FAP - QUE OPÇÕES PARA O FUTURO DO TRANSPORTE ESTRATÉGICO?
Enviado: Sáb Jul 19, 2008 11:41 pm
Portugal dispõe actualmente de 6 C-130H operacionais e nas OGMA uma excelente escola de manutenção destas aeronaves, oficinas procuradas por países diversos.
A FAP tem procurado mais o recurso a estas aeronaves que estão agora a meio de vida, dada a participação cada vez maior das FA's portuguesas em múltiplos teatros de operações, desde o Afeganistão, ao Chade, passando recentemente pelo Gabão, sustentação de forças no Líbano, Kosovo, etc.
Se um C-130J está avaliado em 65 milhões de USD (cerca de 40 milhões de €) cada, e se está em preparação um projecto de MLU dos nossos actuais C-130H, ao ler o excelente estudo da Sra. Koslova vislumbrei uma janela de oportunidade:
Porque não aproveitar para comprar usados mais 2 C-130H em meia idade a juntar à actual frota, do que resultaria uma menor rotatividade de cada unidade e assim permitir maior vida útil de cada célula?
Para transporte táctico, e contra a minha espectativa e desejo, a FAP e o Governo optou pelos C-295, em nº de 12 unidades e que deixa antever, após avanços e recuos, que Portugal poderá vir a optar pela compra de entre 3 e 5 A-400M num futuro de médio/longo prazo prazo.
Acontece que os A-400M, pela sua capacidade de carga e velocidade, são uma espécie de concorrente europeu ao americano C-130H ou J, talvez um pouco maior, producto da omnipotente AIRBUS, quando pelo preço de 3 unidades europeias, poderia Portugal comprar e com contrato de manutenção relativo, sustentar uma frota de 6 a 8 C-130H + 2 C-17 Globemaster, em vez de ficar reduzida ao menor indicador comum, que é o de ter num futuro mais ou menos distante 3 a 5 A-400M muito dispendiososo na compra, e 12 C-295 de meia idade nessa altura (2020).
Como se vê, a indústria europeia é ainda algo incipiente, de que ressalta a questão das peças de substituição para os Merlin EH-101.
Como Portugal no seio da Aliança, e no âmbito da União Europeia não tem capacidade e desejo de ser uma potência regional ao nível de equipamentos militares de ataque, poderia ter antes mais valias ao nível de logística e transporte de tropas/equipamentos para projecção e sustentação de forças integradas em missões NATO ou europeias, sempre sob os auspícios de uma defesa comum europeia e devidamente enquadrada pelo Direito Internacional, ou ainda para causas humanitárias.
Por isso eu abro este enquete, ao qual gostaria que dessem as vossas opiniões sinceras.
Isto serve para eu perceber as vossas considerações e desejos, e não para que digam o que realisticamente pode acontecer.
Este é um fórum de discussão, e como nenhum de nós terá poderes de decisão, a discussão é livre.
No fundo, o que eu pretenderia era auscultar os colegas sobre qual o papel que a FAP poderá ter neste domínio no futuro, e com recurso a que tipo e nº de plataformas.
Vantagens e desvantagens de cada uma das opções.
Obrigado
A FAP tem procurado mais o recurso a estas aeronaves que estão agora a meio de vida, dada a participação cada vez maior das FA's portuguesas em múltiplos teatros de operações, desde o Afeganistão, ao Chade, passando recentemente pelo Gabão, sustentação de forças no Líbano, Kosovo, etc.
Se um C-130J está avaliado em 65 milhões de USD (cerca de 40 milhões de €) cada, e se está em preparação um projecto de MLU dos nossos actuais C-130H, ao ler o excelente estudo da Sra. Koslova vislumbrei uma janela de oportunidade:
Porque não aproveitar para comprar usados mais 2 C-130H em meia idade a juntar à actual frota, do que resultaria uma menor rotatividade de cada unidade e assim permitir maior vida útil de cada célula?
Para transporte táctico, e contra a minha espectativa e desejo, a FAP e o Governo optou pelos C-295, em nº de 12 unidades e que deixa antever, após avanços e recuos, que Portugal poderá vir a optar pela compra de entre 3 e 5 A-400M num futuro de médio/longo prazo prazo.
Acontece que os A-400M, pela sua capacidade de carga e velocidade, são uma espécie de concorrente europeu ao americano C-130H ou J, talvez um pouco maior, producto da omnipotente AIRBUS, quando pelo preço de 3 unidades europeias, poderia Portugal comprar e com contrato de manutenção relativo, sustentar uma frota de 6 a 8 C-130H + 2 C-17 Globemaster, em vez de ficar reduzida ao menor indicador comum, que é o de ter num futuro mais ou menos distante 3 a 5 A-400M muito dispendiososo na compra, e 12 C-295 de meia idade nessa altura (2020).
Como se vê, a indústria europeia é ainda algo incipiente, de que ressalta a questão das peças de substituição para os Merlin EH-101.
Como Portugal no seio da Aliança, e no âmbito da União Europeia não tem capacidade e desejo de ser uma potência regional ao nível de equipamentos militares de ataque, poderia ter antes mais valias ao nível de logística e transporte de tropas/equipamentos para projecção e sustentação de forças integradas em missões NATO ou europeias, sempre sob os auspícios de uma defesa comum europeia e devidamente enquadrada pelo Direito Internacional, ou ainda para causas humanitárias.
Por isso eu abro este enquete, ao qual gostaria que dessem as vossas opiniões sinceras.
Isto serve para eu perceber as vossas considerações e desejos, e não para que digam o que realisticamente pode acontecer.
Este é um fórum de discussão, e como nenhum de nós terá poderes de decisão, a discussão é livre.
No fundo, o que eu pretenderia era auscultar os colegas sobre qual o papel que a FAP poderá ter neste domínio no futuro, e com recurso a que tipo e nº de plataformas.
Vantagens e desvantagens de cada uma das opções.
Obrigado