Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
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Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Por diversas razões, as aeronaves F-5 operadas pela Suíça são regularmente comentadas neste Fórum.
Chegou as minhas mãos, a Revista Air Forces Monthly, de Fevereiro/2011, que possui um artigo que julguei bastante interessante sobre as atuais condições destas aeronaves e da forma de operação bastante peculiar da que a Força Aérea Suíça tem das mesmas. Trata ainda de outros assuntos secundariamente, como a formação de pilotos de caça por lá (que tem suas semelhanças com a introdução do A-29 na FAB) e o conturbado processo local de substituição do F-5.
Resolvi então fazer uma tradução do artigo e colocá-lo abaixo para leitura. Não há opiniões pessoais minhas, tentei fazer uma tradução mais adequada possível, mantendo alguns poucos termos em inglês, porque julguei que uma tradução literal ao português poderia gerar distorções (como no termo “Militia Pilots”).
No final do artigo, adicionei alguns links com fotos de aeronaves F-5 operadas pela Suíça. Me desculpem, mas minha ignorância ainda não me permite anexar fotos aos textos.
Abs.
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Tigres Alpinos a Beira da Extinção
A Suíça comprou 72 aeronaves Tiger F-5 em 1976 e outras 38 em 1981, totalizando 98 F-5E monoplace e 12 F-5F biplaces. Mais de 30 anos e 250.000 horas voadas depois, 44 aeronaves foram vendidas a US Navy e 09 foram perdidas em acidentes. Cerca de 54 aeronaves permanecem em serviço, mas não por muito tempo, porque, na explicação da Força Aérea, “Um velho Tigre não pula mais, permanece no chão”.
Em Janeiro de 2008, o país iniciou a busca de um substituto, no programa chamado TTE (Substituição Parcial do Tigre). Três esquadrões de linha de frente seriam equipados com a nova aeronave, mas a equipe acrobática Patrouille Suisse (que também opera aeronaves F-5), tem um futuro incerto.
“Militia Pilots”
A Suíça é o último país da Europa que possui Esquadrões da ativa, equipados com F-5. A Espanha ainda opera aeronaves F-5B, amplamente modernizadas e apenas para treinamento. A Suíça recebeu seus primeiros F-5 no final dos anos 70 para substituir as aeronaves Venom e para preencher o buraco causado, pelo aumento do uso das aeronaves Hawker Hunter em ataque ao solo. O F-5 serviu muito bem a esta função. Com sua alta confiabilidade, facilidade de manutenção e baixo custo de operação, ele mostrou-se adequado ao sistema de militia do país. Os “Militia Pilots” são pilotos em tempo parcial, voando pelo menos uma vez ao mês e pelo menos 50 horas ao ano (pilotos de F-18 voam pelo menos 150 horas ao ano). “Militia Pilots” tem treinamentos específicos chamados de WK (Curso de Repetição, um treinamento intensivo de 03 semanas), TK (Curso de 5 dias) e vários vôos de treinamento individuais. A grande maioria dos vôos, são operando como “bad guys”, contra os pilotos de F-18.
“Militia Pilots” possuem trabalhos regulares, geralmente em aeronaves comerciais, mas muitos tem seu emprego regular não relacionado com a aviação. Atualmente, 90% dos pilotos de F-5 são “Militia Pilots” e atualmente todos os novos pilotos de caça que se integram a Força Aérea, são pilotos em tempo integral e designados para os F-18. Os F-5 serão as últimas aeronaves a serem voadas por tripulantes em tempo parcial.
No final de 2010, a Força Aérea Suíça operava com 42 F-5E e 12 F-5F. Eles são voados por três Esquadrões de linha de frente (Fliegerstaffeln 6,8 e 19, localizados em Payerne, Meiringen e Sion respectivamente) e pela equipe acrobática Patrouille Suisse que é baseada em Emmen. Tirando as semanas em que os exercícios WK e TK são conduzidos, as atividades aéreas em Meiringen e Sion ficam muito reduzidas. Isso se deve a uma política de se evitar produzir muito barulho e também pela natureza do sistema dos “Militia Pilots”. Exceto as aeronaves da Patrouille Suisse, as demais aeronaves F-5 não são mais alocadas a um Esquadrão específico. Quando necessário, eles se deslocam para Emmen, Meiringen ou Sion, mas de fato a maioria dos vôos é conduzida a partir de Payerne, independente do Esquadrão do piloto ou de sua sede. De fato, mais de 50% das atividades de todos os jatos se concentra em Payerne.
Os Esquadrões de F-5 raramente se deslocam para o exterior, diferente da Patrouille Suisse, cujos jatos são vistos frequentemente pelos shows aéreos da Europa. A Patrouille Suisse tem voado aeronaves F-5 desde 1995 e todos os seus membros são pilotos ativos de F-18, voando parcialmente os F-5 apenas nas atividades da Equipe. Com a futura aposentadoria dos F-5 nos próximos anos, o futuro da Equipe é incerto, porque a operação do novo caça por ela seria muito caro. Em dezembro de 2009, o Chefe das Forças Armadas André Blattmann afirmou que os F-5 iriam continuar voando até o final da década, e que a Patrouille Suisse também operaria o F-5 pelo mesmo perído. Rumores sugerem que a Equipe poderia passar a operar a aeronave Pilatus PC-7 futuramente.
Operações
As principais tarefas dos F-5 são defesa aérea e policiamento aéreo. Diferentemente dos países da OTAN que o cercam, a Suíça não mantém um sistema de alerta QRA (Alerta de Ação Rápido) permanente para interceptação de aeronaves. O espaço aéreo Suíço é todo monitorado por radares 24hs por dia, nos 365 dias do ano, mas o sistema de defesa aérea só opera em dias de semana e no horário de expediente. Somente em ocasiões especiais, como o WEF (Fórum Econômico Mundial) realizado em Davos ou em períodos de crise, um QRA integral é realizado.
Durante o WEF (Fórum Econômico Mundial) que acontece anualmente no resort Suíço de Davos, pelo menos um par de F-18 está continuamente no ar a qualquer hora, completamente armados e prontos a interceptar qualquer aeronave incursora, enquanto os F-5 são designados para o policiamento aéreo. Um exercício WK é normalmente organizado no mesmo período do WEF, para garantir que hajam pilotos de F-5 suficientes no período. Quando em 2010, as cinzas de um vulcão da Islândia atingiram a Europa, incluindo a Suíça, aeronaves foram colocadas em QRA a fim de garantir a interceptação de qualquer aeronave desrespeitando as proibições de vôo, mas este sistema de prontidão é atendido pelos Esquadrões de F-18. A máxima extensão do território Suíço é de menos de 220 milhas (cerca de 350 Km, no sentido leste-oeste) e uma aeronave comercial demora menos de 20 minutos para cruzar seu território, deixando um curto espaço de tempo para que um caça decolasse e efetuasse uma interceptação. Existem acordos com os países fronteiriços incluindo França, Alemanha, Áustria e Itália, que monitoram as aproximações oriundas da Suíça e que provem seu próprio QRA, o que diminui a necessidade de constante QRA pelos Suíços. Por exemplo, para o torneio de futebol da Eurocopa 2008, a Alemanha forneceu dois F-4F para QRA a partir de Neuburg, a Suíça forneceu dois F-18 e a França dois Rafale, que realizaram Patrulha Aérea de Combate durante os jogos e a Suíça ainda forneceu helicópteros e aeronaves PC-7 que patrulharam o espaço aéreo próximo ao evento.
Enquanto os F-5 são limitados a tarefas defensivas, seu substituto deverá ser capaz de realizar tarefas de ataque ao solo e reconhecimento, que atualmente não são realizadas por nenhuma aeronave da Força Aérea Suíça. Quando as aeronaves Mirage IIIRS foram retiradas do serviço em 2004, foi deixada uma lacuna na capacidade de reconhecimento da Força Aérea Suíça que será preenchido pelo substituto do F-5. A tarefa de ataque ao solo foi abandonada em 1994, quando os Hunter foram retirados do serviço. Além de necessários para cobrir as lacunas existentes, o substituo do F-5 é necessário urgentemente conforme os Tigres são afetados por rachaduras e corrosão.
O F-5 é atualmente muito antiquado. Capitão Martin Hess, um piloto de F-18, mas com grande experiência nos F-5 explica: “Os dias em que F-5 derrotava um F-18 em combate dissimilar estão terminados. O radar de um F-5 realiza o lock apenas algumas milhas a frente e nada mais. Ele possui um display com uma cruz em frente e o piloto tem que trazer a outra aeronave dentro da cruz para estar apto a lançar um míssil. O F-18 é muito melhor equipado, com seu sistema de mira montado no capacete, que fornece uma capacidade muito maior. Se você pode ver o alvo, você pode atirar nele. A única vantagem do F-5 é seu pequeno tamanho, que o piloto tenta tirar vantagens, mas atualmente 99% dos combates são vencidos pelos F-18”. Ele acrescenta: “ Normalmente nós treinamos F-5 X F-18. Isso nos ajuda a distinguir as forças azuis das forças vermelhas. O F-5 tem um leme simples enquanto o F-18 tem um leme duplo, mas isso é muito difícil de distinguir durante um combate. Desta forma, nós normalmente equipamos o F-5 com tanques de combustível e mísseis pintados de laranja, para identificá-los como componentes das forças vermelhas, desta forma não há aeronaves azuis atirando em outras. Geralmente, só voamos F-18 X F-18 em treinos de combate BVR (além do campo visual)”.
O F-5 normalmente só voa durante o dia. Não é fácil voá-lo a noite, sobre montanhas ou em tempo ruim, principalmente por questões relacionadas com o alerta situacional (especialmente comparado ao F-18 com seu excelente radar, óculos de visão noturna e sistema de mira montado no capacete). Isso deixa uma frota de apenas 33 F-18 responsável por conduzir patrulhas noturnas em eventos como o WEF. Sem a substituição dos F-5,os F-18 poderiam prover policiamento aéreo com 4 aeronaves continuamente no ar, por duas semanas consecutivas. Durante o prévio processo de avaliação do substituto dos F-5, quando ainda havia um requerimento para 33 novas aeronaves, pesquisas mostraram que o novo caça, somado a frota de F-18, poderiam prover policiamento aéreo por até sete semanas consecutivas. Mais tarde, o requerimento foi alterado para apenas 22 aeronaves, principalmente por razões financeiras.
Os F-5 também realizam tarefas secundárias, incluindo treinamento de guerra eletrônica e reboque de alvos, novamente em apoio aos F-18. O F-5 ainda é utilizado para coleta de dados relativos a radioatividade em grandes altitudes, para um órgão chamado Escritório Oficial de Saúde Pública. Transportando dois pods com filtros para alta altitude, são programados seis vôos deste tipo por ano. Em Abril de 2010, quatro vôos adicionais foram realizados, para pesquisar as cinzas vulcânicas que interromperam o tráfego aéreo na Europa. Em comparação ao F-18, o F-5 é mais econômico tornando-o ideal para estas missões secundárias. Outra vantagem, é que os F-5 são geralmente voados pelos “Militia Pilots”, desta forma os pilotos em tempo integral, podem focar sua atenção em tarefas de combate.
Treinamento de Vôo
Quando a Força Aérea Suíça retirou de serviço o treinador Hawk 66 em 2003, o F-5F o substituiu na tarefa de treinamento de jatos. Por muitos anos os pilotos foram treinados em PC-7 e F-5 antes de se converterem ao F-18. Em 2008, seis aeronaves PC-21 foram entregues para realizar a função de LIFT. No verão de 2008 a primeira turma de pilotos foi introduzida ao PC-21, enquanto a última turma realizava vôo no F-5. Dois PC-21 adicionais foram recentemente encomendados, a fim de adequar o requerimento de formar seis a oito pilotos de jato por ano. Comparado ao F-5, o PC-21 é mais silencioso e mais barato de operar. Um vôo de PC-21 pode durar até duas horas enquanto o F-5F já estará com pouco combustível em uma hora. Após 30 semanas de treinamento básico em aeronaves PC-7, os alunos ainda precisarão de 45 semanas de treinamento avançado no PC-21 para se graduar.
Ambas aeronaves, PC-7 e PC-21 são agora equipadas com painel digital. Não faz mais sentido para os alunos efetuarem a transição no F-5 e seu painel analógico. Desta forma, após voarem no PC-21, os alunos vão direto pro F-18. Os F-5F que permanecem em serviço agora realizam uma variedade de tarefas incluindo treinamento de guerra eletrônica. Equipado com um Pod Ericsson Erijammer A-100 Vista-5 na asa esquerda (com um necessário contra peso na asa direita), o operador no banco traseiro do F-5F realiza o jammer dos sistemas radar enquanto o piloto no assento dianteiro voa a aeronave.
Avaliação dos Substitutos
Em 2006, quatro candidatos a substituição dos F-5 (programa TTE) foram avaliados: Boeing F-18E/F Super Hornet, Dassault Rafale, EADS EF-2000 e Saab JAS-39 Gripen. Em Abril de 2008, a Boeing surpreendeu com a retirada do Super Hornet da competição alegando que havia uma lacuna entre os requerimentos do substituto dos F-5 e as capacidades do F/A-18E/F Super Hornet Block II Next Generation. Os três candidatos remanescentes submeteram suas propostas e suas aeronaves foram voadas da Base Aérea de Emmen em agosto (Gripen), outubro (Rafale) e novembro (Eurofighter) do mesmo ano, cada fabricante enviou duas aeronaves biplace.
Antes que os vôos tivessem início, seis pilotos, sendo dois pilotos de teste, dois pilotos componentes de estado-maior e dois pilotos de F-18 foram enviados a França, Alemanha e Suécia para uma semana de instrução na aeronave que iriam voar. O curso incluiu aulas, vôos em simulador e visitas a Esquadrões operacionais. De volta a Suíça, os seis pilotos realizaram vôos nos três jatos concorrentes, assistidos por pilotos dos fabricantes que estavam no assento traseiro. O programa de testes incluiu um vôo de familiarização para cada piloto, combates aéreos 1X1, combates aéreos entre dois candidatos e dois F-18. Ataque ao solo, reconhecimento, vôo supersônico, operações noturnas e medidas de ruídos também foram avaliados. Os Gripen acumularam 30 vôos (35 horas), os Eurofighters 31 vôos (45 horas) e os Rafales 39 vôos (60 horas), em virtude de testes com diferentes sistemas de radar. Após as evoluções terem terminado, as empresas enviaram então duas propostas, uma limitada a 2,2 bilhões de francos suíços (cerca de 1,5 bilhão de euros) e outra proposta para 22 aeronaves. Cada empresa ofereceu ainda diferentes níveis de off-set para diluir os custos.
Os resultados das avaliações foram apresentados ao governo para uma decisão final, mas devido a uma situação financeira incerta, em Abril de 2010 foi decidido adiar até o outono, quando uma nova análise seria apresentada. Contudo, em Agosto de 2010, foi adiado novamente, desta vez, até não antes de 2015! A decisão sobre a substituição dos F-5 será baseada nas análises já realizadas, mas agora não antes das eleições gerais a serem realizadas em Outubro de 2011. Para deixar as coisas piores, o Escritório de Aquisições admitiu que trabalhou mal no orçamento alocado as novas aeronaves e que os custos para aquisição para as 22 aeronaves desejadas estariam entre 4-5 bilhões de francos suíços e que esse valor não cobriria os custos operacionais de apoio para a vida útil da aeronave.
Futuro Próximo
A capacidade operacional inicial (IOC) para o primeiro Esquadrão da nova aeronave era planejado para o final de 2014, o que não ocorrerá devido aos atrasos na decisão. Qualquer que seja a aeronave selecionada, é desejável que entre em serviço antes de 2015. Recentemente, o Comandante da Força Aérea, General Marcus Gygax, apontou que a retirada do F-5 sem a sua substituição, não é uma opção, falando que os novos jatos deverão estar voando sobre a Suíça até 2020.
Qualquer que seja a aeronave selecionada, o fato é que os F-5 Tiger irão continuar a servir a Força Aérea Suíça por muitos anos. No final desta década, a Suíça ainda estará retirando de serviço seu último jato clássico, mas seu substituto irá indiscutivelmente dar um salto adiante em termos de capacidade e performance. Não há espaços para sentimentos quando se trata de defesa.
Nota dentro do Artigo – F-5 Vendidos a US Navy
Entre 2003 e 2008, 44 F-5E da Força Aérea Suíça com uma média de 1800 horas e um excelente histórico de manutenção foram vendidas a US Navy. Cada F-5 foi desmontado dentro da Base de Emmen e transportado para a planta da Northrop Grumman em aeronaves C-130 Hércules. Após 5 meses de remotorização, os jatos foram redesignados F-5N e agora cumprem o papel de adversários com a US Navy e os Marines. As aeronaves irão continuar a cumprir esta tarefa até pelo menos 2015.
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Fotos que Poderiam Ilustrar este Artigo
F-5 Suíços
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... a8dc790997
F-5N dos Agressores
http://www.airliners.net/photo/USA---Na ... a8dc790997
F-5 da Patrouille Suisse
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... a8dc790997
F-5F com Tanque e Mísseis Laranjas, para Treino de Combate Aéreo
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... a8dc790997
F-5F com Casulo de Guerra Eletrônica
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... c09d184d79
PC-21 Usado para Treinamento de Pilotos de Caça
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... 9b40f1e62a
PC-21 – Cockpit Digital
http://www.airliners.net/photo/Pilatus/ ... 9b40f1e62a
Chegou as minhas mãos, a Revista Air Forces Monthly, de Fevereiro/2011, que possui um artigo que julguei bastante interessante sobre as atuais condições destas aeronaves e da forma de operação bastante peculiar da que a Força Aérea Suíça tem das mesmas. Trata ainda de outros assuntos secundariamente, como a formação de pilotos de caça por lá (que tem suas semelhanças com a introdução do A-29 na FAB) e o conturbado processo local de substituição do F-5.
Resolvi então fazer uma tradução do artigo e colocá-lo abaixo para leitura. Não há opiniões pessoais minhas, tentei fazer uma tradução mais adequada possível, mantendo alguns poucos termos em inglês, porque julguei que uma tradução literal ao português poderia gerar distorções (como no termo “Militia Pilots”).
No final do artigo, adicionei alguns links com fotos de aeronaves F-5 operadas pela Suíça. Me desculpem, mas minha ignorância ainda não me permite anexar fotos aos textos.
Abs.
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Tigres Alpinos a Beira da Extinção
A Suíça comprou 72 aeronaves Tiger F-5 em 1976 e outras 38 em 1981, totalizando 98 F-5E monoplace e 12 F-5F biplaces. Mais de 30 anos e 250.000 horas voadas depois, 44 aeronaves foram vendidas a US Navy e 09 foram perdidas em acidentes. Cerca de 54 aeronaves permanecem em serviço, mas não por muito tempo, porque, na explicação da Força Aérea, “Um velho Tigre não pula mais, permanece no chão”.
Em Janeiro de 2008, o país iniciou a busca de um substituto, no programa chamado TTE (Substituição Parcial do Tigre). Três esquadrões de linha de frente seriam equipados com a nova aeronave, mas a equipe acrobática Patrouille Suisse (que também opera aeronaves F-5), tem um futuro incerto.
“Militia Pilots”
A Suíça é o último país da Europa que possui Esquadrões da ativa, equipados com F-5. A Espanha ainda opera aeronaves F-5B, amplamente modernizadas e apenas para treinamento. A Suíça recebeu seus primeiros F-5 no final dos anos 70 para substituir as aeronaves Venom e para preencher o buraco causado, pelo aumento do uso das aeronaves Hawker Hunter em ataque ao solo. O F-5 serviu muito bem a esta função. Com sua alta confiabilidade, facilidade de manutenção e baixo custo de operação, ele mostrou-se adequado ao sistema de militia do país. Os “Militia Pilots” são pilotos em tempo parcial, voando pelo menos uma vez ao mês e pelo menos 50 horas ao ano (pilotos de F-18 voam pelo menos 150 horas ao ano). “Militia Pilots” tem treinamentos específicos chamados de WK (Curso de Repetição, um treinamento intensivo de 03 semanas), TK (Curso de 5 dias) e vários vôos de treinamento individuais. A grande maioria dos vôos, são operando como “bad guys”, contra os pilotos de F-18.
“Militia Pilots” possuem trabalhos regulares, geralmente em aeronaves comerciais, mas muitos tem seu emprego regular não relacionado com a aviação. Atualmente, 90% dos pilotos de F-5 são “Militia Pilots” e atualmente todos os novos pilotos de caça que se integram a Força Aérea, são pilotos em tempo integral e designados para os F-18. Os F-5 serão as últimas aeronaves a serem voadas por tripulantes em tempo parcial.
No final de 2010, a Força Aérea Suíça operava com 42 F-5E e 12 F-5F. Eles são voados por três Esquadrões de linha de frente (Fliegerstaffeln 6,8 e 19, localizados em Payerne, Meiringen e Sion respectivamente) e pela equipe acrobática Patrouille Suisse que é baseada em Emmen. Tirando as semanas em que os exercícios WK e TK são conduzidos, as atividades aéreas em Meiringen e Sion ficam muito reduzidas. Isso se deve a uma política de se evitar produzir muito barulho e também pela natureza do sistema dos “Militia Pilots”. Exceto as aeronaves da Patrouille Suisse, as demais aeronaves F-5 não são mais alocadas a um Esquadrão específico. Quando necessário, eles se deslocam para Emmen, Meiringen ou Sion, mas de fato a maioria dos vôos é conduzida a partir de Payerne, independente do Esquadrão do piloto ou de sua sede. De fato, mais de 50% das atividades de todos os jatos se concentra em Payerne.
Os Esquadrões de F-5 raramente se deslocam para o exterior, diferente da Patrouille Suisse, cujos jatos são vistos frequentemente pelos shows aéreos da Europa. A Patrouille Suisse tem voado aeronaves F-5 desde 1995 e todos os seus membros são pilotos ativos de F-18, voando parcialmente os F-5 apenas nas atividades da Equipe. Com a futura aposentadoria dos F-5 nos próximos anos, o futuro da Equipe é incerto, porque a operação do novo caça por ela seria muito caro. Em dezembro de 2009, o Chefe das Forças Armadas André Blattmann afirmou que os F-5 iriam continuar voando até o final da década, e que a Patrouille Suisse também operaria o F-5 pelo mesmo perído. Rumores sugerem que a Equipe poderia passar a operar a aeronave Pilatus PC-7 futuramente.
Operações
As principais tarefas dos F-5 são defesa aérea e policiamento aéreo. Diferentemente dos países da OTAN que o cercam, a Suíça não mantém um sistema de alerta QRA (Alerta de Ação Rápido) permanente para interceptação de aeronaves. O espaço aéreo Suíço é todo monitorado por radares 24hs por dia, nos 365 dias do ano, mas o sistema de defesa aérea só opera em dias de semana e no horário de expediente. Somente em ocasiões especiais, como o WEF (Fórum Econômico Mundial) realizado em Davos ou em períodos de crise, um QRA integral é realizado.
Durante o WEF (Fórum Econômico Mundial) que acontece anualmente no resort Suíço de Davos, pelo menos um par de F-18 está continuamente no ar a qualquer hora, completamente armados e prontos a interceptar qualquer aeronave incursora, enquanto os F-5 são designados para o policiamento aéreo. Um exercício WK é normalmente organizado no mesmo período do WEF, para garantir que hajam pilotos de F-5 suficientes no período. Quando em 2010, as cinzas de um vulcão da Islândia atingiram a Europa, incluindo a Suíça, aeronaves foram colocadas em QRA a fim de garantir a interceptação de qualquer aeronave desrespeitando as proibições de vôo, mas este sistema de prontidão é atendido pelos Esquadrões de F-18. A máxima extensão do território Suíço é de menos de 220 milhas (cerca de 350 Km, no sentido leste-oeste) e uma aeronave comercial demora menos de 20 minutos para cruzar seu território, deixando um curto espaço de tempo para que um caça decolasse e efetuasse uma interceptação. Existem acordos com os países fronteiriços incluindo França, Alemanha, Áustria e Itália, que monitoram as aproximações oriundas da Suíça e que provem seu próprio QRA, o que diminui a necessidade de constante QRA pelos Suíços. Por exemplo, para o torneio de futebol da Eurocopa 2008, a Alemanha forneceu dois F-4F para QRA a partir de Neuburg, a Suíça forneceu dois F-18 e a França dois Rafale, que realizaram Patrulha Aérea de Combate durante os jogos e a Suíça ainda forneceu helicópteros e aeronaves PC-7 que patrulharam o espaço aéreo próximo ao evento.
Enquanto os F-5 são limitados a tarefas defensivas, seu substituto deverá ser capaz de realizar tarefas de ataque ao solo e reconhecimento, que atualmente não são realizadas por nenhuma aeronave da Força Aérea Suíça. Quando as aeronaves Mirage IIIRS foram retiradas do serviço em 2004, foi deixada uma lacuna na capacidade de reconhecimento da Força Aérea Suíça que será preenchido pelo substituto do F-5. A tarefa de ataque ao solo foi abandonada em 1994, quando os Hunter foram retirados do serviço. Além de necessários para cobrir as lacunas existentes, o substituo do F-5 é necessário urgentemente conforme os Tigres são afetados por rachaduras e corrosão.
O F-5 é atualmente muito antiquado. Capitão Martin Hess, um piloto de F-18, mas com grande experiência nos F-5 explica: “Os dias em que F-5 derrotava um F-18 em combate dissimilar estão terminados. O radar de um F-5 realiza o lock apenas algumas milhas a frente e nada mais. Ele possui um display com uma cruz em frente e o piloto tem que trazer a outra aeronave dentro da cruz para estar apto a lançar um míssil. O F-18 é muito melhor equipado, com seu sistema de mira montado no capacete, que fornece uma capacidade muito maior. Se você pode ver o alvo, você pode atirar nele. A única vantagem do F-5 é seu pequeno tamanho, que o piloto tenta tirar vantagens, mas atualmente 99% dos combates são vencidos pelos F-18”. Ele acrescenta: “ Normalmente nós treinamos F-5 X F-18. Isso nos ajuda a distinguir as forças azuis das forças vermelhas. O F-5 tem um leme simples enquanto o F-18 tem um leme duplo, mas isso é muito difícil de distinguir durante um combate. Desta forma, nós normalmente equipamos o F-5 com tanques de combustível e mísseis pintados de laranja, para identificá-los como componentes das forças vermelhas, desta forma não há aeronaves azuis atirando em outras. Geralmente, só voamos F-18 X F-18 em treinos de combate BVR (além do campo visual)”.
O F-5 normalmente só voa durante o dia. Não é fácil voá-lo a noite, sobre montanhas ou em tempo ruim, principalmente por questões relacionadas com o alerta situacional (especialmente comparado ao F-18 com seu excelente radar, óculos de visão noturna e sistema de mira montado no capacete). Isso deixa uma frota de apenas 33 F-18 responsável por conduzir patrulhas noturnas em eventos como o WEF. Sem a substituição dos F-5,os F-18 poderiam prover policiamento aéreo com 4 aeronaves continuamente no ar, por duas semanas consecutivas. Durante o prévio processo de avaliação do substituto dos F-5, quando ainda havia um requerimento para 33 novas aeronaves, pesquisas mostraram que o novo caça, somado a frota de F-18, poderiam prover policiamento aéreo por até sete semanas consecutivas. Mais tarde, o requerimento foi alterado para apenas 22 aeronaves, principalmente por razões financeiras.
Os F-5 também realizam tarefas secundárias, incluindo treinamento de guerra eletrônica e reboque de alvos, novamente em apoio aos F-18. O F-5 ainda é utilizado para coleta de dados relativos a radioatividade em grandes altitudes, para um órgão chamado Escritório Oficial de Saúde Pública. Transportando dois pods com filtros para alta altitude, são programados seis vôos deste tipo por ano. Em Abril de 2010, quatro vôos adicionais foram realizados, para pesquisar as cinzas vulcânicas que interromperam o tráfego aéreo na Europa. Em comparação ao F-18, o F-5 é mais econômico tornando-o ideal para estas missões secundárias. Outra vantagem, é que os F-5 são geralmente voados pelos “Militia Pilots”, desta forma os pilotos em tempo integral, podem focar sua atenção em tarefas de combate.
Treinamento de Vôo
Quando a Força Aérea Suíça retirou de serviço o treinador Hawk 66 em 2003, o F-5F o substituiu na tarefa de treinamento de jatos. Por muitos anos os pilotos foram treinados em PC-7 e F-5 antes de se converterem ao F-18. Em 2008, seis aeronaves PC-21 foram entregues para realizar a função de LIFT. No verão de 2008 a primeira turma de pilotos foi introduzida ao PC-21, enquanto a última turma realizava vôo no F-5. Dois PC-21 adicionais foram recentemente encomendados, a fim de adequar o requerimento de formar seis a oito pilotos de jato por ano. Comparado ao F-5, o PC-21 é mais silencioso e mais barato de operar. Um vôo de PC-21 pode durar até duas horas enquanto o F-5F já estará com pouco combustível em uma hora. Após 30 semanas de treinamento básico em aeronaves PC-7, os alunos ainda precisarão de 45 semanas de treinamento avançado no PC-21 para se graduar.
Ambas aeronaves, PC-7 e PC-21 são agora equipadas com painel digital. Não faz mais sentido para os alunos efetuarem a transição no F-5 e seu painel analógico. Desta forma, após voarem no PC-21, os alunos vão direto pro F-18. Os F-5F que permanecem em serviço agora realizam uma variedade de tarefas incluindo treinamento de guerra eletrônica. Equipado com um Pod Ericsson Erijammer A-100 Vista-5 na asa esquerda (com um necessário contra peso na asa direita), o operador no banco traseiro do F-5F realiza o jammer dos sistemas radar enquanto o piloto no assento dianteiro voa a aeronave.
Avaliação dos Substitutos
Em 2006, quatro candidatos a substituição dos F-5 (programa TTE) foram avaliados: Boeing F-18E/F Super Hornet, Dassault Rafale, EADS EF-2000 e Saab JAS-39 Gripen. Em Abril de 2008, a Boeing surpreendeu com a retirada do Super Hornet da competição alegando que havia uma lacuna entre os requerimentos do substituto dos F-5 e as capacidades do F/A-18E/F Super Hornet Block II Next Generation. Os três candidatos remanescentes submeteram suas propostas e suas aeronaves foram voadas da Base Aérea de Emmen em agosto (Gripen), outubro (Rafale) e novembro (Eurofighter) do mesmo ano, cada fabricante enviou duas aeronaves biplace.
Antes que os vôos tivessem início, seis pilotos, sendo dois pilotos de teste, dois pilotos componentes de estado-maior e dois pilotos de F-18 foram enviados a França, Alemanha e Suécia para uma semana de instrução na aeronave que iriam voar. O curso incluiu aulas, vôos em simulador e visitas a Esquadrões operacionais. De volta a Suíça, os seis pilotos realizaram vôos nos três jatos concorrentes, assistidos por pilotos dos fabricantes que estavam no assento traseiro. O programa de testes incluiu um vôo de familiarização para cada piloto, combates aéreos 1X1, combates aéreos entre dois candidatos e dois F-18. Ataque ao solo, reconhecimento, vôo supersônico, operações noturnas e medidas de ruídos também foram avaliados. Os Gripen acumularam 30 vôos (35 horas), os Eurofighters 31 vôos (45 horas) e os Rafales 39 vôos (60 horas), em virtude de testes com diferentes sistemas de radar. Após as evoluções terem terminado, as empresas enviaram então duas propostas, uma limitada a 2,2 bilhões de francos suíços (cerca de 1,5 bilhão de euros) e outra proposta para 22 aeronaves. Cada empresa ofereceu ainda diferentes níveis de off-set para diluir os custos.
Os resultados das avaliações foram apresentados ao governo para uma decisão final, mas devido a uma situação financeira incerta, em Abril de 2010 foi decidido adiar até o outono, quando uma nova análise seria apresentada. Contudo, em Agosto de 2010, foi adiado novamente, desta vez, até não antes de 2015! A decisão sobre a substituição dos F-5 será baseada nas análises já realizadas, mas agora não antes das eleições gerais a serem realizadas em Outubro de 2011. Para deixar as coisas piores, o Escritório de Aquisições admitiu que trabalhou mal no orçamento alocado as novas aeronaves e que os custos para aquisição para as 22 aeronaves desejadas estariam entre 4-5 bilhões de francos suíços e que esse valor não cobriria os custos operacionais de apoio para a vida útil da aeronave.
Futuro Próximo
A capacidade operacional inicial (IOC) para o primeiro Esquadrão da nova aeronave era planejado para o final de 2014, o que não ocorrerá devido aos atrasos na decisão. Qualquer que seja a aeronave selecionada, é desejável que entre em serviço antes de 2015. Recentemente, o Comandante da Força Aérea, General Marcus Gygax, apontou que a retirada do F-5 sem a sua substituição, não é uma opção, falando que os novos jatos deverão estar voando sobre a Suíça até 2020.
Qualquer que seja a aeronave selecionada, o fato é que os F-5 Tiger irão continuar a servir a Força Aérea Suíça por muitos anos. No final desta década, a Suíça ainda estará retirando de serviço seu último jato clássico, mas seu substituto irá indiscutivelmente dar um salto adiante em termos de capacidade e performance. Não há espaços para sentimentos quando se trata de defesa.
Nota dentro do Artigo – F-5 Vendidos a US Navy
Entre 2003 e 2008, 44 F-5E da Força Aérea Suíça com uma média de 1800 horas e um excelente histórico de manutenção foram vendidas a US Navy. Cada F-5 foi desmontado dentro da Base de Emmen e transportado para a planta da Northrop Grumman em aeronaves C-130 Hércules. Após 5 meses de remotorização, os jatos foram redesignados F-5N e agora cumprem o papel de adversários com a US Navy e os Marines. As aeronaves irão continuar a cumprir esta tarefa até pelo menos 2015.
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Fotos que Poderiam Ilustrar este Artigo
F-5 Suíços
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F-5N dos Agressores
http://www.airliners.net/photo/USA---Na ... a8dc790997
F-5 da Patrouille Suisse
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F-5F com Tanque e Mísseis Laranjas, para Treino de Combate Aéreo
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... a8dc790997
F-5F com Casulo de Guerra Eletrônica
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... c09d184d79
PC-21 Usado para Treinamento de Pilotos de Caça
http://www.airliners.net/photo/Switzerl ... 9b40f1e62a
PC-21 – Cockpit Digital
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Belo trabalho!
Obrigado por postar aqui.
Abraços
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Alberto -
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Senhores,
Que pods seriam estes sob as asas dos F-5s?
[]s
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[]s
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Como citado no texto da AFM acima, os 44 F-5E suíços foram vendidos para a US Navy.
Foram enviados para a Northrop Grummam onde passaram por revisão e algumas modificações e passaram a se chamar F-5N.
17 desses ex-suiços foram parar no esquadrão aggressor VFC-111 ‘Sundowners’.
Na revista AFM de outubro há um artigo sobre esse esquadrão e seus F-5N:
- Quando adquiridos, o plano era operá-los até 2015. Agora o horizonte se estendeu para o período 2020-2025.
- Os pontos fortes do F-5N ainda hoje são a sua discrição visual e sua boa agilidade. Segundo os pilotos do VFC 111 ele é muito difícil de ser rastreado visualmente em WVR devido ao seu pequeno tamanho, além de possui um pequeno RCS frontal.
- É simples e relativamente barato de ser mantido e possuir excelente disponibilidade.
- No lado negativo, faz falta aviônicos modernos (radar, painel digital, HMD, NVG e AIM-9X) e mais potência, o que obriga os pilotos a fazerem um cuidadoso gerenciamento dos níveis de energia do caça quando em ação.
- Embora nesse momento não haja sinalização de recursos, há o desejo da US Navy de modernizá-los. A Northrop Grumman propõe o F-5X que inclui os elementos dejados (radar, painel digital, HMD, NVG e AIM-9X). No fim da história, se isso sair realmente, ficarão parecidos com os F-5BR.
Foram enviados para a Northrop Grummam onde passaram por revisão e algumas modificações e passaram a se chamar F-5N.
17 desses ex-suiços foram parar no esquadrão aggressor VFC-111 ‘Sundowners’.
Na revista AFM de outubro há um artigo sobre esse esquadrão e seus F-5N:
- Quando adquiridos, o plano era operá-los até 2015. Agora o horizonte se estendeu para o período 2020-2025.
- Os pontos fortes do F-5N ainda hoje são a sua discrição visual e sua boa agilidade. Segundo os pilotos do VFC 111 ele é muito difícil de ser rastreado visualmente em WVR devido ao seu pequeno tamanho, além de possui um pequeno RCS frontal.
- É simples e relativamente barato de ser mantido e possuir excelente disponibilidade.
- No lado negativo, faz falta aviônicos modernos (radar, painel digital, HMD, NVG e AIM-9X) e mais potência, o que obriga os pilotos a fazerem um cuidadoso gerenciamento dos níveis de energia do caça quando em ação.
- Embora nesse momento não haja sinalização de recursos, há o desejo da US Navy de modernizá-los. A Northrop Grumman propõe o F-5X que inclui os elementos dejados (radar, painel digital, HMD, NVG e AIM-9X). No fim da história, se isso sair realmente, ficarão parecidos com os F-5BR.
Editado pela última vez por Penguin em Sáb Set 10, 2011 7:35 pm, em um total de 3 vezes.
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Sob as asas e não no trilho da asa...Penguin escreveu:ACMI - Aircraft Instrumentation System pod
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Alitson escreveu:Sob as asas e não no trilho da asa...Penguin escreveu:ACMI - Aircraft Instrumentation System pod
Sou cego...rs.
O de cima parece ser o pod de ECM citado no texto.
[]s
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Excelente artigo parabéns .
Isso prova que HOJE no ano de 2011 o F-5 é uma excelente plataforma de treinamento e apenas isso .
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"I would rather have a German division in front of me than a French
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Bacana , e este:Force report: Brazilian Navy not just skyhawks? da capa de Outubro(?),do que se trata?
SDS.
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
É um resumo sobre as operações Aero Navais da MB (estou lendo nesse momento ) e coloco um resumo na parte de "Notícias" quando acabarBender escreveu:Bacana , e este:Force report: Brazilian Navy not just skyhawks? da capa de Outubro(?),do que se trata?
SDS.
Tem também uma matéria sobre os F-16 Chilenos bem interessante.
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Valeu Lima,apareceu MB na parada,a gente já fica curioso
Abração!
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Re: Aeronaves F-5 da Suíça. Um Artigo Completo
Observando esses F-5E suiços, nota-se que o LERX deles é um pouco maior e com uma geometria distinta dos demais:
Parece muito o LERX do F-20:
F-5E com o LERX regular:
Parece muito o LERX do F-20:
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