Fórum Defesa Brasil

Reginaldo Bacchi escreveu: Perfeitamente – defender as fronteiras contra ataque das forças armadas de um outro pais – não policiar a fronteira, contra contrabando e outra coisas.

Jumento, a algum tempo eu me venho perguntando se a função do exército é de policiar as fronteiras!!!

Será que isto não é uma tarefa policial/paramilitar?

Será que no Brasil esta função não esta sendo deturpada?

Em todos os países que conheço o policiamento da fronteira é função paramilitar: Bundespolizei (Alemanha), Gendarmeria Nacional (Argentina), Guardia Civil (Espanha), U.S. Border Guard / Coast Guard (EUA), Gendarmerie Nacionale (França), Guardie di Finanza (Italia), Pogranitchnaia Slujba Rossii (Russia).

Acho que este assunto deve ser debatido entre nós.

Bacchi

A muito eu venho pensando neste assunto. E agora tomo a liberdade de emprestar esta fala de nosso honorável decano do fórum para estabelecer um espaço de discussão sobre a temática.

Já não está na hora de o país ter o seu CORPO DE CARABINEIROS DO BRASIL?

Abs.

Ao invés de criar uma nova polícia, não prevista na constituição, por que não aumentar o efetivo da PF e equipá-la de forma decente para cumprir seu papel de polícia de fronteiras? Há uma ausência crônica na maior parte das fronteiras, sejam secas ou molhadas, e onde há presença, é altamente deficitária.

As forças armadas são o canivete suíço da administração federal brasileira, tem que agir em segurança pública, engenharia, transporte, saúde, calamidades e etc. E não há mínima previsão de mudança.

Controle de fronteira é trabalho 'perverso', diz ministro

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na noite desta quinta-feira que a tarefa de garantir a segurança nas fronteiras do país é um trabalho "perverso", em referência às dificuldades que existem para o controle dos cerca de 16 mil quilômetros que separam o Brasil dos países vizinhos.

A declaração foi dada pelo ministro em Ribeirão Preto (313 km de SP), durante uma aula magna em uma universidade local. A uma plateia formada majoritariamente por estudantes de direito, Cardozo falou sobre políticas de segurança pública.

Ao tratar da necessidade de uma atuação mais integrada das forças policiais, o ministro usou como exemplo o controle das fronteiras brasileiras.

Ele citou a situação enfrentada em Foz do Iguaçu (PR), onde o país faz fronteira com o Paraguai e a Argentina. Ele disse que é impossível controlar a entrada de armas e drogas no Brasil fiscalizando todos os carros que entram pela ponte da Amizade.

Sem citar nominalmente a Folha, o ministro fez referência a uma reportagem publicada em abril, que revelou a entrada de armas no país por meio de motoboys. Uma arma comprada no lado paraguaio da fronteira que liga Ciudade del Este a Foz do Iguaçu foi entregue pelo motoboy já do lado brasileiro.

"Se nós tivermos que parar todo motoqueiro que passa na ponte da Amizade para verificar se debaixo do banco ele tem uma arma, eu fecho a fronteira", disse Cardozo.

A alternativa, segundo ele, é uma ação mais integrada das polícias e das Forças Armadas, além de um trabalho de inteligência. "Assim, é possível saber que aquele carro específico tem de ser parado." Segundo o ministro, essas ações fazem parte de um novo plano de patrulhamento nas fronteiras.

CORRUPÇÃO

O ministro da Justiça disse ainda que outro ponto fundamental para o sucesso de políticas de segurança é o combate à corrupção dentro das forças policiais e de instituições que atuam nessa área. Para ele, a corrupção dentro dos órgãos de segurança "é a pior que existe".

"Não se combate crime organizado com um corpo de segurança pública marcado pela corrupção", afirmou o ministro.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9620 ... stro.shtml

rodrigo escreveu:Ao invés de criar uma nova polícia, não prevista na constituição, por que não aumentar o efetivo da PF e equipá-la de forma decente para cumprir seu papel de polícia de fronteiras? Há uma ausência crônica na maior parte das fronteiras, sejam secas ou molhadas, e onde há presença, é altamente deficitária.

As forças armadas são o canivete suíço da administração federal brasileira, tem que agir em segurança pública, engenharia, transporte, saúde, calamidades e etc. E não há mínima previsão de mudança.

Isso.

rodrigo escreveu:CORRUPÇÃO

O ministro da Justiça disse ainda que outro ponto fundamental para o sucesso de políticas de segurança é o combate à corrupção dentro das forças policiais e de instituições que atuam nessa área. Para ele, a corrupção dentro dos órgãos de segurança "é a pior que existe".

"Não se combate crime organizado com um corpo de segurança pública marcado pela corrupção", afirmou o ministro.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9620 ... stro.shtml

É só federalizar o papel de corregedoria das polícias civis e militares. Essas mais que já provaram que não são confiáveis pra fiscalizarem seus colegas; então que se deixe à cargo de uma agência federal, ou até da PF se tiver se efetivo expandido.

Cross escreveu:

rodrigo escreveu:Ao invés de criar uma nova polícia, não prevista na constituição, por que não aumentar o efetivo da PF e equipá-la de forma decente para cumprir seu papel de polícia de fronteiras? Há uma ausência crônica na maior parte das fronteiras, sejam secas ou molhadas, e onde há presença, é altamente deficitária.

As forças armadas são o canivete suíço da administração federal brasileira, tem que agir em segurança pública, engenharia, transporte, saúde, calamidades e etc. E não há mínima previsão de mudança.

Isso.

Isso x 2.

E, digo mais, por quê não criar uma força fardada, de choque, dentro da Polícia Federal, e dar a ela esta dupla função: polícia de fronteiras, e força de reação rápida federal para cumprir os papéis atribuídos a este remendo chamado "Força de Segurança Nacional."?

Será que querem criar outra Força Nacional de Segurança Pública (PMs) sem ter uma definição clara de onde, como e quando atuar, e sob comando de quem?
No meu ponto de vista, deveria ser algo dentro das Forças Armadas, destinado exclusivamente à esta missão, já que estamos na fronteira e já fazemos esta função.
PF para isso? Creio que não, até porque eles não querem esta função.

Clermont escreveu: E, digo mais, por quê não criar uma força fardada, de choque, dentro da Polícia Federal, e dar a ela esta dupla função: polícia de fronteiras, e força de reação rápida federal para cumprir os papéis atribuídos a este remendo chamado "Força de Segurança Nacional."?

Complementando a observação acima, ao ser admitido na Polícia Federal o policial novato serviria por X anos nessa força sugerida pelo colega Clermont e, decorrido esse tempo, seria então transferido para os serviços de investigação , etc... que são feitos hoje, cedendo lugar para os novos e assim por diante, renovando a força.

Wingate

rodrigo escreveu:As forças armadas são o canivete suíço da administração federal brasileira, tem que agir em segurança pública, engenharia, transporte, saúde, calamidades e etc. E não há mínima previsão de mudança.

A ultima é o EB contando carros para nego instalar pedagio

Arranjem uma guerra aí que o EB trabalha na sua função de fato.

Só invadir o paraguai...

CAMBADA DE FOLGADOS.

Boss escreveu:Arranjem uma guerra aí que o EB trabalha na sua função de fato.

"(...) quando uma Nação se vê obrigada a empregar a expressão militar de seu Poder de uma forma direta e preponderante, ela o faz para corrigir um fracasso inicial dela, Nação, como um todo, e de suas Forças Armadas, em particular - a incapacidade para dissuadir aqueles possíveis adversários, agora concretos.

Além disso, retorna-se a esse conceito, também porque nele há um motivo positivo de realização profissional, que destrói a 'filosofia' irônica dos antimilitaristas gratuitos que tacham a atividade militar de frustrante, por dever sua existência a uma finalidade que seus membros não desejam - a guerra.

Certamente, desejar a guerra é para psicóticos, tanto quanto é deles o conceito de que ela é um fim em si mesma e inevitável.

O militar profissional que a Nação deseja é aquele que cumpre seu papel no Estado evitando a guerra pela dissuasão, obtida por meio de sua capacidade operacional."

Tenente-Coronel Alberto Mendes Cardoso - "Os Treze Momentos - Análise da Obra de Sun Tzu", Biblioteca do Exército, Rio de Janeiro - RJ, 1987

Força Nacional é uma boa, desde que sem as babaquices que temos agora.
PF é muito cara. Polícia de fronteira tem que ter um número alto de integrantes.

Clermont, parabéns pela citação.

As PPMM são os Carabineiros do Brasil. A principal diferença entre as PPMM e as forças policiais militarizadas citadas no inicio do tópico é que todas elas são federais, geralmente ligadas a um ministério como o da defesa (mesmo não tendo nenhum vínculo com as FAs) ou do interior (a maioria).

Aqui no Brasil temos uma peculariedade interessante, as PPMMs são forças militares estaduais mas tendo uma ligação com o Exército Brasileiro, sendo força auxiliar do mesmo! É um sistema cujas origens remontam a época do império, onde cada capitânia, estado e até vilas, possuiam sua própria guarda de segurança pública, geralmente denominada de Força Pública e ficavam sob o comando dos famosos Coronéis, que mandavam e desmandavam nas suas respectivas regiões!

Quem basicamente começou estas discussões fui eu, fazendo critica ao exército como patrulhador de nossas fronteiras, numa função que me parece ser de policia.

Citei vários exemplos de como é organizada a patrulha de fronteira em vários países, e por coincidência na revista francesa Raids (que assino) encontrei no numero de Agosto deste ano o artigo “Avec les chasseurs de Cayodé” sobre uma operação anti contrabandistas na Guiana, perto da fronteira com o Surinam.

A ação foi realizada por um pelotão do 3º RPIMa (3º Regimento de Paraquedistas da Infantaria de Marinha – Notar, por favor que “Infantaria de Marinha” é uma tropa do exército, sendo que este nome substituiu o de “Infantaria Colonial” originalmente empregado, devido ao fim das colônias francesas) com 23 homens (pelotão menos 1 grupo de combate) comandado pelo seu tenente.

Como acompanhamento policial, foram agregados 6 homens do EGM 44/2 (Escadron de Gendarmerie Mobile 44/2) liderados pelo capitão comandante do esquadrão.

Durante o artigo, se justifica o uso do 3ª RPIMa pelo fato de que esta tropa é treinada no esquema CRAJ (Comandos de Recherche et d’Action en Jungle – Comandos de Busca e de Ação na Selva), em grupos de cerca de 30 soldados. Os guias destas tropas são recrutados entre a população autóctone e brasileira(!!!).

Os gendarmes foram agregados pela função policial da ação.

Bacchi