Malvinas recebem caças rejeitados por Brasil
Roberto Godoy
O mais poderoso caça da União Europeia, o Typhoon, foi descartado pelo Comando da Aeronáutica do Brasil logo na primeira fase do programa F-X2 - a escolha direta dos novos aviões de combate de tecnologia avançada para a aviação militar. O Eurofighter era caro demais e o consórcio construtor, formado por quatro países - Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e Espanha - não contemplava a ampla transferência de tecnologia exigida no processo de seleção.
Ainda assim, o grande supersônico vai operar no Atlântico Sul. Há pouco mais de duas semanas, quatro deles chegaram à formidável base britânica de Mount Pleasant, nas ilhas Falklands/Malvinas, de onde serão lançados para cumprir missões de vigilância armada e monitoramento do espaço aéreo austral. Os ingleses, e também seus aliados americanos, temem a utilização das rotas antárticas como linha de trânsito clandestino do terrorismo internacional e do tráfico de armas.
Os Typhoon saíram do complexo da Royal Air Force (RAF) em Coningsby, em 12 de setembro, acompanhados por um cargueiro que transportou peças e pessoal técnico. O voo teve apenas uma escala, na Ilha de Ascensão. Ao longo da viagem os caças foram reabastecidos em voo.
O centro de defesa de Mount Pleasant foi criado em 1982, três dias depois do fim da guerra entre britânicos e argentinos pela posse das ilhas. O custo inicial de instalação era estimado em US$ 158 milhões. Em 2007 os investimentos chegavam a US$ 523 milhões. As ilhas têm 2.300 habitantes civis.
A base abriga 1.650 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. Há navios, radares digitais, mísseis antiaéreos e um atracadouro capaz de receber submarinos nucleares, aviões Hércules EC-130 de monitoramento eletrônico, helicópteros antissubmarinos, uma fragata lança-mísseis, lanchas torpedeiras, um jato de reabastecimento em voo e, agora, os caças mais modernos da Grã-Bretanha.
O custo de manutenção dos serviços bate em US$ 3,9 milhões por semana, de acordo com o último dado disponível, revelado em 2006. Segundo Derek W. um ex-oficial britânico que atuou na área e hoje vive no Uruguai, a rotina da base começa às 6 horas da manhã. "Faz frio o ano todo nas 700 ilhas e afloramentos; no verão isso pode significar temperatura média de 8 graus - no inverno as marcas são negativas", conta.
Typhoon nas Falklands
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Re: Typhoon nas Falklands
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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