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SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 10:39 am
por Penguin
Mais uma opcao de submarino SSK a ser considerada pela MB? Agora britanica...

Imagem

Vidar-36
BMT's design for an affordable ocean-going conventional submarine
Vidar-36TM is a large and capable conventional submarine (SSK) design offering multiple-mission capabilities hosted in an ocean-going platform.

BMT's new SSK design offers a wide variety of benefits to her operators because we have allowed from the outset for a range of design options.

Benefits
Operators of Vidar-36TM will benefit in a number of ways, including:

ocean-spanning reach and persistence;
affordable and adaptable design;
at home in the deep and in the littoral;
land-attack, anti-surface, anti-submarine and special operations;
silent and covert platform.

Design Approach
Our naval architects and engineers developed the designs for Vidar-36TM as members of a multi-disciplinary BMT InSpiraTM project team. Focusing on rapid innovation and the application of new technologies to ship and submarine design, their design philosophy emphasises:

Utilisation of current commercial and military off-the-shelf technologies;
High capability combat system, accommodating refined sonar options as well as support for land attack, special, anti-submarine and anti-surface operations;
Superior standards of accommodation, enabling extended patrol durations;
Communications interoperability and compatibility with net-centric warfare;
Advanced capability for the launch, operation and recovery of autonomous underwater vehicles (AUVs) and tethered unmanned underwater vehicles (UUVs), including options for wet and dry deck hangars.

Features
Benefits are delivered through a number of exciting features offered by Vidar-36TM:

Submerged displacement: 3,600te
Operating depth in excess of 200m;
Maximum submerged speed: 20 knots;
Range: 9,000 nm (snorting), with extended range options;
Length (overall): 79m;
Beam (maximum): 8.4m;
Propulsion: Diesel-electric;
Optional air-independent propulsion system;
Six 21" torpedo tubes;
Up to 18 weapons, including heavyweight torpedoes, anti-ship and land-attack missiles; or
Up to 36 mines;
Capable, modern combat system;
Full suite of sensors including active and passive cylindrical, flank and intercept sonar arrays, mine and obstacle avoidance sonar, and reelable towed sonar array;
Eight universal modules for optronic masts; radar; CESM, satellite and integrated comms masts, and a snort mast;
Communications: Satellite and integrated comms, buoyant wire aerial, underwater telephone;
External modular payload bay abaft the fin;
Five- to ten-man lock-in lock-out facilities (plus special forces mission packages);
Launch, operation and recovery of AUVs and UUVs.

http://www.bmtdsl.co.uk/?/308/899/

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 11:01 am
por LeandroGCard
Era um projeto deste porte que o Brasil deveria buscar para sua próxima classe de sub's convencionais. Com 8,4m de boca contra os 6,2m do Scorpène e os 6,3m do U-214, ele está bem mais próximo do que seria adequado para o casco do futuro SNB.

Leandro G. Card

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 11:15 am
por Carlos Mathias
Iiiiiiiiiiiiiih cara, tudo que é inglês é caro ,muito caro e complicado de manter.

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 11:50 am
por LeandroGCard
Carlos Mathias escreveu:Iiiiiiiiiiiiiih cara, tudo que é inglês é caro ,muito caro e complicado de manter.
Eu me referi ao porte, não ao projeto em si. Pelo que pesquisei, este nem é um projeto real de sub, apenas uma proposta de como eles consideram que seria um sub moderno. Mas o tamanho é bem mais adequado (para propósitos futuros) do que os dos sub's que a MB anda analisando.

A verdade é que, embora eu seja totalmente favorável ao SNB, não apostaria nem um centavo furado em que ele vai realmente ser construído um dia. Não por nenhum problema na planta de propulsão nuclear em si nem por questões econômicas, mas simplesmente porque o Brasil não manteve e expandiu o conhecimento que teria adquirido mais de 20 anos atrás no projeto e construção de submarinos com o programa dos Tupi, o que seria pré-requisito básico.

Receio que se quisermos realmente construir um SNB teremos que re-iniciar todo o programa de engenharia de submarinos praticamente do zero, e acredito que a ajuda estrangeira só irá até sub's convencionas do mesmo tipo dos que já temos. Assim que falarmos a sério em um sub nuclear a comunidade internacional (pelo menos a ocidental) vai fechar todas as portas, pois a pressão contra será grande. Então, ou a MB topa o desafio e sai para aprender a construir sub's de maior porte por conta própria ou vamos ficar enrolando com esta história de "parcerias estratégicas internacionais" para o resto da vida, e no final só vamos conseguir mesmo manter nossa pequena frota de sub's convencionais e ainda pagando um preço muito maior que o necessário para "absorver" uma tecnologia que nunca realmente nos será repassada.

Por isso fico na expectativa de que a MB fale logo em adquirir sub's de porte maior que possam realmente servir de base para o SNB (com projeto importado ou local, não importa, mas que sejam efetivamente construídos), para ver se o negócio é a sério ou apenas mais um sonho que nunca se realizará na prática, como vários outros que este país já teve.

Leandro G. Card

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 3:18 pm
por WalterGaudério
LeandroGCard escreveu:Era um projeto deste porte que o Brasil deveria buscar para sua próxima classe de sub's convencionais. Com 8,4m de boca contra os 6,2m do Scorpène e os 6,3m do U-214, ele está bem mais próximo do que seria adequado para o casco do futuro SNB.

Leandro G. Card
Uma outra opção menos cara e tecnicamente mais segura seria o aperfeiçoamento da Classe Bofors 471(o Collins Australiano). O projeto e seus direitos ainda pertencem aos Suecos.

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 4:32 pm
por Corsário01
A MB quer algo testado e que funcione, de preferência que exista tb, logo........!

Scorpene agora, SNA depois e se precisarmos de um maior a Diesel, quem sabe?
Se os ingleses tirarem do papel e fizerem ele funcionar, pode até ser.

No papel todos são bons. Veja o 214 ! Os coreanos estão calmos até demais para o meu gosto, pois o primeiro deles foi para testes de mar e os problemas surgiram de imediato.

Eixo com problemas - ruidos até 40 decibéis e para completar, com o AIP ligado, 40° dentro do sub.

Os fabricantes afirmaram que vão gastar 5 milhões de Euros para "tentar" solucionar os problemas. Eles queria que os coreanos pagassem???? [000]

Perguntem ao Ciclone se 40° lá embaixo é uma boa temperatura e ainda mais com um sistema como o AIP ligado.

É amigos, quem não sabe nada de subs é a MB! Fala sério! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 6:17 pm
por WalterGaudério
Battleaxe escreveu:A MB quer algo testado e que funcione, de preferência que exista tb, logo........!

Scorpene agora, SNA depois e se precisarmos de um maior a Diesel, quem sabe?
Se os ingleses tirarem do papel e fizerem ele funcionar, pode até ser.

No papel todos são bons. Veja o 214 ! Os coreanos estão calmos até demais para o meu gosto, pois o primeiro deles foi para testes de mar e os problemas surgiram de imediato.

Eixo com problemas - ruidos até 40 decibéis e para completar, com o AIP ligado, 40° dentro do sub.

Os fabricantes afirmaram que vão gastar 5 milhões de Euros para "tentar" solucionar os problemas. Eles queria que os coreanos pagassem???? [000]

Perguntem ao Ciclone se 40° lá embaixo é uma boa temperatura e ainda mais com um sistema como o AIP ligado.

É amigos, quem não sabe nada de subs é a MB! Fala sério! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Vamos com os Scorpene mesmo. E de MK-48, presentemente só fico triste mesmo é pelos DM-2A4 armas espetaculares. Mas o Mk-48 ADCAP6 AT vai dar o "punch" que nós estávamos precisando. Só precisaremos emcomendar um novo lote de recompletamento em 2010.

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Dom Jun 08, 2008 6:31 pm
por LeandroGCard
cicloneprojekt escreveu:
Battleaxe escreveu:A MB quer algo testado e que funcione, de preferência que exista tb, logo........!

Scorpene agora, SNA depois e se precisarmos de um maior a Diesel, quem sabe?
Se os ingleses tirarem do papel e fizerem ele funcionar, pode até ser.

No papel todos são bons. Veja o 214 ! Os coreanos estão calmos até demais para o meu gosto, pois o primeiro deles foi para testes de mar e os problemas surgiram de imediato.

Eixo com problemas - ruidos até 40 decibéis e para completar, com o AIP ligado, 40° dentro do sub.

Os fabricantes afirmaram que vão gastar 5 milhões de Euros para "tentar" solucionar os problemas. Eles queria que os coreanos pagassem???? [000]

Perguntem ao Ciclone se 40° lá embaixo é uma boa temperatura e ainda mais com um sistema como o AIP ligado.

É amigos, quem não sabe nada de subs é a MB! Fala sério! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Vamos com os Scorpene mesmo. E de MK-48, presentemente só fico triste mesmo é pelos DM-2A4 armas espetaculares. Mas o Mk-48 ADCAP6 AT vai dar o "punch" que nós estávamos precisando. Só precisaremos emcomendar um novo lote de recompletamento em 2010.
Se é para ter algo testado então realmente perfiro o já citado Collins. 7,8m de diâmetro do casco, 1,6 a mais que o compacto Scorpène, farão a maior diferença para o SNA. Sei que os Collins também tiveram problemas, mas pelo que foi divulgado foram mais devidos à falta de experiência em construção de subs por parte dos australianos que a qualquer problema de projeto.

Podemos fechar com o Scorpène agora, mas absolutamente nada garante que vamos conseguir desenvolver à partir dele um casco maior capaz de acondicionar o reator RENAP-50 no futuro (vide os Tupi). E não consigo acreditar que os franceses vão realmente nos ensinar a projetar cascos maiores contra a forte pressão internacional que virá.

É muito mais realista imaginar os dois programas como separados e independentes: Um SSK menor agora (Scorpène) para manter e talvez ampliar nossa força de submarinos de patrulha, eventualmente substituindo os próprios Tupi (que já estão na meia-idade); e o SNA, que exigirá uma plataforma completamente diferente no futuro. Um navio maior como o Collins seria uma base muito mais fácil para o desenvolvimento desta plataforma, e era isso que eu gostaria de ver em desenvolvimento. Os trabalhos no reator estão sendo levados à frente e em poucos anos ele deverá estar pronto para ser instalado, mas ficará simplesmente guardado mais um monte de tempo até que um casco adequado esteja disponível.

E com relação aos torpedos, não é meio estranho estarmos com um programa em andamento para um míssil na categoria do EXOCET Block II mas ainda não termos iniciado o desenvolvimento de torpedos nacionais?

Leandro G. Card

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Seg Jun 09, 2008 2:54 pm
por Brasileiro
E com relação aos torpedos, não é meio estranho estarmos com um programa em andamento para um míssil na categoria do EXOCET Block II mas ainda não termos iniciado o desenvolvimento de torpedos nacionais?
Eu não acho não.

Não temos mercado para uma linha de produção de torpedos. Nossa frota de submarinos no futuro dificilmente passará de 10 submarinos (sendo bem otimista). Isso quer dizer, que teremos demanda para, no máximo, uns 80 torpedos pesados.

Já em relação aos mísseis, a MB tem uma grande demanda, tanto para a esquadra (não mais que 90 mísseis), aviação naval (uns 30), FAB (mais uns 30) e EB (mais uns 20). Ou seja, temos demanda para cerca de 180 mísseis anti-navio. Isso abre portas para possíveis exportações e consequentemente entrada de dinheiro para o projeto de versões mais avançadas.
É muito mais fácil para uma empresa (Avibrás, Mectron...) se interessar em entrar em um projeto em que possa produzir uma grande quantidade de produtos, tendo garantia sobre o retorno.



abraços]

Re: SSK Vidar-36

Enviado: Seg Jun 09, 2008 7:00 pm
por LeandroGCard
Brasileiro escreveu:
E com relação aos torpedos, não é meio estranho estarmos com um programa em andamento para um míssil na categoria do EXOCET Block II mas ainda não termos iniciado o desenvolvimento de torpedos nacionais?
Eu não acho não.

Não temos mercado para uma linha de produção de torpedos. Nossa frota de submarinos no futuro dificilmente passará de 10 submarinos (sendo bem otimista). Isso quer dizer, que teremos demanda para, no máximo, uns 80 torpedos pesados.

Já em relação aos mísseis, a MB tem uma grande demanda, tanto para a esquadra (não mais que 90 mísseis), aviação naval (uns 30), FAB (mais uns 30) e EB (mais uns 20). Ou seja, temos demanda para cerca de 180 mísseis anti-navio. Isso abre portas para possíveis exportações e consequentemente entrada de dinheiro para o projeto de versões mais avançadas.
É muito mais fácil para uma empresa (Avibrás, Mectron...) se interessar em entrar em um projeto em que possa produzir uma grande quantidade de produtos, tendo garantia sobre o retorno.



abraços]
Na verdade cada sub Tupi transporta 16 torpedos, então seriam 160 e não 80 somente para completar a dotação de todos os 10 subs (se bem que duvido muito que algum dia a MB tenha este número). E não faz muito sentido um país produzir uma determinada arma e ter apenas o estoque mínimo para equipar seus meios de combate, um estoque algo maior faz mais sentido.

Acho que se deve olhar também para o número de torpedos que se utilizaria por ano para treinamentos/testes. Eles terão que ser repostos, e aumenta um pouco mais o número de torpedos a serem adquiridos.

Mas o mais importante na verdade é a independência do país em termos de operação do armamento em caso de guerra. Segundo se fala por aqui no DB, nossos subs tem como principal objetivo dissuadir forças estrangeiras de atacar nossas plataformas de petróleo ou aproximar-se de nosso litoral para atacar nosso território continental. Vale à pena pensar; quais nações realmente tem a capacidade de fazer isto? Será que é uma boa estratégia dissuasiva contar com armamento feito por elas mesmas para nossa defesa?

Abraços,

Leandro G. Card