Olá amigos!
Segue abaixo uma nota postada ontem (15/10) no site "VNews.com.br" destacando a cerimônia de certificação do foguete brasileiro VSB-30 ocorrida ontem em São José dos Campos (SP).
Duda Falcão
NOSSA REGIÃO
Foguete VSB-30 é Certificado em São José dos Campos.
Brasil e Alemanha Desenvolveram o Veículo em Parceria.
19h43min - 15/10/2009
Um foguete desenvolvido em parceria entre Brasil e Alemanha ganhou hoje o reconhecimento da comunidade internacional. Isso coloca o Brasil num pequeno grupo de países que dominam esse tipo de tecnologia. A cerimônia foi em São José dos Campos e teve a presença do Ministro da Defesa.
São só assinaturas, mas a esperança é que elas coloquem o Brasil em um novo patamar tecnológico. O Ministro da Defesa Nelson Jobim e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito, participaram, em São José dos Campos, da cerimônia de certificação do foguete VSB-30, concedida pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial.
O foguete foi desenvolvido pelo Brasil em parceria entre o Instituto de Aeronáutica e Espaço e a Agência Espacial Alemã. Desde 2001, foram feitos sete lançamentos, dois no Brasil e cinco na Europa. Em todas as situações, foram realizados experimentos científicos em ambiente de microgravidade, já que o foguete atinge uma altura específica durante seis minutos.
O VSB-30 é o primeiro produto espacial brasileiro certificado, com reconhecimento internacional. Com isso, o governo acredita que o Brasil dá um passo importante ao entrar no seleto grupo de países com conhecimento tecnológico espacial.
"Os dados que vão ser colhidos por esses veículos de sondagem, são dados que também nos darão condições tecnológicas de desenvolvimento dos nossos veículos de lançamento de satélites, inclusive, construir no Brasil os nossos satélites",diz o Ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Fonte: Site VNews.com.br
Comentário: O foguete VSB-30 é um exemplo de sucesso dentro do Programa Espacial Brasileiro desde a sua concepção inicial, até esse momento de sua certificação. Esse foguete já havia sido certificado dia 06/08/2009 pela Agencia Espacial Sueca que o colocou desde esta data como um dos produtos de referência no mercado internacional de lançadores de pequeno porte para ser utilizado em missões suborbitais de exploração do espaço. Com isso, o VSB-30 tornou-se o primeiro foguete brasileiro certificado internacionalmente. Parabéns ao IAE pela sua vitória e torço que outros exemplos como esse se tornem cada vez mais freqüentes.
VSB-30 - Primeiro Produto Espacial Brasileiro Certificado
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Re: VSB-30 - Primeiro Produto Espacial Brasileiro Certificado
Excelente Notícia!!!Toamara que prossigamos além desses equipamentos suborbitais!!!
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Re: VSB-30 - Primeiro Produto Espacial Brasileiro Certificado
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Re: VSB-30 - Primeiro Produto Espacial Brasileiro Certificado
Olá amigos!
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (11/03) no jornal “Valor Econômico”destacando que a estatal sueca Swedish Space Corporation (SSC), está negociando a compra de novos foguetes de sondagem VSB-30, produzidos no Brasil.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/
Suécia Negocia Compra de Foguete Brasileiro
Virgínia Silveira
11/03/2010
A estatal sueca Swedish Space Corporation (SSC), dedicada ao desenvolvimento de tecnologia espacial, está negociando a compra de novos foguetes de sondagem VSB-30, produzidos no Brasil pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão de pesquisado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Segundo o executivo-chefe da SSC, Lars Persson, a empresa já utilizou o VSB-30 em 11 lançamentos de experimentos científicos e tecnológicos apoiados pela Agência Espacial Européia (ESA).
Os dois lançamentos mais recentes ocorreram durante os meses de novembro e dezembro do ano passado, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia. O VSB-30 começou a ser desenvolvido em 2001, a pedido da Agência Espacial Alemã (DLR), para atender ao programa europeu de microgravidade e também para substituir o foguete inglês Skylark 7, que deixou de ser produzido. O desenvolvimento do VSB-30 foi feito com investimentos de cerca de R$ 5 milhões e o DLR arcou com 40% desse valor. O foguete custa cerca de R$ 750 mil.
O programa europeu de microgravidade, conhecido em inglês como "Unified Microgravity Sounding Rocket Program for the Future", reúne um consórcio de organizações formado pela DLR e pelas companhias Astrium, Kayser-Thredee SSC . Até o momento, o VSB-30 acumula um total de nove lançamentos de sucesso, sendo dois a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA) e sete do Centro de Esrange, na Suécia.
"O VSB-30 é o melhor do mundo em sua categoria. É tão bom e confiável que não vamos gastar tempo, dinheiro e energia para inventar o que já existe", afirmou Persson. Segundo ele, as organizações européias envolvidas no programa de microgravidade já trabalham nos experimentos científicos e tecnológicos que serão lançados, em abril de 2011, por meio de três foguetes de sondagem do IAE.
Em 2004, quando o programa de lançadores brasileiro sofreu um revés, com a explosão do foguete VLS-1 na torre de Alcântara, a companhia canadense Bristol Aerospace chegou a oferecer ao consórcio europeu um vôo gratuito do foguete de sondagem Black Brant, visando à substituição do VSB-30. Segundo o IAE, a agência espacial alemã DLR se manteve firme na manutenção dos lançamentos com o foguete de sondagem brasileiro. "O nosso foguete foi o primeiro produto espacial brasileiro a ser comercializado no mercado externo e também o primeiro a receber uma certificação de nível internacional, o que demonstra o alto nível de capacitação brasileira no segmento espacial", disse o diretor do IAE,coronel Francisco Carlos Melo Pantoja.
A certificação do VSB-30, emitida em outubro de 2009, contou com uma rigorosa avaliação da ESA e das companhias européias do programa de microgravidade, afirmou Pantoja.
A missão do foguete de sondagem brasileiro é lançar um conjunto de experimentos (carga útil) com massa de até 400 quilos, a uma altitude máxima de 250 quilômetros, permanecendo no ambiente de microgravidade por seis minutos. Durante esse período, a carga útil aciona um sistema que elimina qualquer movimento angular. Com isso, a formação de cristais torna-se uniforme, conferindo melhores propriedades aos produtos químicos, orgânicos e inorgânicos, e às ligas metálicas.
Nos dois mais recentes lançamentos do VSB-30 feitos na Suécia, o foguete levou ao espaço experimentos científicos com o objetivo de testar novos materiais e o comportamento de células humanas e metais em ambiente de microgravidade, informou Persson.
Em visita recente ao Brasil, o executivo-chefe da SSC reuniu-se com os pesquisadores do IAE para reforçar a parceria que a empresa mantém como instituto na área de foguetes de sondagem e para apresentar um combustível inédito que a companhia pretende testar, em breve, no lançamento do seu mais novo satélite, o Prisma. "Trata-se de um combustível ecológico, feito à base de compostos salinos e que já demonstrou, em laboratório, ser 30% mais potente que os compostos líquidos normalmente utilizados pelos atuais lançadores", disse o executivo.
Persson informou que a SSC também tem interesse em colaborar no desenvolvimento do programa brasileiro de lançadores e que considera o foguete VLS-1muito promissor, porque pode atuar em um nicho de mercado novo, que está crescendo bastante.
"Para os microssatélites e nanossatélites de até 400 quilos não existe quase nenhum lançador disponível, o que nos obriga a procurar o serviço dos grandes lançadores, nem sempre disponíveis quando precisamos", disse Persson. O Brasil, segundo o executivo, tem interesse em dominar a tecnologia de microssatélites e a SSC quer oferecer uma parceria nessa área, que poderá facilitar o acesso do país a esse mercado.
O lançamento de dois satélites Prisma, planejado para o próximo mês, será feito pelo foguete russo Dnieper, disse Persson. Avaliado em US$ 75milhões, o Prisma é um microssatélite demonstrador de tecnologia, que será usado como plataforma para várias aplicações, especialmente na área de observação da Terra.
Com faturamento anual de US$ 250 milhões e 650 profissionais em 11 países,a SSC é especializada no desenvolvimento de câmeras para satélites de observação da Terra, prestação de serviços de recepção de dados de satélites, pesquisas em ambiente de microgravidade e vigilância marítima por meio de radares, câmeras e sensores.
Fonte: Jornal “Valor Econômico” de 11/03/2010 via o NOTINP da FAB
Comentário: Felizmente amigos o PEB não vive só de más notícias tipo as Alcântara Cyclone Space da vida. O sucesso desse foguete VSB-30 na Europa é inegável e certamente gerará interesse europeu em outros projetos de verdadeira contribuição para o “Programa Espacial Brasileiro”. Na verdade, o interesse da Swedish Space Corporation (segundo explicitado na matéria) no programa do VLS-1, já é uma grande prova do efeito cascata gerado por esse excelente foguete brasileiro VSB-30. Por outro lado, pela primeira vez uma instituição estrangeira da área espacial demonstra publicamente interesse no programa do Veículo Lançador de Satélites Brasileiro, o VLS-1. Parabéns ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) pela sua conquista de mercado na Europa com o VSB-30 e pelo programa VLS, agora reconhecido também pelos europeus. Essa sim uma verdadeira vitória. Porém, volto a insistir que o Programa de Microgravidade brasileiro também precisa do VSB-30.
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (11/03) no jornal “Valor Econômico”destacando que a estatal sueca Swedish Space Corporation (SSC), está negociando a compra de novos foguetes de sondagem VSB-30, produzidos no Brasil.
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/
Suécia Negocia Compra de Foguete Brasileiro
Virgínia Silveira
11/03/2010
A estatal sueca Swedish Space Corporation (SSC), dedicada ao desenvolvimento de tecnologia espacial, está negociando a compra de novos foguetes de sondagem VSB-30, produzidos no Brasil pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão de pesquisado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Segundo o executivo-chefe da SSC, Lars Persson, a empresa já utilizou o VSB-30 em 11 lançamentos de experimentos científicos e tecnológicos apoiados pela Agência Espacial Européia (ESA).
Os dois lançamentos mais recentes ocorreram durante os meses de novembro e dezembro do ano passado, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia. O VSB-30 começou a ser desenvolvido em 2001, a pedido da Agência Espacial Alemã (DLR), para atender ao programa europeu de microgravidade e também para substituir o foguete inglês Skylark 7, que deixou de ser produzido. O desenvolvimento do VSB-30 foi feito com investimentos de cerca de R$ 5 milhões e o DLR arcou com 40% desse valor. O foguete custa cerca de R$ 750 mil.
O programa europeu de microgravidade, conhecido em inglês como "Unified Microgravity Sounding Rocket Program for the Future", reúne um consórcio de organizações formado pela DLR e pelas companhias Astrium, Kayser-Thredee SSC . Até o momento, o VSB-30 acumula um total de nove lançamentos de sucesso, sendo dois a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA) e sete do Centro de Esrange, na Suécia.
"O VSB-30 é o melhor do mundo em sua categoria. É tão bom e confiável que não vamos gastar tempo, dinheiro e energia para inventar o que já existe", afirmou Persson. Segundo ele, as organizações européias envolvidas no programa de microgravidade já trabalham nos experimentos científicos e tecnológicos que serão lançados, em abril de 2011, por meio de três foguetes de sondagem do IAE.
Em 2004, quando o programa de lançadores brasileiro sofreu um revés, com a explosão do foguete VLS-1 na torre de Alcântara, a companhia canadense Bristol Aerospace chegou a oferecer ao consórcio europeu um vôo gratuito do foguete de sondagem Black Brant, visando à substituição do VSB-30. Segundo o IAE, a agência espacial alemã DLR se manteve firme na manutenção dos lançamentos com o foguete de sondagem brasileiro. "O nosso foguete foi o primeiro produto espacial brasileiro a ser comercializado no mercado externo e também o primeiro a receber uma certificação de nível internacional, o que demonstra o alto nível de capacitação brasileira no segmento espacial", disse o diretor do IAE,coronel Francisco Carlos Melo Pantoja.
A certificação do VSB-30, emitida em outubro de 2009, contou com uma rigorosa avaliação da ESA e das companhias européias do programa de microgravidade, afirmou Pantoja.
A missão do foguete de sondagem brasileiro é lançar um conjunto de experimentos (carga útil) com massa de até 400 quilos, a uma altitude máxima de 250 quilômetros, permanecendo no ambiente de microgravidade por seis minutos. Durante esse período, a carga útil aciona um sistema que elimina qualquer movimento angular. Com isso, a formação de cristais torna-se uniforme, conferindo melhores propriedades aos produtos químicos, orgânicos e inorgânicos, e às ligas metálicas.
Nos dois mais recentes lançamentos do VSB-30 feitos na Suécia, o foguete levou ao espaço experimentos científicos com o objetivo de testar novos materiais e o comportamento de células humanas e metais em ambiente de microgravidade, informou Persson.
Em visita recente ao Brasil, o executivo-chefe da SSC reuniu-se com os pesquisadores do IAE para reforçar a parceria que a empresa mantém como instituto na área de foguetes de sondagem e para apresentar um combustível inédito que a companhia pretende testar, em breve, no lançamento do seu mais novo satélite, o Prisma. "Trata-se de um combustível ecológico, feito à base de compostos salinos e que já demonstrou, em laboratório, ser 30% mais potente que os compostos líquidos normalmente utilizados pelos atuais lançadores", disse o executivo.
Persson informou que a SSC também tem interesse em colaborar no desenvolvimento do programa brasileiro de lançadores e que considera o foguete VLS-1muito promissor, porque pode atuar em um nicho de mercado novo, que está crescendo bastante.
"Para os microssatélites e nanossatélites de até 400 quilos não existe quase nenhum lançador disponível, o que nos obriga a procurar o serviço dos grandes lançadores, nem sempre disponíveis quando precisamos", disse Persson. O Brasil, segundo o executivo, tem interesse em dominar a tecnologia de microssatélites e a SSC quer oferecer uma parceria nessa área, que poderá facilitar o acesso do país a esse mercado.
O lançamento de dois satélites Prisma, planejado para o próximo mês, será feito pelo foguete russo Dnieper, disse Persson. Avaliado em US$ 75milhões, o Prisma é um microssatélite demonstrador de tecnologia, que será usado como plataforma para várias aplicações, especialmente na área de observação da Terra.
Com faturamento anual de US$ 250 milhões e 650 profissionais em 11 países,a SSC é especializada no desenvolvimento de câmeras para satélites de observação da Terra, prestação de serviços de recepção de dados de satélites, pesquisas em ambiente de microgravidade e vigilância marítima por meio de radares, câmeras e sensores.
Fonte: Jornal “Valor Econômico” de 11/03/2010 via o NOTINP da FAB
Comentário: Felizmente amigos o PEB não vive só de más notícias tipo as Alcântara Cyclone Space da vida. O sucesso desse foguete VSB-30 na Europa é inegável e certamente gerará interesse europeu em outros projetos de verdadeira contribuição para o “Programa Espacial Brasileiro”. Na verdade, o interesse da Swedish Space Corporation (segundo explicitado na matéria) no programa do VLS-1, já é uma grande prova do efeito cascata gerado por esse excelente foguete brasileiro VSB-30. Por outro lado, pela primeira vez uma instituição estrangeira da área espacial demonstra publicamente interesse no programa do Veículo Lançador de Satélites Brasileiro, o VLS-1. Parabéns ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) pela sua conquista de mercado na Europa com o VSB-30 e pelo programa VLS, agora reconhecido também pelos europeus. Essa sim uma verdadeira vitória. Porém, volto a insistir que o Programa de Microgravidade brasileiro também precisa do VSB-30.