DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
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DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Parece que os saudosos dirigíveis estão de volta. Além dos costumeiros Blimps da Goodyear, vão estar no ar DIRIGÍVEIS BRASILEIROS, conforme a reportagem do UOL no link abaixo:
http://economia.uol.com.br/noticias/red ... azonia.htm
Ássim, este tópico está aberto para que os colegas do DB possam contribuir com informações e opiniões sobre este meio de transporte, inclusive opinando sobre possíveis aplicações militares e policiais.
SDS,
Wingate
http://economia.uol.com.br/noticias/red ... azonia.htm
Ássim, este tópico está aberto para que os colegas do DB possam contribuir com informações e opiniões sobre este meio de transporte, inclusive opinando sobre possíveis aplicações militares e policiais.
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Uma transportadora local chamada Bertolini também estava com um projeto desses ae. Quem é daqui da região sabe que isso é uma loucura, não faz sentido nenhum. Os custos disso seriam altíssimos porque nem de longe o dirigível teria a capacidade de carga que uma balsa teria, e vamos lembrar que a região é cortada de ponta a ponta por rios e igarapés, fazendo a operação que é feita hoje por balsas continuarem sendo a melhor solução.
Isso ta me parecendo é mais uma forma de arrancar mais dinheiro do governo federal em obras como as da Petrobras ou Eletronorte aqui na região, com a desculpa de que seria um transporte ecologico e cobrar 10 vezes mais que uma empresa de balsa cobraria.
Isso ta me parecendo é mais uma forma de arrancar mais dinheiro do governo federal em obras como as da Petrobras ou Eletronorte aqui na região, com a desculpa de que seria um transporte ecologico e cobrar 10 vezes mais que uma empresa de balsa cobraria.
- Wingate
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Memória: reportagem sobre a presença dos Blimps norte-americanos em Fortaleza, CE, na Segunda Guerra Mundial:
http://diariodonordeste.verdesmares.com ... a-1.380687
Wingate
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- LeandroGCard
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
E nas áreas onde a balsa não chega e não existe pista de pouso? Ou quando o rio estiver baixo demais para a balsa navegar? Um dirigível pode pousar em uma clareira (bem menor e menos preparada que uma pista de pouso) e operar a velocidades muito maiores que uma balsa, além de não ser obrigado a seguir as curvas dos rios. E pode ficar no ar por dias à fio, ao contrário dos aviões e helicópteros, com um custo/hora que é uma fração destes.Bruno Falcão escreveu:Uma transportadora local chamada Bertolini também estava com um projeto desses ae. Quem é daqui da região sabe que isso é uma loucura, não faz sentido nenhum. Os custos disso seriam altíssimos porque nem de longe o dirigível teria a capacidade de carga que uma balsa teria, e vamos lembrar que a região é cortada de ponta a ponta por rios e igarapés, fazendo a operação que é feita hoje por balsas continuarem sendo a melhor solução.
Isso ta me parecendo é mais uma forma de arrancar mais dinheiro do governo federal em obras como as da Petrobras ou Eletronorte aqui na região, com a desculpa de que seria um transporte ecologico e cobrar 10 vezes mais que uma empresa de balsa cobraria.
As características dos dirigíveis os fazem adequados para trabalhos diferentes dos demais tipos de veículos (terrestres, aéreos e aquáticos), e portanto eles complementam estes outros veículos mais do que competem com eles. Por exemplo, eles poderiam ser usados para o transporte de pessoal apenas, em viagens que levariam menos de 1/4 do tempo do exigido por uma balsa, embora com um custo proporcionalmente maior. Para o transporte de técnicos especializados, pessoal médico, doentes, turistas e etc. poderia ser um meio de transporte muito efetivo. Suas aplicações militares também não podem ser desprezadas, principalmente em missões de patrulha sobre o mar ou em fronteiras distantes e no abastecimento de guarnições isoladas.
Mas de qualquer forma não acredito que eles se tornem muito comuns devido às restrições da legislação vigente, que obriga o uso do hélio como gás de sustentação. Isso encarece demais a operação, e a torna dependente da importação de um insumo que não pode ser produzido no país nas quantidades necessárias. Não fosse por isso o potencial deles em nosso país poderia ser muito grande.
Leandro G. Card
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Como não? Vendo barato meu primo Hélio só ele já enche demais, vai encher uns 50 dirigíveis
Mas como assim não produzimos helio???
Mas como assim não produzimos helio???
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- LeandroGCard
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Hélio a custos razoáveis é produzido à partir da extração desde gás natural rico neste elemento que ocorre apenas em algumas poucas fontes no mundo. Praticamente toda a produção mundial está concentrada nos EUA, na Argélia, no Qatar e na Polônia, com a Rússia e o Canadá produzindo um pouco também.joao fernando escreveu:Mas como assim não produzimos helio???
Outros países produzem apenas uma fração ínfima do consumo mundial, usando a extração a partir do ar por processo criogênico, mas o custo é muitas vezes maior que o do hélio fornecido pelos principais produtores mundiais e tornaria o custo de operação dos dirigíveis absolutamente proibitivo. O consumo mundial tem aumentado continuamente ao passo que as reservas estão se esgotando, e a disponibilidade é cada vez menor fazendo os custos subirem.
Ou se considera o uso de hidrogênio e metano como gases de sustentação (puros ou misturados com o próprio hélio) ou a operação de dirigíveis ficará extremamente cara e inviabilizará o seu uso para a maioria das aplicações nas quais eles seriam interessantes. E no caso do Brasil, com todas as nossas dificuldades e burocracia de importação, não é difícil imaginar os dirigíveis presos ao solo enquanto os cilindros de gás estão retidos na alfândega.
Leandro G. Card
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Mais de 95% das cidades da região são ribeirinhas, ficam nas beiradas dos rios. Então o mercado desses dirigíveis ficariam restritas a obras situadas longe dos rios e obras como essas aparecem aparecem apenas de 10 em 10 anos e mesmo assim são bastante raras.LeandroGCard escreveu:E nas áreas onde a balsa não chega e não existe pista de pouso? Ou quando o rio estiver baixo demais para a balsa navegar? Um dirigível pode pousar em uma clareira (bem menor e menos preparada que uma pista de pouso) e operar a velocidades muito maiores que uma balsa, além de não ser obrigado a seguir as curvas dos rios. E pode ficar no ar por dias à fio, ao contrário dos aviões e helicópteros, com um custo/hora que é uma fração destes.Bruno Falcão escreveu:Uma transportadora local chamada Bertolini também estava com um projeto desses ae. Quem é daqui da região sabe que isso é uma loucura, não faz sentido nenhum. Os custos disso seriam altíssimos porque nem de longe o dirigível teria a capacidade de carga que uma balsa teria, e vamos lembrar que a região é cortada de ponta a ponta por rios e igarapés, fazendo a operação que é feita hoje por balsas continuarem sendo a melhor solução.
Isso ta me parecendo é mais uma forma de arrancar mais dinheiro do governo federal em obras como as da Petrobras ou Eletronorte aqui na região, com a desculpa de que seria um transporte ecologico e cobrar 10 vezes mais que uma empresa de balsa cobraria.
As características dos dirigíveis os fazem adequados para trabalhos diferentes dos demais tipos de veículos (terrestres, aéreos e aquáticos), e portanto eles complementam estes outros veículos mais do que competem com eles. Por exemplo, eles poderiam ser usados para o transporte de pessoal apenas, em viagens que levariam menos de 1/4 do tempo do exigido por uma balsa, embora com um custo proporcionalmente maior. Para o transporte de técnicos especializados, pessoal médico, doentes, turistas e etc. poderia ser um meio de transporte muito efetivo. Suas aplicações militares também não podem ser desprezadas, principalmente em missões de patrulha sobre o mar ou em fronteiras distantes e no abastecimento de guarnições isoladas.
Mas de qualquer forma não acredito que eles se tornem muito comuns devido às restrições da legislação vigente, que obriga o uso do hélio como gás de sustentação. Isso encarece demais a operação, e a torna dependente da importação de um insumo que não pode ser produzido no país nas quantidades necessárias. Não fosse por isso o potencial deles em nosso país poderia ser muito grande.
Leandro G. Card
As vazantes dos rios ocorrem por um período de no máximo uns 3 meses durante e não são todas as regiões que ficam totalmente isoladas com a seca... é uma situação que aviões pequenos podem atender a população e a FAB sempre atua quando um município fica em estado crítico.
Enfim, acredito que uma empresa teria prejuízos com esses dirigíveis por aqui. A única exceção seria no caso de uma obra de grande porte como a de um gasoduto que uma petrolífera russa vai iniciar agora em 2015 no alto Solimões, ai sim esses dirigíveis seriam bem interessantes por lá.
- mmatuso
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Dirigível não tem problema de voar com mal tempo?Chuva, tempestades e etc...
- Justin Case
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Amigos,mmatuso escreveu:Dirigível não tem problema de voar com mal tempo?Chuva, tempestades e etc...
Um grande problema do dirigível é exatamente o meteorológico.
A velocidade de cruzeiro é muito baixa, o que praticamente inviabiliza o deslocamento caso o vento esteja desfavorável.
Mesmo com o vento favorável, as condições podem mudar quando ele está em voo, exigindo pouso o mais breve possível, em área apropriada.
Normalmente o voo é acompanhado por uma equipe que se desloca por terra.
Com essas restrições, já é difícil deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo. Imagino como seria complicado operar na Amazônia.
Abraços,
Justin
- Glauber Prestes
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Um companheiro de força do meu pai trabalha na Airship em São Carlos, e parece que o dinheiro está fluindo por lá... Espero ver novidades em breve!
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
A concentração das cidades nas margens dos rios na Amazônia é justamente um reflexo da deficiência dos meios de transporte na região, que poderia ser diminuída como uso de dirigíveis. Inclusive muitas áreas do interior que poderiam se interessantes (por seus recursos minerais, biológicos, etc...) mas que ficam longe dos rios poderiam passar a ser exploradas. Mas claro, isso não quer dizer que os dirigíveis seriam uma panacéia universal que resolveriam tudo, eles apenas permitiriam alargar o leque de opções de transporte na região.Bruno Falcão escreveu:Mais de 95% das cidades da região são ribeirinhas, ficam nas beiradas dos rios. Então o mercado desses dirigíveis ficariam restritas a obras situadas longe dos rios e obras como essas aparecem aparecem apenas de 10 em 10 anos e mesmo assim são bastante raras.
As vazantes dos rios ocorrem por um período de no máximo uns 3 meses durante e não são todas as regiões que ficam totalmente isoladas com a seca... é uma situação que aviões pequenos podem atender a população e a FAB sempre atua quando um município fica em estado crítico.
Enfim, acredito que uma empresa teria prejuízos com esses dirigíveis por aqui. A única exceção seria no caso de uma obra de grande porte como a de um gasoduto que uma petrolífera russa vai iniciar agora em 2015 no alto Solimões, ai sim esses dirigíveis seriam bem interessantes por lá.
Os dirigíveis já foram operados em condições de tempo muito ruins por diversos anos e com bastante sucesso, e isso entre as décadas de 1910 e 1940, quando a tecnologia disponível era muito inferior ao que existe hoje. Eles podem voar normalmente a velocidades entre 50 e 70 Km/h, e atingir máximas entre 120 e 140 (o recorde registrado está em trono de 120 Km/h com um blimp, mas os dirigíveis rígidos da década de 30 voavam corriqueiramente a 140 Km/h). Não é todo dia e toda hora que acontecem ventos mais velozes do que isso. E nestes casos os dirigíveis podem "surfar" o vento até escapar da frente, pois tem autonomia suficiente e são bem menos castigados pelas turbulências do que outras aeronaves. Isso pode atrasar a viagem (bastante, eventualmente), mas os riscos reais de acidente são pequenos.Justin Case escreveu:Amigos,mmatuso escreveu:Dirigível não tem problema de voar com mal tempo?Chuva, tempestades e etc...
Um grande problema do dirigível é exatamente o meteorológico.
A velocidade de cruzeiro é muito baixa, o que praticamente inviabiliza o deslocamento caso o vento esteja desfavorável.
Mesmo com o vento favorável, as condições podem mudar quando ele está em voo, exigindo pouso o mais breve possível, em área apropriada.
Normalmente o voo é acompanhado por uma equipe que se desloca por terra.
Com essas restrições, já é difícil deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo. Imagino como seria complicado operar na Amazônia.
Abraços,
Justin
Na Primeira Guerra Mundial os dirigíveis alemães eram usados em patrulhas sobre o Mar do Norte e em ataques à Inglaterra, muitas vezes enfrentando mal tempo que impedia os aviões da época de voar, e praticamente todas as perdas se deram para fogo inimigo e não para acidentes. Na década de 1930 eles levavam milhares de passageiros cruzando milhares de km sobre os oceanos, sem nenhum acidente digno de nota fora o do Hindemburg (embora dirigíveis de outras nações que não a Alemanha tenham enfrentado problemas sérios e mesmo acidentes fatais, mas não em missões de transporte de passageiros). E durante a Segunda Guerra Mundial os blimps americanos voaram milhares e milhares de horas sobre o atlântico caçando submarinos em todo tipo de condições atmosféricas sem uma perda sequer. Mesmo com os acidentes registrados o histórico de acidentes/hora voada dos dirigíveis ainda é melhor que o de todas as demais categorias de aeronaves.
Então também não é assim de dizer que eles só podem operar cercados de restrições, isso se aplica a um ou outro caso de dirigíveis mais simples voados basicamente para propaganda mas está longe de ser uma regra geral.
Leandro G. Card
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Esta Airship é uma empresa nacional? Ou é a filial de alguma das fabricantes de dirigíveis existentes pelo mundo afora?Glauber Prestes escreveu:Um companheiro de força do meu pai trabalha na Airship em São Carlos, e parece que o dinheiro está fluindo por lá... Espero ver novidades em breve!
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Até onde eu sei, os donos são a Engevix (sede em Barueri) e da Transportes Bertolini (Guarulhos).
Se existe algum terceiro, não tenho conhecimento.
Se existe algum terceiro, não tenho conhecimento.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Obrigado.Glauber Prestes escreveu:Até onde eu sei, os donos são a Engevix (sede em Barueri) e da Transportes Bertolini (Guarulhos).
Se existe algum terceiro, não tenho conhecimento.
Achei estas informações no link abaixo sobre a empresa. Muito interessante, vamos torcer para dar certo. Na minha opinião FAB e MB, além do EB (que parece já estar envolvido) já deveriam estar se mexendo para entrar no assunto. Nesta etapa inicial a FAB principalmente, para elaborar uma norma mais completa e adequada para a operação de dirigíveis no Brasil, de forma a torná-la mais viável.
http://www.airshipdobrasil.com.br/Clipp ... B4mico.pdf
Leandro G. Card
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Re: DIRIGÍVEIS: ELES ESTÃO DE VOLTA?
Apenas como ilustração, o que se fazia com dirigíveis na década de 30 (além da função de levar passageiros como o Graf Zeppelin e o Hindenburg):
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