Marcha para Brasília
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Marcha para Brasília
Fuzileiros Navais revivem marcha do Rio a Brasília
Marinheiros refazem percurso feito na inauguração da capital
Antônio Marinho
Um episódio pouco conhecido dos brasileiros será revivido no próximo mês. Em 27 de março de 1960, um contingente de 124 fuzileiros navais, marinheiros e civis marcharam 24 dias do Rio até Brasília para celebrar a inauguração da nova capital, em 21 de abril. Quarenta e oito anos depois, 200 militares da Força de Fuzileiros da Esquadra e 20 de outras unidades da Marinha vão repetir a "Operação Alvorada". A saída será no próximo dia 29 de março, para percorrer 1.168 quilômetros. Desta vez, em comemoração ao bicentenário do Corpo de Fuzileiros Navais.
Durante a marcha a pé, de 22 dias, da Base de Fuzileiros Navais, na Rodovia Washington Luís, no Rio, até a Praça dos Três Poderes, no Planalto Central, fuzileiros e marinheiros vão realizar ações cívico-sociais, como obras de recuperação de escolas municipais em cidades ao longo do trajeto.
- Além de melhorias em escolas, haverá exposições de material empregado pelos fuzileiros navais e apresentações da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais. O objetivo é chegar na data de aniversário de Brasília. Vamos reviver um episódio de grande relevância histórica, que nos enche de orgulho - diz o almirante-de-esquadra Álvaro Augusto Dias Monteiro Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais.
Marcha deve percorrer 50 quilômetros por dia
Na primeira marcha em março de 1960, os militares foram seguidos por civis durante trechos do percurso. E a média diária de quilômetros percorridos a pé foi de 50 quilômetros ao dia, que deve ser repetir agora.
Criado em 7 de março de 1808, a partir da Brigada Real de Marinha (por decreto da Rainha Maria I), o Corpo de Fuzileiros Navais está sediado na Fortaleza de São José na Ilha das Cobras, no Centro do Rio. Uma de suas primeiras missões foi a participação na luta contra os franceses em Caiena, na Guiana (entre 1808 e 1809). Hoje, participa de missões de paz da ONU, como no Haiti.
Marinheiros refazem percurso feito na inauguração da capital
Antônio Marinho
Um episódio pouco conhecido dos brasileiros será revivido no próximo mês. Em 27 de março de 1960, um contingente de 124 fuzileiros navais, marinheiros e civis marcharam 24 dias do Rio até Brasília para celebrar a inauguração da nova capital, em 21 de abril. Quarenta e oito anos depois, 200 militares da Força de Fuzileiros da Esquadra e 20 de outras unidades da Marinha vão repetir a "Operação Alvorada". A saída será no próximo dia 29 de março, para percorrer 1.168 quilômetros. Desta vez, em comemoração ao bicentenário do Corpo de Fuzileiros Navais.
Durante a marcha a pé, de 22 dias, da Base de Fuzileiros Navais, na Rodovia Washington Luís, no Rio, até a Praça dos Três Poderes, no Planalto Central, fuzileiros e marinheiros vão realizar ações cívico-sociais, como obras de recuperação de escolas municipais em cidades ao longo do trajeto.
- Além de melhorias em escolas, haverá exposições de material empregado pelos fuzileiros navais e apresentações da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais. O objetivo é chegar na data de aniversário de Brasília. Vamos reviver um episódio de grande relevância histórica, que nos enche de orgulho - diz o almirante-de-esquadra Álvaro Augusto Dias Monteiro Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais.
Marcha deve percorrer 50 quilômetros por dia
Na primeira marcha em março de 1960, os militares foram seguidos por civis durante trechos do percurso. E a média diária de quilômetros percorridos a pé foi de 50 quilômetros ao dia, que deve ser repetir agora.
Criado em 7 de março de 1808, a partir da Brigada Real de Marinha (por decreto da Rainha Maria I), o Corpo de Fuzileiros Navais está sediado na Fortaleza de São José na Ilha das Cobras, no Centro do Rio. Uma de suas primeiras missões foi a participação na luta contra os franceses em Caiena, na Guiana (entre 1808 e 1809). Hoje, participa de missões de paz da ONU, como no Haiti.
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A-29 escreveu:Bacana essa comemoração.
Só não entendi como os fuzileiros vão ter tempo de marchar 50 km por dia e ainda fazer ações civico-sociais nas horas livres
É coisa para quem pode mesmo. Eu só aguento 30 km por dia durante 10 dias. Mais do que isso não dá.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Política em Três Tempos- Por Paulo Queiroz
18/1/2008 - 15:46
1 – RESSACA DA CPMF
Como até os candirus do Madeira seriam capazes de prever, por conta do rombo na receita nacional provocado pelo fim da CPMF o primeiro semestre – quiçá o ano inteiro – promete ser dos mais atribulados para as autoridades da administração pública federal. Vale dizer, de pauleira pura para o presidente Lula da Silva (PT). E aqui se entenda por agentes de tais atribulações os integrantes do setor público por inteiro, abrangendo os três poderes, as instituições afins, os setores terceirizados e o mais que estiver se organizando para tentar assegurar o seu pirão primeiro em virtude da farinha abruptamente minguada.
No Poder Executivo, entre os barnabés do batente, começa pelos servidores públicos federais civis e alcança os militares. No Legislativo e no Judiciário, conquanto o funcionalismo dos dois setores esteja calmo, as cúpulas estão para lá de inquietas diante dos primeiros anúncios de corte. Nesse sentido, o governo foi rápido. Mal o ano havia começado e já o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, apressava-se em anunciar que o reajuste salarial de funcionários públicos federais e a abertura de novos concursos públicos estão descartados enquanto o governo federal não conseguir reequilibrar o orçamento de forma a cobrir os R$ 40 bilhões que deixarão de ser arrecadados com o fim da CPMF.
Segundo o ministro, esse é um bom momento para tocar o projeto de lei que limita o aumento do funcionalismo público. O projeto está parado na Câmara dos Deputados. Ele assegurou, no entanto, que o aumento previsto no orçamento de 2008 para o salário mínimo continua mantido. “Temos um acordo com as centrais sindicais e vamos manter. Portanto, mandaremos um projeto de lei mantendo o reajuste para R$ 408,90, que inclusive está previsto no orçamento”. Menos mal. Mas só o anúncio do ministro foi o suficiente para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) reagir à suspensão do reajuste salarial da categoria e já acenar com a possibilidade de greve.
2 – INSURGÊNCIA ABERTA
O sindicalista Sérgio Ronaldo da Silva, da Diretoria da Condsef, por exemplo, disse que, por diversos anos, o governo não cumpriu a promessa de realizar uma política salarial para os servidores públicos. E que, agora, a greve deve ser a principal alternativa para pressionar o Ministério do Planejamento.
Seja com o for, até a divulgação do que o governo pretende fazer em função da perda da CPMF (a previsão é fevereiro), os servidores públicos vão viver momentos de pura tensão e expectativa. Isso porque, conforme salientado, o governo ameaçou suspender a concessão de reajuste salarial para diversas categorias, inclusive daquelas cujos acordos já foram assinados, caso da Polícia Federal, professores e técnicos universitários e Banco Central, mesmo se a CPMF não fosse prorrogada.
Entre os mais prejudicados, segundo a Condsef, estão os funcionários que integram o Plano Geral do Poder Executivo (PGPE), e dos ministérios da Saúde, Previdência e Trabalho. Juntos, somam quase 700 mil servidores que aguardam uma nova tabela salarial há vários anos. Para Lula e seu governo, no entanto, tudo isso seria café pequeno se as queixas ficassem por aí. O buraco, no entanto, é mais embaixo.
Eis que, segundo deu na edição desta quarta-feira (16) da “Folha de S. Paulo”, insatisfeitos com os baixos salários, militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) estão sendo mobilizados para um ato de protesto, marcado para o próximo dia 31, contra o governo federal. Eles querem equiparação salarial com a Polícia Federal e o fim "do sucateamento das Forças Armadas".
Oficialmente, a organização dos protestos do dia 31, chamado de "dia D", é atribuído à União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa), mas em quartéis do sul do Brasil circula, desde terça-feira, cópias de um manifesto que prega, além do protesto pacífico por melhores condições de trabalho e soldo, uma insurgência aberta contra o presidente Lula e os ministros da área econômica. Lascou!
3 – SILENCIAR BRASÍLIA
Um dos organizadores do "dia D", o ex-capitão Luís Fernando Silva, disse que "o protesto será ordeiro e pacífico e qualquer outro posicionamento vai depender da reação do governo". De acordo com o militar, a idéia inicial é organizar protestos em Brasília, Rio de Janeiro e "duas outras capitais ainda não definidas", com "soldados deixando os quartéis e protestando junto com amigos e familiares". Para os militares que servem em unidades no interior do país, está sendo pedido que deixem os quartéis no dia do protesto. Em Apucarana (norte do Paraná), por exemplo, uma manifestação está programada em frente ao quartel do Exército na cidade, às 16h do dia 31.
Silva, no entanto, criticou o manifesto que circula por quartéis do sul do país. "A idéia é um protesto ordeiro, sem a insurgência proposta nesse manifesto", disse. Ivone Luzardo, presidenta da Unemfa, no entanto, concorda com o manifesto, que prega "manter as autoridades da área econômica (ministros da Fazenda e Planejamento) e o presidente da República imobilizados, sem meios de locomoção terrestre e comunicações". "Pode parecer radical, mas o governo não paga o que deve, logo não é digno de ter essa proteção das Forças Armadas", disse a presidente Ivone Luzardo.
O autor do manifesto é o capitão reformado José Geraldo Pimentel, 70, do Exército, que propõe ainda que os militares, no dia 31, "silenciem" Brasília, cortando as comunicações. Para isso, ele conclama os militares à sabotagem dos meios de transporte e de comunicação.
Ouvido na terça-feira pela imprensa, o capitão Pimentel disse que seu manifesto contém apenas o que pode ser publicado. "Medidas mais sérias, que serão tomadas pelos militares na ativa. Eu não divulguei, para que não sejam abortadas".
Longe deste digitador a intenção de invadir as atribuições de Scarbo – o portador de maus presságios. Mas da última vez que inquietações dessa natureza tomaram conta da caserna e não foram levadas a sério o país passou 20 anos sob o tacão do arbítrio.
Autor: Carlos Terceiro
Fonte: NA HORA OnLINE
18/1/2008 - 15:46
1 – RESSACA DA CPMF
Como até os candirus do Madeira seriam capazes de prever, por conta do rombo na receita nacional provocado pelo fim da CPMF o primeiro semestre – quiçá o ano inteiro – promete ser dos mais atribulados para as autoridades da administração pública federal. Vale dizer, de pauleira pura para o presidente Lula da Silva (PT). E aqui se entenda por agentes de tais atribulações os integrantes do setor público por inteiro, abrangendo os três poderes, as instituições afins, os setores terceirizados e o mais que estiver se organizando para tentar assegurar o seu pirão primeiro em virtude da farinha abruptamente minguada.
No Poder Executivo, entre os barnabés do batente, começa pelos servidores públicos federais civis e alcança os militares. No Legislativo e no Judiciário, conquanto o funcionalismo dos dois setores esteja calmo, as cúpulas estão para lá de inquietas diante dos primeiros anúncios de corte. Nesse sentido, o governo foi rápido. Mal o ano havia começado e já o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, apressava-se em anunciar que o reajuste salarial de funcionários públicos federais e a abertura de novos concursos públicos estão descartados enquanto o governo federal não conseguir reequilibrar o orçamento de forma a cobrir os R$ 40 bilhões que deixarão de ser arrecadados com o fim da CPMF.
Segundo o ministro, esse é um bom momento para tocar o projeto de lei que limita o aumento do funcionalismo público. O projeto está parado na Câmara dos Deputados. Ele assegurou, no entanto, que o aumento previsto no orçamento de 2008 para o salário mínimo continua mantido. “Temos um acordo com as centrais sindicais e vamos manter. Portanto, mandaremos um projeto de lei mantendo o reajuste para R$ 408,90, que inclusive está previsto no orçamento”. Menos mal. Mas só o anúncio do ministro foi o suficiente para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) reagir à suspensão do reajuste salarial da categoria e já acenar com a possibilidade de greve.
2 – INSURGÊNCIA ABERTA
O sindicalista Sérgio Ronaldo da Silva, da Diretoria da Condsef, por exemplo, disse que, por diversos anos, o governo não cumpriu a promessa de realizar uma política salarial para os servidores públicos. E que, agora, a greve deve ser a principal alternativa para pressionar o Ministério do Planejamento.
Seja com o for, até a divulgação do que o governo pretende fazer em função da perda da CPMF (a previsão é fevereiro), os servidores públicos vão viver momentos de pura tensão e expectativa. Isso porque, conforme salientado, o governo ameaçou suspender a concessão de reajuste salarial para diversas categorias, inclusive daquelas cujos acordos já foram assinados, caso da Polícia Federal, professores e técnicos universitários e Banco Central, mesmo se a CPMF não fosse prorrogada.
Entre os mais prejudicados, segundo a Condsef, estão os funcionários que integram o Plano Geral do Poder Executivo (PGPE), e dos ministérios da Saúde, Previdência e Trabalho. Juntos, somam quase 700 mil servidores que aguardam uma nova tabela salarial há vários anos. Para Lula e seu governo, no entanto, tudo isso seria café pequeno se as queixas ficassem por aí. O buraco, no entanto, é mais embaixo.
Eis que, segundo deu na edição desta quarta-feira (16) da “Folha de S. Paulo”, insatisfeitos com os baixos salários, militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) estão sendo mobilizados para um ato de protesto, marcado para o próximo dia 31, contra o governo federal. Eles querem equiparação salarial com a Polícia Federal e o fim "do sucateamento das Forças Armadas".
Oficialmente, a organização dos protestos do dia 31, chamado de "dia D", é atribuído à União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa), mas em quartéis do sul do Brasil circula, desde terça-feira, cópias de um manifesto que prega, além do protesto pacífico por melhores condições de trabalho e soldo, uma insurgência aberta contra o presidente Lula e os ministros da área econômica. Lascou!
3 – SILENCIAR BRASÍLIA
Um dos organizadores do "dia D", o ex-capitão Luís Fernando Silva, disse que "o protesto será ordeiro e pacífico e qualquer outro posicionamento vai depender da reação do governo". De acordo com o militar, a idéia inicial é organizar protestos em Brasília, Rio de Janeiro e "duas outras capitais ainda não definidas", com "soldados deixando os quartéis e protestando junto com amigos e familiares". Para os militares que servem em unidades no interior do país, está sendo pedido que deixem os quartéis no dia do protesto. Em Apucarana (norte do Paraná), por exemplo, uma manifestação está programada em frente ao quartel do Exército na cidade, às 16h do dia 31.
Silva, no entanto, criticou o manifesto que circula por quartéis do sul do país. "A idéia é um protesto ordeiro, sem a insurgência proposta nesse manifesto", disse. Ivone Luzardo, presidenta da Unemfa, no entanto, concorda com o manifesto, que prega "manter as autoridades da área econômica (ministros da Fazenda e Planejamento) e o presidente da República imobilizados, sem meios de locomoção terrestre e comunicações". "Pode parecer radical, mas o governo não paga o que deve, logo não é digno de ter essa proteção das Forças Armadas", disse a presidente Ivone Luzardo.
O autor do manifesto é o capitão reformado José Geraldo Pimentel, 70, do Exército, que propõe ainda que os militares, no dia 31, "silenciem" Brasília, cortando as comunicações. Para isso, ele conclama os militares à sabotagem dos meios de transporte e de comunicação.
Ouvido na terça-feira pela imprensa, o capitão Pimentel disse que seu manifesto contém apenas o que pode ser publicado. "Medidas mais sérias, que serão tomadas pelos militares na ativa. Eu não divulguei, para que não sejam abortadas".
Longe deste digitador a intenção de invadir as atribuições de Scarbo – o portador de maus presságios. Mas da última vez que inquietações dessa natureza tomaram conta da caserna e não foram levadas a sério o país passou 20 anos sob o tacão do arbítrio.
Autor: Carlos Terceiro
Fonte: NA HORA OnLINE
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Algo de impressionante essa iniciativa do CFN, mostra o nível de preparo físico desse pessoal. Eu só em pensar já fico exausto, no meu tempo de EB participei de algumas marchas entre elas as de 64 km, na primeira vez lembro que fiquei uma semana sem colocar coturno em função dos calos e esfolados nos pés, imagina como é que vai ficar o pé desse pessoal? Mesmo que haja algum revezamento (o que imagino que vai acontecer), tem é que ser muito GALO para topar uma dessas. Parabéns ao CFN.
Em tempo: peço um favor aos colegas para que não misturem essa iniciativa dos FN com a velha discussão da justa reivindicação salarial dos militares pois não tem nada a ver uma coisa com a outra, até por que se essa moda pega, vai ficar dificíl para os demais servidores públicos na hora de reinvidicar correção salarial, pois já pessaram nos pobres dos professores tendo que marchar até Brasília. Muito embora ser professor no Brasil também requer muita coragem.
Em tempo: peço um favor aos colegas para que não misturem essa iniciativa dos FN com a velha discussão da justa reivindicação salarial dos militares pois não tem nada a ver uma coisa com a outra, até por que se essa moda pega, vai ficar dificíl para os demais servidores públicos na hora de reinvidicar correção salarial, pois já pessaram nos pobres dos professores tendo que marchar até Brasília. Muito embora ser professor no Brasil também requer muita coragem.
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Dandolo Bagetti escreveu:Política em Três Tempos- Por Paulo Queiroz
18/1/2008 - 15:46
1 – RESSACA DA CPMF
Como até os candirus do Madeira seriam capazes de prever, por conta do rombo na receita nacional provocado pelo fim da CPMF o primeiro semestre – quiçá o ano inteiro – promete ser dos mais atribulados para as autoridades da administração pública federal. Vale dizer, de pauleira pura para o presidente Lula da Silva (PT). E aqui se entenda por agentes de tais atribulações os integrantes do setor público por inteiro, abrangendo os três poderes, as instituições afins, os setores terceirizados e o mais que estiver se organizando para tentar assegurar o seu pirão primeiro em virtude da farinha abruptamente minguada.
No Poder Executivo, entre os barnabés do batente, começa pelos servidores públicos federais civis e alcança os militares. No Legislativo e no Judiciário, conquanto o funcionalismo dos dois setores esteja calmo, as cúpulas estão para lá de inquietas diante dos primeiros anúncios de corte. Nesse sentido, o governo foi rápido. Mal o ano havia começado e já o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, apressava-se em anunciar que o reajuste salarial de funcionários públicos federais e a abertura de novos concursos públicos estão descartados enquanto o governo federal não conseguir reequilibrar o orçamento de forma a cobrir os R$ 40 bilhões que deixarão de ser arrecadados com o fim da CPMF.
Segundo o ministro, esse é um bom momento para tocar o projeto de lei que limita o aumento do funcionalismo público. O projeto está parado na Câmara dos Deputados. Ele assegurou, no entanto, que o aumento previsto no orçamento de 2008 para o salário mínimo continua mantido. “Temos um acordo com as centrais sindicais e vamos manter. Portanto, mandaremos um projeto de lei mantendo o reajuste para R$ 408,90, que inclusive está previsto no orçamento”. Menos mal. Mas só o anúncio do ministro foi o suficiente para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) reagir à suspensão do reajuste salarial da categoria e já acenar com a possibilidade de greve.
2 – INSURGÊNCIA ABERTA
O sindicalista Sérgio Ronaldo da Silva, da Diretoria da Condsef, por exemplo, disse que, por diversos anos, o governo não cumpriu a promessa de realizar uma política salarial para os servidores públicos. E que, agora, a greve deve ser a principal alternativa para pressionar o Ministério do Planejamento.
Seja com o for, até a divulgação do que o governo pretende fazer em função da perda da CPMF (a previsão é fevereiro), os servidores públicos vão viver momentos de pura tensão e expectativa. Isso porque, conforme salientado, o governo ameaçou suspender a concessão de reajuste salarial para diversas categorias, inclusive daquelas cujos acordos já foram assinados, caso da Polícia Federal, professores e técnicos universitários e Banco Central, mesmo se a CPMF não fosse prorrogada.
Entre os mais prejudicados, segundo a Condsef, estão os funcionários que integram o Plano Geral do Poder Executivo (PGPE), e dos ministérios da Saúde, Previdência e Trabalho. Juntos, somam quase 700 mil servidores que aguardam uma nova tabela salarial há vários anos. Para Lula e seu governo, no entanto, tudo isso seria café pequeno se as queixas ficassem por aí. O buraco, no entanto, é mais embaixo.
Eis que, segundo deu na edição desta quarta-feira (16) da “Folha de S. Paulo”, insatisfeitos com os baixos salários, militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) estão sendo mobilizados para um ato de protesto, marcado para o próximo dia 31, contra o governo federal. Eles querem equiparação salarial com a Polícia Federal e o fim "do sucateamento das Forças Armadas".
Oficialmente, a organização dos protestos do dia 31, chamado de "dia D", é atribuído à União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa), mas em quartéis do sul do Brasil circula, desde terça-feira, cópias de um manifesto que prega, além do protesto pacífico por melhores condições de trabalho e soldo, uma insurgência aberta contra o presidente Lula e os ministros da área econômica. Lascou!
3 – SILENCIAR BRASÍLIA
Um dos organizadores do "dia D", o ex-capitão Luís Fernando Silva, disse que "o protesto será ordeiro e pacífico e qualquer outro posicionamento vai depender da reação do governo". De acordo com o militar, a idéia inicial é organizar protestos em Brasília, Rio de Janeiro e "duas outras capitais ainda não definidas", com "soldados deixando os quartéis e protestando junto com amigos e familiares". Para os militares que servem em unidades no interior do país, está sendo pedido que deixem os quartéis no dia do protesto. Em Apucarana (norte do Paraná), por exemplo, uma manifestação está programada em frente ao quartel do Exército na cidade, às 16h do dia 31.
Silva, no entanto, criticou o manifesto que circula por quartéis do sul do país. "A idéia é um protesto ordeiro, sem a insurgência proposta nesse manifesto", disse. Ivone Luzardo, presidenta da Unemfa, no entanto, concorda com o manifesto, que prega "manter as autoridades da área econômica (ministros da Fazenda e Planejamento) e o presidente da República imobilizados, sem meios de locomoção terrestre e comunicações". "Pode parecer radical, mas o governo não paga o que deve, logo não é digno de ter essa proteção das Forças Armadas", disse a presidente Ivone Luzardo.
O autor do manifesto é o capitão reformado José Geraldo Pimentel, 70, do Exército, que propõe ainda que os militares, no dia 31, "silenciem" Brasília, cortando as comunicações. Para isso, ele conclama os militares à sabotagem dos meios de transporte e de comunicação.
Ouvido na terça-feira pela imprensa, o capitão Pimentel disse que seu manifesto contém apenas o que pode ser publicado. "Medidas mais sérias, que serão tomadas pelos militares na ativa. Eu não divulguei, para que não sejam abortadas".
Longe deste digitador a intenção de invadir as atribuições de Scarbo – o portador de maus presságios. Mas da última vez que inquietações dessa natureza tomaram conta da caserna e não foram levadas a sério o país passou 20 anos sob o tacão do arbítrio.
Autor: Carlos Terceiro
Fonte: NA HORA OnLINE
Perdoe-me mas não tem nada haver essa notícia até por que esta desatualizada, mas piro do que isso é mal intensionada, pois procuraa fazer terror com essa idéia de golpismo. Isso é coisa do passado, é página virada, vivemos outros tempos e os nossos militares não tem motivos para intervir no jogo político, até por que não terima nenhum tipo de sustentação, nem interna e muito menos externa. A luta que os militares brasileiros travaram no passado ocorreu no âmbito da guerra fria e protanto já foi vencida, a democracia que vivemos hoje é produto dessa fase conflitiva de nossa história da qual os militares se por um lado tiveram seus méritos e até podem considerarem-se vencedores se analisado pelo ângulo dos objetivos iniciais do movimento de 64 (manutenção do sistema capitalista, alinhamento com o ocidente, modernização do país, etc.), também sofreram revezes consideraveis com reflexos que se prolongam aos dias atuais. Em função disso falar hoje em golpe é algo que não contribui em nada para o encaminhamento das importantes questões relativas as FFAA, comparando-se a discussão vinculada ao campo das esquerdas em relação aos questionamentos referentes a lei de anistia, ou seja, não contribui, mas sim atrapalha.
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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lobo_guara escreveu:
Perdoe-me mas não tem nada haver essa notícia até por que esta desatualizada, mas piro do que isso é mal intensionada, pois procuraa fazer terror com essa idéia de golpismo. Isso é coisa do passado, é página virada, vivemos outros tempos e os nossos militares não tem motivos para intervir no jogo político, até por que não terima nenhum tipo de sustentação, nem interna e muito menos externa. A luta que os militares brasileiros travaram no passado ocorreu no âmbito da guerra fria e protanto já foi vencida, a democracia que vivemos hoje é produto dessa fase conflitiva de nossa história da qual os militares se por um lado tiveram seus méritos e até podem considerarem-se vencedores se analisado pelo ângulo dos objetivos iniciais do movimento de 64 (manutenção do sistema capitalista, alinhamento com o ocidente, modernização do país, etc.), também sofreram revezes consideraveis com reflexos que se prolongam aos dias atuais. Em função disso falar hoje em golpe é algo que não contribui em nada para o encaminhamento das importantes questões relativas as FFAA, comparando-se a discussão vinculada ao campo das esquerdas em relação aos questionamentos referentes a lei de anistia, ou seja, não contribui, mas sim atrapalha.
Perfeito.
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Re: Marcha para Brasília
FUZILEIROS NAVAIS
Marcha resgata a história
Duzentos militares da Marinha iniciam hoje, no Rio de Janeiro, uma caminhada em direção a Brasília, repetindo o trajeto feito por 124 homens da força 48 anos atrás. Eles devem chegar à capital em 23 dias
Renato Alves
Da equipe do Correio
“Esse reide a pé teve uma expressão de integração do homem com a terra e reviveu, de certo modo, as façanhas dos bandeirantes que desbravaram o longínquo e misterioso oeste.”
Juscelino Kubitschek
O Brasil começa a reviver hoje um episódio emocionante porém pouco conhecido dos brasileiros. No começo desta manhã, 200 militares da Força de Fuzileiros da Esquadra e 20 de outras unidades da Marinha iniciam uma marcha do Rio de Janeiro a Brasília. Eles vão refazer o trajeto percorrido a pé por 124 fuzileiros navais, em 1960. Os precursores andaram 1.221 quilômetros para participar das festividades de inauguração da nova capital do país, em 21 de abril.
A intenção dos militares que iniciam a jornada hoje é celebrar os 200 anos do Corpo de Fuzileiros Navais e os 48 anos de Brasília. Nos 23 dias de marcha, eles também farão atividades cívicas e sociais. Além de andar 55 km por dia, vão ajudar 31 escolas públicas de 29 municípios. Entre as atividades previstas, estão reparos nas instalações elétricas, hidráulicas, carpintaria e pintura. Ao longo do caminho, a população também terá aulas sobre a aventura dos fuzileiros de 1960.
O Correio resgatou parte dessa história por meio de documentos, fotografias e com alguns dos participantes da Operação Alvorada, nome dado à marcha Rio-Brasília. “Enquanto outras forças mandaram seus homens em caminhões ou aviões, nosso comando decidiu enviar a tropa a pé, como um desafio. Para cumprir a missão, escolheram os homens mais capacitados fisicamente. E todos estavam no corpo de pára-quedistas”, conta o capitão de fragata Alfredo de Souza Coutinho Filho, 74 anos.
Na época, ele era o capitão-tenente Souza Coutinho, um dos comandantes da tropa, responsável por um dos quatro pelotões, com 30 homens cada. Os militares começaram a marchar no começo da manhã de 28 de março, uma segunda-feira. “O início foi a parte mais difícil. Com o passar dos dias, engrenamos, criamos o hábito de andar cerca de 50 km até o começo da tarde”, lembra Coutinho. A única baixa do grupo veio logo no segundo dia.
O sargento cozinheiro teve um mal súbito. Foi colocado em um jipe que o levou às pressas ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios (RJ). Voltou ao Rio de Janeiro, após dias de internação, com muitas seqüelas do derrame cerebral que sofrera. “Foi um sofrimento para ele e para todo o grupo. Ninguém mais sabia cozinhar. Os recrutas passaram a se revezar no rancho. O feijão era um desastre”, comenta o comandante.
Os fuzileiros sofreram outro contratempo no terceiro dia. Seguindo o Manual de Marchas e Estacionamentos, eles substituíram os coturnos por tênis. Mais justos que os coturnos, os tênis provocaram bolhas nos pés dos militares. Para não interromper a marcha e correr o risco de ficar de fora da festa de inauguração de Brasília, retomaram os coturnos, com flanelas, camisetas, cuecas, lenços ou qualquer outro pano macio disponível que amenizasse as dores dos calos e bolhas.
A partir de então, segundo Coutinho, a missão seguiu sem grandes transtornos, à exceção do cansaço. A cada cidade, os militares eram recebidos com homenagens e presentes. “Era uma alegria muito grande. O povo nos dava revistas, jornais, doces, bebidas. Muitos tiravam fotografias. Começamos a perceber que fazíamos algo histórico”, recorda Armando Barreto da Cunha, 71 anos. Hoje um suboficial da reserva, ele era soldado da Operação Alvorada.
Tequila e Alvorada
Nos quartéis do Corpo de Fuzileiros Navais eram permitidos cães, dependendo da tolerância do comandante. Os soldados os protegiam. Um deles, de nome Tequila, se integrou voluntariamente à marcha Rio-Brasília. Era uma cadela vira-latas, que ninguém sabe de onde veio. Foi adotada pelo militares da unidade da Ilha do Governador, no fim de 1958. Em Petrópolis, outra vira-latas, batizada de Alvorada, foi incorporada à coluna. As duas chegaram à nova capital com a tropa. E voltaram com os militares para o Rio de Janeiro, em um caminhão da Marinha, como heroínas.
Pinga para agüentar
O soldado Armando Barreto lembra das artimanhas dele e dos colegas para enfrentar os mais de 1,2 mil quilômetros. “A gente levava pinga no cantil para tomar quando acordava. Todo dia, começávamos a marchar às 5h30. Nas serras de Minas Gerais, fazia um frio danado. Eu escovava os dentes com a pinga”, diz, em meio a gargalhadas. No caminho, moradores dos municípios e outros militares se juntavam aos fuzileiros por alguns quilômetros. Mas três foram até o fim.
No fim do nono dia da marcha, 20 km após Belo Horizonte, por volta das 18h, a coluna recebeu a visita do trio. “Aqueles sim, mesmo que fossem malucos, também eram heróis”, destacou Souza Coutinho. Sujos e cansados, os amigos comunicaram que iriam com os fuzileiros até Brasília. Também queriam participar da festa de inauguração. Entre eles, Renato de Souza Queiroz, de idade desconhecida. Pernambucano, era protético no Rio de Janeiro e paraplégico.
Sem os movimentos das duas pernas, perdidos na fase adulta, ele percorreu mais de 600 km em uma cadeira de rodas, empurrada pelos dois amigos e os militares. “Seu propósito era demonstrar que as adversidades deveriam estimular na realização dos sonhos de cada um. E esse foi um grande exemplo”, comenta Coutinho. Em Brasília, assim, como os fuzileiros, Renato foi recebido em 20 de abril como herói pelos moradores e autoridades, em meio aos esqueletos dos prédios em construção.
Memórias em livro
Para recuperar a memória da Operação Alvorada, Coutinho começou uma pesquisa em 2002. Ele levantou os nomes, endereços e telefones dos integrantes vivos da coluna e, com a ajuda deles, resgatou documentos e imagens. Elas resultaram no livro A Pé para Brasília — crônicas de uma marcha, lançado em 2004. Coutinho mora na capital carioca. Já Barreto gostou tanto da aventura que pediu transferência para Brasília em 1963 e nunca mais foi embora. Casou-se com uma baiana, teve três filhas, que lhe deram três netas. Barreto mora com a mulher, uma filha e uma neta, em Sobradinho. Sua história, assim como a dos companheiros daquela jornada, não será esquecida.
Marcha resgata a história
Duzentos militares da Marinha iniciam hoje, no Rio de Janeiro, uma caminhada em direção a Brasília, repetindo o trajeto feito por 124 homens da força 48 anos atrás. Eles devem chegar à capital em 23 dias
Renato Alves
Da equipe do Correio
“Esse reide a pé teve uma expressão de integração do homem com a terra e reviveu, de certo modo, as façanhas dos bandeirantes que desbravaram o longínquo e misterioso oeste.”
Juscelino Kubitschek
O Brasil começa a reviver hoje um episódio emocionante porém pouco conhecido dos brasileiros. No começo desta manhã, 200 militares da Força de Fuzileiros da Esquadra e 20 de outras unidades da Marinha iniciam uma marcha do Rio de Janeiro a Brasília. Eles vão refazer o trajeto percorrido a pé por 124 fuzileiros navais, em 1960. Os precursores andaram 1.221 quilômetros para participar das festividades de inauguração da nova capital do país, em 21 de abril.
A intenção dos militares que iniciam a jornada hoje é celebrar os 200 anos do Corpo de Fuzileiros Navais e os 48 anos de Brasília. Nos 23 dias de marcha, eles também farão atividades cívicas e sociais. Além de andar 55 km por dia, vão ajudar 31 escolas públicas de 29 municípios. Entre as atividades previstas, estão reparos nas instalações elétricas, hidráulicas, carpintaria e pintura. Ao longo do caminho, a população também terá aulas sobre a aventura dos fuzileiros de 1960.
O Correio resgatou parte dessa história por meio de documentos, fotografias e com alguns dos participantes da Operação Alvorada, nome dado à marcha Rio-Brasília. “Enquanto outras forças mandaram seus homens em caminhões ou aviões, nosso comando decidiu enviar a tropa a pé, como um desafio. Para cumprir a missão, escolheram os homens mais capacitados fisicamente. E todos estavam no corpo de pára-quedistas”, conta o capitão de fragata Alfredo de Souza Coutinho Filho, 74 anos.
Na época, ele era o capitão-tenente Souza Coutinho, um dos comandantes da tropa, responsável por um dos quatro pelotões, com 30 homens cada. Os militares começaram a marchar no começo da manhã de 28 de março, uma segunda-feira. “O início foi a parte mais difícil. Com o passar dos dias, engrenamos, criamos o hábito de andar cerca de 50 km até o começo da tarde”, lembra Coutinho. A única baixa do grupo veio logo no segundo dia.
O sargento cozinheiro teve um mal súbito. Foi colocado em um jipe que o levou às pressas ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios (RJ). Voltou ao Rio de Janeiro, após dias de internação, com muitas seqüelas do derrame cerebral que sofrera. “Foi um sofrimento para ele e para todo o grupo. Ninguém mais sabia cozinhar. Os recrutas passaram a se revezar no rancho. O feijão era um desastre”, comenta o comandante.
Os fuzileiros sofreram outro contratempo no terceiro dia. Seguindo o Manual de Marchas e Estacionamentos, eles substituíram os coturnos por tênis. Mais justos que os coturnos, os tênis provocaram bolhas nos pés dos militares. Para não interromper a marcha e correr o risco de ficar de fora da festa de inauguração de Brasília, retomaram os coturnos, com flanelas, camisetas, cuecas, lenços ou qualquer outro pano macio disponível que amenizasse as dores dos calos e bolhas.
A partir de então, segundo Coutinho, a missão seguiu sem grandes transtornos, à exceção do cansaço. A cada cidade, os militares eram recebidos com homenagens e presentes. “Era uma alegria muito grande. O povo nos dava revistas, jornais, doces, bebidas. Muitos tiravam fotografias. Começamos a perceber que fazíamos algo histórico”, recorda Armando Barreto da Cunha, 71 anos. Hoje um suboficial da reserva, ele era soldado da Operação Alvorada.
Tequila e Alvorada
Nos quartéis do Corpo de Fuzileiros Navais eram permitidos cães, dependendo da tolerância do comandante. Os soldados os protegiam. Um deles, de nome Tequila, se integrou voluntariamente à marcha Rio-Brasília. Era uma cadela vira-latas, que ninguém sabe de onde veio. Foi adotada pelo militares da unidade da Ilha do Governador, no fim de 1958. Em Petrópolis, outra vira-latas, batizada de Alvorada, foi incorporada à coluna. As duas chegaram à nova capital com a tropa. E voltaram com os militares para o Rio de Janeiro, em um caminhão da Marinha, como heroínas.
Pinga para agüentar
O soldado Armando Barreto lembra das artimanhas dele e dos colegas para enfrentar os mais de 1,2 mil quilômetros. “A gente levava pinga no cantil para tomar quando acordava. Todo dia, começávamos a marchar às 5h30. Nas serras de Minas Gerais, fazia um frio danado. Eu escovava os dentes com a pinga”, diz, em meio a gargalhadas. No caminho, moradores dos municípios e outros militares se juntavam aos fuzileiros por alguns quilômetros. Mas três foram até o fim.
No fim do nono dia da marcha, 20 km após Belo Horizonte, por volta das 18h, a coluna recebeu a visita do trio. “Aqueles sim, mesmo que fossem malucos, também eram heróis”, destacou Souza Coutinho. Sujos e cansados, os amigos comunicaram que iriam com os fuzileiros até Brasília. Também queriam participar da festa de inauguração. Entre eles, Renato de Souza Queiroz, de idade desconhecida. Pernambucano, era protético no Rio de Janeiro e paraplégico.
Sem os movimentos das duas pernas, perdidos na fase adulta, ele percorreu mais de 600 km em uma cadeira de rodas, empurrada pelos dois amigos e os militares. “Seu propósito era demonstrar que as adversidades deveriam estimular na realização dos sonhos de cada um. E esse foi um grande exemplo”, comenta Coutinho. Em Brasília, assim, como os fuzileiros, Renato foi recebido em 20 de abril como herói pelos moradores e autoridades, em meio aos esqueletos dos prédios em construção.
Memórias em livro
Para recuperar a memória da Operação Alvorada, Coutinho começou uma pesquisa em 2002. Ele levantou os nomes, endereços e telefones dos integrantes vivos da coluna e, com a ajuda deles, resgatou documentos e imagens. Elas resultaram no livro A Pé para Brasília — crônicas de uma marcha, lançado em 2004. Coutinho mora na capital carioca. Já Barreto gostou tanto da aventura que pediu transferência para Brasília em 1963 e nunca mais foi embora. Casou-se com uma baiana, teve três filhas, que lhe deram três netas. Barreto mora com a mulher, uma filha e uma neta, em Sobradinho. Sua história, assim como a dos companheiros daquela jornada, não será esquecida.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Marcha para Brasília
Muito legal!
Passaram aqui em JF. Inclusive ontem tinha 3 ônibus aqui no centro e do lado de fora tinha alguns caras com camisa de gola escrito "Corpo de Fuzileiros Navais". Mas não sei o que era...
Passaram aqui em JF. Inclusive ontem tinha 3 ônibus aqui no centro e do lado de fora tinha alguns caras com camisa de gola escrito "Corpo de Fuzileiros Navais". Mas não sei o que era...
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Re: Marcha para Brasília
Srs,
Gostaria de compartilhar com vcs a minha visão da marcha dos Fuzileiros para o Planalto Central.
Em viagem ontem para de BH para Juiz de Fora, cruzei com os Fuzileiros Navais em marcha para Brasilia na altura de Carandai às 13:00h.
Hoje retornando para BH cruzei novamente com a coluna de FN na altura de Congonhas às 14:30h. Ou seja após 25h de intervalo os FN cobriram aproximadamente 60Km .
É importante ressaltar que a marcha estava operando em uma área de aclieves/declives em meio a uma tarde nublada e de mormaço. Quando eu observei-os estavam em deslocamento de 3 colunas paralelas com aproximadamente 50 homens em cada. Sugerindo 3 pelotões, formando um Copanhia. O coroa que comandava a coluna entre ontem e hoje era o mesmo e não transparecia nenhum cansaço .
A coluna vinha sendo prescedida por 2 ou 3 unimongs, e uns 4 ou 5 Land Rover. Também acomanhava a coluna uma ambulância, um ônibus, dois caminhões de carga comuns que transportavam banheiros quimicos e outros trens de suporte.
Nos caminhões e nos unimongs havia uma faixa anunciando a marcha histórica.
Uma pena que eu estava com pressa e não dispunha de uma câmara fotografica para registrar este momento .
Gostaria de compartilhar com vcs a minha visão da marcha dos Fuzileiros para o Planalto Central.
Em viagem ontem para de BH para Juiz de Fora, cruzei com os Fuzileiros Navais em marcha para Brasilia na altura de Carandai às 13:00h.
Hoje retornando para BH cruzei novamente com a coluna de FN na altura de Congonhas às 14:30h. Ou seja após 25h de intervalo os FN cobriram aproximadamente 60Km .
É importante ressaltar que a marcha estava operando em uma área de aclieves/declives em meio a uma tarde nublada e de mormaço. Quando eu observei-os estavam em deslocamento de 3 colunas paralelas com aproximadamente 50 homens em cada. Sugerindo 3 pelotões, formando um Copanhia. O coroa que comandava a coluna entre ontem e hoje era o mesmo e não transparecia nenhum cansaço .
A coluna vinha sendo prescedida por 2 ou 3 unimongs, e uns 4 ou 5 Land Rover. Também acomanhava a coluna uma ambulância, um ônibus, dois caminhões de carga comuns que transportavam banheiros quimicos e outros trens de suporte.
Nos caminhões e nos unimongs havia uma faixa anunciando a marcha histórica.
Uma pena que eu estava com pressa e não dispunha de uma câmara fotografica para registrar este momento .
Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!