EDUCAÇÃO
Enviado: Sex Mai 20, 2011 1:53 am
Resumiu bem o quadro de descaso neste país:
Internacional
OCDE: China lidera ranking mundial de avaliação do ensino
Renata Honorato
(Thinstock/Jupiterimages)
Nos últimos anos, o governo chinês tem intensificado os investimentos em educação. E os efeitos da medida já se fazem sentir no país. A China ficou em primeiro lugar no levantamento (confira o ranking abaixo) do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O estudo, produzido a cada três anos, faz um raio-x da situação da educação no mundo e organiza uma lista com 65 países, entre membros e parceiros da organização.
Brasil: Desempenho dos estudantes do país está bem abaixo do ideal
Icon-noticias Confira também: Infográfico: Os números do Pisa
A China atingiu as maiores pontuações em todas as áreas avaliadas pela OCDE: leitura, matemática e ciência - e é ainda o país com maior número de alunos classificados como nível 5 e 6, as maiores notas que podem ser atribuídas no relatório. Os índices chineses para leitura, matemática e ciência são de 556, 600 e 575 pontos, respectivamente. As médias da OCDE para essas áreas são: 492, 496 e 501.
O segundo país mais bem avaliado pela OCDE foi Hong Kong, com 546 pontos. A Finlândia, país europeu com a melhor pontuação, vem logo em seguida, com 543. Cingapura está na quarta colocação, também com 543 pontos e a Coreia do Sul, em quinto, com 541.
19/05/2011 11h08
Apenas oito estados criaram planos de educação, reclama Haddad
Ministro quer que Plano de Educação seja aprovado na Câmara até agosto. Seminário discute o PNE nesta quinta e sexta-feira (20).
Tiago Falqueiro Do G1, em Brasília
O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou nesta quinta-feira (19) da abertura do seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) para o período de 2011 até 2020, promovido pelo Conselho Nacional de Educação. Haddad falou da importância da participação dos estados e municípios no esforço para melhorar a qualidade do ensino básico. "Apenas oito estados criaram planos estaduais de educação, o que é um testemunho do descaso dos gestores com a educação básica", disparou Haddad.
O ministro ainda afirmou que espera para agosto a aprovação do PNE na Câmara dos Deputados, e para o fim do ano no Senado. Mesmo sem a aprovação, o chefe da pasta diz que as diretrizes já estão sendo seguidas.
"Tenho certeza de que o Congresso não irá diminuir as metas colocadas no projeto elaborado pelo Executivo, então estamos trabalhando como se ele já estivesse aprovado", afirmou Haddad. Sobre as novidades para o novo PNE, o ministro destacou a introdução de estratégias para que as metas determinadas pelo plano sejam atingidas.
Para resolver o problema, Ronca reforçou a necessidade de se criar uma articulação do PNE com os planos estaduais e municipais. Outras propostas destacadas foram a criação de um Sistema Nacional de Educação e a implantação de um regime de colaboração entre os governos federal, estaduais e municipais.
O Plano Nacional de Educação (PNE) traz 20 metas a serem cumpridas pelo país entre 2011 e 2020. Uma das principais metas do plano, que será essencial para que as outras aconteçam, é a ampliação progressiva do investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Entre os estados que possuem planos de educação estão a Bahia (Nordeste), Goiás (Centro-Oeste), Rio de Janeiro (Sudeste) e Amazonas (Norte). Nenhum estado da região Sul possui Planos Estaduais de Educação (PEE) em vigor.
O presidente do Conselho Nacional de Educação, Antonio Carlos Caruso Ronca, também destacou a falta de estrutura nos estados e municípios voltada para a educação. "Os planos estaduais e municipais que foram feitos não passaram de declarações de intenções inúteis, sem contar nem com previsão orçamentária", disse.
Pablo,Pablo Maica escreveu:Agora querem até inventar que não existe certo ou errado no português. Que a escrita é subjetiva. Parece brincadeira.
sábado, 21 de maio de 2011
Nota oficial da Abralin - Associação Brasileira de Linguística
Em nota oficial, a Abralin defende o posicionamento da linguística frente à questão da dicotomia certo/errado
Língua e Ignorância
O Brasil tem acompanhado a polêmica a respeito do livro Por uma vida melhor, distribuído pelo PNLD do MEC. Diante de posicionamentos virulentos e alguns até histéricos, a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINGUÍSTICA, ABRALIN, vem a público manifestar-se a respeito.
O fato que chamou a atenção foi que os críticos não tiveram sequer o cuidado de analisar o livro mais atentamente. Pautaram-se sempre nas cinco ou seis linhas citadas. O livro acata orientações dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) já em andamento há mais de uma década. Outros livros didáticos também englobam a discussão da variação linguística para ressaltar o papel e a importância da norma culta no mundo letrado. Portanto, nunca houve a defesa de que a norma culta não deva ser ensinada. Ao contrário, entende-se que esse é o papel da escola, garantir o domínio da norma para o acesso efetivo aos bens culturais e para o pleno exercício da cidadania. Esta é a única razão que justifica a existência da disciplina de Língua Portuguesa para falantes nativos de português.
A linguística surgiu como ciência há mais de um século. Como qualquer outra ciência, não trabalha com a dicotomia certo/errado. Esse é o posicionamento científico, que permitiu aos linguistas elaborar outras constatações que constituem hoje material essencial para a descrição e explicação de qualquer língua humana.
Uma constatação é o fato de que as línguas mudam no tempo, independentemente do nível de letramento de seus falantes, do avanço econômico e tecnológico ou do poder mais ou menos repressivo das Instituições. Formas linguísticas podem surgir, desaparecer, perder ou ganhar prestígio. Isso sempre foi assim. Muitos dos usos hoje tão cultuados pelos puristas originaram-se do modo de falar de uma forma alegadamente inferior do latim.
Outra constatação é o fato de que as línguas variam num mesmo tempo: qualquer língua apresenta variedades deflagradas por fatores, como diferenças geográficas, sociais, etárias, dentre outras. Por manter um posicionamento científico, a linguística não faz juízos de valor acerca dessas variedades, simplesmente as descreve. No entanto, os lingüistas constatam que essas variedades podem ter maior ou menor prestígio, que está sempre relacionado ao prestígio que têm seus falantes no meio social. Por esse motivo, o desconhecimento da norma de prestígio pode limitar a ascensão social e isso fundamenta o posicionamento da linguística sobre o ensino da língua.
Não há caos linguístico, nenhuma língua já foi ou pode ser corrompida ou assassinada, ou fica ameaçada quando faz empréstimos. Independentemente da variedade que usa, o falante fala segundo regras gramaticais estritas. Os falantes do português brasileiro fazem o plural de "o livro" de duas maneiras: uma formal: os livros; outra informal: os livro. Mas certamente não se ouve "o livros". Assim também, não se pronuncia mais o "r" final de verbos no infinitivo, mas não se deixa de pronunciar (não de forma generalizada, pelo menos) o "r" final de substantivos. Qualquer falante, culto ou não, pode dizer (e diz) "comprá" para "comprar", mas apenas algumas variedades diriam "dô" para "dor". Estas últimas são estigmatizadas socialmente, porque remetem a falantes de baixa extração social. Falamos obedecendo a regras. E a escola precisa ensinar que, apesar de falarmos "comprá" precisamos escrever "comprar". Assim, o trabalho da linguística tem repercussão no ensino.
Por outro lado, entendemos que o ensino de língua materna não tem sido bem sucedido, mas isso não se deve às questões apontadas. Esse tópico demandaria discussão mais profunda, que não cabe aqui.
Por fim, é importante esclarecer que o uso de formas linguísticas de menor prestígio não é indício de ignorância ou de outro atributo que queiramos impingir aos que falam desse ou daquele modo. A ignorância não está ligada às formas de falar ou ao nível de letramento. Aliás, pudemos comprovar isso por meio desse debate que se instaurou em relação ao ensino de língua e à variedade linguística.
Associação Brasileira de Linguística - Diretoria biênio 2009-2011
Sei lá Tulio. Não é bom ver o rendimeto médio dos alunos daqui atrás dos da Colombia, México, Russia, Chile, Tailândia, Emirados Arabes, Turquia e outros países em desenvolvimento.Túlio escreveu:Mas vou roubar a fala do PRICK: os critérios adotados acima pouco dizem da realidade de um País, a meu ver. A Finlândia está em terceiro lugar, tri. Não obstante, sua população, que tem poder aquisitivo médio bem superior à média Brasileira, é menor que 3% da nossa. Comparemos então a educação de todos os alunos Finlandeses com 3% dos alunos Brasileiros masss...do andar DE CIMA! Aqueles que têm pais com disponibilidade financeira para disponibilizar-lhes o acesso às melhores escolas e a excelente alimentação e lazer. Será que eles ainda nos ganham?
E considerando também que os 3% daqui frequentam escolas particulares e os 100% de la frequentam escolas públicas?Túlio escreveu:Mas vou roubar a fala do PRICK: os critérios adotados acima pouco dizem da realidade de um País, a meu ver. A Finlândia está em terceiro lugar, tri. Não obstante, sua população, que tem poder aquisitivo médio bem superior à média Brasileira, é menor que 3% da nossa. Comparemos então a educação de todos os alunos Finlandeses com 3% dos alunos Brasileiros masss...do andar DE CIMA! Aqueles que têm pais com disponibilidade financeira para disponibilizar-lhes o acesso às melhores escolas e a excelente alimentação e lazer. Será que eles ainda nos ganham?
Pra quê? O Banco Mundial entre outros em tempos de vacas magras começou a criar dificuldades para emprestar ao Brasil por causa dos indices educacionais entre outros problemas que se analisa na época. O brasileiro, criativamente, melhorou os indices sem gastar um tostão a mais até piorou o ensino.Pablo Maica escreveu:O problema é que aqui no Brasil não ha interesse nenhum em melhorar a educação.
Ha sim um desespero latente por melhorar os indices nos rankings da onu, unicef, unesco.
E pra isso ao invez de investirem nos professores e na educação, estão acabando que o pouco que sobrava dela.
Meu pai é professor ha 30 anos. E hoje em dia ele é proibido de reprovar um aluno. PROIBIDO! Por mais desinteressado e desleixado que este seja. Isso sob o pretexto de que se ele reprovar um aluno ele vai perder o interesse pelo estudo (como se o mesmo tivesse algum).
Mas na verdade é apenas um meio de diminuir os numeros de reprovações e da pior forma possivel tapar o sol com a peneira. Pra subir no ranking.
Agora querem até inventar que não existe certo ou errado no português. Que a escrita é subjetiva. Parece brincadeira.
Fora o que se faz hoje nas faculdades. Jogam gente de pá para dentro.
O negócio é gerar numeros pra subir nesses rankings. Melhorar a educação e investir nela... pra que?
Um abraço e t+
Marcelo neste fim de semana eu parei pra da uma lida em alguns blogs de especialistas e realmente como tu disse acho que nem o livro todo, mas o capitulo foi utilizado de maneira a manipular a opinião pública.marcelo bahia escreveu:Pablo,Pablo Maica escreveu:Agora querem até inventar que não existe certo ou errado no português. Que a escrita é subjetiva. Parece brincadeira.
Acho que você está sendo injusto. Acho que o livro foi mal interpretado pela imprensa. A professora da Ação Educativa (autora do livro didático do MEC) afirma num dos capítulos que determinadas linguagens utilizadas pelos jovens, a linguagem coloquial, é usada de forma a transgredir e não respeitar a norma culta. A partir disso, ela ensina técnicas para que os alunos acostumados à informalidade de algumas "tribos", como os surfistas, "MSNistas", etc, possam "traduzir" esse vocabulário para a linguagem formal. Ela ensina como utilizar a informalidade para didaticamente se aprender a norma culta. Isso é muito diferente de eliminar o rigor da gramática. O aluno tem que ser capaz de distinguir a linguagem coloquial da linguagem formal.
Eu, por exemplo, não utilizo entre meus colegas surfistas o mesmo código linguístico que emprego na minha profissão. Até seria discriminado, se assim o fizesse.
Não sou advogado de defesa dela, mas acho que uma pessoa com a experiência que ela tem não é uma pessoa estúpida.
Abraço.