TAM procura sócio para manutenção
Enviado: Sex Ago 22, 2008 9:04 pm
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TAM procura sócio para manutenção
A TAM estuda ter um sócio para sua unidade de manutenção de aeronaves, um negócio ainda pouco representativo para a companhia aérea mas que deve apresentar um dos maiores crescimentos nos próximos anos.
David Barioni Neto, presidente da TAM, conta que já há conversas em andamento com algumas das maiores empresas mundiais de MRO - sigla que vem do inglês para designar manutenção, reparo e revisão. No grupo dos potenciais parceiros, segundo o executivo, estão companhias como Lufthansa Technik, ACTS e SR Technics, que são ex-divisões das companhias aéreas Lufthansa, Air Canada e Swiss; e empresas como Air France, Iberia, Delta e United, que têm subsidiárias de MRO.
A TAM já possui ligação estreita com Lufthansa, Air Canada, Swiss e United, pois nos últimos meses fechou acordo de compartilhamento de vôos com elas. As quatro fazem parte da Star Alliance e existe a expectativa de que a TAM também se una a essa aliança de empresas aéreas.
Encontrar um parceiro estratégico, porém, não é a única possibilidade. Uma alternativa é ter um sócio para injetar recursos financeiros, como um fundo de participação. A outra probabilidade é a TAM continuar sozinha no negócio. "Não temos pressa, mas até o fim do ano devemos escolher", diz Barioni.
"Honestamente, não vejo tanta necessidade de um sócio financeiro, pois já fizemos boa parte dos investimentos no centro de manutenção e temos caixa." Já um parceiro estratégico, diz o executivo, permitiria à TAM ganhar clientes em ritmo superior ao que ela conseguiria ficando sozinha.
Enquanto não se decide, a TAM contratou um diretor de vendas para a área de MRO.
Segundo Barioni, embora a atividade da divisão seja quase toda dedicada à frota de 111 aviões da própria TAM, há espaço ocioso para atender outros clientes nas sete linhas de manutenção que a empresa possui em seu centro de MRO, em São Carlos (SP). No ano passado, a TAM previu que os serviços para terceiros cresceriam 50% em 2008 e gerariam receita de US$ 18 milhões.
Para as grandes companhias de MRO, a potencial vantagem de firmar uma parceria com a TAM é oferecer serviços a preços menores. O custo da mão-de-obra no Brasil chega a ser até 30% mais baixo do que na Europa e Estados Unidos, onde estão concentrados os serviços de MRO.
Empresas como a Lufthansa e a SR já criaram subsidiárias na Ásia para obter a vantagem do custo menor. A expansão geográfica das empresas vem ganhando importância num momento em que cresce a preferência das companhias aéreas por serviços globalizados. A alemã Lufthansa Technik, que é a maior em MRO com faturamento de ? 3,6 bilhões em 2007, tem 29 subsidiárias espalhadas na Europa, Estados Unidos, Ásia e Austrália.
Mas, na América Latina, a presença dessas companhias ainda é tímida. A ACTS, que foi montada pela Air Canada e depois adquirida pelo fundo KKR, comprou há dois anos 80% da Aeroman, localizada em San Salvador, na América Central. Em 2005, a companhia aérea portuguesa TAP adquiriu a VEM, antiga divisão de manutenção do grupo Varig, no Brasil.
O objetivo da TAM é atender principalmente as companhias aéreas latino-americanas. "Existe espaço para uma empresa com esse foco e a vantagem é que os serviços à TAM já cobrem os custos fixos", diz Barioni. O mercado de MRO na região movimenta cerca de US$ 2 bilhões - no mundo são mais de US$ 40 bilhões.
No fim de 2007, a TAM apresentou a divisão de MRO como um dos negócios que, junto com o programa de fidelidade, podem vir a ser desmembrados da companhia aérea. Se a escolha da TAM for se manter sozinha no negócio, a separação da área de manutenção ocorrerá em dois ou três anos, quando o envelhecimento da frota na América Latina estiver gerando demanda suficiente pelos serviços.
A TAM, contudo, não é a única que busca um sócio. A TAP também vem procurando, desde o ano passado, um parceiro estratégico para a VEM, que afirma ser a maior companhia de MRO sulamericana.
"A TAP quer um parceiro para ajudá-la a desenvolver o negócio de manutenção", afirma Nestor Mauro Koch, vice-presidente de marketing, vendas e logística da VEM.
A empresa, que antes prestava 85% dos seus serviços à Varig, teve que sair em busca de outros clientes quando a companhia aérea entrou em crise e reduziu drasticamente suas operações, em 2006.
Segundo Koch, a TAP teve que enxugar a VEM e demitiu quase 2 mil funcionários. "Hoje, temos mais de 100 clientes do mundo todo", diz o executivo. "A meta para 2008 é chegar a um faturamento de US$ 200 milhões."
fonte: Roberta Compassi - Valor
Um abraço e até mais...
TAM procura sócio para manutenção
A TAM estuda ter um sócio para sua unidade de manutenção de aeronaves, um negócio ainda pouco representativo para a companhia aérea mas que deve apresentar um dos maiores crescimentos nos próximos anos.
David Barioni Neto, presidente da TAM, conta que já há conversas em andamento com algumas das maiores empresas mundiais de MRO - sigla que vem do inglês para designar manutenção, reparo e revisão. No grupo dos potenciais parceiros, segundo o executivo, estão companhias como Lufthansa Technik, ACTS e SR Technics, que são ex-divisões das companhias aéreas Lufthansa, Air Canada e Swiss; e empresas como Air France, Iberia, Delta e United, que têm subsidiárias de MRO.
A TAM já possui ligação estreita com Lufthansa, Air Canada, Swiss e United, pois nos últimos meses fechou acordo de compartilhamento de vôos com elas. As quatro fazem parte da Star Alliance e existe a expectativa de que a TAM também se una a essa aliança de empresas aéreas.
Encontrar um parceiro estratégico, porém, não é a única possibilidade. Uma alternativa é ter um sócio para injetar recursos financeiros, como um fundo de participação. A outra probabilidade é a TAM continuar sozinha no negócio. "Não temos pressa, mas até o fim do ano devemos escolher", diz Barioni.
"Honestamente, não vejo tanta necessidade de um sócio financeiro, pois já fizemos boa parte dos investimentos no centro de manutenção e temos caixa." Já um parceiro estratégico, diz o executivo, permitiria à TAM ganhar clientes em ritmo superior ao que ela conseguiria ficando sozinha.
Enquanto não se decide, a TAM contratou um diretor de vendas para a área de MRO.
Segundo Barioni, embora a atividade da divisão seja quase toda dedicada à frota de 111 aviões da própria TAM, há espaço ocioso para atender outros clientes nas sete linhas de manutenção que a empresa possui em seu centro de MRO, em São Carlos (SP). No ano passado, a TAM previu que os serviços para terceiros cresceriam 50% em 2008 e gerariam receita de US$ 18 milhões.
Para as grandes companhias de MRO, a potencial vantagem de firmar uma parceria com a TAM é oferecer serviços a preços menores. O custo da mão-de-obra no Brasil chega a ser até 30% mais baixo do que na Europa e Estados Unidos, onde estão concentrados os serviços de MRO.
Empresas como a Lufthansa e a SR já criaram subsidiárias na Ásia para obter a vantagem do custo menor. A expansão geográfica das empresas vem ganhando importância num momento em que cresce a preferência das companhias aéreas por serviços globalizados. A alemã Lufthansa Technik, que é a maior em MRO com faturamento de ? 3,6 bilhões em 2007, tem 29 subsidiárias espalhadas na Europa, Estados Unidos, Ásia e Austrália.
Mas, na América Latina, a presença dessas companhias ainda é tímida. A ACTS, que foi montada pela Air Canada e depois adquirida pelo fundo KKR, comprou há dois anos 80% da Aeroman, localizada em San Salvador, na América Central. Em 2005, a companhia aérea portuguesa TAP adquiriu a VEM, antiga divisão de manutenção do grupo Varig, no Brasil.
O objetivo da TAM é atender principalmente as companhias aéreas latino-americanas. "Existe espaço para uma empresa com esse foco e a vantagem é que os serviços à TAM já cobrem os custos fixos", diz Barioni. O mercado de MRO na região movimenta cerca de US$ 2 bilhões - no mundo são mais de US$ 40 bilhões.
No fim de 2007, a TAM apresentou a divisão de MRO como um dos negócios que, junto com o programa de fidelidade, podem vir a ser desmembrados da companhia aérea. Se a escolha da TAM for se manter sozinha no negócio, a separação da área de manutenção ocorrerá em dois ou três anos, quando o envelhecimento da frota na América Latina estiver gerando demanda suficiente pelos serviços.
A TAM, contudo, não é a única que busca um sócio. A TAP também vem procurando, desde o ano passado, um parceiro estratégico para a VEM, que afirma ser a maior companhia de MRO sulamericana.
"A TAP quer um parceiro para ajudá-la a desenvolver o negócio de manutenção", afirma Nestor Mauro Koch, vice-presidente de marketing, vendas e logística da VEM.
A empresa, que antes prestava 85% dos seus serviços à Varig, teve que sair em busca de outros clientes quando a companhia aérea entrou em crise e reduziu drasticamente suas operações, em 2006.
Segundo Koch, a TAP teve que enxugar a VEM e demitiu quase 2 mil funcionários. "Hoje, temos mais de 100 clientes do mundo todo", diz o executivo. "A meta para 2008 é chegar a um faturamento de US$ 200 milhões."
fonte: Roberta Compassi - Valor
Um abraço e até mais...