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo: “Tecnologia Própria é Independência”.
Brasília, 5 de agosto de 2015
Dep. Sibá Machado - PT/AC
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ALMIRANTE OTHON LUIZ PINHEIRO DA SILVA
Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, manifesto apoio e solidariedade ao Vice-Almirante R1 Othon Luiz Pinheiro da Silva, detido dia 28 de julho na 16ª fase da Operação Lava–Jato.
Diretor-presidente licenciado da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobras), que hoje gera cerca de 3% da energia elétrica consumida no País, o almirante Othon é um nacionalista, patriota e tem papel que já passou para a história no tocante ao nosso desenvolvimento científico e tecnológico, notadamente no campo nuclear.
Tem atuação comparável à do almirante Álvaro Alberto, outro nacionalista que abriu as portas para o Brasil avançar no campo da pesquisa nuclear, contrariando todas as pressões externas para que o País ficasse à margem das conquistas nessa área.
Othon formou-se pela Escola Naval em 1960 e em engenharia naval pela Escola Politécnica de São Paulo em 1966, e obteve em 1978 sua especialização em engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA.
Foi Diretor de Pesquisas de Reatores do IPEN entre 1982 e 1984 e foi fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para Submarinos entre 1979 e 1994. Exerceu o cargo de Diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (COPESP), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994.
É o autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio e da instalação de propulsão nuclear para submarinos. O desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil. O projeto concebido pelo almirante inclui o Brasil no seleto grupo de países detentores do ciclo nuclear e é, por isso mesmo, objeto de cobiça internacional. Dada a sua natureza estratégica, de interesse de Estado, é cercado de sigilo.
A Marinha é uma instituição séria que sabe zelar pelos interesses estratégicos do Brasil. A busca de autonomia na área nuclear encaixa-se no projeto de desenvolvimento nacional com autonomia e soberania. A construção de um submarino nuclear eleva o Brasil a um novo patamar na comunidade internacional.
Apoiamos o espírito empreendedor do almirante e repudiamos qualquer tentativa de julgamento prévio dele — assim como de outras pessoas detidas no âmbito da Operação Lava-Jato — com base apenas em delações. Temos convicção de que o almirante provará sua inocência e continuará a contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, num momento em que as nações que se destacam no mundo são justamente as que dominam tecnologias de ponta, inclusive a nuclear.
O almirante Othon passou a se destacar na história brasileira ao lutar, nos anos 80 e 90, contra o bloqueio do Ocidente ao acesso ao conhecimento na área nuclear. Enfrentou pressões, foi vigiado no Brasil e no exterior por buscar acesso a um conhecimento que garantisse ao País outro lugar no concerto das nações.
A prisão do almirante pode ser comemorada por setores antinacionais, que ignoram a importância da soberania e dos interesses nacionais. Mas os que pensam um Brasil próspero e soberano, com autonomia tecnológica para fins pacíficos, só podem lamentar sua prisão.
O nosso projeto estratégico, construído com a valiosa cooperação do almirante Othon, não pode ser prejudicado e nem atacado por setores antinacionais em razão da Operação Lava-Jato, que tem gerado questionamentos de renomados juristas. Não cabe a nenhum juiz, de nenhuma instância, o direito de prejudicar o interesse de Estado — que por sua natureza é sigiloso — e destruir um patrimônio nacional construído ao longo de décadas.
O Brasil precisa avançar e pessoas como o almirante Othon são imprescindíveis, pois ele, como outros cientistas nacionalistas, guia-se pelo lema do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo: “Tecnologia Própria é Independência”.
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Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: VA OTHON
Almirante preso na Lava Jato ameaçou 'meter bala' nos agentes da PF.
Camila Bomfim Da TV Globo, em Brasília - 7.08.15.
Relatório da equipe da Polícia Federal que no último dia 28 prendeu o ex-diretor-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, na casa dele, no Rio de Janeiro, informou que se deparou com reações agressivas e ameaças.
Othon Silva é vice-almirante da Marinha, posto mais alto para engenheiros navais na corporação. Investigações da Operação Lava Jato encontraram indícios de pagamentos de propina para ele feitos por um consórcio de empreiteiras. Nesta quinta-feira (6), o ex-presidente da Eletronuclear teve a prisão temporária convertida em preventiva (sem prazo) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância da Justiça.
Segundo o relatório da PF, ao receber os agentes, Othon Silva inicialmente se recusou a abrir a porta. Ele foi informado de que, caso a porta não fosse aberta, seria arrombada.
De acordo com o relatório feito pela equipe, “muito irritado, o senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva disse ser um vice-almirante da Marinha, que exigia ser tratado com respeito, pois é uma autoridade”.
Ao ouvir da PF, pela segunda vez, que a porta seria arrombada, ele fez ameaças, segundo o relatório: “Othon Luiz Pinheiro da Silva asseverou que se a porta fosse arrombada iria 'meter bala em todos'”.
Um dos policiais deu dois chutes na porta. Nesse momento, Othon Luiz decidiu abri-la. A equipe que cumpriu o mandado contou que ele foi imobilizado e algemado, “gritando que não podíamos agir daquela forma, que ele é um vice-almirante da Marinha e que deveria haver no mínimo um vice-almirante da Marinha no local”.
O G1 fez contato por telefone com o escritório no Rio de Janeiro do advogado Helton Marcio Pinto, que representa Othon Pinheiro da Silva, mas não havia conseguido falar com ele até a última atualização desta reportagem.
Camila Bomfim Da TV Globo, em Brasília - 7.08.15.
Relatório da equipe da Polícia Federal que no último dia 28 prendeu o ex-diretor-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, na casa dele, no Rio de Janeiro, informou que se deparou com reações agressivas e ameaças.
Othon Silva é vice-almirante da Marinha, posto mais alto para engenheiros navais na corporação. Investigações da Operação Lava Jato encontraram indícios de pagamentos de propina para ele feitos por um consórcio de empreiteiras. Nesta quinta-feira (6), o ex-presidente da Eletronuclear teve a prisão temporária convertida em preventiva (sem prazo) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância da Justiça.
Segundo o relatório da PF, ao receber os agentes, Othon Silva inicialmente se recusou a abrir a porta. Ele foi informado de que, caso a porta não fosse aberta, seria arrombada.
De acordo com o relatório feito pela equipe, “muito irritado, o senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva disse ser um vice-almirante da Marinha, que exigia ser tratado com respeito, pois é uma autoridade”.
Ao ouvir da PF, pela segunda vez, que a porta seria arrombada, ele fez ameaças, segundo o relatório: “Othon Luiz Pinheiro da Silva asseverou que se a porta fosse arrombada iria 'meter bala em todos'”.
Um dos policiais deu dois chutes na porta. Nesse momento, Othon Luiz decidiu abri-la. A equipe que cumpriu o mandado contou que ele foi imobilizado e algemado, “gritando que não podíamos agir daquela forma, que ele é um vice-almirante da Marinha e que deveria haver no mínimo um vice-almirante da Marinha no local”.
O G1 fez contato por telefone com o escritório no Rio de Janeiro do advogado Helton Marcio Pinto, que representa Othon Pinheiro da Silva, mas não havia conseguido falar com ele até a última atualização desta reportagem.
- Paisano
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Re: VA OTHON
Até o pitbull do Reinaldo Azevedo.
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Reinaldo Azevedo
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31/07/2015 às 22:04
PF pede soltura de 2 presos; MP, a prisão preventiva. Para soltar, Moro exige prova de inocência
Apareceu uma divergência, o que tem sido raríssimo, na trinca Polícia-Federal-Ministério Público-Sergio Moro. Diz respeito às prisões do vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva e do executivo da Andrade Gutierrez Energia Flávio Barra. Os dois estão em regime de prisão temporária desde domingo. O Ministério Público pede a decretação da prisão preventiva, mas a Polícia Federal afirmou não ver razões para que continuem mesmo na temporária.
Para lembrar: uma empresa de Othon, a Aratec, afirma ter prestado serviços a empreiteiras, o que justificou o pagamento, pelas empreiteiras, de R$ 4,5 milhões.
Afirma a delegada Erika Mialik Marena o que segue:
“Com o cumprimento das medidas judicialmente determinadas, e, não tendo sido possível ultimar as análises que permitiriam concluir pela efetiva ocorrência do quanto narrado por DALTON AVANCINI, seja quanto ao conluio para fraudar o caráter competitivo da licitação para a construção de ANGRA 3, seja quanto ao eventual pagamento de vantagens indevidas a servidores da ELETRONUCLEAR, deixamos de representar pela prorrogação da prisão temporária de OTHON LUIZ PINHEIRO DA SILVA e FLAVIO DAVID BARRA, já que entendemos que, com as medidas de busca e apreensão já realizadas e com as oitivas já feitas daqueles diretamente envolvidos, foi atendido o fim da segregação temporária, sem embargo de outros elementos já de posse do i. Parquet federal que possam melhor delimitar o quadro probatório dos fatos aqui investigados”.
Como se vê, a Polícia Federal, sem entrar no mérito de inocência e culpa, que é descabido nessa fase do inquérito, não vê razões para manter presos os dois, ainda que considere necessárias novas diligências. A PF diz claramente que não encontrou as evidências narradas por Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa — que fez delação premiada.
O juiz não escolheu nem a leitura da PF nem a da MP. Sua saída intermediária, por enquanto, foi prorrogar a prisão temporária da dupla por mais cinco dias, embora pareça tentando a concordar com o MP.
Escreveu Moro:
“Em princípio, diante do histórico de falsidade nessa investigação, é necessário apresentar mais do que eventuais contratos, mas também prova dos serviços de consultoria ou engenharia prestados, com, se possível, provas que possam atestar que não foram produzidos a posteriori”.
Assim, segundo Moro, dado que há “muita falsidade nessa investigação”, cabe aos que estão em prisão temporária provar a sua inocência.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... inocencia/
- Túlio
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Re: VA OTHON
Pouca vergonha, digo eu!
O índio é um depósito de conhecimentos ultrassecretos e o tratam como se fosse ladrão de banco! Afinal, foi CONDENADO pelo que mesmo?
Mas tá tri, daqui a pouco prendem aquele Cientista que desvendou a ogiva nuclear dos ianques...
Não apóio LADRÃO mas - e SE ele fez o que dizem que fez, e mantenho meu ceticismo, afinal, somente os segredos das ultracentrífugas lhe renderiam uma vasta fortuna, desprezou isso pelo que, em comparação, seria uma merreca? Brabo de crer... - um caso assim teria de ser tratado com muito mais tato. Comparemos com o juiz Lalau, aquele que superfaturou o prédio do tribunal, todo mundo ficou cheio de dedos com um notório PILANTRA; daí vemos o que estão fazendo com quem sabe tanta coisa.
Vou repetir: tem gente tão apaixonada por derrubar o PT que não se importa se tiver que derrubar o Brasil inteiro. Estou nem aí pro PT mas com o Brasil eu me importo.
Claro, grande kôza. O Brasil, ora o Brasil...
O índio é um depósito de conhecimentos ultrassecretos e o tratam como se fosse ladrão de banco! Afinal, foi CONDENADO pelo que mesmo?
Mas tá tri, daqui a pouco prendem aquele Cientista que desvendou a ogiva nuclear dos ianques...
Não apóio LADRÃO mas - e SE ele fez o que dizem que fez, e mantenho meu ceticismo, afinal, somente os segredos das ultracentrífugas lhe renderiam uma vasta fortuna, desprezou isso pelo que, em comparação, seria uma merreca? Brabo de crer... - um caso assim teria de ser tratado com muito mais tato. Comparemos com o juiz Lalau, aquele que superfaturou o prédio do tribunal, todo mundo ficou cheio de dedos com um notório PILANTRA; daí vemos o que estão fazendo com quem sabe tanta coisa.
Vou repetir: tem gente tão apaixonada por derrubar o PT que não se importa se tiver que derrubar o Brasil inteiro. Estou nem aí pro PT mas com o Brasil eu me importo.
Claro, grande kôza. O Brasil, ora o Brasil...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- LeandroGCard
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Re: VA OTHON
X 1000!.Túlio escreveu:Vou repetir: tem gente tão apaixonada por derrubar o PT que não se importa se tiver que derrubar o Brasil inteiro. Estou nem aí pro PT mas com o Brasil eu me importo.
Leandro G. Card
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Re: VA OTHON
Bom, isso explica o fato de Angra 3 estar em construção desde 9800 A.C. e nunca ter sido concluída até hoje. Isso e o tesão de escala planetária que a Marinha e seus oficiais sentem por elefantes brancos.
*vide NAe São Paulo pra mais detalhes
*vide NAe São Paulo pra mais detalhes
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- Paisano
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Re: VA OTHON
O caso do Almirante Othon: coragem e a honra são bons sinais num militar.
Fonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=28760
Fonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=28760
O Estadão publica a narrativa de um delegado da Polícia Federal sobre a reação do vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear,à chegada da Polícia Federal em sua casa.
É descrita como “violenta”, mesmo sendo a de um homem de 76 anos. E quem tem 76 anos ou um ente próximo nesta idade sabe que é difícil chamar de violência qualquer reação de alguém tão fragilizado fisicamente.
É bom pensar em como uma equipe da Polícia Federal, já admitida em sua casa (como fica claro quando o delegado diz que “a equipe sacou suas armas e se abrigou nos demais cômodos”) mandou abrir a porta ou esta seria arrombada.
Não há nenhuma menção a tentativa de diálogo – “Almirante, eu sou o delegado Fulano de Tal, e tenho aqui um mandado de prisão e outro de busca e apreensão, e gostaria que o senhor colaborasse com as ordens que temos de cumprir”, por exemplo – e sim um “abre ou vamos arrombar”.
Ao melhor estilo do que nossa polícia está acostumada a fazer.
Não é despropositada a reação de um militar de 76 anos, ameaçado assim em sua própria casa, com dois chutes na porta de seu quarto, reagir dizendo que “meteria bala”.
Ao contrário, é o que faria um oficial digno e corajoso, que não se assusta com gritos.
Agora, imagine a cena: meia dúzia de policiais, fortemente armados, já no inteiro controle de um apartamento, diante da resistência verbal de um homem de idade provecta têm como única atitude ” desferir dois chutes na porta”, como não dispunha de ferramentas.
Se o Almirante Othon estivesse mesmo reagindo com violência, com a arma e a experiência de usá-la que sua condição de militar dá, tivesse mesmo “metido bala”, teríamos a esta altura dois mortos, pelo menos, senão mais, como uma arma automática – uma pistola – poderia fazer entre os próprios policiais, pois os alvos, na passagem pela porta, são fáceis de atingir por quem sabe atirar.
Portanto, a possibilidade de que ele estivesse mesmo armado seria mais uma razão, além de todas, para uma ação ponderada, não um meter o pé na porta.
Uma tragédia estúpida, a pique de ser provocada por gente estúpida.
Dá para entender que sejam policiais treinados para atirar só em ultimo caso? Dá para entender que ainda que fosse um bandido comum, encurralado, não seria assim que se deveria agir?
Dá para aprender isso só assistindo seriado policial, desde que não seja aquele do Charles Bronson. Que perigo de fuga havia ali? Em que prejudicaria a missão policial gastar dez minutos argumentando, oferecendo garantias de integridade, agindo com calma?
Tanto é assim que, em seguida, o almirante,, como o próprio delegado registra em seu relatório, que o “cumprimento do mandado seguiu sem problemas, tendo senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva auxiliado em tudo que lhe foi solicitado, tendo, inclusive fornecido senha de acesso seu computador combinação do cofre do imóvel”.
Aliás, nem sequer se cogitou de convocá-lo a depor, a apresentar documentos, a explicar as acusações que lhe são feitas. Ou será que acham que o Almirante ia fugir, ia fazer uma reunião com empreiteiros que estão presos para forjar uma história? Como, se já tinham – ou dizem que tinham – as provas materiais de seus favorecimentos?
É a era da meganhagem, do promotor que combina com o juiz e chama os policiais para lhes dizer: “vai lá e prende aquele filho da p…”
Nós, que aprendemos que não é aceitável que militares ajam assim contra qualquer pessoa não podemos aceitar que um delegado de polícia aja assim contra um militar, sobretudo um de idade provecta.
Mas há algo que me impressionou bem na atitude do Almirante Othon. É que reagir não é apenas um ato de coragem – talvez insana, em tais condições – mas também de dignidade. Não significa que seja, por isso, inocente, mas é certamente um sinal de honradez, destes que brotam sem controle de nosso interior.
Os canalhas, pode reparar, são todos mansos diante da força.
- Clermont
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Re: VA OTHON
Novo delator confessa repasse de R$ 765 mil para almirante da Eletronuclear.
Por Julia Affonso, Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, e Fausto Macedo - O Estado de São Paulo, 09.08.15.
Um novo delator da Operação Lava Jato confessou que sua empresa Link Projetos e Participações foi usada como intermediária para repasse de ao menos R$ 765 mil, de 2010 a 2014, entre a empreiteira Engevix e a Aratec Engenharia Consultoria e Representações, controlada pelo presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso desde o final de julho sob suspeita de receber propinas nas obras de Angra3.
O empresário Victor Colavitti, o novo delator, entregou à força-tarefa da Operação Lava Jato um contrato original da Engevix com a Link Projetos, datado de 30 de maio de 2010, no valor de R$ 500 mil, em 16 parcelas. Segundo ele, ‘foi o primeiro contrato firmado com a Engevix com a intenção de efetuar repasses à Aratec’.
“As declarações do colaborador Victor Sergio Colavitti somadas ao conjunto de provas já constante dos autos, evidenciam plenamente que foram firmados contratos fictícios pela Link Projetos, tanto com a Engevix, tanto com a Aratec, para que fosse proporcionada a passagem de valores da corrupção para Othon Luiz”, sustentam os procuradores do Ministério Público Federal.
A força-tarefa suspeita que Othon Pinheiro teria recebido um total de US$ 30 milhões em propinas de empreiteiras. Desse volume, R$ 4,5 milhões já foram rastreados na conta da Aratec Engenharia Consultoria. Segundo o Ministério Público Federal, a Engevix recebeu da Eletronuclear, com quem tem contratos firmados, pelo menos R$ 136.894.258,23 entre 2011 e 2013. A empreiteira também é investigada no esquema de corrupção instalado na Petrobrás.
“A Engevix fez contato com a pessoa de Victor Sergio Colavitti, com o fim de utilizar a empresa administrada por este para intermediação do repasse da propina destinada a Othon Luiz, que seria recebida na empresa Aratec”, aponta a força-tarefa da Lava Jato.
Othon Luiz foi preso temporariamente por 10 dias na Operação Radioatividade, 16ª fase da Lava Jato, deflagrada em 28 de julho. Na quinta-feira, 6, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão preventiva do almirante, baseado em novas provas apresentadas pelo Ministério Público Federal. Uma delas é o depoimento de Victor Colavitti.
O empresário revelou que atendeu pedidos da Engevix, e, em 30 de maio de 2010, 24 de maio de 2012 e 15 de janeiro de 2013, a Link Projetos celebrou contratos fictícios com a empreiteira, sem prestação de serviços. Victor Colavitti afirmou ainda que também foi firmado, entre a Link e a Engevix, ‘o contrato fictício, em 1 de dezembro de 2013, o qual foi assinado em 21 de janeiro de 2014, no valor de R$ 450.000,00'.
“Todavia, com a deflagração da Operação Lava Jato em março de 2014, Victor Sergio recusou a dar cumprimento aos repasses. A propósito, o colaborador revelou que Ana Cristina, filha de Othon, chegou a emitir uma nota fiscal em abril de 2014 que foi enviada à Link Projetos”, destacou a Procuradoria.
Em consulta à base de notas ficais da Aratec, a Procuradoria constatou que ‘realmente foi emitida em favor da Link a Nota Fiscal 610 de 1.º de abril de 2014, o que corrobora as declarações do colaborador’.
Em um depoimento, Victor Colavitti afirmou que não conheceu Othon Luiz ou sua filha Ana Cristina Toniolo e que não sabia que os pagamentos envolvessem contrapartida de contratos da Engevix com a Eletronuclear ou qualquer empresa pública. O empresário disse à força-tarefa que a Link foi aberta em 2003 e presta serviços de projetos, na área de engenharia em geral, topografia, assessoria comercial na área de engenharia, intermediação de negócios para empresas diversas, inclusive para a Engevix. Segundo ele, houve prestação de serviço à empreiteira em outros contratos.
“Por volta de abril/maio de 2010, durante um encontro na empresa Engevix, foi pedido ao declarante que fizesse alguns pagamentos para Engevix, devidos a urna determinada empresa chamada Aratec, sendo que na ocasião apenas foi dito ao declarante que os pagamentos não poderiam ser feitos pela Engevix”, contou o empresário à força-tarefa. “Para preservar seu bom relacionamento com a empresa Engevix, bem como para preservar os contratos então em andamento e pela perspectiva de novos negócios, o declarante aceitou fazer tais pagamentos sem maiores questionamentos.”
Victor Colavitti explicou que conforme os pagamentos da Engevix eram feitos para a Link, logo na sequencia a Aratec emitia a respectiva nota fiscal e ele determinava o pagamento à Aratec já com todos os impostos recolhidos. O dono da Link disse acreditar que houve um repasse aproximado de R$ 765 mil à Aratec, entre 2010 e 2014.
Ele não soube informar a que título eram feitos esses pagamentos da Engevix à empresa Aratec. Mas afirmou ‘com absoluta certeza que o serviços descritos no contrato entre Link e Aratec jamais foram prestados’. Ele esclareceu que o contrato entre a empresa do almirante e a Link ‘veio pronto da Aratec’.
Procurados nesta sexta-feira, 7, as defesas de Othon e de sua filha não se manifestaram. No início desta semana, a defesa do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva afirmou à Justiça Federal que os repasses feitos por empreiteiras para a Aratec Engenharia, criada por ele, estão relacionados a serviços de tradução prestados por sua filha. Em petição anexada aos autos da investigação, a filha do almirante, Ana Cristina Toniolo, corroborou o que foi dito pela defesa do pai.
Por Julia Affonso, Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, e Fausto Macedo - O Estado de São Paulo, 09.08.15.
Um novo delator da Operação Lava Jato confessou que sua empresa Link Projetos e Participações foi usada como intermediária para repasse de ao menos R$ 765 mil, de 2010 a 2014, entre a empreiteira Engevix e a Aratec Engenharia Consultoria e Representações, controlada pelo presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso desde o final de julho sob suspeita de receber propinas nas obras de Angra3.
O empresário Victor Colavitti, o novo delator, entregou à força-tarefa da Operação Lava Jato um contrato original da Engevix com a Link Projetos, datado de 30 de maio de 2010, no valor de R$ 500 mil, em 16 parcelas. Segundo ele, ‘foi o primeiro contrato firmado com a Engevix com a intenção de efetuar repasses à Aratec’.
“As declarações do colaborador Victor Sergio Colavitti somadas ao conjunto de provas já constante dos autos, evidenciam plenamente que foram firmados contratos fictícios pela Link Projetos, tanto com a Engevix, tanto com a Aratec, para que fosse proporcionada a passagem de valores da corrupção para Othon Luiz”, sustentam os procuradores do Ministério Público Federal.
A força-tarefa suspeita que Othon Pinheiro teria recebido um total de US$ 30 milhões em propinas de empreiteiras. Desse volume, R$ 4,5 milhões já foram rastreados na conta da Aratec Engenharia Consultoria. Segundo o Ministério Público Federal, a Engevix recebeu da Eletronuclear, com quem tem contratos firmados, pelo menos R$ 136.894.258,23 entre 2011 e 2013. A empreiteira também é investigada no esquema de corrupção instalado na Petrobrás.
“A Engevix fez contato com a pessoa de Victor Sergio Colavitti, com o fim de utilizar a empresa administrada por este para intermediação do repasse da propina destinada a Othon Luiz, que seria recebida na empresa Aratec”, aponta a força-tarefa da Lava Jato.
Othon Luiz foi preso temporariamente por 10 dias na Operação Radioatividade, 16ª fase da Lava Jato, deflagrada em 28 de julho. Na quinta-feira, 6, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão preventiva do almirante, baseado em novas provas apresentadas pelo Ministério Público Federal. Uma delas é o depoimento de Victor Colavitti.
O empresário revelou que atendeu pedidos da Engevix, e, em 30 de maio de 2010, 24 de maio de 2012 e 15 de janeiro de 2013, a Link Projetos celebrou contratos fictícios com a empreiteira, sem prestação de serviços. Victor Colavitti afirmou ainda que também foi firmado, entre a Link e a Engevix, ‘o contrato fictício, em 1 de dezembro de 2013, o qual foi assinado em 21 de janeiro de 2014, no valor de R$ 450.000,00'.
“Todavia, com a deflagração da Operação Lava Jato em março de 2014, Victor Sergio recusou a dar cumprimento aos repasses. A propósito, o colaborador revelou que Ana Cristina, filha de Othon, chegou a emitir uma nota fiscal em abril de 2014 que foi enviada à Link Projetos”, destacou a Procuradoria.
Em consulta à base de notas ficais da Aratec, a Procuradoria constatou que ‘realmente foi emitida em favor da Link a Nota Fiscal 610 de 1.º de abril de 2014, o que corrobora as declarações do colaborador’.
Em um depoimento, Victor Colavitti afirmou que não conheceu Othon Luiz ou sua filha Ana Cristina Toniolo e que não sabia que os pagamentos envolvessem contrapartida de contratos da Engevix com a Eletronuclear ou qualquer empresa pública. O empresário disse à força-tarefa que a Link foi aberta em 2003 e presta serviços de projetos, na área de engenharia em geral, topografia, assessoria comercial na área de engenharia, intermediação de negócios para empresas diversas, inclusive para a Engevix. Segundo ele, houve prestação de serviço à empreiteira em outros contratos.
“Por volta de abril/maio de 2010, durante um encontro na empresa Engevix, foi pedido ao declarante que fizesse alguns pagamentos para Engevix, devidos a urna determinada empresa chamada Aratec, sendo que na ocasião apenas foi dito ao declarante que os pagamentos não poderiam ser feitos pela Engevix”, contou o empresário à força-tarefa. “Para preservar seu bom relacionamento com a empresa Engevix, bem como para preservar os contratos então em andamento e pela perspectiva de novos negócios, o declarante aceitou fazer tais pagamentos sem maiores questionamentos.”
Victor Colavitti explicou que conforme os pagamentos da Engevix eram feitos para a Link, logo na sequencia a Aratec emitia a respectiva nota fiscal e ele determinava o pagamento à Aratec já com todos os impostos recolhidos. O dono da Link disse acreditar que houve um repasse aproximado de R$ 765 mil à Aratec, entre 2010 e 2014.
Ele não soube informar a que título eram feitos esses pagamentos da Engevix à empresa Aratec. Mas afirmou ‘com absoluta certeza que o serviços descritos no contrato entre Link e Aratec jamais foram prestados’. Ele esclareceu que o contrato entre a empresa do almirante e a Link ‘veio pronto da Aratec’.
Procurados nesta sexta-feira, 7, as defesas de Othon e de sua filha não se manifestaram. No início desta semana, a defesa do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva afirmou à Justiça Federal que os repasses feitos por empreiteiras para a Aratec Engenharia, criada por ele, estão relacionados a serviços de tradução prestados por sua filha. Em petição anexada aos autos da investigação, a filha do almirante, Ana Cristina Toniolo, corroborou o que foi dito pela defesa do pai.
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Re: VA OTHON
Polícia Federal indicia almirante preso na Lava Jato.
Othon Luiz Pinheiro da Silva é suspeito de receber propinas nas obras da usina de Angra 3.
Agência Estado - 28.08.15.
A Polícia Federal indiciou o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa.
Preso desde 28 de julho na Operação Radiotividade, desdobramento da Lava Jato, Othon Luiz, apontado como pai do programa nuclear, é suspeito de ter recebido propinas nas obras da usina de Angra 3.
Pelo menos R$ 4,5 milhões foram rastreados em uma conta da Aratec Engenharia, controlada por ele, mas os investigadores suspeitam que o almirante possa ter recebido R$ 30 milhões no total.
Em relatório de 30 páginas, a PF indiciou oito investigados — além de Othon Luiz, uma filha dele, Ana Cristina Toniolo, o executivo Flávio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, e cinco supostos intermediários do dinheiro ilícito.
"Há evidências de que as empresas que compõem o consórcio Angramon, vencedor da licitação para a montagem eletromecânica da usina nuclear de Angra 3, fizeram um ajuste para que houvesse a divisão das partes que seriam licitadas na obra, de sorte que o procedimento licitatório ocorresse apenas para chancelar algo que já havia sido adrede combinado entre as mesmas", afirma a delegada da PF Erika Mialik Marena, do Grupo de Trabalho da Lava Jato.
A PF destaca que, antes mesmo da divisão, existem indícios de que o edital de pré-qualificação de 2011 já teria sido direcionado para aquelas empresas que vieram efetivamente a assinar o contrato em 2014.
O nome do almirante Othon surgiu na Lava Jato a partir da delação premiada de um ex-executivo da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini. À força-tarefa da Lava Jato, Avancini relatou que um outro executivo da empreiteira sabia detalhes de valores que teriam sido repassados ao ex-presidente da Eletronuclear nas obras de Angra 3.
No relatório, a PF transcreve o depoimento de um executivo da Engevix, José Antunes Sobrinho, que contou ter recebido pedido de 'apoio' do almirante para um 'projeto'.
Com os alvos da Operação Radiotividade, a PF confiscou 68 HDs/computadores/notebooks, 29 celulares/tablets, 71 dispositivos USB/pendrives, 24 CDs/DVDs, 34 dispositivos diversos (como disquetes/fitas).
Todos os indiciados pela PF negam a prática de ilícitos. Em depoimento à PF, o almirante Othon Luiz afirma que não recebeu propinas e que se sente ofendido diante das acusações. Ana Cristina Toniolo, sua filha, disse que os R$ 4,5 milhões para a Aratec eram relativos a trabalhos de tradução. O executivo da Andrade Gutierrez Energia e os outros cinco indiciados também rechaçaram suspeita de repasse de propinas para o pai do programa nuclear brasileiro.
Othon Luiz Pinheiro da Silva é suspeito de receber propinas nas obras da usina de Angra 3.
Agência Estado - 28.08.15.
A Polícia Federal indiciou o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa.
Preso desde 28 de julho na Operação Radiotividade, desdobramento da Lava Jato, Othon Luiz, apontado como pai do programa nuclear, é suspeito de ter recebido propinas nas obras da usina de Angra 3.
Pelo menos R$ 4,5 milhões foram rastreados em uma conta da Aratec Engenharia, controlada por ele, mas os investigadores suspeitam que o almirante possa ter recebido R$ 30 milhões no total.
Em relatório de 30 páginas, a PF indiciou oito investigados — além de Othon Luiz, uma filha dele, Ana Cristina Toniolo, o executivo Flávio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, e cinco supostos intermediários do dinheiro ilícito.
"Há evidências de que as empresas que compõem o consórcio Angramon, vencedor da licitação para a montagem eletromecânica da usina nuclear de Angra 3, fizeram um ajuste para que houvesse a divisão das partes que seriam licitadas na obra, de sorte que o procedimento licitatório ocorresse apenas para chancelar algo que já havia sido adrede combinado entre as mesmas", afirma a delegada da PF Erika Mialik Marena, do Grupo de Trabalho da Lava Jato.
A PF destaca que, antes mesmo da divisão, existem indícios de que o edital de pré-qualificação de 2011 já teria sido direcionado para aquelas empresas que vieram efetivamente a assinar o contrato em 2014.
O nome do almirante Othon surgiu na Lava Jato a partir da delação premiada de um ex-executivo da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini. À força-tarefa da Lava Jato, Avancini relatou que um outro executivo da empreiteira sabia detalhes de valores que teriam sido repassados ao ex-presidente da Eletronuclear nas obras de Angra 3.
No relatório, a PF transcreve o depoimento de um executivo da Engevix, José Antunes Sobrinho, que contou ter recebido pedido de 'apoio' do almirante para um 'projeto'.
Com os alvos da Operação Radiotividade, a PF confiscou 68 HDs/computadores/notebooks, 29 celulares/tablets, 71 dispositivos USB/pendrives, 24 CDs/DVDs, 34 dispositivos diversos (como disquetes/fitas).
Todos os indiciados pela PF negam a prática de ilícitos. Em depoimento à PF, o almirante Othon Luiz afirma que não recebeu propinas e que se sente ofendido diante das acusações. Ana Cristina Toniolo, sua filha, disse que os R$ 4,5 milhões para a Aratec eram relativos a trabalhos de tradução. O executivo da Andrade Gutierrez Energia e os outros cinco indiciados também rechaçaram suspeita de repasse de propinas para o pai do programa nuclear brasileiro.