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Alguém pode ajudar sobre este assunto?
lançamento aereo de suprimento a pequenas fraçoes em ambiente de selva, sou aluno de npor e meu grupo falará sobre isso, no entanto, não consigo achar fontes.
Se alguém puder ajudar em relação as operações no ambiente de selva do vietnã também é válido, qualquer ajuda é válida.

Obrigado.

Aí carinha, eu achei esse link aqui:
http://dsm.dgp.eb.mil.br/legislacao/DIV ... LO%204.htm
espero ser útil, to com sono =)

Esse é um assunto simples, mas é um pouco extenso. Porque a forma mais comum de funcionamento do ressuprimento em area de selva é de forma integrada. Mesmo no apoio de patrulhas e pequenas frações isoladas. O lançamento aereo geralmente é só parte desse sistema.

Quando acontece alguma interrupção no fluxo normal ou emergência, ai sim o transporte aéreo é o meio mais importante para manter o ressuprimento.

É utilizado aviões leves e helicópteros para o transporte.
Quando os aviões ou heli não puderem aterrissar, os suprimentos são lançados em queda livre ou paraquedas. As vezes é usado o paraquedas de carga, mas o que eu mais vi foi o uso de do paraquedas reserva, e também os paraquedas improvisados. Em queda livre é obvio que existe uma técnica, e não é qualquer material que pode ser lançado dessa forma. A técnica do uso do gancho no heli, eu acho que existem restrições quanto a distancia.

O que tem que ser observado nesse tipo de operação por parte do cmt apoiado?

- antecipação do pedido. A regrinha básica é calcular que quanto maior o calibre menor é o gasto, e minas e explosivos geralmente o consumo é grande em missões isoladas, bem como os itens de primeiros socorros. O que se usa muito na selva é o catalogo de suprimentos. São pacotes prontos para aquela missão com codigos (É uma especie de "IECOM" de suprimentos) o Cmt só faz o pedido pelos codigos.
- comunicação com o avião de lançamento. Se o local já é conhecido a aeronave só pega a ZL e faz o lançamento, caso contrário o pessoal de terra que orienta o avião no lançamento. Eu tenho um exemplo de conversação nesse tipo de operações. Vou ver se acho e coloco aqui.
- marcação e limpeza das áreas de aterrissagem ou de lançamento. No caso de aterrissagem, entra a técnica aeromovel para abertura de clareiras e construção de locater em área de selva, que é um assunto a parte.
- hora do lançamento; tem que ficar esperto, o que tem de nego que perde o bonde rsrsrs
- preparação de cargas. Se for o caso, e geralmente é o caso, porque muitas vezes a parte de manutenção é por troca direta de conjuntos e itens.

O que lembro por hora é isso. Eu também estou sem fontes de consultas. Vou procurar e ver se tem mais alguma coisa.

isso é bem interessante, alias, alem disso, como funciona a logistica por terra na mata?

O meio que é mais usado é o fluvial. Se for possivel caminhões tb são usados. E, obviamente, chega uma hora que é no braço. O uso de animais tb pode ocorrer, mas existem restrições.

hmm que restrições e que animais?

Posso me meter?

Animais: búlfalos são normalmente usados, mas ainda em fase de "testes".
Uma das restrições são quanto ao tipo de material que pode ser carregado e as áreas de atuação da tropa apoiada. O bicho é grande e forte, mas fica assustado pra caraca quando ouve um papoco ou coisa do gênero, como tiros... aí advinha como é que segura um trambolho de 700kg correndo pelo meio do mato

Outros animais podem ser utilizados, mas aí só nas refeições...

abraços

não tem como adestrar eles para resistir a isso?

Adestramento no significado último da palavra creio que não.

O que levou o EB a adotar esses animais são sua grande capacidade de carregar fardos e outros materiais necessários à manutenção da tropa no to, afora que eles, por incrível que pareça, são extremamente dóceis, embora feios e mal encarados.

É possível utilizá-los, como disse, no apoio logistico a pequenas frações e também, como já testado, no resgate de feridos, esta situação em último caso; mas por enquanto, ainda não se conseguiu demonstrar na prática, nada que os coloque muito perto das linhas de contato com os "victorcharlie". Até porque, são pelo menos dois homens pra dar conta do bicho... aí não tem patrulha/pelotão que aguente.

abraços

daviomena escreveu:Alguém pode ajudar sobre este assunto?
lançamento aereo de suprimento a pequenas fraçoes em ambiente de selva, sou aluno de npor e meu grupo falará sobre isso, no entanto, não consigo achar fontes.
Se alguém puder ajudar em relação as operações no ambiente de selva do vietnã também é válido, qualquer ajuda é válida.

Obrigado.

Você pode dar uma lida nessa matéria, que para quem não conhece muita coisa já é uma mão na roda: http://www.defesabrasil.com/site/artigo ... sgatar.php

O lançamento de carga(chamados de Fardos) é uma tarefa que exige muita concentração, trabalho em equipe e prática. A tripulação deve pensar como uma cabeça só, a fim de botar a aeronave no ponto exato, na velocidade correta e lançar a carga no segundo exato.

Normalmente temos um piloto, um co-piloto e um navegador na cabine, e um ou dois Loadmasters que ficam ao lado das cargas perto da porta de lançamento. O Loadmaster é o responsável pelas cargas em terra, durante o vôo e na hora do lançamento, ele é quem lança os fardos e confirma o ponto de pouso da carga.

Se a equipe for boa, conseguem fazer a carga cair no ponto exato com margem de erro de poucos metros, uns 2 metros no máximo.

Confira tambem esse site de um amigo meu, Leonardo Dantas: http://www.sitenarede.com/transportenav ... transporte

Site só sobre a aviação de transporte, e tem informações sobre lançamentos de carga aí.


Espero ter ajudado.
Um abraço!

U-27 escreveu:hmm que restrições e que animais?

Bufalos, cavalos etc. Na selva não existem forragens para esses animais, e a umidade pode apodrecer o casco (por isso o bufalo é ideal, por ser mais resistente)

hmmm verdade...
não tinha pensado neste detalhe

Sobre a comunicação. ela segue o padrão:

se o Heli ou avião conhece o locater
contato inicial: H= onça aqui gavião P= gavião aqui onça

autenticação: H= onça autentitique AZ P= gavião, OH autentique LC H= onça, OX

mensagem (um exemplo): P= gavião inimigo inexistente, vento de tantos kt, aproxime-se aos tantos graus, obseverve o balizamento a frente, livre pouso

P ve o H, mas o piloto não ve o balizamento usa-se o processo do relogio.
faz o contato inicial a autenticação e na mensagem diz a direção onde o piloto deve tomar proa
ex: gavião tome proa 9 horas, confirme avistar baliamento fumigeno vermelho

Se o P só ouve o barulho de H ele usa o processo do contra-azimute. è só dar a direção contrário de onde ele esta escutando o som e ir balizando. Obviamente essa direção tem que ser em graus.

Lançamento em clareiras segue a mesma mensagem, só no final que o avião informa que foi lançado que a pessoal de terra (após avistar o fardo) diz: "abandone ZL, livre frequência"
Outra coisa é que a proximação é feita a num altide maior e a primeira passagem é em branco. na segunda que deve ser num 800 ft ocorre o lançamento. tem gente que costuma se desanimar achando que ficou na mão.
Lembrando que o balizamento deve ser no meio da clareira. o pessoal fica na orla.

Um fardo de 20 kg desloca de 80 a 120 m, 15 kg 40 a 80, 10 kg uns 40 m.
Para se ter idéia, usando um C-115 para lançar uns 40 kg a clareira pode chegar a uns 150 por 50.

Galera

É o seguinte

Vou começar a minha iniciação científica e o tema que escolhi foi " Defesa da Amazônia"

Vocês poderiam me recomendar alguns autores?

Obrigadão

Abraços a todos