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Marinhas brasileira e portuguesa querem parcerias

Enviado: Qui Set 06, 2007 12:35 pm
por LM
Bem vindos às limalhas... e sem esquecer a nossa construção secreta -"está a finalizar a construção de um navio polivalente logístico para embarcar fuzileiros.":!:

Fonte


Marinhas brasileira e portuguesa querem parcerias na área de construção naval


As Marinhas de Portugal e do Brasil estão a estreitar os contactos e a procurar oportunidades de parceria, nomeadamente no domínio da construção naval, disse hoje à Lusa em Brasília o chefe do Estado-Maior da Armada portuguesa.


"Os militares são fiéis intérpretes da vontade política. Após visitas de Estado e a recente cimeira União Europeia-Brasil, realizada em Lisboa, a cooperação militar é uma sequência desse desígnio político. Há um longo caminho para percorremos em conjunto", assinalou o almirante Fernando Melo Gomes, que se encontra em visita oficial ao Brasil.

O chefe do Estado-Maior da Armada de Portugal disse que as Marinhas dos dois países precisam renovar as respectivas forças navais e devem procurar parcerias no âmbito dos planos de reapetrechamento.

"Estamos interessados em conhecer o plano de reapetrechamento da Marinha do Brasil e vamos procurar aí oportunidades de parceria", afirmou à Lusa, após um encontro com o comandante da Marinha do Brasil, almirante Júlio de Moura Neto.

Melo Gomes referiu que a Lei de Programação Militar de 2006, aprovada pela Assembleia da República, prevê um ambicioso programa de renovação da força naval portuguesa em 18 anos.

O plano, já em execução, engloba a construção de dois submarinos na Alemanha - IKL (Ingenieur Kontor Lübeck), com propulsão auxiliar independente de ar, a construção de oito navios patrulhas nos estaleiros de Viana do Castelo e de lanchas de 600 toneladas para a fiscalização.

A Marinha de Portugal já comprou também duas fragatas à Holanda e está a finalizar a construção de um navio polivalente logístico para embarcar fuzileiros.

Já o programa de reapetrechamento da Marinha do Brasil inclui a aquisição de um submarino convencional, modernização dos outros cinco que o país possui, construção de navios e compra de helicópteros.

A primeira etapa do projecto está orçada em 5.700 milhões de reais (2.100 milhões de euros), dos quais 750 milhões de euros devem ser destinados à ampliação e modernização da frota brasileira de submarinos.

O governo brasileiro ainda não decidiu se o novo submarino da frota será o IKL de origem alemã, ou o Scorpène, da França.

De acordo com Melo Gomes, a cooperação com o Brasil passará também pela participação em exercícios navais, intercâmbios, conhecimentos de centros de excelência, softwares e desenvolvimento de sistemas.

Questionado sobre o interesse brasileiro em participar dos exercícios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o almirante português mostrou-se favorável à presença do Brasil nestas operações.

Melo Gomes admitiu também a possibilidade de que o Brasil participe já no segundo semestre de 2008 num exercício naval português em que vão estar presentes as Marinhas de muitos países da Aliança Atlântica.

O chefe do Estado-Maior da Armada português foi condecorado quarta-feira pela Marinha do Brasil com a Ordem do Mérito Naval.

A delegação portuguesa segue hoje para o Rio de Janeiro, onde haverá sexta-feira uma recepção, a bordo do navio-escola Sagres, para autoridades brasileiras e representantes da comunidade portuguesa no Brasil.

No dia 08 de Setembro, o Sagres vai representar Portugal numa parada naval comemorativa do bicentenário do nascimento do patrono da Marinha do Brasil, Almirante Tamandaré, na Baía de Guanabara.


© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

????

Enviado: Qui Set 06, 2007 6:35 pm
por Al Zarqawi
!!!,???,...,(...),...

Abraços,

Enviado: Qui Set 06, 2007 11:09 pm
por FIGHTERCOM
Gostaria de um melhor esclarecimento,

O que Portugal tem a nos oferecer?

1 - Participação nos exercícios da Otan

O que o Brasil tem a oferecer?

1- Know how na operação dos IKL-209
2- Navios de superfície


Os mais entendidos poderiam complementar essa lista?

Desde já agradeço,

Wesley

Enviado: Sex Set 07, 2007 12:31 am
por luis F. Silva
FIGHTERCOM escreveu:
Gostaria de um melhor esclarecimento,

O que Portugal tem a nos oferecer?

Tecnologia de comunicações, software em certos campos como hidrografia.

1 - Participação nos exercícios da Otan

Também, mas a decisão não depende só de Portugal.

O que o Brasil tem a oferecer?

1- Know how na operação dos IKL-209


Não é necessário porque não operamos IKL-209,
e quando vierem os IKL 209 PN o know How vem repassado.
Operamos submarinos desde 1914.

2- Navios de superfície


Só num projecto de casco conjunto a médio prazo o que não serve Portugal que só vai necessitar de navios novos lá para 2020/2025,
e o Brasil necessita de navios a curto prazo.

O resto é papo de almirante papa-almoços.

Enviado: Sex Set 07, 2007 5:49 am
por Rui Elias Maltez
Também me parece.

É muita conversa, mas pouco conteúdo.

Achei piada ao facto do Alm. Melo Gomes afirmar que se está finalizar a construção de um navio (o NAVPOL) que ainda nem começou a ser contruido, e chamar ambicioso a um plano de 5 fragatas com mais de 15 anos de idade, 8 NPO's (e não 10 como se chegou a prever) e apenas 2 submarinos.

Uma boa pareceria por exemplo poderia ser um projecto conjunto para o design de um casco e de alguns sistemas de elecrónica para uma futura fragata ligeira ou corveta que pudesse servir os dois países e tivesse possbilidade de ser lançada no mercado para exportação.

Mas para ser viável teriam os 2 países que procurar uma parceria estratégica com um treceiro país.

Quanto ao execícios navais conjuntos, relembro que Portugal nunca participa nos exercícios no Brasil, onde participam Argentina, França, Espanha, EUA, etc, exactamente por falta de meios.

Enviado: Sex Set 07, 2007 5:54 am
por P44
a parte mais gira é esta :mrgreen:

A Marinha de Portugal já comprou também duas fragatas à Holanda e está a finalizar a construção de um navio polivalente logístico para embarcar fuzileiros.


eu bem disse que ele era "Stealth".... 8-]


8 NPO's (e não 10 como se chegou a prever)


Salvo erro já foi diminuida essa quantidade para 6 NPOs (serão 6 NPOs + 2 NCPs) e foi aumentado o nº de LFCs....(?)

Mas eu já acho que só virão a existir 2 NPOs..... :roll: :? :oops:

Enviado: Sex Set 07, 2007 6:05 am
por Rui Elias Maltez
Sim, mas os NCP's trambém terão a valência de NPO, apenas e acrescentando a capacidade de combate à poluição.

Com as 6/8 lanchas não será mau, mas também não será muito.
As nossa corvetas estão mesmo para além do seu fim de vida, e Portugal terá que adoptar uma posição geo-estratégica forte no flanco sudoeste da Aliança, se não o quiser, pelo vazio criado ver esse espaço ser ocupado por outro (e já se sabe quem é que se está a preparar para isso).

Quanto ao resto, veja-se no que dá a capacidade de meios de um país para proteger os seus interesses:

A da famosa guerra da palmeta, em que a Espanha enviou um meio naval para o Mar da Terra Nova e colocou os canadianos em sentido, e agora um outro meio naval para as costas da África oriental para proteger os pescadores que são vítimas da pirataria na região.

Ou seja:

A capacidade em termos de meio das Forças Armadas de um país são um instrumento da política externa desse país.

Sem esses meios, a sua política externa não terá nunca credibilidade, mesmo que interesses vitais para o país sejam questionados.

Enviado: Sex Set 07, 2007 7:21 am
por luis F. Silva
Rui Elias escreveu:
Com as 6 lanchas não será mau, mas também não será muito.


São oito foram acrescentados três, por troca com dois NPO.

As nossa corvetas estão mesmo para além do seu fim de vida, e Portugal terá que adoptar uma posição geo-estratégica forte no flanco sudoeste da Aliança,


Oh Rui, não devias fumar essas coisas logo de manhã :lol:

Enviado: Sex Set 07, 2007 7:30 am
por Rui Elias Maltez
:lol:

É aminha opinião, Luís:

Portugal, dada a sua posição estratégica marítima deveria aspirar a ser algo mais, mesmo dentro das dificuldades que sabemos que existem, para poder ser uma foça com relativa relevância no seio da NATO, e não ficar a par de países que nada acrescentam como a Hungria, a Bélgica ou a Dinamarca.

Dada a realidade do mundo lusófono, Portugal tem potencialidades para ser um país importante no seio da UE e como tal, deveria ter os meios para sustentar a sua política externa de forma credivel.

Ainda há dias o Ministro das Finanças, por casa dos 700 milhões de euros apontados pelo Tribunal de Contas como mal contabilizados, deu a entender que esse valor nem representa 1 ponto percentual o PIB português.

Ora esse é o valor para uma fragata AAW das boas.

É só querer.

Enviado: Sex Set 07, 2007 7:42 am
por sierra002
Dada a realidade do mundo lusófono, Portugal tem potencialidades para ser um país importante no seio da UE e como tal, deveria ter os meios para sustentar a sua política externa de forma credivel.


Tristemente (o no, según al que le convenga) la realidad del mundo lusófono es que Brasil es el jefe. Dentro de poco, con el acuerdo la implantación del acuerdo ortógrafico de 1990, Portugal y los PALOPS escribirán en Brasileiro.
Portugal debe (a mi juicio), sin dejar de lado la Lusofonía, reforzarse más como país de la Unión Europea que es su ambito natural y lo que le da beneficios.

¿No le convendría más a las marinas de Portugal y Brasil tener "parcerías" con marinas de terceros paises más avanzados en tecnología naval?
La construcción naval española ha hecho programas conjuntos con Francia (Scorpone), Estados Unidos (fragatas F70 y F 80) etc para así aprender de ellos. Ahora mismo ni Portugal ni Brasil son paises punteros en construcción naval y no creo que puedan ayudarse mutuamente.

Enviado: Sex Set 07, 2007 8:06 am
por Rui Elias Maltez
Sierra:

Claro que os motores do mundo lusófono serão sempre o Brasil e Portugal.

Mas a realidade histórica, cultural, linguistca e politica faz com que esse bloco de 7 países convirjam sempre relativamente às grandes questões internaconais.

E essa é uma mais valia que Portugal tem para oferecer á UE.

E como afirmei acima, uma parceria na concepção de um projecto de navio ligeiro entre o Brasil e Portugal teria sempre que ter a participação de um terceiro parceiro, europeu ou americano.

Quanto ao acordo ortográfico, não ficaremos a falar portugês do Brasil nem os brasileiros ficarão a escrever em portugês de Portugal:

Ambos fizeram cedências, e se o acordo vigorar, será uma foma de uniformizar a ortografia.

E olhe que os países africanos adoptaram a ortografia portuguesa e não a brasileira.

????

Enviado: Sex Set 07, 2007 8:27 am
por Al Zarqawi
luis F. Silva escreveu:2- Navios de superfície
Só num projecto de casco conjunto a médio prazo o que não serve Portugal que só vai necessitar de navios novos lá para 2020/2025,
e o Brasil necessita de navios a curto prazo.
O resto é papo de almirante papa-almoços.


Tudo bem,

Se for só casco nem isso, uma vez que isso Portugal sabe projectar e construir,ou seja tem know how para isso,até melhor é só uma questão de dinheiro disponivel.
Agora se for uma parceria em desenvolvimentos de equipamentos do tipo (radares,sonares,guerra eletrónica,sensores,motores,sistemas óticos),ao que parece Portugal já domina sistemas de software e comunicações,já nem falo em sistemas fixos de defesa aérea,e aí se construírem embarcações para uso e exportação(100% nacionais ou quase),maravilha,agora isso demora.Será que foi isso que ele quis dizer(Almirante)?Se for fico mais animado,mas não creio.
De resto a única coisa que o Brasil domina e Portugal não é a vertente nuclear,mas que não interessa a Portugal nem um pouco.
Esta é a minha opinião.

Abraços,

Enviado: Sex Set 07, 2007 8:42 am
por WalterGaudério
Eu ainda não consegui entender essa do Alte. Português. Acho que ele está querendo complicar as coisas. Seria bem mais simples e lógico portugal pocurar um parceiro intra- NATO para absorver tecnologia.

Alemanha e Espanha são nomes óbvios.

Só para deixar claro que não tenho nada contra uma perceria Portugal/Brasil.

sds

Walter

Enviado: Sex Set 07, 2007 9:54 am
por P44
Espanha óbvio? :twisted: Tás brincando.... 8-]

Enviado: Sex Set 07, 2007 10:06 am
por Rui Elias Maltez
A mim, não me chocaria, mas diz a História que estratégicamente Portugal deve procurar parcerias noutros lugares, e não em Espanha.

É assim a geo-política, e nada a fazer.