"Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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"Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#1 Mensagem por Glauber Prestes » Ter Mai 08, 2012 11:34 pm

Então gente, vamos debater sobre uma possível proposta de negócios? A ideia é que se tudo der certo, culminar na criação de uma empresa de produtos de Defesa! (mas nada impede que continuemos apenas no campo das ideias!)

Aqui poderemos debater sobre a criação dos produtos mais diversos, além de sua viabilidade.

Começo com as seguintes ideias:
1- (já lançada no fórum) Criação de um míssil AAe de médio alcance, baseado no A-Darter. Ele teria dois estágios, sendo o primeiro estágio podendo ser guiado via rádio, e o segundo sendo praticamente um A-Darter comum que teria sua guiagem tradicional, para os últimos quilômetros da interceptação.

2- Criação de uma torre AAe para instalação em veículos nacionais, consistindo em dois canhões de 30mm, mais um reparo (ao menos) quádruplo de mísseis de curto alcance. Possibilidade de integração de sistemas já utilizados, como Fila, Canhão da Ares, e míssil nacional (MAS 5.1? A-Darter? Piranha com Booster?). Otimização para operação contra bombas em planeio e mísseis. Uma torre dessas (muito semelhante ao Pantsir, mas com menor alcance), poderia ser montada no Chassis do Leopard, Urutu III, Caminhões e navios.

São ideias, e devem ser debatidas e expandidas caso gostem... Novas ideias são bem vindas!




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#2 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mai 09, 2012 1:59 pm

Glauber Prestes escreveu:Então gente, vamos debater sobre uma possível proposta de negócios? A ideia é que se tudo der certo, culminar na criação de uma empresa de produtos de Defesa! (mas nada impede que continuemos apenas no campo das ideias!)

Aqui poderemos debater sobre a criação dos produtos mais diversos, além de sua viabilidade.

Começo com as seguintes ideias:
1- (já lançada no fórum) Criação de um míssil AAe de médio alcance, baseado no A-Darter. Ele teria dois estágios, sendo o primeiro estágio podendo ser guiado via rádio, e o segundo sendo praticamente um A-Darter comum que teria sua guiagem tradicional, para os últimos quilômetros da interceptação.

2- Criação de uma torre AAe para instalação em veículos nacionais, consistindo em dois canhões de 30mm, mais um reparo (ao menos) quádruplo de mísseis de curto alcance. Possibilidade de integração de sistemas já utilizados, como Fila, Canhão da Ares, e míssil nacional (MAS 5.1? A-Darter? Piranha com Booster?). Otimização para operação contra bombas em planeio e mísseis. Uma torre dessas (muito semelhante ao Pantsir, mas com menor alcance), poderia ser montada no Chassis do Leopard, Urutu III, Caminhões e navios.

São ideias, e devem ser debatidas e expandidas caso gostem... Novas ideias são bem vindas!
Glauber, ambas as idéias são ionteressantes, embora caiba discussão sobre os detalhes, quando tiver mais tempo volto a este ponto. Por hora posso dar uma contribuição rápida com duas outras idéias a se somarem às suas:

3- Um míssil de apoio de fogo para a infantaria mais leve, simples de operar e bem mais barato do que o MSS-1. A idéia é ter um sistema substituto dos canhões sem recuo porém com maior alcance e precisão, mas sem entrar na seara anti-tanque pois para isso o MSS-1 já existe. O míssil teria eletrônica simplificada, usando estabilização por gravidade/aerodinâmica e controle em dois eixos (eliminando a necessidade de giroscópios ou coisas do gênero), e seria guiado por uma câmera de TV e um sistema de comandos por rádio com o máximo de componentes off-the-shelf. A idéia é manter o peso abaixo de 8 Kg com o lançador e o custo abaixo de US5.000,00 por disparo, com um alcance máximo entre 1.000 e 2.000m. O custo de desenvolvimento do protótipo/conceito pode não ser muito maior que o de um aeromodelo.

4- Um motor-foguete de porte médio acionado por combustível híbrido, para uso e mísseis AAe de alcance médio e longo. Este tipo de motor é mais simples, barato e seguro de desenvolver e operar, e pode usar combustíveis fáceis de obter e manusear como NO2 e parafina. O Isp é bom, mas a aceleração em geral é lenta, então não é adequado para foguetes não guiados ou mísseis que tenham que ter reação rápida. Mas para mísseis do tipo proposto a aceleração lenta não é problema. Não exige infra-estrutura complexa para o seu desenvolvimento, é ideal para projetos de fundo-de-garagem.


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#3 Mensagem por Túlio » Qua Mai 09, 2012 2:12 pm

Tá, mas e como desenvolver isso tudo?




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#4 Mensagem por Matheus » Qua Mai 09, 2012 2:14 pm

Não há 'incubadoras' de empresas de defesa como há em universidades?




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#5 Mensagem por Enlil » Qua Mai 09, 2012 2:17 pm

Iniciativa interessante.


[]'s.




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#6 Mensagem por Túlio » Qua Mai 09, 2012 2:37 pm

E a panelinha? Se eu me meter a desenvolver meu Fz Mtr de ferrolho aberto dou de cara com a IMBEL, se o Glauber e o Leandro se meterem com Msl AAe dão de cara com a MECTRON, aqui não fecha... 8-]




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#7 Mensagem por Tupi » Qua Mai 09, 2012 4:00 pm

Túlio escreveu:E a panelinha? Se eu me meter a desenvolver meu Fz Mtr de ferrolho aberto dou de cara com a IMBEL, se o Glauber e o Leandro se meterem com Msl AAe dão de cara com a MECTRON, aqui não fecha... 8-]
Pensei nisso também, acho que teríamos inicialmente selecionar nichos de mercadoonde não haja empresas brasileirAs bem constituídas.
De imediato eu pensei em coletes balísticos e boots de melhor desempenho do que os fabricantes nacionais. Depois disso armamentos como granadas e rojões e em seguida modelos mais elaborados.
Acho que isso deve constar do plano estratégico da nossa empresa.
Ps são sugestões vamos marcar uma conferencia para discutirmos.
Desculpe o truncamento estou num fórum de energia Tc via iPhone .





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#8 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mai 09, 2012 4:03 pm

Túlio escreveu:E a panelinha? Se eu me meter a desenvolver meu Fz Mtr de ferrolho aberto dou de cara com a IMBEL, se o Glauber e o Leandro se meterem com Msl AAe dão de cara com a MECTRON, aqui não fecha... 8-]
Túlio,

Como é que a Embraer sobrevive em um mundo onde existem uma Boeing e uma Airbus? Como uma Fiat sobrevive em um mundo onde existem uma VW, uma GM e uma Toyota? Tudo tem a ver com as estratégias de mercado, conforme definidas no livro "Marketing de Guerra" de Jack Trout e Al Ries. Mesmo quando você é uma empresa pequena e com poucos recursos, se você desenvolve seus próprios produtos é só verificar onde os grandes tubarões estão atuando e FICAR FORA DA ÁREA. Neste caso você pode até complementar a linha deles, por exemplo o motor-foguete de combustível hibrido que mencionei pode vir a ser usado em um míssil dDA PRÓPRIA MECTRON, que hoje não trabalha neste tipo de propulsão 8-] (para desenvolver um míssil completo o investimento de qualquer forma seria muito grande para uma empresa nova e pequena).

O segredo é evitar a armadilha de insistir em desenvolver o produto pelo qual você é apaixonado desde criancinha, independentemente de como está a sua posição no mercado. Deixe a paixão para as mulheres. Se o seu FzMtr de ferrolho aberto já tem concorrentes ou não apresenta nenhum diferencial significativo com relação ao que já existe no mercado (é só uma nova maneira de fazer a mesma coisa), então deixe para desenvolvê-lo como hobby em suas horas livres, e utilize seus recursos e tempo de trabalho para desenvolver outra coisa com melhor posicionamento no mercado.


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#9 Mensagem por delmar » Qua Mai 09, 2012 4:10 pm

2- Criação de uma torre AAe para instalação em veículos nacionais, consistindo em dois canhões de 30mm, mais um reparo (ao menos) quádruplo de mísseis de curto alcance. Possibilidade de integração de sistemas já utilizados, como Fila, Canhão da Ares, e míssil nacional (MAS 5.1? A-Darter? Piranha com Booster?). Otimização para operação contra bombas em planeio e mísseis. Uma torre dessas (muito semelhante ao Pantsir, mas com menor alcance), poderia ser montada no Chassis do Leopard, Urutu III, Caminhões e navios.
Em Horizontina/RS tem uma fábrica de colheitadeiras de cereais. Começou assim, compraram uma máquina usada, desmontaram totalmente, então copiaram tudo e fizeram uma nova, com as adaptações necessárias usando o material disponível por aqui (outro motor, correias, rolamentos, pneus). Acabou tornando-se uma grande empresa. No caso da torre AAe deve-se fazer o mesmo. Conseguir alguns modelos usados, no mercado negro internacional, trazer para cá, desmontar e a partir daí fazer um novo equipamento. Altera-se uma peça aqui e outra alí para não parecer cópia pura e simples e pronto!, temos um canhão. É assim que tudo começa em todos lugares.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#10 Mensagem por Glauber Prestes » Qua Mai 09, 2012 4:17 pm

LeandroGCard escreveu:Glauber, ambas as idéias são ionteressantes, embora caiba discussão sobre os detalhes, quando tiver mais tempo volto a este ponto. Por hora posso dar uma contribuição rápida com duas outras idéias a se somarem às suas:
Eu espero ansiosamente por isso!

3- Um míssil de apoio de fogo para a infantaria mais leve, simples de operar e bem mais barato do que o MSS-1. A idéia é ter um sistema substituto dos canhões sem recuo porém com maior alcance e precisão, mas sem entrar na seara anti-tanque pois para isso o MSS-1 já existe. O míssil teria eletrônica simplificada, usando estabilização por gravidade/aerodinâmica e controle em dois eixos (eliminando a necessidade de giroscópios ou coisas do gênero), e seria guiado por uma câmera de TV e um sistema de comandos por rádio com o máximo de componentes off-the-shelf. A idéia é manter o peso abaixo de 8 Kg com o lançador e o custo abaixo de US5.000,00 por disparo, com um alcance máximo entre 1.000 e 2.000m. O custo de desenvolvimento do protótipo/conceito pode não ser muito maior que o de um aeromodelo.
Quando eu comecei a ler, já pensei num crossover entre aeromodelo e Foguete anabolizado e com ogiva! Altamente simples e barato de se fazer. Em menos de um mês, já é possível ter um protótipo atingindo paredes.
-Propelente sólido
-Ogiva de cerca de Nkg de TNT?
-Lançador reutilizável?
Pensando em produtos Off-The-Shell, eu sempre caio em produtos de modelismo!
4- Um motor-foguete de porte médio acionado por combustível híbrido, para uso e mísseis AAe de alcance médio e longo. Este tipo de motor é mais simples, barato e seguro de desenvolver e operar, e pode usar combustíveis fáceis de obter e manusear como NO2 e parafina. O Isp é bom, mas a aceleração em geral é lenta, então não é adequado para foguetes não guiados ou mísseis que tenham que ter reação rápida. Mas para mísseis do tipo proposto a aceleração lenta não é problema. Não exige infra-estrutura complexa para o seu desenvolvimento, é ideal para projetos de fundo-de-garagem.


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Esse eu gostei muito! Aliás, os dois são altamente factíveis!




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#11 Mensagem por Túlio » Qua Mai 09, 2012 4:28 pm

LeandroGCard escreveu:
Túlio escreveu:E a panelinha? Se eu me meter a desenvolver meu Fz Mtr de ferrolho aberto dou de cara com a IMBEL, se o Glauber e o Leandro se meterem com Msl AAe dão de cara com a MECTRON, aqui não fecha... 8-]
Túlio,

Como é que a Embraer sobrevive em um mundo onde existem uma Boeing e uma Airbus? Como uma Fiat sobrevive em um mundo onde existem uma VW, uma GM e uma Toyota? Tudo tem a ver com as estratégias de mercado, conforme definidas no livro "Marketing de Guerra" de Jack Trout e Al Ries. Mesmo quando você é uma empresa pequena e com poucos recursos, se você desenvolve seus próprios produtos é só verificar onde os grandes tubarões estão atuando e FICAR FORA DA ÁREA. Neste caso você pode até complementar a linha deles, por exemplo o motor-foguete de combustível hibrido que mencionei pode vir a ser usado em um míssil dDA PRÓPRIA MECTRON, que hoje não trabalha neste tipo de propulsão 8-] (para desenvolver um míssil completo o investimento de qualquer forma seria muito grande para uma empresa nova e pequena).

O segredo é evitar a armadilha de insistir em desenvolver o produto pelo qual você é apaixonado desde criancinha, independentemente de como está a sua posição no mercado. Deixe a paixão para as mulheres. Se o seu FzMtr de ferrolho aberto já tem concorrentes ou não apresenta nenhum diferencial significativo com relação ao que já existe no mercado (é só uma nova maneira de fazer a mesma coisa), então deixe para desenvolvê-lo como hobby em suas horas livres, e utilize seus recursos e tempo de trabalho para desenvolver outra coisa com melhor posicionamento no mercado.


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Leandro, sei que sabes que não sou o DOIDOLO! Se te digo que persigo diferenciais é por que é exatamente o meu caso. Mas JAMAIS tentaria patentear algo como o que penso AQUI, iria aos EUA, onde patente é respeitada. Perguntes ao cara da BINA. Aqui ou entra na panelinha ou sifu...




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#12 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mai 09, 2012 6:15 pm

Glauber Prestes escreveu:
3- Um míssil de apoio de fogo para a infantaria mais leve, simples de operar e bem mais barato do que o MSS-1. A idéia é ter um sistema substituto dos canhões sem recuo porém com maior alcance e precisão, mas sem entrar na seara anti-tanque pois para isso o MSS-1 já existe. O míssil teria eletrônica simplificada, usando estabilização por gravidade/aerodinâmica e controle em dois eixos (eliminando a necessidade de giroscópios ou coisas do gênero), e seria guiado por uma câmera de TV e um sistema de comandos por rádio com o máximo de componentes off-the-shelf. A idéia é manter o peso abaixo de 8 Kg com o lançador e o custo abaixo de US5.000,00 por disparo, com um alcance máximo entre 1.000 e 2.000m. O custo de desenvolvimento do protótipo/conceito pode não ser muito maior que o de um aeromodelo.
Quando eu comecei a ler, já pensei num crossover entre aeromodelo e Foguete anabolizado e com ogiva! Altamente simples e barato de se fazer. Em menos de um mês, já é possível ter um protótipo atingindo paredes.

-Propelente sólido
-Ogiva de cerca de Nkg de TNT?
-Lançador reutilizável?

Pensando em produtos Off-The-Shell, eu sempre caio em produtos de modelismo!
O conceito é este mesmo, um filhote bastardo de aeromodelo com foguete usando peças comerciais. Com isso em mãos montar alguns protótipos e chamar alguém com contato na área militar para ir mostrar o conceito no CTEx ou na Marambaia. Se agradar e os militares derem a chancela, existem linhas de financiamento especial para financiar o desenvolvimento de protótipos reais e a colocação em produção.

Já estou preparando alguns modelos em CAD 3D deste projeto para poder ilustrar melhor o que seria. As características iniciais do modelo-conceito que imaginei (mas que podem mudar, dependendo das opiniões do pessoal) seriam:

- Motor de combústível sólido caseiro (KNO3+Açúcar ou pólvora negra aglomerada com esmalte de nitrocelulose).
- Estrutura em madeira de balsa e isopor moldados (blocos lixados), revestidos com plástico termo-moldável.
- Rádio-comando e servos de aeromodelo.
- Câmera também de aeromodelo (já existe no mercado), enviando a imagem para um notebook.
- Lançamento à partir de um estojo de madeira com suportes internos em isopor moldado ou papelão, usada também para transporte.

Tirando o motor-foguete e a câmera o resto já tenho tudo em casa 8-] .

4- Um motor-foguete de porte médio acionado por combustível híbrido, para uso e mísseis AAe de alcance médio e longo. Este tipo de motor é mais simples, barato e seguro de desenvolver e operar, e pode usar combustíveis fáceis de obter e manusear como NO2 e parafina. O Isp é bom, mas a aceleração em geral é lenta, então não é adequado para foguetes não guiados ou mísseis que tenham que ter reação rápida. Mas para mísseis do tipo proposto a aceleração lenta não é problema. Não exige infra-estrutura complexa para o seu desenvolvimento, é ideal para projetos de fundo-de-garagem.


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Esse eu gostei muito! Aliás, os dois são altamente factíveis!
Existe já algum desenvolvimento acadêmico na UNB sobre este tema, se conseguirmos acesso aos projetos de formatura já dá para colher informações interessantes. Mas dá para começar também do zero, tenho dois livros sobre projetos de foguetes com capítulos específicos sobre estes motores híbridos.

Neste caso o procediemnto seria construir um primeiro modelo conceitual, pequeno e bem simples para "sentir" a coisa na prática (dificuldade de obtenção de peças, dos combustíveis, sistemas de lançamento, etc...). Em seguida fazer o ante-projeto do míssil em si, tirar dele as características necessárias do motor e projetar o protótipo do motor em detalhe. Com o detalhamento inicial pronto e o modelo conceitual na mão (pronto para uma demonstração), entrar em contato com empresas que possam se interessar (Mectron, Avibrás, Embraer, etc...) e junto com eles elaborar uma proposta para as FA's. Só após estas mostrarem interesse partir para a etapa de construção do motor real. Este motor não seria pequeno como o do projeto anterior, e até para obter permissão para testá-lo poderia ser complicado sem apoio dos militares.


Tenho idéias de outros projetos deste tipo também, com custo e esforço inicial pequenos de forma a tornar pelo menos a consecução de um modelo-conceito possível para pessoas físicas sem muitos recursos, de forma a torná-los mesmo factíveis. Mas agora não tenho tempo de colocá-los, fica mais para a frente.

Túlio escreveu:Leandro, sei que sabes que não sou o DOIDOLO! Se te digo que persigo diferenciais é por que é exatamente o meu caso. Mas JAMAIS tentaria patentear algo como o que penso AQUI, iria aos EUA, onde patente é respeitada. Perguntes ao cara da BINA. Aqui ou entra na panelinha ou sifu...
Túlio, nesta seara de produtos industriais nem sempre a patente é realmente o mais importante, e muitas vezes ela sequer é viável. Por exemplo, depois do primeiro míssil CLOS nenhum outro fabricante podia mais patentear o conceito, mas isso nunca impediu ninguém.

O importante é desenvolver o projeto detalhado, com os desenhos de montagem, as especificações de material, acabamento e qualidade além das instruções de montagem e operação, bem como a lista de fornecedores desenvolvidos para os componentes adquiridos de terceiros. E estes dados serão SEGREDO INDUSTRIAL, se alguma empresa maior quiser reproduzir ou copiar o projeto ela até poderá, mas gastará muito mais do que uma empresa pequena e que tem mais agilidade. Mais fácil ela comprar o conhecimento (TOT) por uma quantia que para ela nem seria muito elevada, mas para os donos da pequena empresa pode ser como ganhar na loteria. Você acha que o projeto funcional de um míssil de infantaria ou de um motor seguro e barato para um míssil AAe de médio/grande porte não vale uns poucos milhões de reais?


Abraços à todos,


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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#13 Mensagem por Túlio » Qua Mai 09, 2012 6:50 pm

Bueno, se a gente NÃO FOR EM CANA ( :shock: ) eu até ajudo. Vou fazer de conta que não acredito mais na panelinha.

:arrow: Que tale se o motor-foguete tiver o bocal orientável? Empuxo vetorado sem perdas...

:arrow: Bateria - tem que ter, né? - refrigerada a nitrogênio líquido? Envoltório de fibra de carbono, claro...

:arrow: Ogiva "shaped charge" para a frente (no caso de impacto direto) e HEFRAG para os lados, ou seja, dupla.

:arrow: Formato triangular ou trapezoidal com MARE para a fuselagem, de modo a reduzir o RCS, complicando a (pouca) vida do alvo..

:arrow: Receptores de guiagem apenas nas aletas de popa, um must para dificultar o jamming.

:arrow: Pequeno, uma arma fundamentalmente antimunição.


Bueno, os Engenheiros são vocês... :wink: 8-]




EDIT - De quantos HP se precisa para gerar uns 2 GW para o radar, para o caso de a munição ser stealth?




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#14 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mai 09, 2012 7:30 pm

Vamos lá então (imaginando que seu post se refira apenas ao projeto do míssil de infantaria):
Túlio escreveu:Bueno, se a gente NÃO FOR EM CANA ( :shock: ) eu até ajudo. Vou fazer de conta que não acredito mais na panelinha.

:arrow: Que tale se o motor-foguete tiver o bocal orientável? Empuxo vetorado sem perdas...
Leandro: É bem difícil controlar eixos independentes com bocal móvel do motor, é necessária muita precisão mecânica. Como o míssil não teria giroscópio e seria estabilizado por gravidade/aerodinâmica adotar esta solução seria arriscado. Além do que, ela é mecânicamente bem mais difícil por uma série de motivos, e só se justifica se for para ganhar em alcance, o que não é exatamente um requisito crítico neste míssil. O jeito é usar aletas mesmo.

:arrow: Bateria - tem que ter, né? - refrigerada a nitrogênio líquido? Envoltório de fibra de carbono, claro...
Leandro: Como o consumo de energia seria pequeno (pela eletrônica simplificada) e por pouquíssimo tempo, acho que um simples conjunto de baterias de lítio já seria suficiente. É barato, simples e off-the-shelf. O envoltório de fibra de carbono pode ser boa idéia, no modelo final de produção. Qualquer redução do peso a ser transportado será bem vinda. Mas é preciso ficar atento aos custos, talvez simples painéis de plástico vácuo-formado preenchidos com espuma expandida já atendam.

:arrow: Ogiva "shaped charge" para a frente (no caso de impacto direto) e HEFRAG para os lados, ou seja, dupla.
Leandro: No modelo final eu imaginei uma ogiva intercambiável, o freguês pode trocá-la como quiser. Até termobáricas seriam possíveis, mas é importante ter em mente que não é uma arma anti-tanque, não dá para colocar uma ogiva eficiente para esta função em um míssil tão pequeno.

:arrow: Formato triangular ou trapezoidal com MARE para a fuselagem, de modo a reduzir o RCS, complicando a (pouca) vida do alvo..
Leandro: Os alvos potenciais não teriam radar :wink:. Seriam posições de metralhadora ou morteiros, veículos leves, construções de paredes comuns, posições de franco-atiradores, etc... .É mais importante que o formato seja o mais compacto possível, para facilitar o transporte pela infantaria. Nada daquele tubo enorme do MSS-1.2, imagino algo como uma maletinha.

:arrow: Receptores de guiagem apenas nas aletas de popa, um must para dificultar o jamming.
Leandro: Isso sim, e com antenas direcionais que só enxerguem para trás.

:arrow: Pequeno, uma arma fundamentalmente antimunição.
Leandro: Infelizmente não dá, o sistema de guiagem simples (sempre custo [001] ) jamais permitiria engajar munições. É para uso contra alvos estáticos ou de movimento relativamente lento, até algumas dezenas de km por hora.


Bueno, os Engenheiros são vocês... :wink: 8-]
Continue contribuindo, mesmo idéias não adequadas a este projeto podem dar início a outros desenvolvimentos. Aqui estamos no estágio de Brain-Storming.

Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: "Empresa DB"- Vamos conversar sobre isso

#15 Mensagem por Túlio » Qua Mai 09, 2012 9:51 pm

Tá tri, LEANDRO. Apenas me baseei no post inicial do nosso futuro Engenheiro GLAUBER, que se referia a uma MSA. Gettin' out... :wink: 8-]




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