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Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 9:02 am
por Corsário01
Esse NaPa da Finlândia me impressionou pelo poder que tem, mas, gostaria de uma opinião mais aprofundada do Marino ou do Walter, sobre como o mesmo se daria aqui na nosso costa.
Ele teria só qualidades como o video posta ou teria muitas dificuldades também?

Aguardo os comentários!





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Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 10:37 am
por Marino
Gostei imensamente.
Já podemos ver no horizonte algumas alterações importantes, como o desenvolvimento de um MAGE para nossos NPa, postado pelo Talha ano passado, creio, e o MAN. Nossos NPa passarão a ter bons "dentes".

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 10:47 am
por Corsário01
Marino, mas o que achou da disposição dos misseis?
Fantástico não? Aproveitando o NaPa500, não poderiamos "pensar" nestas modificações?
Ou vc acha melhor aguardar para o de 1.600ton?
O water jet poderia ser um fator importante para inserir este tipo de NaPa( 275ton) no cenário fluvial?

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 11:07 am
por Marino
Nosso cenário fluvial é diferente do pensado pelos países que usam o water jet. Aqui temos 2 tipos de rios: os de água preta e os de água barrenta.
Os de água preta não transportam dejetos ou partículas em suspensão, nós os usamos para reabastecer de água os tanques em longas comissões, p.ex.
Os de água barrenta possuem terra em suspensão.
Todo os rios da Amazônia, de água preta ou barrenta, também possuem folhas, galhos, etc, em suspensão, em um ambiente bem diferente dos rios europeus.
Imagine este "material" entrando no sistema de water jet.
Nossos NaPaFlu possuem uma proteção para o hélice, a fim de evitar que troncos destruam a propulsão. É um ambiente bem diferente, no qual NÓS estamos acostumados, NÓS treinamos, e não deixamos ninguém mais treinar.
Então, mesmo não sendo especialista na matéria, mas tendo servido na Amazônia, creio que estamos adaptados a nosso meio, com nossas soluções, que funcionam perfeitamente.
Quanto aos mísseis, estou doido para ver um MAN em nossos NPa de 500.
Vamos esperar.

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 11:20 am
por Corsário01
Valews!!!! :wink:

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 11:52 am
por soultrain
Name:Hamina
Completed: 4
Active: 4
General characteristics
Type: Fast attack craft
Displacement: 250 tons
Length: 51 m
Beam: 8.5 m
Draught: 1.7 m
Propulsion: 2 × MTU 16V 538 TB93 diesels; 6600 kW.
2 × Rolls Royce Kamewa 90SII waterjets
Speed: 30+ knots
Range: 500 nm
Complement: 26
Sensors and processing systems:

Ceros-200 FCS (Saab)
Consilium Selesmar maritime radar
TRS-3D/16-ES multimode acquisition 3D radar (EADS)
ANCS 2000 Combat Management System (EADS)
MSSR 2000 I IFF (EADS)
EOMS (SAGEM)
Simrad Subsea Toadfish sonar
Sonac/PTA towed array sonar (Finnyards)

Electronic warfare
and decoys:

MASS (Multi Ammunition Soft-kill System) (Rheinmetall)
Decoys: Philax chaff, IR flares
Smoke system: Lacroix ATOS
EMS: Matilda radar warning system (Thales)

Armament: 1 × ?Bofors 57 mm/70 SAK Mk3
2 × 12.7?mm machine guns (NSV)
8 × Umkhonto-IR SAM (Denel)
4 × RBS-15 Mk3 SSM (Saab)
1 × rail for depth charges or mines (Sea Mine 2000)
Notes: Ships in class include:
Hamina (80)
Tornio (81)
Hanko (82)
Pori (83)

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 12:21 pm
por Vagner Oliveira
Battleaxe escreveu:Marino, mas o que achou da disposição dos misseis?
Fantástico não? Aproveitando o NaPa500, não poderiamos "pensar" nestas modificações?
Ou vc acha melhor aguardar para o de 1.600ton?
O water jet poderia ser um fator importante para inserir este tipo de NaPa( 275ton) no cenário fluvial?
Grande Padilha.
Bom dia.
Antes de mais nada, feliz Dia dos Pais.
Estou escrevendo pouco por absoluta falta de tempo, mas gostaria de tecer alguns humildes comentários.

De uma maneira geral (repito, de forma genérica, não pontual) nos fóruns de defesa, comete-se uma falha básica, que é a de admirar-se primeiro com o equipamento e depois seu possível emprego, ao invés de se analisar as tarefas, o ambiente, e depois, procurar quais os vetores adequados. Os nossos amigos do PN são mestres nisso, garimpando navios mundo afora e levantado questões do tipo "esse não é uma beleza, seria ótimo ter uns desses por aqui!". É mais ou menos como "esse carro de fórmula 1 é um espetáculo, acho que quero um para andar lá na minha fazenda no interior de Mato Grosso".
Vamos ao exemplo em questão, que foi postado lá no PN.

A MB,quando pensa em navios-patrulha, ela está pensando em presença e fiscalização da zona econômica e águas interiores, que é atividade prevista nas tarefas dela, e até que se mude isso (e eu acho que vai aumentar mais ainda), vai continuar exigindo cada vez mais esforço, daí o atual discurso dos 50 NPa. Para fazer isso, os NPa não precisam de sensores e sistemas de armas sofisitcados, que representam 2/3 de seu custo. Ele não precisa navegar a trinta nós por um dia inteiro, porque ele já estará lá na patrulha, ele não precisa correr a 45 nós atrás da lancha do traficante (como alguns deram exemplo aqui) porque a granada do canhão viaja a 900 m/s e lancha de traficante nenhum anda nessa velocidade e ele só não vai parar se não tiver juízo.

Esses navios pequenos ( digo abaixo de uns 800 a 1000ton de deslocamento) armados até os dentes, com MSA, MSS, etc..., e que navegam três dias e precisam reabastecer, não nos servem para quase nada. Deve ter gente pulando na cadeira ao ler isso. Deixo bem claro que quero dizer que não servem para quase nada, quando pensamos nele contra outros navios de guerra no nosso cenário litorâneo.

Vou tentar ser mais claro.
1) cenário nórdico:
- esses navios tem curtíssima autonomia. Não aguentam 24 horas andando a 20 nós. Isso serve para eles;
- as distâncias lá nos países em questão não são maiores do que Rio-São Paulo;
- eles cumprem missões curtas, de horas ou poucos dias;
- as águas lá são praticamente interiores, mar chão, dentro de um litoral super recortado, que provê esconderijo fácil para eles e que "abraça" o invasor, gerando ameaças de todas as direções;
- como o mar lá é calmo, eles não sofrem restrições ao emprego dos MSS. Um navio desse, navegando no mar do norte num dia normal, não dispara nenhum MSS, sabe porque? porque o míssil não sai. O sistema não deixa pois sempre se excede os limites de caturro e balanço da plataforma;

2) nosso cenário:
- precisamos de navios que fiquem muitos dias no mar, em patrulha. Os Grajaú cumprem patrulhas de cerca de oito dias atualmente e, não tenho dúvida, isso vai aumentar muito com os de 500 ton;
- nossas distâncias, mesmo espalhando unidades por todos os distritos navais, são enormes. Você leva dois dias inteiros, em velocidade de patrulha (cerca de 12 nós), para percorrer só o litoral da Bahia;
- nós praticamente não temos águas interiores no nosso litoral e ele é pouquíssimo recortado, por incrível que alguns possam achar. Por exemplo você sai de Rio Grande e não tem nenhum lugar para se esconder praticamente até Florianópolis, quase um dia e meio de viagem em velocidade de patrulha;
- nós temos um litoral que oferece ameaça de uma direção só. Nos exercícios da Esquadra, os nossos NPa (simulando possuir mísseis) sempre vem da direção do litoral, tentando misturar-se a pesqueiros e mercantes e geralmente são identificados antes de entrarem em distância de engajamento. Quando tentam vir por fora, da direção do mar para a terra, normalmente é mais fácil ainda pegá-los, porque nosso litoral não envolve o agressor, como o litoral do norte da Europa. Quando muito conseguem disparar um míssil e aí são descobertos e eliminados. A missão é quase kamikaze.


O que eu estou tentando dizer com tudo isso é que Navios pequenos, com esse nível de sofisticação de sensores, sistemas e armamento, aqui sim é dinheiro jogado fora (deve ter gente no fórum querendo me bater agora), pois vão nos servir de muito pouca coisa quando quisermos empregá-los contra oponentes de grande porte (que são os que viriam aqui nos incomodar).
E para fazer PATRULHA (no conceito de fiscalização e presença nas nossas águas) é caro demais. Alguém aqui tem notícia de um MSS lançado contra um pesqueiro ilegal ou embarcação do narcotráfico?

Com relação ao emprego dele no meio fluvial, afirmo categoricamente a você: não nos serviriam de nada, porquê:
- esses navios não tem fundo chato e devem calar, pelo menosm uns três metros. Com isso, não sairiam da calha principal do Amazonas, não navegam nos seus afluentes e servem pouco no rio Paraguai;
- radares de busca de superfície e de direção de tiro contra alvos de superfície, deixam de funcionar na primeira curva do rio. São cegos;
- os waterjets entupirão, provavelmente, no primeiro detrito (que não falta lá) que o sistema aspirar;

Navios para combate fluvial DEVEM ter as seguintes características básicas:
- simplicidade e robustez. Blindagem se possível;
- pequeno calado e fundo chato, com os propulsores embutidos em túneis no casco;
- canhões e metralhadoras de tiro rápido, no máximo integrados a uma alça optrônica com capacidade infravermelha;
- MSS não servem para p... nenhuma;
- MSA são bem vindos para autodefesa e, naquele ambiente, os melhores são os de curto alcance e reação rápida, com guiagem infravermelha;
- se possível um convés de vôo capaz de receber um heli de ataque.

Bom. Paro por aqui...podem começar o apedrejamento....(brincadeirinha...)

Abs.

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 12:46 pm
por Vinicius Pimenta
Vagner, arrebentou! Apedrejar por quê? :lol: :lol: Quem sabe, sabe.

Não tenho outra coisa a dizer, a não ser que concordo plenamente.

Mas que o bichinho lá em cima é bonito, isso é. :lol:

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 12:47 pm
por JL
Tocaram num tema fantástico o do navio fluvial, nós temos a Bacia Amazônica, precisamos muito deste tipo de recurso militar.
No site sistema de armas, tem vários artigos com fotografias de vários tipos de barcos e navios fluviais, aqui na América do Sul, quem tem os barcos mais novos são os colombianos, muito bonitos por sinal. Nós estamos com alguns navios bem usados.
Mas Marino, se você esteve lá, poderia compartilhar um pouquinho de informação especial sobre os nossos navios, não o que se lê por aí, como é operar nestes rios, sobre as suas qualidades, o que precisariamos ter em termos de navios fluviais.
Sei que o pessoal da Marinha de águas azuis, não deve gostar de rio, mas as maiores batalhas da MB foram nos rios, na Guerra do Paraguai. E não dúvido que num futuro, não haja novamente combates nos rios brasileiros. Visto que, a fronteira norte é crítica.
O que é melhor para o teatro de operações amazonico: Navio fluvial com convôo para heli, navio fluvial com lançador Astros, navio fluvial com Bofors de 57 mm, navio fluvial com míssil anti carro Mectron MSS 1, navio fluvial grande ou pequeno, tipo porta helicópteros plataforma ou monitor blindado que nem os russos ou romenos, lancha tipo as sueca que foi testada recentemente ou grande com capacidade para transportar tropas. Que, tipo de casco, catamarã, trimarã. Aço, material composto ou madeira. Que, tipos de sensores, stealth com camuflagem especial, hovercrafts, multi-função, quais os planos da MB para o futuro, qual o melhor armamento para os rios. Muitas dúvidas.

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 12:57 pm
por Corsário01
Oi meu irmão!!!
Estava com saudades de vc. Espero que as caças estejam "gostosas".

Em suma, percebeu pq vc faz falta? rsrsrsrsrsrs
Não estou tendo meu guru para debater. hehehehehe

Mas para mim fechou, como o próprio Marino disse, nossa realidade é outra.
Mas como o Vinicius colocou, o bixinho é lindo! :wink:

Forte abraço!!!!!

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 1:01 pm
por Corsário01
JL escreveu:Tocaram num tema fantástico o do navio fluvial, nós temos a Bacia Amazônica, precisamos muito deste tipo de recurso militar.
No site sistema de armas, tem vários artigos com fotografias de vários tipos de barcos e navios fluviais, aqui na América do Sul, quem tem os barcos mais novos são os colombianos, muito bonitos por sinal. Nós estamos com alguns navios bem usados.
Mas Marino, se você esteve lá, poderia compartilhar um pouquinho de informação especial sobre os nossos navios, não o que se lê por aí, como é operar nestes rios, sobre as suas qualidades, o que precisariamos ter em termos de navios fluviais.
Sei que o pessoal da Marinha de águas azuis, não deve gostar de rio, mas as maiores batalhas da MB foram nos rios, na Guerra do Paraguai. E não dúvido que num futuro, não haja novamente combates nos rios brasileiros. Visto que, a fronteira norte é crítica.
O que é melhor para o teatro de operações amazonico: Navio fluvial com convôo para heli, navio fluvial com lançador Astros, navio fluvial com Bofors de 57 mm, navio fluvial com míssil anti carro Mectron MSS 1, navio fluvial grande ou pequeno, tipo porta helicópteros plataforma ou monitor blindado que nem os russos ou romenos, lancha tipo as sueca que foi testada recentemente ou grande com capacidade para transportar tropas. Que, tipo de casco, catamarã, trimarã. Aço, material composto ou madeira. Que, tipos de sensores, stealth com camuflagem especial, hovercrafts, multi-função, quais os planos da MB para o futuro, qual o melhor armamento para os rios. Muitas dúvidas.

Sem entrar em detalhes como por o Astros num navio, o que vc deseja saber está no post do Vagner. Leia pq está tudo lá para o que vc quer saber.

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 1:28 pm
por Alitson
Battleaxe escreveu:
JL escreveu:Tocaram num tema fantástico o do navio fluvial, nós temos a Bacia Amazônica, precisamos muito deste tipo de recurso militar.
No site sistema de armas, tem vários artigos com fotografias de vários tipos de barcos e navios fluviais, aqui na América do Sul, quem tem os barcos mais novos são os colombianos, muito bonitos por sinal. Nós estamos com alguns navios bem usados.
Mas Marino, se você esteve lá, poderia compartilhar um pouquinho de informação especial sobre os nossos navios, não o que se lê por aí, como é operar nestes rios, sobre as suas qualidades, o que precisariamos ter em termos de navios fluviais.
Sei que o pessoal da Marinha de águas azuis, não deve gostar de rio, mas as maiores batalhas da MB foram nos rios, na Guerra do Paraguai. E não dúvido que num futuro, não haja novamente combates nos rios brasileiros. Visto que, a fronteira norte é crítica.
O que é melhor para o teatro de operações amazonico: Navio fluvial com convôo para heli, navio fluvial com lançador Astros, navio fluvial com Bofors de 57 mm, navio fluvial com míssil anti carro Mectron MSS 1, navio fluvial grande ou pequeno, tipo porta helicópteros plataforma ou monitor blindado que nem os russos ou romenos, lancha tipo as sueca que foi testada recentemente ou grande com capacidade para transportar tropas. Que, tipo de casco, catamarã, trimarã. Aço, material composto ou madeira. Que, tipos de sensores, stealth com camuflagem especial, hovercrafts, multi-função, quais os planos da MB para o futuro, qual o melhor armamento para os rios. Muitas dúvidas.

Sem entrar em detalhes como por o Astros num navio, o que vc deseja saber está no post do Vagner. Leia pq está tudo lá para o que vc quer saber.
Gosto mais destas...

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Abraços...

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 9:45 pm
por Corsário01
Oi Alitson,
São bem bacanas também, mas para o cenário de quem as fabricou. Aqui seriam uma fonte de despesas enorme, pq iriam dar pau toda hora, face ao nosso cenário como foi muito bem explicado acima, pelo Marino e pelo Vagner.
Acho que um Mix de equipamentos modernos em plataformas 100% construídas e testadas para os nossos cenários é que deve ser o caminho e creio que será.

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 9:53 pm
por REGATEANO
Vagner Oliveira, Belarmino?

Re: Navio Patrulha que tomou Toddy

Enviado: Dom Ago 10, 2008 10:40 pm
por Vagner Oliveira
Francisco Daniel escreveu:Vagner Oliveira, Belarmino?
Sim.

Abs.