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Os franceses, tradicionalmete orgulhosos, já tinham uma história na aviação, que ia do apoio a Santos Dumont ao vocabulário da indústria aeronáutica com palavras como “fuselage”, “aileron” e “aeroplane”.
A obstinação francesa em desenvolver uma indústria aeronáutica própria, independente da Inglaterra e EUA, apoiada pelo Estado, teve personificação na figura do francês Marcel Dassault.
Filho de um médico, Adolph Bloch, Marcel, então com 17 anos em 1909, matriculou-se no Colégio da Aeronáutica e durante a Primeira Guerra, fundou sua própria companhia. Após o fim da Guerra, teve que viver de venda de imóveis.
Na década de 30 teve a oportunidade de voltar a projetar aviões, inicialmente para o correio. Com o advento de Hitler ao poder, as encomendas aumentaram e mesmo tendo sua fábrica, a Bloch, nacionalizada junto com toda indústria bélica nacional, foi mantido no cargo de direção. O governo e a França precisavam dele.
Com a queda da França, foi preso e condenado à morte. Escapou na última hora pelo avanço das tropas aliadas.Personificou toda a legenda da Resistência e foi aliado natural e amigo eterno de Charles De Gaulle. Seu irmão, militar também famoso, adotara na Resistência o apelido “Char d’Assault” e depois da guerra, os irmãos trocaram o nome de Bloch para Dassault.
Marcel Dassault se dedicou a reconstruir a indústria aeronáutica francesa. Não se negou a usar da experiência alemã: ajudou a contrabandear Herman Oestrich, projetista da BMW, da zona americana para a francesa. Deu-lhe assistência e serviços. Oestrich tornou-se o elemento chave da nova empresa estatal francesa de motores a jato, a SNECMA, que veio a fornecer propulsores para toda a linhagem de aeronaves da Dassault.
A partir de seu primeiro caça a jato, o Ouregan, projetou um mais veloz, o Mystere, que evoluiu até chegar ao primeiro supersônico francês, o Super Mystere. Logo após, projetou e construiu seu mais famoso produto, o Mirage III.
Este se tornou um dos principais produtos franceses de exportação, sobretudo após a Guerra Árabe-Israelense dos “Seis dias”, em que pilotos israelenses, usando Mirages, massacraram os árabes, em seus Migs.
Dassault já era um homem rico e tornou-se até deputado. Para britânicos e americanos, o grau de poder político de Dassault era assustador, tornando difíceis, quase impossíveis, quaisquer medidas contrárias aquele complexo militar. Para o governo francês, Dassault fornecia o dinamismo e as “ferramentas” que o governo precisava, mantendo o isolamento do governo, porém sempre trabalhando em seu interesse.
Dassault resistiu a tudo, menos à globalização e as fusões que mais tarde viriam.(...)

Skyway escreveu:Mais de 10 anos pesquisando assuntos militares e nunca ví esse avião(ou minha memória ta uma M....rs)



Que diaxo é isso?

Skyway escreveu:Mais de 10 anos pesquisando assuntos militares e nunca ví esse avião(ou minha memória ta uma M....rs)



Que diaxo é isso?

Skyway escreveu:Foi mal nada, informação nunca é demais.

Agora, sou só eu ou a empenagem vertical do M4000 é ridículamente desproporcional ao resto do avião?