Muito se fala sobre a implantação de um 2º Grupo de Defesa Aérea na Amazônia, mas isso certamente val legar ainda muitos anos, se considerarmos que está diretamente dependente das primeiras entregas do F-X.
No entanto, o TOA continua desguarnecido enquanto os vizinhos da fronteira norte se reequipam: Flanker para Venezuela e K-fir para Colômbia. Não que se espere uma agressão por parte deles, mas seria bom a FAB manter caças na região nem que fosse como forma de mostrar força.
Por isso gostaria de discutir com os colegas a viabilidade de a FAB manter permanentemente na região uma esquadrilha em sistema de rodízio entre as bases e os esquadrões. Explico: a cada período determinado de tempo (dois ou três meses, por exemplo), seria deslocada para a região uma esquadrilha (quatro aeronaves e, digamos, oito pilotos) oriunda do GDA, do 1º GAV ou do 1º/14º, em sistema de rodízio. É mais ou menos o que os britânicos fazem nas Falkands ou a OTAN faz nos países bálticos. Essa esquadrilha permaneceria ou em Manaus, ou em Boa Vista ou em Porto Velho, também em esquema de rodízio.
Acredito que para isso seria necessário exercer aquela opção de compra de mais 4 M-2000c para o GDA, com entregas em 2009. Não sou muito fã dele, mas já que foi escolhido como tampão...
O NJ ainda poderia capitalizar politicamente a manobra, dizendo que o objetivo é fortalecer a segurança de vôo na região, dispondo de aeronaves com alto desempenho capazes de auxiliar jatos em apuros na região
De quebra ainda teríamos um treinamento aprofundado dos caçadores de primeira linha no TOA com equipamento supersônico (supõe-se que só operaram com lá nos tucaninhos, quando serviram nos terceiros), bem como aprofundaríamos a doutrina de operação em deslocamento, para participação de missões internacionais.
Enfim, que acham da idéia?
Enquanto o 2º GDA não vem...
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- Thor
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Re: Enquanto o 2º GDA não vem...
A-29 escreveu:Muito se fala sobre a implantação de um 2º Grupo de Defesa Aérea na Amazônia, mas isso certamente val legar ainda muitos anos, se considerarmos que está diretamente dependente das primeiras entregas do F-X.
No entanto, o TOA continua desguarnecido enquanto os vizinhos da fronteira norte se reequipam: Flanker para Venezuela e K-fir para Colômbia. Não que se espere uma agressão por parte deles, mas seria bom a FAB manter caças na região nem que fosse como forma de mostrar força.
Por isso gostaria de discutir com os colegas a viabilidade de a FAB manter permanentemente na região uma esquadrilha em sistema de rodízio entre as bases e os esquadrões. Explico: a cada período determinado de tempo (dois ou três meses, por exemplo), seria deslocada para a região uma esquadrilha (quatro aeronaves e, digamos, oito pilotos) oriunda do GDA, do 1º GAV ou do 1º/14º, em sistema de rodízio. É mais ou menos o que os britânicos fazem nas Falkands ou a OTAN faz nos países bálticos. Essa esquadrilha permaneceria ou em Manaus, ou em Boa Vista ou em Porto Velho, também em esquema de rodízio.
Acredito que para isso seria necessário exercer aquela opção de compra de mais 4 M-2000c para o GDA, com entregas em 2009. Não sou muito fã dele, mas já que foi escolhido como tampão...
O NJ ainda poderia capitalizar politicamente a manobra, dizendo que o objetivo é fortalecer a segurança de vôo na região, dispondo de aeronaves com alto desempenho capazes de auxiliar jatos em apuros na região
De quebra ainda teríamos um treinamento aprofundado dos caçadores de primeira linha no TOA com equipamento supersônico (supõe-se que só operaram com lá nos tucaninhos, quando serviram nos terceiros), bem como aprofundaríamos a doutrina de operação em deslocamento, para participação de missões internacionais.
Enfim, que acham da idéia?
Não temos motivos ainda para tal deslocamento. Qualquer escalada de crise não começa de um dia para outro. Qualquer invasão de nosso espaço aéreo seria detectado por nossa rede de radares e prontamente retaliado por vias diplomáticas. Em não havendo resposta diplomática plausível ou considerando uma intenção hostil, aí sim se justifica isso.
Hoje nossa ameaça, ou dever de casa, se consiste de aeronaves como tráfegos ilícitos e para isso o A-29 dá conta do recado. Meteorologia, logística para suportar (sem tanta necessidade) unidades dispendiosas, poucos auxílios à navegação, poucas bases alternativas, distância para parques, pólos industriais e unidades centrais da FAB, tudo pesa para só operar na região em treinamentos vitais ou em reais necessidades. E isso a FAB faz com certa frequencia.
Em nossa pobreza atual, 4 caças, por exemplo, longe de sua base e isolados de suas oficinas, só causariam gastos extras, diminuição da disponilidade, distanciamento de pilotos e mecânicos de suas funções orgânicas de uma unidade, diminuição de quantidade de aeronaves disponíveis em sede para treinamentos, diminuição de treinamento dos pilotos deslocados (pois eles tão lá para outra finalidade), gastos desnecessários com diárias, etc...
Quanto ao treinamento que você comentou, anualmente a FAB treina em diversas situações e, normalmente, o treinamento é maior quando se juntam vários esquadrões da FAB num mesmo exercício, pois aí se tem treinamento de REVO, ataque, escolta de atacantes, PAC, missões de CAV (Controle e Alarme em Vôo - R-99A), Singint (R-99A, R-99B, P-95), CSAR e tudo mais. Aí sim temos treinamento dos planos de mobilidade da FAB, da logística em combate, de guerra. Exemplos em 2007, que eu me lembre: Urubu (E-3F, C-130, A-29, R-99A), Centro-oeste I e II (F-5EM, F-2000, R-99A, A-1, RA-1, A-29), COMDAEX e Charrua (R-99A, R-99B, P-95, F-5EM, F-2000, KC-137, C-130, C-105, A-1, A-29, RA-1, etc), Solimões (R-99A, R-99B, C-105, C-130, AT-26, A-29, etc...) e outras que eu não me lembro (TAC, FAEX, etc). Em 2008 teremos mais e em melhor qualidade, CRUZEX no ínicio de novembro, Centro-oeste em junho, Amazônia e tantas outras de vulto.
Abraços
Brasil acima de tudo!!!
Thor,
Concordo com tudo que você disse. Realmente não há necessidade militar de se manter 4 caças militarmente na Amazônia, já que não temos ameaças imediatas alí. Da mesma forma como não há ameaças em Canoas, Santa Maria, Santa Cruz, Anápolis ou Natal, mas os caças estão lá.
Concordo que não temos recursos, mas também concordo que exercer a soberania sobre nosso espaço aéreo continua sendo função da FAB, com ou sem recursos, daí a idéia de, enquanto eles são minguados, deslocar para lá apenas alguns caças ao invés de um esquadrão inteiro.
Quanto ao restante, ficamos felizes em ver a nossa querida FAB fazendo tantos treinamentos de vulto.
Concordo com tudo que você disse. Realmente não há necessidade militar de se manter 4 caças militarmente na Amazônia, já que não temos ameaças imediatas alí. Da mesma forma como não há ameaças em Canoas, Santa Maria, Santa Cruz, Anápolis ou Natal, mas os caças estão lá.
Concordo que não temos recursos, mas também concordo que exercer a soberania sobre nosso espaço aéreo continua sendo função da FAB, com ou sem recursos, daí a idéia de, enquanto eles são minguados, deslocar para lá apenas alguns caças ao invés de um esquadrão inteiro.
Quanto ao restante, ficamos felizes em ver a nossa querida FAB fazendo tantos treinamentos de vulto.