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Crise política econômica em Portugal
Enviado: Ter Mar 29, 2011 4:31 pm
por wagnerm25
Cabral se revira no túmulo. Brasil anexará Portugal?
Dilma chega a Portugal e diz que Brasil pode ajudar país economicamente.
http://blogs.estadao.com.br/radar-polit ... micamente/
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Ter Mar 29, 2011 5:42 pm
por Bourne
Portugal estará para o Brasil como Grã-Bretanha para os EUA.
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Ter Mar 29, 2011 10:55 pm
por Carlos Mathias
Quem diria, hein?
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 6:15 am
por cabeça de martelo
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 9:00 am
por wagnerm25
Mas agora não é mais rendimento a fundo perdido, Cabeça. O Dilmão vai cobrar juros!!!!
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 9:46 am
por LeandroGCard
wagnerm25 escreveu:Mas agora não é mais rendimento a fundo perdido, Cabeça. O Dilmão vai cobrar juros!!!!
O governo brasileiro jamais cobra juros. Ele PAGA!.
Leandro G. Card
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 10:16 am
por tflash
A compra de dívida pública é uma medida que viria atrasar ou evitar um pedido de ajuda. neste momento Portugal está a sofrer uma ofensiva especulativa com a ajuda das agências de rating. A Grã-Bretanha está numa situação semelhante, com valores mais altos e ninguém fala deles.
Não esquecer que nós estamos a pagar juros mais altos do que certos países onde não se sai à rua sem a AK-47. Tudo bem que sou suspeito mas, na m inha opinião, quem compra dívida portuguesa com esses juros faz um negócio excelente. Apesar dos juros serem oito por cento, o risco é inexistente já que um pedido de ajuda à comunidade europeia não implica o fim do pagamento de juros.
O que Portugal precisa mesmo do Brasil são duas coisas. Um maior equilíbrio da balança comercial. Nós compramos mais produtos vossos do que vocês compram nossos e mais empresas brasileiras em Portugal. Esse é o tipo de ajuda em que os dois lados lucram, como foi a ida das empresas portuguesas para o Brasil, nos anos 90.
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 1:42 pm
por Vitor
tflash escreveu:A compra de dívida pública é uma medida que viria atrasar ou evitar um pedido de ajuda. neste momento Portugal está a sofrer uma ofensiva especulativa com a ajuda das agências de rating. A Grã-Bretanha está numa situação semelhante, com valores mais altos e ninguém fala deles.
Não esquecer que nós estamos a pagar juros mais altos do que certos países onde não se sai à rua sem a AK-47. Tudo bem que sou suspeito mas, na m inha opinião, quem compra dívida portuguesa com esses juros faz um negócio excelente. Apesar dos juros serem oito por cento, o risco é inexistente já que um pedido de ajuda à comunidade europeia não implica o fim do pagamento de juros.
O que Portugal precisa mesmo do Brasil são duas coisas. Um maior equilíbrio da balança comercial. Nós compramos mais produtos vossos do que vocês compram nossos e mais empresas brasileiras em Portugal. Esse é o tipo de ajuda em que os dois lados lucram, como foi a ida das empresas portuguesas para o Brasil, nos anos 90.
Esse papo de "equilíbrio da balança comercial" é balela. Tenho certeza que você gasta muito mais com seu supermercado local do que ele compra coisas de você, mas mesmo assim você não está arruinado por esse "desequilíbrio".
A questão é que a capacidade que alguém tem de consumir é proporcional a que tem de produzir, você pode gastar no supermercado porque antes ganhou dinheiro. A medida que você gasta mais do que arrecada no total, você terá menos dinheiro e não poderá consumir tanto, logo você é estimulado "retribuir" o seu consumo excessivo consumindo menos e produzindo mais.
O problema que os governos dificilmente deixam esse requilíbrio acontecer porque é meio desagradável para a popularidade do governo, aí começa a emitir títulos de dívida e tal para tentar sustentar o insustentável.
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 1:58 pm
por DELTA22
30/03/2011 - 12h06
Jornais portugueses dão como certa ajuda financeira do Brasil
LUISA BELCHIOR
EM LISBOA
Os jornais portugueses dão como certa o socorro financeiro do governo brasileiro a Portugal, que passa por uma crise econômica e tem que amortizar, até dia 11 de abril, 4.500 milhões de euros de sua dívida pública que, segundo o jornal "Público", o governo não dispõe em caixa.
A publicação afirma na manchete principal de sua edição desta quarta-feira afirma que o "Brasil [está] disponível para comprar dívida portuguesa". Dá ainda como certa "a intervenção do governo de Brasília na resolução dos problemas financeiros portugueses".
No "Diário de Notícias", o destaque é para a "garantia" dada por Dilma para ajudar Portugal no que for possível.
A visita de Lula e sua sucessora era uma vista pelo governo português como uma oportunidade de atrair investimentos, ainda que indiretos, do Brasil. Na noite de segunda-feira, Dilma tinha um jantar programado com o premiê Sócrates para discutir negócios entre os dois países, como a possível contratação de engenheiros e arquitetos de Portugal, como a Folha já havia noticiado.
O encontro foi cancelado, o que adiou a expectativa do governo português de fechar parcerias apenas para a cúpula Brasil-Portugal, que acontece no fim do ano, depois do prazo que o governo português tem para saldar sua dívida.
ENTRAVE
Apesar de se mostrar disponível para socorrer Portugal, a presidente Dilma Rousseff colocou um interposto na ajuda: ela quer obedecer à regra do Banco Central de só comprar títulos AAA. Na terça-feira, a agência de risco Standard and Poor´s rebaixou a nota de Portugal para BBB-, um ponto acima do "lixo", segundo classificaram os jornais e televisões portugueses.
De qualquer maneira, o prêmie José Sócrates voltou a afirma, na manhã desta quarta-fera, que "o governo não tem nenhuma intenção de pedir ajuda exterior". A presidente brasileira afirmou que, até agora, não foi procurada oficialmente pelo governo de Portugal sobre o eventual socorro à economia do país.
Nesta quarta-feira, tanto a presidente brasileira Dilma Rousseff e o português Cavaco Silva, que foram assistir à cerimônia de concessão do título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra ao ex-presidente Lula, não quiseram comentar o assunto na chegada ao evento.
Além de Lula, os ex-presidentes brasileiros Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, José Sarney e Fernando Henrique Cardoso já foram homenageados pela mesma universidade.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8959 ... asil.shtml
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 2:02 pm
por cabeça de martelo
wagnerm25 escreveu:
Mas agora não é mais rendimento a fundo perdido, Cabeça. O Dilmão vai cobrar juros!!!!
Também no passado o era, só que agora vai haver um contracto assinado. Se o estado fizer o que eu faço não há problema, pago tudo a tempo e a horas. Para dizer a verdade a Segurança Social demorou quase 3 meses até regularizar os pagamentos à minha mulher relativo à baixa por gravidez de risco, já a mim pagou no próprio mês. Depende de quem é...
Dúvido que os Chineses comprassem a dívida soberana Portuguesa se não achassem que havia uma séria possibilidade que não pagassemos. E eles compraram...
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 2:22 pm
por tflash
Vitor escreveu:tflash escreveu:A compra de dívida pública é uma medida que viria atrasar ou evitar um pedido de ajuda. neste momento Portugal está a sofrer uma ofensiva especulativa com a ajuda das agências de rating. A Grã-Bretanha está numa situação semelhante, com valores mais altos e ninguém fala deles.
Não esquecer que nós estamos a pagar juros mais altos do que certos países onde não se sai à rua sem a AK-47. Tudo bem que sou suspeito mas, na m inha opinião, quem compra dívida portuguesa com esses juros faz um negócio excelente. Apesar dos juros serem oito por cento, o risco é inexistente já que um pedido de ajuda à comunidade europeia não implica o fim do pagamento de juros.
O que Portugal precisa mesmo do Brasil são duas coisas. Um maior equilíbrio da balança comercial. Nós compramos mais produtos vossos do que vocês compram nossos e mais empresas brasileiras em Portugal. Esse é o tipo de ajuda em que os dois lados lucram, como foi a ida das empresas portuguesas para o Brasil, nos anos 90.
Esse papo de "equilíbrio da balança comercial" é balela. Tenho certeza que você gasta muito mais com seu supermercado local do que ele compra coisas de você, mas mesmo assim você não está arruinado por esse "desequilíbrio".
A questão é que a capacidade que alguém tem de consumir é proporcional a que tem de produzir, você pode gastar no supermercado porque antes ganhou dinheiro. A medida que você gasta mais do que arrecada no total, você terá menos dinheiro e não poderá consumir tanto, logo você é estimulado "retribuir" o seu consumo excessivo consumindo menos e produzindo mais.
O problema que os governos dificilmente deixam esse requilíbrio acontecer porque é meio desagradável para a popularidade do governo, aí começa a emitir títulos de dívida e tal para tentar sustentar o insustentável.
Não era por aí que eu estava a ir. Estou a falar nas importações de produtos brasileiros por parte de Portugal e vice-versa em que Portugal importa mais do Brasil do que exporta para aí.
Em estados com economias abertas como os os nossos países, os governos não tem muito a dizer, é algo entre empresas e consumidores e resolve-se com as empresas portuguesas a promover os produtos no Brasil.
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 2:26 pm
por prp
Isso é bobeira, só quem dá calote é os argentinos.
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 4:45 pm
por irlan
Como se calcula quanto o Brasil irá comprar da dívida portuguesa?, em porcentos?
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 6:33 pm
por Vitor
tflash escreveu:Vitor escreveu:
Esse papo de "equilíbrio da balança comercial" é balela. Tenho certeza que você gasta muito mais com seu supermercado local do que ele compra coisas de você, mas mesmo assim você não está arruinado por esse "desequilíbrio".
A questão é que a capacidade que alguém tem de consumir é proporcional a que tem de produzir, você pode gastar no supermercado porque antes ganhou dinheiro. A medida que você gasta mais do que arrecada no total, você terá menos dinheiro e não poderá consumir tanto, logo você é estimulado "retribuir" o seu consumo excessivo consumindo menos e produzindo mais.
O problema que os governos dificilmente deixam esse requilíbrio acontecer porque é meio desagradável para a popularidade do governo, aí começa a emitir títulos de dívida e tal para tentar sustentar o insustentável.
Não era por aí que eu estava a ir. Estou a falar nas importações de produtos brasileiros por parte de Portugal e vice-versa em que Portugal importa mais do Brasil do que exporta para aí.
Em estados com economias abertas como os os nossos países, os governos não tem muito a dizer, é algo entre empresas e consumidores e resolve-se com as empresas portuguesas a promover os produtos no Brasil.
Se Manuel (Portugual) compra mais de João (Brasil) de que João compra de Manuel, só há 2 cenários possíveis sem maracutaia.
Ou Manuel consegue vender mais para outras partes de modo que permite que ele tenha esse "defícit" com João, ou Manuel chegaria a um ponto de não ter mais condições de importar de João, mas João acumulou um dinheiro que o permite continuar comprando de Manuel, só cabe a Manuel consumir menos do que produz para compensar o período em que consumia mais do produzia.
Mas o o que ocorre entre estados é que o dinheiro nunca acaba, já que sempre pode-se imprimir mais, vender títulos de dívidas e outras coisas enrolações.
Mas esqueça coletivos abstratos como nação, linhas imaginárias chamadas fronteiras. O que realmente existe são pessoas/indivíduos fazendo trocas, nada impede que um cidadão português tenha um superávit enquanto outro tenha um déficit. Quem consume mais por um período vai ter que compensar depois consumindo menos, e quem poupa vai poder usufruir de um maior consumo no futuro.
E dizer que a economia do Brasil e Portugal são abertas é uma piada de muito mal gosto.
Re: Crise política econômica em Portugal
Enviado: Qua Mar 30, 2011 8:27 pm
por tflash
Amigo Vitor. Acho que ainda não estamos a falar da mesma coisa.
O que acontece neste momento é que as empresas/consumidores portugueses compram mais produtos brasileiros do que os brasileiros compram produtos portugueses. Não é nada de prejudicial ou vantajoso, desde que nós exportemos os nossos produtos para outro lado. O que acontece é que temos um deficit de exportações e na relação comercial com o Brasil, as exportações portuguesas estão muito aquém do que seria desejável.
O governo brasileiro não pode ou não deve fazer um decreto onde obrigue cada cidadão brasileiro a comprar um produto português por mês para ajudar a economia de Portugal. Cabe sim às empresas portuguesas, não estarem à espera do governo lhes entregar contratos de bandeja e meterem-se num avião para promover produtos que possam interessar ao público brasileiro.
Portugal exporta basicamente produtos alimentares que apelam à nostalgia do emigrante e do luso descendente, vinhos e pouco mais mas tem muito mais para oferecer.
Ora, fora aquilo que nos é especifico como o vinho do porto, azeite, cortiça, etc., temos que começar a exportar outras coisas e é aí que se pode equilibrar a tal balança. Muita empresa brasileira está a fazer o mesmo cá. A minha esposa foi comprar roupa a uma loja que viemos a descobrir era uma marca brasileira de roupa feminina premium e tudo o que eles vendiam era feito no Brasil (até as empregadas eram brasileiras) Não é uma coisa a que eu associasse o Brasil. O produto brasileiro que eu comprava mais era fruta tropical.
A industria portuguesa tem que fazer a mesma coisa. Se existir algum apoio do governo brasileiro, óptimo, mas deve ser algo a partir da livre iniciativa das empresas.
Quando eu falo em economias abertas, estou a falar de economias que interagem com o exterior com a predominância da iniciativa privada. Apesar da taxação de artigos importados nos dois lados, existe ainda muita margem de manobra.