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Instituições Confiáveis
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Forças Armadas é a instituição mais digna de confiança
Para ICJBrasil Forças Armadas é a instituição em que a população mais confia
A Justiça está entre as mais mal avaliadas, ganhando apenas de partidos políticos e do Congresso Nacional.
Com 63% de respostas positivas, as Forças Armadas é a instituição mais digna de confiança por parte da população, segundo o Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (DIREITO GV).
A sondagem procurou saber como estava a popularidade do Judiciário frente a outras instituições e constatou que a sua posição não é confortável. Com apenas 33% das respostas, o Judiciário ganha apenas do Congresso Nacional (28%) e dos partidos políticos, quando se pergunta se os entrevistados confiam ou não nas instituições. As outras respostas foram: grandes empresas (54%), Governo Federal (43%), emissoras de TV (42%), imprensa escrita (41%), Polícia (38%) e Igreja Católica (34%).
Essa pergunta específica marca o primeiro aniversário do ICJBrasil, uma iniciativa da DIREITO GV para mensurar o grau de confiança no Judiciário e como anda a utilização das instituições da Justiça, pela população, para a reivindicação de direitos e busca por soluções de controvérsias.
O ICJBrasil do segundo semestre de 2010 foi de 4,4 pontos, em uma escala de 0 a 10. O índice é formado pelos subíndices de comportamento e percepção, sendo que o segundo cravou uma nota 6,4 e o primeiro, 3,5 pontos, sempre em uma escala de 0 a 10.
O Rio Grande do Sul foi o Estado que registrou maior confiança no Judiciário, com 4,6 pontos, seguido por Pernambuco, com 4,5. Empatados, com 4,4 pontos, vieram Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Logo em seguida, com 4,3 pontos, encontra-se a Bahia e o Estado que menos confia nas instituições da Justiça, com 4,1 pontos, foi o Distrito Federal.
O primeiro aniversário do ICJBrasil foi marcado por algumas mudanças, visando o aprimoramento das informações levantadas pela sondagem. A mais importante é que, a partir do segundo trimestre, a avaliação deixou de se restringir às regiões metropolitanas e avançou pelo interior.
“Desta forma. buscamos também verificar qual é o sentimento da população pelo interior do país, o que permitirá, em um futuro próximo, traçar uma comparação entre as necessidades das grandes capitais e do interior, que certamente são distintas”, explica Luciana Gross Cunha, coordenadora do ICJBrasil.
O resultado foi uma desconfiança um pouco maior em relação à Justiça da população que vive no interior. Enquanto o ICJ dos habitantes das regiões metropolitanas se igualou ao ICJBrasil (4,4 pontos), nas cidades do interior, ele foi a 4,3.
Utilização do Judiciário
Segundo o ICJBrasil, a confiança no Judiciário é maior entre os que nunca utilizaram os seus serviços do que entre os que já utilizaram, e essa confiança aumenta conforme a renda e a escolaridade dos entrevistados. Entre os entrevistados que disseram que já utilizaram o Judiciário para resolver algum conflito, o ICJ é de 4,3 pontos, enquanto entre os entrevistados que disseram que nunca utilizaram o Judiciário, o ICJ é de 4,5 pontos.
Com relação ao futuro do Judiciário, “(…) apesar de todos os problemas e do pouco prestígio de que goza junto à população, a visão do brasileiro é de que o Judiciário de forma geral está melhor hoje do que no passado e a perspectiva é de que tenda a melhorar no futuro”, analisa Luciana Gross Cunha, diante do fato de que 51% dos entrevistados acreditam que o Poder Judiciário melhorou nos últimos 5 anos. Para 70% dos entrevistados, nos próximos 5 anos o Judiciário tende a melhorar.
Segundo o ICJBrasil, a Justiça é percebida pela grande maioria como morosa: 88% dos entrevistados avaliam que o Judiciário resolve os conflitos de forma lenta ou muito lentamente. Para 80% dos entrevistados, a Justiça é cara e 72% responderam que o Judiciário é difícil ou muito difícil de se utilizar.
Outros três problemas apontados são a falta de honestidade: 61% dos entrevistados não consideram o Judiciário honesto; a parcialidade: 60% disseram que o Judiciário não é independente; e incompetência: 54% da população entrevistada não considera o Judiciário competente para resolver conflitos.
ICJBrasil por renda
Os entrevistados com renda inferior a 2 salários mínimos e os que recebem entre 4 e até 12 salários mínimos tiveram um ICJ de 4,4 pontos, enquanto os que recebem mais de 2 salários mínimos e até 4 salários mínimos e os que ganham acima de 12 salários mínimos tiveram um ICJ de 4,3 pontos.
ICJBrasil por escolaridade
Em relação à escolaridade, os respondentes com colegial incompleto são os que menos confiam na Justiça, com 4,3 pontos. Todas as outras categorias apresentaram ICJ de 4,4 pontos.
Sobre o ICJBrasil
O ICJBrasil começou a ser mensurado no segundo trimestre de 2009 pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito GV). O índice é composto por dois subíndices: o de percepção avalia a opinião dos respondentes a respeito do Judiciário nos seguintes aspectos: confiança, tempo de solução de conflitos, competência para a solução de conflitos, custos de acesso ao Judiciário, facilidade de uso do Judiciário, honestidade, independência, um panorama dos últimos 5 anos e a perspectiva para os próximos 5 anos.
O subíndice de comportamento procura saber se, em situações hipotéticas, o cidadão recorreria à justiça. Foram excluídas propositadamente situações onde o Estado é obrigado a atuar no caso, como, por exemplo, crimes.
Foram entrevistados 1.550 pessoas de 7 Estados (Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro) durante os meses de abril, maio e junho de 2010. Esses Estados representam 60% da população brasileira, segundo dados do Censo de 2000 do IBGE.
Forças Armadas é a instituição mais digna de confiança
Para ICJBrasil Forças Armadas é a instituição em que a população mais confia
A Justiça está entre as mais mal avaliadas, ganhando apenas de partidos políticos e do Congresso Nacional.
Com 63% de respostas positivas, as Forças Armadas é a instituição mais digna de confiança por parte da população, segundo o Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (DIREITO GV).
A sondagem procurou saber como estava a popularidade do Judiciário frente a outras instituições e constatou que a sua posição não é confortável. Com apenas 33% das respostas, o Judiciário ganha apenas do Congresso Nacional (28%) e dos partidos políticos, quando se pergunta se os entrevistados confiam ou não nas instituições. As outras respostas foram: grandes empresas (54%), Governo Federal (43%), emissoras de TV (42%), imprensa escrita (41%), Polícia (38%) e Igreja Católica (34%).
Essa pergunta específica marca o primeiro aniversário do ICJBrasil, uma iniciativa da DIREITO GV para mensurar o grau de confiança no Judiciário e como anda a utilização das instituições da Justiça, pela população, para a reivindicação de direitos e busca por soluções de controvérsias.
O ICJBrasil do segundo semestre de 2010 foi de 4,4 pontos, em uma escala de 0 a 10. O índice é formado pelos subíndices de comportamento e percepção, sendo que o segundo cravou uma nota 6,4 e o primeiro, 3,5 pontos, sempre em uma escala de 0 a 10.
O Rio Grande do Sul foi o Estado que registrou maior confiança no Judiciário, com 4,6 pontos, seguido por Pernambuco, com 4,5. Empatados, com 4,4 pontos, vieram Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Logo em seguida, com 4,3 pontos, encontra-se a Bahia e o Estado que menos confia nas instituições da Justiça, com 4,1 pontos, foi o Distrito Federal.
O primeiro aniversário do ICJBrasil foi marcado por algumas mudanças, visando o aprimoramento das informações levantadas pela sondagem. A mais importante é que, a partir do segundo trimestre, a avaliação deixou de se restringir às regiões metropolitanas e avançou pelo interior.
“Desta forma. buscamos também verificar qual é o sentimento da população pelo interior do país, o que permitirá, em um futuro próximo, traçar uma comparação entre as necessidades das grandes capitais e do interior, que certamente são distintas”, explica Luciana Gross Cunha, coordenadora do ICJBrasil.
O resultado foi uma desconfiança um pouco maior em relação à Justiça da população que vive no interior. Enquanto o ICJ dos habitantes das regiões metropolitanas se igualou ao ICJBrasil (4,4 pontos), nas cidades do interior, ele foi a 4,3.
Utilização do Judiciário
Segundo o ICJBrasil, a confiança no Judiciário é maior entre os que nunca utilizaram os seus serviços do que entre os que já utilizaram, e essa confiança aumenta conforme a renda e a escolaridade dos entrevistados. Entre os entrevistados que disseram que já utilizaram o Judiciário para resolver algum conflito, o ICJ é de 4,3 pontos, enquanto entre os entrevistados que disseram que nunca utilizaram o Judiciário, o ICJ é de 4,5 pontos.
Com relação ao futuro do Judiciário, “(…) apesar de todos os problemas e do pouco prestígio de que goza junto à população, a visão do brasileiro é de que o Judiciário de forma geral está melhor hoje do que no passado e a perspectiva é de que tenda a melhorar no futuro”, analisa Luciana Gross Cunha, diante do fato de que 51% dos entrevistados acreditam que o Poder Judiciário melhorou nos últimos 5 anos. Para 70% dos entrevistados, nos próximos 5 anos o Judiciário tende a melhorar.
Segundo o ICJBrasil, a Justiça é percebida pela grande maioria como morosa: 88% dos entrevistados avaliam que o Judiciário resolve os conflitos de forma lenta ou muito lentamente. Para 80% dos entrevistados, a Justiça é cara e 72% responderam que o Judiciário é difícil ou muito difícil de se utilizar.
Outros três problemas apontados são a falta de honestidade: 61% dos entrevistados não consideram o Judiciário honesto; a parcialidade: 60% disseram que o Judiciário não é independente; e incompetência: 54% da população entrevistada não considera o Judiciário competente para resolver conflitos.
ICJBrasil por renda
Os entrevistados com renda inferior a 2 salários mínimos e os que recebem entre 4 e até 12 salários mínimos tiveram um ICJ de 4,4 pontos, enquanto os que recebem mais de 2 salários mínimos e até 4 salários mínimos e os que ganham acima de 12 salários mínimos tiveram um ICJ de 4,3 pontos.
ICJBrasil por escolaridade
Em relação à escolaridade, os respondentes com colegial incompleto são os que menos confiam na Justiça, com 4,3 pontos. Todas as outras categorias apresentaram ICJ de 4,4 pontos.
Sobre o ICJBrasil
O ICJBrasil começou a ser mensurado no segundo trimestre de 2009 pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito GV). O índice é composto por dois subíndices: o de percepção avalia a opinião dos respondentes a respeito do Judiciário nos seguintes aspectos: confiança, tempo de solução de conflitos, competência para a solução de conflitos, custos de acesso ao Judiciário, facilidade de uso do Judiciário, honestidade, independência, um panorama dos últimos 5 anos e a perspectiva para os próximos 5 anos.
O subíndice de comportamento procura saber se, em situações hipotéticas, o cidadão recorreria à justiça. Foram excluídas propositadamente situações onde o Estado é obrigado a atuar no caso, como, por exemplo, crimes.
Foram entrevistados 1.550 pessoas de 7 Estados (Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro) durante os meses de abril, maio e junho de 2010. Esses Estados representam 60% da população brasileira, segundo dados do Censo de 2000 do IBGE.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Instituições Confiáveis
Defesa monta esquema de guerra para chegar a eleitores da Amazônia
Operação em regiões remotas terá apoio de aviões militares de carga, helicópteros e barcos com soldados armados
Roberto Godoy
O seringueiro Adelino Cavalcanti, um paraense que já morou em Santos, foi auxiliar de cozinha da Marinha Mercante e voltou para a Amazônia há 13 anos, vai votar para presidente da República pela quarta vez, "mas só porque a Força Aérea traz a urna até Silves, onde a Marinha pega a carga para levar até o Lago do Igarapé Açu", como contou ao Estado pelo telefone satelital da missão metodista de Altamira.
Adelino liderou o movimento para que uma comunidade de 25 famílias que vive no sistema de lagos formado pelos Rios Itabani, Igarapé Grosso, Urubu e Açu recebesse facilidades para a votação desde 1998. "Tinha 105 eleitores registrados. Agora, são só 75. Muita gente foi embora por causa da seca", diz. Ainda assim, haverá eleição no vilarejo construído sobre pilotis. Militares vão levar hoje os equipamentos e o pessoal de apoio até o local. Adelino, 60 anos e três filhos pequenos, é o encarregado das providências prévias. "Não é muita coisa: é um gerador, um alojamento e a chamada do povo."
949 horas no ar.
Para transportar a máquina eleitoral até áreas de acesso difícil como o Igarapé Açu, no meio da Amazônia, dentro de Altamira, o maior município do mundo, com 161.445 km², quase o tamanho do Uruguai, as Forças Armadas montaram uma enorme operação.
O Comando da Aeronáutica é a principal plataforma do esquema que envolve Marinha e Exército. De acordo com o plano original, o deslocamento de 73 toneladas de carga vai exigir entre 949 e mil horas de voo. São 1.760 funcionários dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), 495 urnas, cabines, documentação, kit para a transmissão eletrônica de dados, kit de apuração dos resultados, baterias de longa duração e centenas de discos de gravação.
A Força Aérea mobilizou sete diferentes tipos de aviões e helicópteros de sete esquadrões diferentes. A frota é formada por modelos como o C-95 Bandeirante, o C-97 Brasília, o C-98 Caravan, e o grande C-105 Amazonas, todos turboélices de carga e transporte de pessoal. O helicóptero pesado H-60 Blackhawk, e o médio H-1H, cobrirão as áreas onde não há pistas de pouso - aldeias e postos avançados principalmente. "No Acre, ao menos dez localidades não teriam como participar da eleição sem o apoio logístico das Forças Armadas", acredita o juiz Maydano Fernandes, do TRE do Acre.
A FAB vai levar urnas para pontos como Marechal Thaumaturgo, 13 mil habitantes, a 600 quilômetros de distância da capital, Rio Branco, e Santa Rosa do Purus, a 300 km, mas sem comunicação por rodovia, "e agora com a rede fluvial comprometida pela seca", explica Maydano. Haverá ao menos uma missão glamourosa: um C-95 Bandeirante seguiu para Fernando de Noronha, um arquipélago de 21 ilhas e 26 km², onde votam 1.200 eleitores.
Salas de situação.
A operação está sendo coordenada a partir de duas salas de situação, ambas em Brasília: a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a do Ministério da Defesa. As unidades são equipadas com recursos de comunicações digitais por satélite e recebem dados em tempo real enviados por diversas fontes. "O objetivo é dar velocidade ao processo de decisão", explica o ministro Nelson Jobim.
Na instalação da Defesa só entra quem usa um cartão codificado. O acesso é feito pelo gabinete do ministro. A longa mesa é cercada de grandes monitores de cristal líquido, computadores e radiotransmissores invioláveis. Sentam-se ali oficiais dos três comandos, operadores dos sistemas e técnicos dos setores implicados na operação.
Esse time está monitorando o trabalho do efetivo do Comando do Exército em 365 municípios de 11 Estados e localidades onde as tropas vão garantir a preservação da lei e da ordem. Pacote fechado: cada grupo leva sua própria infraestrutura - helicópteros, barracas, caminhões, geradores, rações e medicamentos.
A Marinha vai ao Pará, Maranhão, Santa Catarina e Amazonas. Nos rios da Região Norte, a preocupação é com o transporte ilegal. A força naval mobilizou uma pequena frota de lanchas, eventualmente armadas.
Operação em regiões remotas terá apoio de aviões militares de carga, helicópteros e barcos com soldados armados
Roberto Godoy
O seringueiro Adelino Cavalcanti, um paraense que já morou em Santos, foi auxiliar de cozinha da Marinha Mercante e voltou para a Amazônia há 13 anos, vai votar para presidente da República pela quarta vez, "mas só porque a Força Aérea traz a urna até Silves, onde a Marinha pega a carga para levar até o Lago do Igarapé Açu", como contou ao Estado pelo telefone satelital da missão metodista de Altamira.
Adelino liderou o movimento para que uma comunidade de 25 famílias que vive no sistema de lagos formado pelos Rios Itabani, Igarapé Grosso, Urubu e Açu recebesse facilidades para a votação desde 1998. "Tinha 105 eleitores registrados. Agora, são só 75. Muita gente foi embora por causa da seca", diz. Ainda assim, haverá eleição no vilarejo construído sobre pilotis. Militares vão levar hoje os equipamentos e o pessoal de apoio até o local. Adelino, 60 anos e três filhos pequenos, é o encarregado das providências prévias. "Não é muita coisa: é um gerador, um alojamento e a chamada do povo."
949 horas no ar.
Para transportar a máquina eleitoral até áreas de acesso difícil como o Igarapé Açu, no meio da Amazônia, dentro de Altamira, o maior município do mundo, com 161.445 km², quase o tamanho do Uruguai, as Forças Armadas montaram uma enorme operação.
O Comando da Aeronáutica é a principal plataforma do esquema que envolve Marinha e Exército. De acordo com o plano original, o deslocamento de 73 toneladas de carga vai exigir entre 949 e mil horas de voo. São 1.760 funcionários dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), 495 urnas, cabines, documentação, kit para a transmissão eletrônica de dados, kit de apuração dos resultados, baterias de longa duração e centenas de discos de gravação.
A Força Aérea mobilizou sete diferentes tipos de aviões e helicópteros de sete esquadrões diferentes. A frota é formada por modelos como o C-95 Bandeirante, o C-97 Brasília, o C-98 Caravan, e o grande C-105 Amazonas, todos turboélices de carga e transporte de pessoal. O helicóptero pesado H-60 Blackhawk, e o médio H-1H, cobrirão as áreas onde não há pistas de pouso - aldeias e postos avançados principalmente. "No Acre, ao menos dez localidades não teriam como participar da eleição sem o apoio logístico das Forças Armadas", acredita o juiz Maydano Fernandes, do TRE do Acre.
A FAB vai levar urnas para pontos como Marechal Thaumaturgo, 13 mil habitantes, a 600 quilômetros de distância da capital, Rio Branco, e Santa Rosa do Purus, a 300 km, mas sem comunicação por rodovia, "e agora com a rede fluvial comprometida pela seca", explica Maydano. Haverá ao menos uma missão glamourosa: um C-95 Bandeirante seguiu para Fernando de Noronha, um arquipélago de 21 ilhas e 26 km², onde votam 1.200 eleitores.
Salas de situação.
A operação está sendo coordenada a partir de duas salas de situação, ambas em Brasília: a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a do Ministério da Defesa. As unidades são equipadas com recursos de comunicações digitais por satélite e recebem dados em tempo real enviados por diversas fontes. "O objetivo é dar velocidade ao processo de decisão", explica o ministro Nelson Jobim.
Na instalação da Defesa só entra quem usa um cartão codificado. O acesso é feito pelo gabinete do ministro. A longa mesa é cercada de grandes monitores de cristal líquido, computadores e radiotransmissores invioláveis. Sentam-se ali oficiais dos três comandos, operadores dos sistemas e técnicos dos setores implicados na operação.
Esse time está monitorando o trabalho do efetivo do Comando do Exército em 365 municípios de 11 Estados e localidades onde as tropas vão garantir a preservação da lei e da ordem. Pacote fechado: cada grupo leva sua própria infraestrutura - helicópteros, barracas, caminhões, geradores, rações e medicamentos.
A Marinha vai ao Pará, Maranhão, Santa Catarina e Amazonas. Nos rios da Região Norte, a preocupação é com o transporte ilegal. A força naval mobilizou uma pequena frota de lanchas, eventualmente armadas.
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Re: Instituições Confiáveis
Dez mil homens das Forças Armadas ajudam na eleição em todo o Brasil
Para levar 200 urnas eletrônicas a locais onde só as Forças Armadas conseguem chegar, foram usadas 10 lanchas, 11 aeronaves e helicópteros. Os aviões da FAB realizarão 150 horas de voo e transportarão 250 eleitores.
São Paulo - Cerca de 10 mil homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram deslocados hoje para 386 municípios de 23 Estados, para garantir o transporte de urnas eletrônicas a regiões remotas e assegurar a tranquilidade da eleição. Para levar 200 urnas eletrônicas a locais onde somente as Forças Armadas conseguem chegar, foram usadas 10 lanchas, 11 aeronaves e helicópteros. Os aviões da Força Aérea realizarão 150 horas de voo e transportarão cerca de 250 eleitores. A informação é do Ministério da Defesa.
A mobilização militar atende solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Constituição Federal, que estabelecem o emprego das Forças Armadas em Operações de Garantia da Lei e da Ordem por determinação de um dos Poderes. Além de atuarem nas eleições de hoje, as tropas poderão trabalhar nos locais onde houver segundo turno, no dia 31 de outubro.
Para levar 200 urnas eletrônicas a locais onde só as Forças Armadas conseguem chegar, foram usadas 10 lanchas, 11 aeronaves e helicópteros. Os aviões da FAB realizarão 150 horas de voo e transportarão 250 eleitores.
São Paulo - Cerca de 10 mil homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram deslocados hoje para 386 municípios de 23 Estados, para garantir o transporte de urnas eletrônicas a regiões remotas e assegurar a tranquilidade da eleição. Para levar 200 urnas eletrônicas a locais onde somente as Forças Armadas conseguem chegar, foram usadas 10 lanchas, 11 aeronaves e helicópteros. Os aviões da Força Aérea realizarão 150 horas de voo e transportarão cerca de 250 eleitores. A informação é do Ministério da Defesa.
A mobilização militar atende solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na Constituição Federal, que estabelecem o emprego das Forças Armadas em Operações de Garantia da Lei e da Ordem por determinação de um dos Poderes. Além de atuarem nas eleições de hoje, as tropas poderão trabalhar nos locais onde houver segundo turno, no dia 31 de outubro.
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Re: Instituições Confiáveis
Tem um vídeo institucional do EB, que mostra o trabalho de saúde, construção, resgate em calamidades, apoio às autoridades em época de eleição, apoio às prefeituras, e etc.. que dá um orgulho danado de ver. Não sei onde encontrar, deve ter na página do Exército.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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O que ela quer da gente é coragem."
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Re: Instituições Confiáveis
Forças Armadas abrem a trilha para a Olimpíada
Jogos da Paz testam estrutura e tecnologia que serão usadas no Rio em 2016
Damaris Giuliana / TEXTOS e Wilton Junior / FOTOS - O Estado de S.Paulo
O primeiro teste para o Rio como sede da Olimpíada de 2016 será no ano que vem. Segurança, transporte, equipamentos esportivos, rede hoteleira, capacitação de voluntários e o preparo dos nossos atletas serão colocados à prova de 16 a 24 de julho, durante os 5.º Jogos Mundiais Militares ou Jogos da Paz.
O evento vai aproveitar instalações usadas nos Jogos Pan-Americanos de 2007, como o Centro Nacional de Hipismo, o Estádio Olímpico João Havelange, o Ginásio do Maracanãzinho, o Parque Aquático Maria Lenk e áreas militares. Diversos centros esportivos estão em reforma e há também estruturas em construção, caso das três vilas de atletas. O orçamento de R$ 1,164 bilhão inclui a mobilização direta de 30 mil pessoas, considerando voluntários.
A organização afirma que o legado para o Rio vai além da infraestrutura, envolve tecnologia. O Exército está adaptando para a área esportiva um software de "solução de incidentes" criado pela instituição para treinamento militar. Esse processo vai custar cerca de R$ 3 milhões e empenhar um ano e meio de trabalho, de acordo com o coordenador-geral do comitê de planejamento operacional dos 5.º Jogos Mundiais Militares, general de brigada Jamil Megid Júnior.
Segundo ele, o comitê organizador da Olimpíada Rio 2016 acompanha a evolução e poderá aproveitar o programa sem custo porque a patente pertence à União. Por meio de câmeras de monitoramento, aparelhos de GPS e outras tecnologias combinadas, a sala de comando e controle consegue identificar qualquer incidente e o próprio software apresentará em um telão as soluções para não comprometer a organização. "Podemos mudar o trajeto de um ônibus parado no trânsito, atrasar a saída de uma delegação do hotel ou modificar os horários das provas", explica.
As hipóteses são bastante abrangentes. "Se sumir uma chave de vestiário, o programa indica quem tem cópia e qual a viatura mais próxima disponível para buscá-la", exemplifica outro militar. "Se uma região alagar, você tem um ginásio alternativo e toda a logística para mudar a competição."
Megid também comanda a segurança do evento e afirma que pouca coisa mudará em relação ao Pan 2007. "Prosseguimos na parceria com os órgãos de segurança pública. Usaremos R$ 100 milhões para atualizar e fazer a manutenção dos equipamentos."
Futuro do esporte. As Forças Armadas consideram que o maior investimento dessa competição é no esporte nacional. Um convênio entre os Ministérios da Defesa, dos Esportes e o Comitê Olímpico Brasileiro possibilitou a convocação de atletas para equipes do Exército e da Marinha.
O reforço tem uma justificativa: "Nós conquistamos a sede dos 5.º Jogos Mundiais Militares e da Olimpíada de 2016, mas não podemos organizar as competições e só colocar medalha no peito dos outros", afirma o presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, vice-almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa.
"Estudamos os modelos da Itália, França e Alemanha, onde a maioria dos atletas registrados no CISM (Conselho Internacional de Esportes Militares) é de alto rendimento", conta. "Essa é uma tradição especialmente no Leste Europeu e em países da Ásia", diz. "Nós vamos mudar a cara do Brasil nesse quesito."
Segundo ele, o estudo prevê cerca de 350 atletas nas Forças Armadas. Todos os anos, os esportistas serão avaliados por dedicação e resultados em competições internacionais. Os contratos podem ser renovados por até oito anos e outros editais de convocação serão publicados à medida que eles deixarem as instituições.
"Esses atletas também vão trabalhar na descoberta de novos talentos. Vamos usar esse pessoal em clínicas nas nossas escolas de formação", revela Gambôa. "Estão trazendo conhecimento, liderança e experiência para contribuir com o sistema nacional de esportes", avalia.
Carreira acaba com sufoco por patrocínio
Eles são atletas de elite, carregam uma bagagem pesada, cheia de medalhas e reconhecimento internacional. Muitos deles compartilham experiência olímpica, mas, apesar disso, não recebem patrocínio. A sobrevivência no esporte é resultado de talento puro. Agora, dizem ter encontrado a grande oportunidade da carreira: ser militar.
"As pessoas pensam que velejador é rico, mas não é bem assim. Faz 18 anos que minha família paga tudo. É difícil", afirma Juliana Siqueira Senfft, que começou no esporte aos 3 anos de idade. Ela e Martine Soffiatti Grael possuem sobrenomes de gente acostumada a orgulhar o País. As iatistas competem no Match Race Feminino, categoria que será introduzida na Olimpíada de Londres 2012, e participam de uma intensa rotina de treinos na Marinha. "Agora eu tenho técnico", comemora Juliana.
Diferencial. Laisa Elizabeth de Santana, de 22 anos, virou judoca aos 4. Filha e irmã de atletas, é marinheira desde 2008. "Aqui temos médicos, fisioterapeutas, nutricionista, suplementação alimentar, psicólogo, preparador físico", enumera. Para ter direito a essa infraestrutura, Laisa passou por provações. "Eu tive de lavar banheiro, limpar chão, comandar a turma, que é mais difícil que lutar. Eu chorava. Mas a formatura foi emocionante."
Com treinamentos de manhã, à tarde e à noite, no mínimo cinco dias por semana, Laisa conquistou medalhas, virou titular da seleção brasileira e, no começo do ano, assinou contrato com o Flamengo - o edital permite que os atletas treinem também em clubes. Apenas uma atleta da seleção feminina de judô não é militar. Até integrantes da comissão técnica resolveram vestir farda.
A zagueira Tânia Maria Pereira Ribeiro, a Tânia Maranhão, de 36 anos, vestiu a amarelinha por 17. "É a primeira vez que tenho estrutura para treinar o ano inteiro."
Renzo Pasquale Zeglio Agresta, de 25 anos, é o principal esgrimista brasileiro. Treina no Esporte Clube Pinheiros, mas não tem contrato com o clube. "Na Europa, todos os esgrimistas são militares", destaca. "Desde que virei sargento, em novembro, o Exército já me apoiou para participar de três competições internacionais e um treinamento na Itália."
Entre medalhistas militares também estão Vicente Lenilson e Keila Costa (atletismo), Poliana Okimoto e Kaio Marcio (natação), Nathália Falavigna e Diogo Silva (tae-kwon-do).
Jogos da Paz testam estrutura e tecnologia que serão usadas no Rio em 2016
Damaris Giuliana / TEXTOS e Wilton Junior / FOTOS - O Estado de S.Paulo
O primeiro teste para o Rio como sede da Olimpíada de 2016 será no ano que vem. Segurança, transporte, equipamentos esportivos, rede hoteleira, capacitação de voluntários e o preparo dos nossos atletas serão colocados à prova de 16 a 24 de julho, durante os 5.º Jogos Mundiais Militares ou Jogos da Paz.
O evento vai aproveitar instalações usadas nos Jogos Pan-Americanos de 2007, como o Centro Nacional de Hipismo, o Estádio Olímpico João Havelange, o Ginásio do Maracanãzinho, o Parque Aquático Maria Lenk e áreas militares. Diversos centros esportivos estão em reforma e há também estruturas em construção, caso das três vilas de atletas. O orçamento de R$ 1,164 bilhão inclui a mobilização direta de 30 mil pessoas, considerando voluntários.
A organização afirma que o legado para o Rio vai além da infraestrutura, envolve tecnologia. O Exército está adaptando para a área esportiva um software de "solução de incidentes" criado pela instituição para treinamento militar. Esse processo vai custar cerca de R$ 3 milhões e empenhar um ano e meio de trabalho, de acordo com o coordenador-geral do comitê de planejamento operacional dos 5.º Jogos Mundiais Militares, general de brigada Jamil Megid Júnior.
Segundo ele, o comitê organizador da Olimpíada Rio 2016 acompanha a evolução e poderá aproveitar o programa sem custo porque a patente pertence à União. Por meio de câmeras de monitoramento, aparelhos de GPS e outras tecnologias combinadas, a sala de comando e controle consegue identificar qualquer incidente e o próprio software apresentará em um telão as soluções para não comprometer a organização. "Podemos mudar o trajeto de um ônibus parado no trânsito, atrasar a saída de uma delegação do hotel ou modificar os horários das provas", explica.
As hipóteses são bastante abrangentes. "Se sumir uma chave de vestiário, o programa indica quem tem cópia e qual a viatura mais próxima disponível para buscá-la", exemplifica outro militar. "Se uma região alagar, você tem um ginásio alternativo e toda a logística para mudar a competição."
Megid também comanda a segurança do evento e afirma que pouca coisa mudará em relação ao Pan 2007. "Prosseguimos na parceria com os órgãos de segurança pública. Usaremos R$ 100 milhões para atualizar e fazer a manutenção dos equipamentos."
Futuro do esporte. As Forças Armadas consideram que o maior investimento dessa competição é no esporte nacional. Um convênio entre os Ministérios da Defesa, dos Esportes e o Comitê Olímpico Brasileiro possibilitou a convocação de atletas para equipes do Exército e da Marinha.
O reforço tem uma justificativa: "Nós conquistamos a sede dos 5.º Jogos Mundiais Militares e da Olimpíada de 2016, mas não podemos organizar as competições e só colocar medalha no peito dos outros", afirma o presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil, vice-almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa.
"Estudamos os modelos da Itália, França e Alemanha, onde a maioria dos atletas registrados no CISM (Conselho Internacional de Esportes Militares) é de alto rendimento", conta. "Essa é uma tradição especialmente no Leste Europeu e em países da Ásia", diz. "Nós vamos mudar a cara do Brasil nesse quesito."
Segundo ele, o estudo prevê cerca de 350 atletas nas Forças Armadas. Todos os anos, os esportistas serão avaliados por dedicação e resultados em competições internacionais. Os contratos podem ser renovados por até oito anos e outros editais de convocação serão publicados à medida que eles deixarem as instituições.
"Esses atletas também vão trabalhar na descoberta de novos talentos. Vamos usar esse pessoal em clínicas nas nossas escolas de formação", revela Gambôa. "Estão trazendo conhecimento, liderança e experiência para contribuir com o sistema nacional de esportes", avalia.
Carreira acaba com sufoco por patrocínio
Eles são atletas de elite, carregam uma bagagem pesada, cheia de medalhas e reconhecimento internacional. Muitos deles compartilham experiência olímpica, mas, apesar disso, não recebem patrocínio. A sobrevivência no esporte é resultado de talento puro. Agora, dizem ter encontrado a grande oportunidade da carreira: ser militar.
"As pessoas pensam que velejador é rico, mas não é bem assim. Faz 18 anos que minha família paga tudo. É difícil", afirma Juliana Siqueira Senfft, que começou no esporte aos 3 anos de idade. Ela e Martine Soffiatti Grael possuem sobrenomes de gente acostumada a orgulhar o País. As iatistas competem no Match Race Feminino, categoria que será introduzida na Olimpíada de Londres 2012, e participam de uma intensa rotina de treinos na Marinha. "Agora eu tenho técnico", comemora Juliana.
Diferencial. Laisa Elizabeth de Santana, de 22 anos, virou judoca aos 4. Filha e irmã de atletas, é marinheira desde 2008. "Aqui temos médicos, fisioterapeutas, nutricionista, suplementação alimentar, psicólogo, preparador físico", enumera. Para ter direito a essa infraestrutura, Laisa passou por provações. "Eu tive de lavar banheiro, limpar chão, comandar a turma, que é mais difícil que lutar. Eu chorava. Mas a formatura foi emocionante."
Com treinamentos de manhã, à tarde e à noite, no mínimo cinco dias por semana, Laisa conquistou medalhas, virou titular da seleção brasileira e, no começo do ano, assinou contrato com o Flamengo - o edital permite que os atletas treinem também em clubes. Apenas uma atleta da seleção feminina de judô não é militar. Até integrantes da comissão técnica resolveram vestir farda.
A zagueira Tânia Maria Pereira Ribeiro, a Tânia Maranhão, de 36 anos, vestiu a amarelinha por 17. "É a primeira vez que tenho estrutura para treinar o ano inteiro."
Renzo Pasquale Zeglio Agresta, de 25 anos, é o principal esgrimista brasileiro. Treina no Esporte Clube Pinheiros, mas não tem contrato com o clube. "Na Europa, todos os esgrimistas são militares", destaca. "Desde que virei sargento, em novembro, o Exército já me apoiou para participar de três competições internacionais e um treinamento na Itália."
Entre medalhistas militares também estão Vicente Lenilson e Keila Costa (atletismo), Poliana Okimoto e Kaio Marcio (natação), Nathália Falavigna e Diogo Silva (tae-kwon-do).
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Instituições Confiáveis
A serviço da pátria
Ética, responsabilidade e determinação.
Essas devem ser palavras-chaves na rotina de qualquer militar. E quem sonha em entrar nas Forças Armadas do Brasil não pode pensar diferente. Uma das corporações mais procuradas, o Exército exige dos interessados em nele conquistar uma vaga muita dedicação aos estudos e espírito patriótico e desafiador. Promissora, a carreira lá é longa e exige muito mais do que apenas porte físico atlético. As possibilidades de ingresso na Força são diversas. As chances vão desde o alistamento militar obrigatório até os concursos públicos.
E, no caso das seleções via testes de conhecimento, há três portas principais de entrada (veja quadro): a Escola Preparatória de Cadetes (EsPECEx), a Escola de Sargentos das Armas (EsSA) e a Escola de Administração (EsAEx). “A carreira militar no Exército proporciona experiências únicas na vida de quem segue por esse caminho. Além dos excelentes benefícios oferecidos pelo militarismo, os oficiais ainda têm a chance de rodar pelos quatro cantos do país e pelo mundo.Mas, para fazer parte da corporação, é preciso ter obstinação”, frisa Glauco Leyser, professor e proprietário do curso que leva o nome dele, que é especializado em certames das Forças Armadas.
Todas as seleções são abertas para civis e militares.No caso da EsPECEx, que tem provas anuais, os candidatos precisam ser brasileiros natos do sexo masculino, ter até 20 anos e não possuir encargos de família. O certame de 2010 disponibilizou 520 vagas, mas esse número pode variar.Os aprovados são encaminhados para Campinas (SP), onde fazem curso com duração de um ano, em regime de internato. A remuneração líquida nessa fase é de R$ 645,00.
Depois de concluir satisfatoriamente a formação, os alunos podem ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). São mais quatro anos de confinamento, em Resende (RJ), de onde saem graduados em ciências militares e com a patente de aspirantes a oficiais. A partir daí, o caminho fica livre até os postos mais altos do Exército Brasileiro.
Na expectativa
Foi sonhando com esse crescimento profissional que Arthur Rocha, 19 anos, decidiu deixar de lado o vestibular para engenharia mecânica e dedicar-se em tempo integral ao certame da Escola Preparatória de Cadetes. Depois de duas tentativas, a boa notícia. O estudante se saiu bem nas provas feitas em 18 e 19 de setembro e, de acordo com o gabarito oficial, tem nota para passar. Agora, aguarda a correção da redação. “Venho me preparando bem desde o ano passado. A regularidade da carreira e a estabilidade salarial me chamaram a atenção”, conta. “Sou de uma família de militares e isso, naturalmente, contribuiu para que eu tomasse a decisão de seguir no militarismo.
Agora, resta torcer para que tudo dê certo na redação e a aprovação seja confirmada”, ressalta Arthur Rocha.
Para lá e para cá
Para se ter ideia da dinâmica da carreira de um militar, Arthur, por ser filho de um oficial, já precisou se mudar 10 vezes de cidade em apenas 19 anos de vida.
Mas se engana quem pensa que isso é visto como desvantagem por quem sonha com as Forças Armadas. “O militarismo é capaz de proporcionar experiências únicas na vida de qualquer pessoa. Em poucas carreiras você terá a oportunidade de conhecer tantos locais e culturas diferentes.
Fiz amigos por todo o Brasil e me sinto privilegiado por isso”, garante o rapaz.
Mas para chegar lá é preciso muito estudo.
As provas costumam exigir bastante dos candidatos e não adianta ir bem em uma matéria e mal em outra. É preciso ter regularidade. “Com muitas horas de estudo e determinação, é perfeitamente possível alcançar a vaga almejada.Mas só dessa forma. Costumo dizer aos meus alunos para não se preocuparem com a concorrência, pois os maiores adversários deles são eles mesmos”, ressalta Glauco Leyser.
DEPOIMENTO
Meu interesse pelo Exército Brasileiro surgiu quando eu era criança. Tenho um tio que foi militar e que, desde que eu era pequeno, mostrava fotos de quando ele servia na Força. Eram imagens que me chamavam muito a atenção. Os locais que ele visitou pareciam fantásticos. O tempo passou e chegou a hora do meu alistamento. Não pensei duas vezes e aceitei a missão de servir o país como soldado. Em poucos meses, já havia me tornado cabo do Exército. Já fazem três anos que ingressei. Como não fiz nenhum concurso, só posso ficar por sete anos na corporação. E, como não quero parar por aqui, decidi me dedicar também à seleção da Escola de Formação de Sargentos das Armas (EsSa). Posso afirmar que cresci profissionalmente e como pessoa dentro Exército. Hoje, sou mais responsável, mais leal e mais patriota.” Danilo Sousa (cabo Sousa), 22 anos
Ética, responsabilidade e determinação.
Essas devem ser palavras-chaves na rotina de qualquer militar. E quem sonha em entrar nas Forças Armadas do Brasil não pode pensar diferente. Uma das corporações mais procuradas, o Exército exige dos interessados em nele conquistar uma vaga muita dedicação aos estudos e espírito patriótico e desafiador. Promissora, a carreira lá é longa e exige muito mais do que apenas porte físico atlético. As possibilidades de ingresso na Força são diversas. As chances vão desde o alistamento militar obrigatório até os concursos públicos.
E, no caso das seleções via testes de conhecimento, há três portas principais de entrada (veja quadro): a Escola Preparatória de Cadetes (EsPECEx), a Escola de Sargentos das Armas (EsSA) e a Escola de Administração (EsAEx). “A carreira militar no Exército proporciona experiências únicas na vida de quem segue por esse caminho. Além dos excelentes benefícios oferecidos pelo militarismo, os oficiais ainda têm a chance de rodar pelos quatro cantos do país e pelo mundo.Mas, para fazer parte da corporação, é preciso ter obstinação”, frisa Glauco Leyser, professor e proprietário do curso que leva o nome dele, que é especializado em certames das Forças Armadas.
Todas as seleções são abertas para civis e militares.No caso da EsPECEx, que tem provas anuais, os candidatos precisam ser brasileiros natos do sexo masculino, ter até 20 anos e não possuir encargos de família. O certame de 2010 disponibilizou 520 vagas, mas esse número pode variar.Os aprovados são encaminhados para Campinas (SP), onde fazem curso com duração de um ano, em regime de internato. A remuneração líquida nessa fase é de R$ 645,00.
Depois de concluir satisfatoriamente a formação, os alunos podem ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). São mais quatro anos de confinamento, em Resende (RJ), de onde saem graduados em ciências militares e com a patente de aspirantes a oficiais. A partir daí, o caminho fica livre até os postos mais altos do Exército Brasileiro.
Na expectativa
Foi sonhando com esse crescimento profissional que Arthur Rocha, 19 anos, decidiu deixar de lado o vestibular para engenharia mecânica e dedicar-se em tempo integral ao certame da Escola Preparatória de Cadetes. Depois de duas tentativas, a boa notícia. O estudante se saiu bem nas provas feitas em 18 e 19 de setembro e, de acordo com o gabarito oficial, tem nota para passar. Agora, aguarda a correção da redação. “Venho me preparando bem desde o ano passado. A regularidade da carreira e a estabilidade salarial me chamaram a atenção”, conta. “Sou de uma família de militares e isso, naturalmente, contribuiu para que eu tomasse a decisão de seguir no militarismo.
Agora, resta torcer para que tudo dê certo na redação e a aprovação seja confirmada”, ressalta Arthur Rocha.
Para lá e para cá
Para se ter ideia da dinâmica da carreira de um militar, Arthur, por ser filho de um oficial, já precisou se mudar 10 vezes de cidade em apenas 19 anos de vida.
Mas se engana quem pensa que isso é visto como desvantagem por quem sonha com as Forças Armadas. “O militarismo é capaz de proporcionar experiências únicas na vida de qualquer pessoa. Em poucas carreiras você terá a oportunidade de conhecer tantos locais e culturas diferentes.
Fiz amigos por todo o Brasil e me sinto privilegiado por isso”, garante o rapaz.
Mas para chegar lá é preciso muito estudo.
As provas costumam exigir bastante dos candidatos e não adianta ir bem em uma matéria e mal em outra. É preciso ter regularidade. “Com muitas horas de estudo e determinação, é perfeitamente possível alcançar a vaga almejada.Mas só dessa forma. Costumo dizer aos meus alunos para não se preocuparem com a concorrência, pois os maiores adversários deles são eles mesmos”, ressalta Glauco Leyser.
DEPOIMENTO
Meu interesse pelo Exército Brasileiro surgiu quando eu era criança. Tenho um tio que foi militar e que, desde que eu era pequeno, mostrava fotos de quando ele servia na Força. Eram imagens que me chamavam muito a atenção. Os locais que ele visitou pareciam fantásticos. O tempo passou e chegou a hora do meu alistamento. Não pensei duas vezes e aceitei a missão de servir o país como soldado. Em poucos meses, já havia me tornado cabo do Exército. Já fazem três anos que ingressei. Como não fiz nenhum concurso, só posso ficar por sete anos na corporação. E, como não quero parar por aqui, decidi me dedicar também à seleção da Escola de Formação de Sargentos das Armas (EsSa). Posso afirmar que cresci profissionalmente e como pessoa dentro Exército. Hoje, sou mais responsável, mais leal e mais patriota.” Danilo Sousa (cabo Sousa), 22 anos
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Instituições Confiáveis
Do sonho à realidade
Jovens falam da puxada rotina de estudos até chegarem à carreira militar
Patricia de Paula
O tempo para encontrar os amigos e ficar com a família não existe mais. Muito menos para namorar ou pegar um cineminha. Mas para um grupo de jovens todos esses obstáculos são superados em busca de um objetivo maior: ingressar na carreira militar.
É o caso da estudante Fernanda Bernardes, de 20 anos.
Ela saiu da casa da família em Rio das Ostras para estudar no Curso Preparatório Teresópolis.
Por três anos fez a prova para a Marinha Mercante e não passou.
No último concurso, no entanto, após passar por uma bateria de testes, exame psicotécnico, médico e físico, ela se prepara para, em janeiro de 2011, começar na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.
— Abri mão de muita coisa, mas valeu a pena — lembra Fernanda.
A inspiração que veio do pai e a admiração pela carreira militar levaram o jovem Ciro Sergilow, de 16 anos, a se inscrever para o concurso da Escola Preparatória de Cadetes do Ar. Agora ele está só esperando o resultado do exame físico para se mudar para Barbacena, em Minas Gerais.
— A minha rotina de estudos era de segunda-feira a sábado, às vezes até domingos — conta.
Para o estudante Anderson Santos, de 21 anos, só quem está passando por uma seleção concorrida como a da área militar sabe como é dura a rotina.
— Quem está fora não entende e muitas vezes nem acredita que a gente está indo estudar. Dá até vontade de desistir.
Na verdade eu já desisti uma vez e voltei há dois anos — lembra o candidato ao concurso da Escola de Especialistas da Aeronáutica.
Para jovens como eles, o sonho de ingressar na área militar é maior do que qualquer desafio. O estudante Fernando Santos da Silva, de 18 anos, estuda há três e está aguardando o resultado final da Escola Preparatória de Cadetes do Exército: — A carreira militar nos garante um futuro promissor. É isso que quero para mim.
Quando eu entrar vou continuar evoluindo sempre.
Jovens falam da puxada rotina de estudos até chegarem à carreira militar
Patricia de Paula
O tempo para encontrar os amigos e ficar com a família não existe mais. Muito menos para namorar ou pegar um cineminha. Mas para um grupo de jovens todos esses obstáculos são superados em busca de um objetivo maior: ingressar na carreira militar.
É o caso da estudante Fernanda Bernardes, de 20 anos.
Ela saiu da casa da família em Rio das Ostras para estudar no Curso Preparatório Teresópolis.
Por três anos fez a prova para a Marinha Mercante e não passou.
No último concurso, no entanto, após passar por uma bateria de testes, exame psicotécnico, médico e físico, ela se prepara para, em janeiro de 2011, começar na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante.
— Abri mão de muita coisa, mas valeu a pena — lembra Fernanda.
A inspiração que veio do pai e a admiração pela carreira militar levaram o jovem Ciro Sergilow, de 16 anos, a se inscrever para o concurso da Escola Preparatória de Cadetes do Ar. Agora ele está só esperando o resultado do exame físico para se mudar para Barbacena, em Minas Gerais.
— A minha rotina de estudos era de segunda-feira a sábado, às vezes até domingos — conta.
Para o estudante Anderson Santos, de 21 anos, só quem está passando por uma seleção concorrida como a da área militar sabe como é dura a rotina.
— Quem está fora não entende e muitas vezes nem acredita que a gente está indo estudar. Dá até vontade de desistir.
Na verdade eu já desisti uma vez e voltei há dois anos — lembra o candidato ao concurso da Escola de Especialistas da Aeronáutica.
Para jovens como eles, o sonho de ingressar na área militar é maior do que qualquer desafio. O estudante Fernando Santos da Silva, de 18 anos, estuda há três e está aguardando o resultado final da Escola Preparatória de Cadetes do Exército: — A carreira militar nos garante um futuro promissor. É isso que quero para mim.
Quando eu entrar vou continuar evoluindo sempre.
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Re: Instituições Confiáveis
Militares liberam exames atrasados
Mariana Sacramento
Militares do exército foram mobilizados para agilizar a liberação de laudos médicos a pacientes com suspeita de câncer. A falta de técnicos administrativos para digitar exames de citologia e biópsia no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) era o motivo da demora. Ao longo dos últimos dois meses, 1,7 mil laudos emitidos por médicos patologistas se acumularam na seção de anatomia por falta de funcionários para digitar os exames. Com a chegada do reforço, o resultado de aproximadamente 700 exames já foi repassado para o computador e está pronto para a entrega.
A iniciativa partiu do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, após a matéria publicada no Correio Braziliense em 25 de outubro que alertou para o problema. A reportagem mostrou casos de pessoas com suspeita de câncer que aguardavam por meses o resultado do exame, que é essencial para o início do tratamento. “Vimos a situação crítica dessas pessoas e decidimos colocar à disposição da direção do hospital 20 militares para digitar os laudos. Devido à estrutura da unidade, apenas seis foram empenhados no trabalho. Queremos dar a nossa contribuição à sociedade”, explica o general Santos Guerra.
Os sargentos mudaram-se para as salas da seção de anatomia na última quarta-feira e, segundo o general, devem ficar por lá até que toda a pilha de exames, acumulada nos últimos meses, seja digitada. A ajuda foi bem recebida pela direção do hospital. “O problema não é ter a neoplasia (alterações celulares) ou não. Enquanto a pessoa não tiver aquele papel na mão, vive com a dúvida”, afirma o diretor-geral do HBDF, Luiz Carlos Schimin.
Ele afirma que mais um servidor foi alocado na seção de digitação de exames — antes eram apenas dois — para acelerar o trabalho. Visando evitar os constantes atrasos, o diretor informou que o setor de anatomia passa por um processo de informatização. “A nossa ideia é que o médico já digite o laudo no computador”, afirma Schimin. Mensalmente, 1,2 mil exames são emitidos e levados para a digitação no setor de anatomia.
Pela quarta vez em busca do exame do marido, a aposentada Leopoldina Pereira Neves, 66 anos, conseguiu ontem o diagnóstico do companheiro, que está muito debilitado e sem tratamento. “Enfim, vamos poder cuidar dele, que está com câncer.”
Mariana Sacramento
Militares do exército foram mobilizados para agilizar a liberação de laudos médicos a pacientes com suspeita de câncer. A falta de técnicos administrativos para digitar exames de citologia e biópsia no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) era o motivo da demora. Ao longo dos últimos dois meses, 1,7 mil laudos emitidos por médicos patologistas se acumularam na seção de anatomia por falta de funcionários para digitar os exames. Com a chegada do reforço, o resultado de aproximadamente 700 exames já foi repassado para o computador e está pronto para a entrega.
A iniciativa partiu do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, após a matéria publicada no Correio Braziliense em 25 de outubro que alertou para o problema. A reportagem mostrou casos de pessoas com suspeita de câncer que aguardavam por meses o resultado do exame, que é essencial para o início do tratamento. “Vimos a situação crítica dessas pessoas e decidimos colocar à disposição da direção do hospital 20 militares para digitar os laudos. Devido à estrutura da unidade, apenas seis foram empenhados no trabalho. Queremos dar a nossa contribuição à sociedade”, explica o general Santos Guerra.
Os sargentos mudaram-se para as salas da seção de anatomia na última quarta-feira e, segundo o general, devem ficar por lá até que toda a pilha de exames, acumulada nos últimos meses, seja digitada. A ajuda foi bem recebida pela direção do hospital. “O problema não é ter a neoplasia (alterações celulares) ou não. Enquanto a pessoa não tiver aquele papel na mão, vive com a dúvida”, afirma o diretor-geral do HBDF, Luiz Carlos Schimin.
Ele afirma que mais um servidor foi alocado na seção de digitação de exames — antes eram apenas dois — para acelerar o trabalho. Visando evitar os constantes atrasos, o diretor informou que o setor de anatomia passa por um processo de informatização. “A nossa ideia é que o médico já digite o laudo no computador”, afirma Schimin. Mensalmente, 1,2 mil exames são emitidos e levados para a digitação no setor de anatomia.
Pela quarta vez em busca do exame do marido, a aposentada Leopoldina Pereira Neves, 66 anos, conseguiu ontem o diagnóstico do companheiro, que está muito debilitado e sem tratamento. “Enfim, vamos poder cuidar dele, que está com câncer.”
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Re: Instituições Confiáveis
HOSPITAL DE BASE
Parceria com o Exército
Para agilizar a entrega de 1,9 mil laudos de biópsias da seção de Anatomia e Patologia do
Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o Exército Brasileiro disponibilizou seis sargentos, que
farão a digitação das análises, que já estavam prontas. Até ontem, depois de oito dias de trabalho, os
militares já digitaram 1,2 mil resultados.
A previsão é de que, na próxima quarta-feira, todos os 1,9 mil laudos estejam prontos para serem
entregues aos pacientes. A iniciativa da parceria foi do general Santos Guerra, do Centro de
Comunicação de Guerra Eletrônico do Exército, que disponibilizou os seis militares para a execução do
trabalho. Além deles, um tenente médico vai até o hospital para dar orientação e supervisionar o serviço
dos sargentos.
Segundo o diretor Administrativo do HBDF, Henrique Tamm, além da sua própria demanda, a
instituição recebe aproximadamente 1,2 mil pedidos dos hospitais de apoio e de outras instituições
públicas que não possuem um setor de Anatomia e Patologia. Os resultados das biópsias são emitidos
em prazos de 30 a 60 dias. Dependendo da indicação do médico, os mais urgentes podem ser emitidos
primeiro.
Parceria com o Exército
Para agilizar a entrega de 1,9 mil laudos de biópsias da seção de Anatomia e Patologia do
Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o Exército Brasileiro disponibilizou seis sargentos, que
farão a digitação das análises, que já estavam prontas. Até ontem, depois de oito dias de trabalho, os
militares já digitaram 1,2 mil resultados.
A previsão é de que, na próxima quarta-feira, todos os 1,9 mil laudos estejam prontos para serem
entregues aos pacientes. A iniciativa da parceria foi do general Santos Guerra, do Centro de
Comunicação de Guerra Eletrônico do Exército, que disponibilizou os seis militares para a execução do
trabalho. Além deles, um tenente médico vai até o hospital para dar orientação e supervisionar o serviço
dos sargentos.
Segundo o diretor Administrativo do HBDF, Henrique Tamm, além da sua própria demanda, a
instituição recebe aproximadamente 1,2 mil pedidos dos hospitais de apoio e de outras instituições
públicas que não possuem um setor de Anatomia e Patologia. Os resultados das biópsias são emitidos
em prazos de 30 a 60 dias. Dependendo da indicação do médico, os mais urgentes podem ser emitidos
primeiro.
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Re: Instituições Confiáveis
Igreja dá salto em ranking de confiança
Instituição passou de 7º para 2º lugar, diz levantamento da FGV; para pesquisadora, polêmica do aborto na campanha eleitoral impulsionou índice
Fausto Macedo
A confiança da população nas instituições sofreu mudança importante no último trimestre. É o que revela pesquisa do Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), produzido pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (Direito GV). Enquanto o Judiciário ficou em situação desconfortável, empatada com a polícia e à frente apenas do Congresso e dos partidos políticos, a Igreja saltou do 7.º lugar para a segunda posição.
Para Luciana Gross Cunha, professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil, a controvérsia sobre o aborto travada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais pesou decisivamente para o aumento do índice de confiança na Igreja.
A questão foi levantada por d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo da Diocese de Guarulhos. Ele mandou produzir 1 milhão de cópias do "apelo a todos os brasileiros" com recomendação expressa para que não votassem em candidato ou partido que defendesse o aborto - referência direta à Dilma Rousseff e ao PT.
Os folhetos foram confiscados pela Polícia Federal, por ordem do Tribunal Superior Eleitoral que acolheu ação do PT, mas d. Luiz não se intimidou e insistiu em sua cruzada.
"A Igreja estava em um grau baixo de avaliação quando foi feita a apuração no segundo trimestre, muito perto da crise envolvendo a instituição com denúncias de pedofilia", observa Luciana. "A última fase da coleta coincidiu com a discussão sobre o aborto nas eleições presidenciais. Isso fez a diferença."
A professora destaca que o tema aborto não foi citado na consulta. "A gente pede resposta de forma espontânea para dizer se a instituição é confiável ou não. Mas é evidente que é esse (o ataque ao aborto) o motivo principal do aumento significativo da confiança na Igreja."
Nesse trimestre 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável. No segundo trimestre 34% deram essa resposta. "A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população", assinala Luciana.
Já a confiança nos partidos políticos despencou de 21% para 8% no mesmo período de eleições, mantendo-se em última posição na escala. "Ao mesmo tempo em que a Igreja sobe, os partidos políticos têm uma queda enorme no nível de confiança", ressalta a coordenadora.
Apenas 33% disseram que o Judiciário é confiável. O Congresso ficou com 20%. As outras instituições obtiveram os seguintes resultados: Grandes Empresas (44%), governo federal (41%), emissoras de TV (44%) e imprensa escrita (41%).
O ICJ Brasil foi criado pela Direito GV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. No Distrito Federal é maior a confiança no Judiciário, desbancando a liderança do Rio Grande do Sul que, desde o início da sondagem, em julho de 2009, ocupava o posto. Minas Gerais e Pernambuco são os Estados onde a população menos confia no Judiciário.
Prestígio. "A confiança no Judiciário cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados", explica Luciana Gross. "É maior entre moradores do interior, se comparado entre moradores das capitais, e entre os homens se comparado com as mulheres. O ICJ Brasil também apurou que quem se declara negro, pardo ou indígena confia menos no Judiciário do que quem se declara branco ou amarelo."
Apesar do pouco prestígio com a população, a Justiça, de forma geral, está melhor hoje e tende a melhorar mais no futuro, segundo a investigação da GV Direito: para 47% dos entrevistados, o Judiciário melhorou nos últimos 5 anos e para 67% ele tende a melhorar nos próximos 5 anos. Quase metade dos entrevistados (41%) declarou que já entrou com algum processo na Justiça, por questões trabalhistas, assuntos relativos ao direito do consumidor e de família.
Instituição passou de 7º para 2º lugar, diz levantamento da FGV; para pesquisadora, polêmica do aborto na campanha eleitoral impulsionou índice
Fausto Macedo
A confiança da população nas instituições sofreu mudança importante no último trimestre. É o que revela pesquisa do Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), produzido pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (Direito GV). Enquanto o Judiciário ficou em situação desconfortável, empatada com a polícia e à frente apenas do Congresso e dos partidos políticos, a Igreja saltou do 7.º lugar para a segunda posição.
Para Luciana Gross Cunha, professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil, a controvérsia sobre o aborto travada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais pesou decisivamente para o aumento do índice de confiança na Igreja.
A questão foi levantada por d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo da Diocese de Guarulhos. Ele mandou produzir 1 milhão de cópias do "apelo a todos os brasileiros" com recomendação expressa para que não votassem em candidato ou partido que defendesse o aborto - referência direta à Dilma Rousseff e ao PT.
Os folhetos foram confiscados pela Polícia Federal, por ordem do Tribunal Superior Eleitoral que acolheu ação do PT, mas d. Luiz não se intimidou e insistiu em sua cruzada.
"A Igreja estava em um grau baixo de avaliação quando foi feita a apuração no segundo trimestre, muito perto da crise envolvendo a instituição com denúncias de pedofilia", observa Luciana. "A última fase da coleta coincidiu com a discussão sobre o aborto nas eleições presidenciais. Isso fez a diferença."
A professora destaca que o tema aborto não foi citado na consulta. "A gente pede resposta de forma espontânea para dizer se a instituição é confiável ou não. Mas é evidente que é esse (o ataque ao aborto) o motivo principal do aumento significativo da confiança na Igreja."
Nesse trimestre 54% dos entrevistados disseram que a Igreja é uma instituição confiável. No segundo trimestre 34% deram essa resposta. "A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população", assinala Luciana.
Já a confiança nos partidos políticos despencou de 21% para 8% no mesmo período de eleições, mantendo-se em última posição na escala. "Ao mesmo tempo em que a Igreja sobe, os partidos políticos têm uma queda enorme no nível de confiança", ressalta a coordenadora.
Apenas 33% disseram que o Judiciário é confiável. O Congresso ficou com 20%. As outras instituições obtiveram os seguintes resultados: Grandes Empresas (44%), governo federal (41%), emissoras de TV (44%) e imprensa escrita (41%).
O ICJ Brasil foi criado pela Direito GV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. No Distrito Federal é maior a confiança no Judiciário, desbancando a liderança do Rio Grande do Sul que, desde o início da sondagem, em julho de 2009, ocupava o posto. Minas Gerais e Pernambuco são os Estados onde a população menos confia no Judiciário.
Prestígio. "A confiança no Judiciário cresce à medida que aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados", explica Luciana Gross. "É maior entre moradores do interior, se comparado entre moradores das capitais, e entre os homens se comparado com as mulheres. O ICJ Brasil também apurou que quem se declara negro, pardo ou indígena confia menos no Judiciário do que quem se declara branco ou amarelo."
Apesar do pouco prestígio com a população, a Justiça, de forma geral, está melhor hoje e tende a melhorar mais no futuro, segundo a investigação da GV Direito: para 47% dos entrevistados, o Judiciário melhorou nos últimos 5 anos e para 67% ele tende a melhorar nos próximos 5 anos. Quase metade dos entrevistados (41%) declarou que já entrou com algum processo na Justiça, por questões trabalhistas, assuntos relativos ao direito do consumidor e de família.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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- rodrigo
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Re: Instituições Confiáveis
Mesmo com um trabalho monstruoso, que vem sendo feito há décadas por todos os presidentes civis, a pelegada e os ladrões de plantão, não conseguiram destruir a credibilidade das forças armadas. Esse reconhecimento deve ser convertido em investimento e capacitação cada vez maiores, ou dentro de poucas décadas vamos ser trucidados pelos interesses externos.A Igreja só perde para as Forças Armadas
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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aperta e daí afrouxa,
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Re: Instituições Confiáveis
É o Tea Party brasileiro... Praticamente uma Festa da Pinga, HAHAHA...rodrigo escreveu:Mesmo com um trabalho monstruoso, que vem sendo feito há décadas por todos os presidentes civis, a pelegada e os ladrões de plantão, não conseguiram destruir a credibilidade das forças armadas. Esse reconhecimento deve ser convertido em investimento e capacitação cada vez maiores, ou dentro de poucas décadas vamos ser trucidados pelos interesses externos.A Igreja só perde para as Forças Armadas
Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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- Marino
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Re: Instituições Confiáveis
Em segundo lugar vem a Igreja, seguida pelas emissoras de TV.
São Paulo – A confiança da população nas instituições sofreu mudança importante no último trimestre. É o que revela pesquisa do Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), produzido pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo (FGV-SP). As Forças Armadas ficaram em primeiro lugar, com 66% da preferência dos entrevistados. Em segundo, apareceu a Igreja, com 54%, seguida pelas emissoras de TV (44%).
O Judiciário ficou em situação desconfortável, empatado com a polícia e à frente apenas do Congresso e dos partidos políticos.
Para Luciana Gross Cunha, professora da Escola de Direito da FGV-SP e coordenadora do ICJ Brasil, a controvérsia sobre o aborto travada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais pesou decisivamente para o aumento do índice de confiança na Igreja, que subiu do 7º para o 2º lugar. “A Igreja estava em um grau baixo de avaliação quando foi feita a apuração no segundo trimestre, muito perto da crise envolvendo a instituição com denúncias de pedofilia”, observa Luciana. “A última fase da coleta coincidiu com a discussão sobre o aborto nas eleições presidenciais. Isso fez a diferença.”
Já a confiança nos partidos políticos despencou de 21% para 8% no mesmo período de eleições, mantendo-se em última posição na escala. Apenas 33% disseram que o Judiciário é confiável. O Congresso ficou com 20%. As outras instituições obtiveram os seguintes resultados: Grandes Empresas (44%), governo federal (41%), emissoras de TV (44%) e imprensa escrita (41%).
Fonte: Diário do Comércio
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Re: Instituições Confiáveis
Discordo; o Tea Party americano não é desarmamentista, não é adorador de criminoso ou de vagabundos que vivem de invadir propriedade alheia. Os membros do Tea Party, em que pesem episódios de racismo e xenofobia, são extremamente nacionalistas e valorizam bastante as Forças Armadas do seu país.RobertoRS escreveu:É o Tea Party brasileiro... Praticamente uma Festa da Pinga, HAHAHA...rodrigo escreveu: Mesmo com um trabalho monstruoso, que vem sendo feito há décadas por todos os presidentes civis, a pelegada e os ladrões de plantão, não conseguiram destruir a credibilidade das forças armadas. Esse reconhecimento deve ser convertido em investimento e capacitação cada vez maiores, ou dentro de poucas décadas vamos ser trucidados pelos interesses externos.
PS: O PT deve estar completamente puto da vida porque a mídia PIG goza de 44% de confiança e eles só de 8%, não é sem razão que querem acorrentar a liberdade de expressão sobre a desculpa de "democratizar os meios de comunicação", se querem democratizar então que dêem internet pra todo mundo, eventualmente essas pessoas descobrirão os fenômenos dos blogs políticos e convergirão rumo ao uma rede de interesses políticos comuns; e a realidade está aí pra provar que muitos blogs podem ser bem mais influentes que a mídia impressa, radiofônica e televisionada, especialmente no segmento social que têm acesso à tais blogs.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: Instituições Confiáveis
Podem confiar nas FA também para baixar todo peso da lei nos maconheiros.
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Drogas: punição é severa para jovens militares
Usuários flagrados com pequenas quantidades de maconha são condenados à prisão
Evandro Éboli
BRASÍLIA. A Justiça Militar tem sido implacável com os jovens flagrados com drogas nas unidades do
Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Mesmo em posse de quantidade ínfimas, principalmente de maconha, e
somente para consumo próprio, o militar tem sido condenado à prisão. O Ministério Público Militar estima que
60% dos que prestam o serviço militar obrigatório, chamados incorporados, fazem ou já fizeram uso de algum
tipo de droga. Para a Procuradoria Militar, casos de drogas já superam os de deserção.
Diferentemente da Lei Antidrogas, que aboliu a reclusão para usuários e as trocou por penas alternativas,
o Código Penal Militar não distingue quem usa de quem trafica. Enquadra todos num artigo só. A pena é um a
cinco anos de detenção. O militar pego com qualquer quantidade é inevitavelmente condenado. Para até dois
anos, pode cumprir a pena em liberdade.
Presidente do STM tem votado contra prisão
No Superior Tribunal Militar (STM), instância recursal, os ministros são duros, em especial os militares
que compõem a corte. Uma das exceções é o presidente da Corte, o civil Carlos Alberto Marques, que tem
votado contra prisão para usuários, mas somente se envolver os recrutas. E se a droga for maconha. Há
dezenas desses casos.
- Quando se encontra pequena quantidade no bolso, na carteira ou na mochila, com a evidência que não
se trata de um traficante, tenho absolvido. Levo em conta o princípio da proporcionalidade. O que as Forças
precisam fazer é orientar esses jovens e não prendê-los. Mas tenho sido voto vencido no tribunal - reconheceu.
O Ministério Público Militar tem uma posição dura em relação ao tratamento dado aos usuários e defende
nos tribunais, seja nas auditorias na 1ª instância, ou no STM, a condenação de quem é flagrado com qualquer
quantidade. A promotora da Justiça Militar Ione Souza Cruz defende até pena maior para usuário que para o
traficante. Ione, antes de ingressar na Procuradoria, foi delegada de Polícia Civil no Rio.
- Sou muito rigorosa. Para mim, o usuário e o viciado têm que ter pena maior que o traficante. Na maioria
dos casos, o traficante não vai na casa do consumidor. Não o obriga a fumar. No mínimo, é tão ou menos
culpado - disse Ione, que também coordenada o Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da
Informação do Ministério Público.
Levantamento feito pela Procuradoria Militar no Rio registrou 141 casos de flagrantes de militares com
drogas no estado, entre 2005 a 2009. A maioria dos casos, 78%, envolveu recrutas do Exército; 12,7%, da
Marinha, e 9,2%, na Aeronáutica.
A defesa desses acusados nos tribunais militares cabe à Defensoria Pública da União. A defensora
federal Olinda Vicente Moreira, do Paraná, diz que não é fácil atuar nessa área e que em 99,5% dos casos o
Ministério Público pede a condenação, e a Justiça confirma. Mas Olinda contabiliza vitórias e tem conseguido a
absolvição de clientes.
- Defendemos que o artigo do Código Militar é inconstitucional e não está adequado à nova realidade.
Que se aplique o previsto na lei 11.343 (Antidrogas), com penas alternativas. Ou uma pena disciplinar, como 30
dias de prisão e afastamento das Forças Armadas. Mas sem condenação criminal, que tem consequências
futuras - disse.
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Drogas: punição é severa para jovens militares
Usuários flagrados com pequenas quantidades de maconha são condenados à prisão
Evandro Éboli
BRASÍLIA. A Justiça Militar tem sido implacável com os jovens flagrados com drogas nas unidades do
Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Mesmo em posse de quantidade ínfimas, principalmente de maconha, e
somente para consumo próprio, o militar tem sido condenado à prisão. O Ministério Público Militar estima que
60% dos que prestam o serviço militar obrigatório, chamados incorporados, fazem ou já fizeram uso de algum
tipo de droga. Para a Procuradoria Militar, casos de drogas já superam os de deserção.
Diferentemente da Lei Antidrogas, que aboliu a reclusão para usuários e as trocou por penas alternativas,
o Código Penal Militar não distingue quem usa de quem trafica. Enquadra todos num artigo só. A pena é um a
cinco anos de detenção. O militar pego com qualquer quantidade é inevitavelmente condenado. Para até dois
anos, pode cumprir a pena em liberdade.
Presidente do STM tem votado contra prisão
No Superior Tribunal Militar (STM), instância recursal, os ministros são duros, em especial os militares
que compõem a corte. Uma das exceções é o presidente da Corte, o civil Carlos Alberto Marques, que tem
votado contra prisão para usuários, mas somente se envolver os recrutas. E se a droga for maconha. Há
dezenas desses casos.
- Quando se encontra pequena quantidade no bolso, na carteira ou na mochila, com a evidência que não
se trata de um traficante, tenho absolvido. Levo em conta o princípio da proporcionalidade. O que as Forças
precisam fazer é orientar esses jovens e não prendê-los. Mas tenho sido voto vencido no tribunal - reconheceu.
O Ministério Público Militar tem uma posição dura em relação ao tratamento dado aos usuários e defende
nos tribunais, seja nas auditorias na 1ª instância, ou no STM, a condenação de quem é flagrado com qualquer
quantidade. A promotora da Justiça Militar Ione Souza Cruz defende até pena maior para usuário que para o
traficante. Ione, antes de ingressar na Procuradoria, foi delegada de Polícia Civil no Rio.
- Sou muito rigorosa. Para mim, o usuário e o viciado têm que ter pena maior que o traficante. Na maioria
dos casos, o traficante não vai na casa do consumidor. Não o obriga a fumar. No mínimo, é tão ou menos
culpado - disse Ione, que também coordenada o Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da
Informação do Ministério Público.
Levantamento feito pela Procuradoria Militar no Rio registrou 141 casos de flagrantes de militares com
drogas no estado, entre 2005 a 2009. A maioria dos casos, 78%, envolveu recrutas do Exército; 12,7%, da
Marinha, e 9,2%, na Aeronáutica.
A defesa desses acusados nos tribunais militares cabe à Defensoria Pública da União. A defensora
federal Olinda Vicente Moreira, do Paraná, diz que não é fácil atuar nessa área e que em 99,5% dos casos o
Ministério Público pede a condenação, e a Justiça confirma. Mas Olinda contabiliza vitórias e tem conseguido a
absolvição de clientes.
- Defendemos que o artigo do Código Militar é inconstitucional e não está adequado à nova realidade.
Que se aplique o previsto na lei 11.343 (Antidrogas), com penas alternativas. Ou uma pena disciplinar, como 30
dias de prisão e afastamento das Forças Armadas. Mas sem condenação criminal, que tem consequências
futuras - disse.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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