Novo Programa Nuclear?
Enviado: Qua Jun 06, 2007 12:18 pm
Vou postar esse assunto aqui, pois é muito "linkado" com a MB.
Caso os moderadores não concordem, solicito movimentá-lo para a seção correspondente:
Primeiro uma notícia:
Se a Alemanha não quer, a França já está na fila.
Segunda notícia:
Correção das bobagens:
O objetivo inicial era dominar o ciclo de enriquecimento de combustível, a fabricação de reatores, e depois, se o país decidisse, construir o sub nuclear.
A tecnologia não foi transferida para a INB. A MB vendeu centrífugas para a INB, sem transferir tecnologia, por falta de interesse desta indústria.
As centrífugas não são projetadas para enriquecimento de 5%. A cascata de centrífugas é que regula o nível de enriquecimento.
Quanto ao acidente em caso de enriquecimento acima de 5%, deve ter pego esta informação com o Godoy.
A tecnologia já é outra, com outros materiais, etc. A centrífuga atual é outra, muito melhor em todos os sentidos que a original. A tecnologia em área nuclear não estaciona. Ou se melhora com pesquisa séria, ou se perde tudo.
Arrêgo para este "professor".
Caso os moderadores não concordem, solicito movimentá-lo para a seção correspondente:
Primeiro uma notícia:
Novo acordo nuclear divide governo alemão
Partidos de coalizão divergem
BERLIM.
O desejo do Brasil de retomar a negociação do acordo nuclear com a Alemanha, como noticiou a colunista Míriam Leitão no último sábado, está dividindo o governo daquele país, uma coalizão de conservadores - favoráveis ao assunto - e social-democratas, contrários a essa energia.
Do Brasil, o Ministério da Economia alemão recebeu a informação de que o Brasil queria construir Angra 3 e mais quatro reatores. A decisão do governo anterior, do chanceler Gerhard Schröder, de não construir mais usinas nucleares na Alemanha e de fechar as já existentes vinha sendo preservada. Uma mudança de posição teria impacto forte para romper a coalizão do governo alemão.
O assunto já começou a dominar as discussões parlamentares. Huseyin Aydin, do partido "A Esquerda", disse que o Brasil tem problema grave ao optar pela energia nuclear.
- Nem a rica Alemanha conseguiu ainda uma solução para o lixo atômico, a construção de um depósito definitivo - disse. (Graça Magalhães-Ruether, correspondente)
Se a Alemanha não quer, a França já está na fila.
Segunda notícia:
País vai investir em combustível nuclear
Brasil pretende enriquecer urânio em escala industrial como conseqüência da possível construção da usina de Angra 3
Para especialista, país esperou muito para voltar a investir no enriquecimento e corre o risco de estar com tecnologia ultrapassada
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, afirmou que o governo vai investir em todas as etapas do ciclo de combustível nuclear. Na prática, a decisão significa investir mais no enriquecimento de urânio, tecnologia que o Brasil domina, mas ainda não utiliza em escala industrial.
Segundo o ministro, o desenvolvimento de tecnologia no CTMSP (Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo) pode ter seu ritmo acelerado. "O presidente Lula disse que não faltarão recursos para concluir a indústria e que não vai ser preciso exportar urânio para gerar divisas e pagar pelo programa", disse, durante a posse do novo presidente da INB (Indústrias Nucleares do Brasil).
A preocupação com o enriquecimento de urânio é uma conseqüência da retomada do Programa Nuclear Brasileiro. Segundo Rezende, já há uma decisão política para a construção de Angra 3 e o governo deve formalizar a intenção na próxima reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), agendada para o dia 25.
Segundo o ministro, como a decisão política já foi tomada, os estudos de impacto ambiental de Angra 3 estão em andamento. O Ibama marcou audiências públicas para apresentação e discussão do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental de Angra 3 nos dias 19, 20 e 21.
A decisão sobre a construção de usinas nucleares depende ainda da definição do local e do porte de cada usina. O governo planeja começar com as de maior porte. A idéia é construir de quatro a oito usinas.
A tecnologia desenvolvida pelo Brasil para enriquecimento é a de centrífugas. Segundo Aquilino Senra, professor do programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ, elas funcionam, em sentido figurado, como máquinas de lavar que separam os núcleos do urânio usado para produção de energia. O objetivo inicial dessa tecnologia era fabricar o reator de um submarino nuclear, mas o projeto não foi adiante e por conta disso a tecnologia foi transferida para a INB.
"Essas centrífugas são projetadas para ter enriquecimento máximo de 5%. Se for além desse percentual, a própria instalação corre risco de acidente. Na fabricação de uma bomba de urânio, o enriquecimento teria que ser da ordem de 95%", explicou Senra.
Para o professor, o país esperou um tempo "longo demais" para voltar a investir no enriquecimento e corre o risco de ter tecnologia ultrapassada.
Mineração
O novo presidente da INB, Alfredo Tranjan, afirmou que o principal desafio da estatal é alcançar a auto-suficiência no ciclo de combustível, desde a mineração até a entrega do elemento combustível para funcionamento nas usinas. A INB tem como meta atender 60% da demanda de enriquecimento de urânio de Angra 1 e 2 até 2010. Hoje, a INB produz 400 toneladas/ano de urânio com a mina de Caetité (BA). A estatal pretende investir na mina de Santa Quitéria (CE), com capacidade de 750 toneladas/ano.
Uma das hipóteses em estudo é a exploração em parceria com agentes do setor privado porque a mina tem fosfato (usado na produção de fertilizantes) e urânio.
Segundo Tranjan, o país rediscute o acordo Brasil-Alemanha. "É uma ampliação do acordo anterior, que focava só na energia nuclear e agora focará em todos os setores de energia." Foi a partir desse acordo que o país definiu os principais investimentos no setor.
Correção das bobagens:
O objetivo inicial dessa tecnologia era fabricar o reator de um submarino nuclear, mas o projeto não foi adiante e por conta disso a tecnologia foi transferida para a INB.
"Essas centrífugas são projetadas para ter enriquecimento máximo de 5%. Se for além desse percentual, a própria instalação corre risco de acidente. Na fabricação de uma bomba de urânio, o enriquecimento teria que ser da ordem de 95%", explicou Senra.
Para o professor, o país esperou um tempo "longo demais" para voltar a investir no enriquecimento e corre o risco de ter tecnologia ultrapassada.
O objetivo inicial era dominar o ciclo de enriquecimento de combustível, a fabricação de reatores, e depois, se o país decidisse, construir o sub nuclear.
A tecnologia não foi transferida para a INB. A MB vendeu centrífugas para a INB, sem transferir tecnologia, por falta de interesse desta indústria.
As centrífugas não são projetadas para enriquecimento de 5%. A cascata de centrífugas é que regula o nível de enriquecimento.
Quanto ao acidente em caso de enriquecimento acima de 5%, deve ter pego esta informação com o Godoy.
A tecnologia já é outra, com outros materiais, etc. A centrífuga atual é outra, muito melhor em todos os sentidos que a original. A tecnologia em área nuclear não estaciona. Ou se melhora com pesquisa séria, ou se perde tudo.
Arrêgo para este "professor".