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Protótipo de turbina nacional deve ser concluído neste ano


FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Deve ficar pronto até o final deste ano o protótipo de uma turbina voltada para a aviação que está sendo desenvolvida pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) em parceria com a empresa de engenharia Polaris. Segundo os responsáveis pelo projeto, esta vai ser a primeira turbina aeronáutica produzida no país com tecnologia 100% nacional.

A turbina, chamada de TR 3.500, tem 1,30 metro de comprimento por 54 cm de diâmetro. Movida a querosene, terá capacidade para fazer voar um avião de 1,2 tonelada, o que equivale a uma aeronave para dois passageiros. Equipada com este motor, o avião vai poder atingir velocidade de até 900 km por hora, com um alcance de mil quilômetros.

Para desenvolver o primeiro protótipo, estão sendo investidos cerca de R$ 3 milhões, sendo aproximadamente R$ 1,8 milhão de recursos públicos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O projeto começou há um ano e meio e a previsão é que a turbina entre na fase de testes no início de 2009.

O professor do ITA Homero Santiago Maciel, coordenador do projeto, disse que o país "ainda está muito longe" de competir com grandes empresas como a Rolls Royce, uma das principais fornecedoras de turbinas para grandes aviões de passageiros. Ele apontou, porém, que a tecnologia empregada no TR 3.500 é dominada hoje por apenas oito países.

"A nossa intenção inicialmente é fornecer turbinas para aeronaves não-tripuladas, usadas para fins civis e militares específicos", disse Maciel. Segundo ele, seu grupo já está em negociação com a Aeronáutica. Os motores equipariam aviões não-tripulados usados como alvo aéreo para testes de mísseis.

Aeronaves que fazem vigilância de grandes áreas e inspeção de linhas de transmissão de energia também podem ser equipados com a turbina, disse Maciel. Fora da área aeronáutica, o motor pode ainda gerar energia elétrica à base de gás natural, em substituição aos geradores a diesel.

Se não abandornarmos esta iniciativa, como abandonamos outros tantos bons projetos, uma ótima notícia.
Aliás, uma excelente notícia de qualquer forma, pois pesquisa e desenvolvimento é quase um palavrão em Pindorama.
Parabéns ao ITA, ao FINEP e à empresa que está absorvendo a tecnologia.

O Ita o escambau. Eles estão a 30 anos fazendo isso mas quem realmente fez o negocio girar foi uma empresa privada.

Escambau nada.

A empresa entra com a grana (que o ITA quase nunca tem), e o ITA com o conhecimento. O resultado é esse aí.

Meu paupite: Que tal negociarmos fabricar algumas peças do Turbomeca para os Super Cougar?
Pode ser um negócio viável. Se as FA's compram 50 helicópteros, são pelo menos umas 120 turbinas no mercado, sem contar as para o mercado civil, e a grande quantidade de peças para esse mercado. Com isso poderíamos reduzir o custo da manutenção dos helicópteros e dar mais um passo rumo à fabricação de uma turbina aeronáutica nacional (para helicóptero ou avião).




abraços]

Negativo Brasileiro. O cabeça do negocio é a empresa privada. O Ita está emprestando o Status. Mais não posso falar, mas o buraco é mais embaixo.

Pra vc ter ideia, diversas partesa de turbinas francesas são feitas aqui na região de SJC. Indo para a França e depois voltando para cá só que louco de caro. Iso vc não imaginava né? Nem eu. E a fonte é quente, mas não revelo nem a pau, senão já viu né?

Mas há uma charla de a Turbomeca vir para o Brasil, a reboque do negócio dos Super Cougar, correto? Então, se já há fabricação de peças antes mesmo de a fábrica vir, imaginem DEPOIS...

Aliás, isso me parece perfeitamente lógico, afinal, produzir e vender em Euro podendo fazê-lo por muito menos no Brasil, qualews, a palavra-chave é COMPETITIVIDADE. E somos competitivos, podemos fazer e vender por menos, sejam produtos nossos, sejam estrangeiros...

Uma foto da bendita TR 3.500.

Ela é grandinha, daria um bom alcance para os futuros MAN e Cruise.

essa turbina não dá para equipar um helicoptero??

Tulio, quando eu falei a algum tempo em turbina nacional, e que não gosto da Spey, era por causa disso. Já existe uma fabricação muito forte de componentes para turbinas, mas por contrato, não se podia divulgar. Só que um cobra caiu dentro do ninho por acidente. Ai estamos vendo esse negocio de turbina nacional e tal.

joao fernando escreveu:Negativo Brasileiro. O cabeça do negocio é a empresa privada. O Ita está emprestando o Status. Mais não posso falar, mas o buraco é mais embaixo.

Pra vc ter ideia, diversas partesa de turbinas francesas são feitas aqui na região de SJC. Indo para a França e depois voltando para cá só que louco de caro. Iso vc não imaginava né? Nem eu. E a fonte é quente, mas não revelo nem a pau, senão já viu né?

Amigo João,

Você poderia falar um pouco mais sobre as prováveis aplicações desse projeto. Claro que se não for possível fazer isso, eu vou entender. Mesmo assim, obrigado pela informação que você já compartilhou conosco.

Abraços

Eu chuto num UAV. Daqueles bem equipados, se é que vc me entende. Já percebeu que isso ai daria origem a um UAV armado??? Tecnologia parece que já temos...ou estamos perto. Quem faz um AMX, pode fazer um radiocontrolado.

Não sei não, mas uma turbininha nacional, que pudessemos usar onde bem entendermos...sem coleira nem nada...já imaginou? Eu já.

joao fernando escreveu:Eu chuto num UAV. Daqueles bem equipados, se é que vc me entende. Já percebeu que isso ai daria origem a um UAV armado??? Tecnologia parece que já temos...ou estamos perto. Quem faz um AMX, pode fazer um radiocontrolado.

Não sei não, mas uma turbininha nacional, que pudessemos usar onde bem entendermos...sem coleira nem nada...já imaginou? Eu já.

Pois é. Essa é uma das melhores notícias na área em anos. É mais um passo em direção à independência tecnológica na área militar. Falta o governo aumentar o orçamento das FAs para que elas possam tornar viáveis esses projetos através de encomendas.

Sonho com o dia em que verei o UCAV totalmente brasileiro.

Uma versão avançada dessa turbina poderia muito que bem entrar no projeto do UAV com a África do Sul, né não? Afinal, temos que entrar com algo além de dinheiro, oras...

Bingo Tulio, bingo. Esse é o outro uso dela.

Finalmente apareceu a "TAPP"

Tulio e Fernando o Bateleur vai usar um motor a pistao

A TR 3.500 será usada inicialmente em drones de alto desempenho que serão usados no programa de mísseis ar-ar da FAB e pela MB para simular mísseis anti-navio.

Outra utilizade para ela seria uma outra versão do MAN com microturbina e quem sabe para o ASTROS TM.