VLS DA FAB.
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Re: VLS DA FAB.
FABIO escreveu:pessoal alguem sabe dizer a quantas anda a reconstruçao do VLS da FAB?
VLS da FAB???
Quer dizer que a FAB não quer mais aviões, vamos de foguetes espaciais mesmo! hehehehe
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VLS = Vertical Lauching Sistem
é disto que vc tá falando?
http://www.astronautix.com/lvs/vlm.htm
All-solid orbital launch vehicle. Year: 1997. Family: VLS. Country: Brazil. Status: Development ended 1997. Other Designations: Veiculo Lancador de Microsatelites.
Brazilian satellite launcher using core of VLS only. Planned for launch of microsatellites. First launch 2002 or later.
Manufacturer: VLS. LEO Payload: 100 kg (220 lb). to: 200 km Orbit. at: 5.00 degrees. Payload: 18 kg (39 lb). to a: sun synchronous, 800 km, 98.6 deg orbital trajectory. Liftoff Thrust: 262.200 kN (58 945 lbf). Total Mass: 15 900 kg (35 000 lb). Core Diameter: 1.00 m (3.20 ft). Total Length: 20.00 m (65.00 ft). Flyaway Unit Cost $: 4.000 million. in: 1999 unit dollars.
é disto que vc tá falando?
http://www.astronautix.com/lvs/vlm.htm
All-solid orbital launch vehicle. Year: 1997. Family: VLS. Country: Brazil. Status: Development ended 1997. Other Designations: Veiculo Lancador de Microsatelites.
Brazilian satellite launcher using core of VLS only. Planned for launch of microsatellites. First launch 2002 or later.
Manufacturer: VLS. LEO Payload: 100 kg (220 lb). to: 200 km Orbit. at: 5.00 degrees. Payload: 18 kg (39 lb). to a: sun synchronous, 800 km, 98.6 deg orbital trajectory. Liftoff Thrust: 262.200 kN (58 945 lbf). Total Mass: 15 900 kg (35 000 lb). Core Diameter: 1.00 m (3.20 ft). Total Length: 20.00 m (65.00 ft). Flyaway Unit Cost $: 4.000 million. in: 1999 unit dollars.
*Turn on the news and eat their lies*
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FABIO escreveu:EXATAMENTE SABES DE ALGO SOBRE ELE?
não meu caro, pesquisei "VLS" no google
mas se fores aqui
http://www.google.com
és capaz de encontrar
*Turn on the news and eat their lies*
VLS
Olá amigos, é bom estar novamente aqui.
Dêem uma olhada no defesanet, existe uma notícia quentinha com relação a transferência de segredos de mísseis, envolvendo o VLS.
Jesus abençoe a todos.
Dêem uma olhada no defesanet, existe uma notícia quentinha com relação a transferência de segredos de mísseis, envolvendo o VLS.
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Re: VLS DA FAB.
FABIO escreveu:pessoal alguem sabe dizer a quantas anda a reconstruçao do VLS da FAB?
As últimas informações dão conta de que o programa está parado, pois não será possível nenhum lançamento sem que a torre seja reconstruída e a licitação para isto foi embargada na justiça pelas empresas perdedoras. Também existe um trabalho de adequação do projeto do foguete e dos procedimentos de preparação para o lançamento, a ser executado com auxílio russo, mas isto pode ficar pronto bem antes da torre se já não estiver. Ao que parece, o governo espera que a construção seja liberada ainda este ano, permitindo o reinício dos lançamentos no ano que vem, mas já surgiram notícias falando que só mesmo em 2010.
De qualquer forma, o que se prevê é que sejam efetuados primeiramente apenas lançamentos parciais (1 ou 2), com apenas alguns estágios do foguete e com cargas inertes ao invés de satélites, para qualificar os sistemas. Só depois seria lançado um foguete completo com um satélite na ponta. O problema é que o Brasil abandonou o desenvolvimento das plataformas inerciais, necessárias para a inserção dos satélites em órbita com precisão (e cujo desenvolvimento havia ficado à cargo da aeronáutica nos planos iniciais). Das poucas adquiridas no mercado externo, que limita o acesso a este tipo de ítem, somente uma ou duas estariam ainda disponíveis, e este será o número máximo de lançamentos do VLS completo que poderão ser efetuados.
Depois disto o programa VLS será substituído pelo programa Cruzeiro do Sul (com uma etapa intermediária meio exdrúxula que será o VLS Alfa), o que se prevê irá começar em 2010.
P44 escreveu:VLS = Vertical Lauching Sistem :?:
All-solid orbital launch vehicle. Year: 1997. Family: VLS. Country: Brazil. Status: Development ended 1997. Other Designations: Veiculo Lancador de Microsatelites.
Brazilian satellite launcher using core of VLS only. Planned for launch of microsatellites. First launch 2002 or later.
Manufacturer: VLS. LEO Payload: 100 kg (220 lb). to: 200 km Orbit. at: 5.00 degrees. Payload: 18 kg (39 lb). to a: sun synchronous, 800 km, 98.6 deg orbital trajectory. Liftoff Thrust: 262.200 kN (58 945 lbf). Total Mass: 15 900 kg (35 000 lb). Core Diameter: 1.00 m (3.20 ft). Total Length: 20.00 m (65.00 ft). Flyaway Unit Cost $: 4.000 million. in: 1999 unit dollars.
Alguns dados acima estão meio estranhos, principalmente a carga útil e o peso do foguete, que se parecem mais com as estimativas para o VLM. Para o VLS os números abaixo estão mais próximos do que foi divulgado e complementam os dados acima:
Número de Estágios 4
Comprimento Total (m) 19,8
Massa Total (t) 50
Carga útil LEO (Kg) 300
Custo (US$ 2006) - 6,5 Million
Massa Prop. 1º estágio (t) 28,6 (4 propulsores S 43)
Massa Prop. 2º estágio (t) 7,2 (1 propulsor S 43)
Massa Prop. 3º estágio (t) 4,4 (1 propulsor S 40)
Massa Prop. 4º estágio (t) 0,8 (1 propulsor S 44)
Propelente Sólido Perclorato de Amônio, Polibutadieno e Alumínio pó em todos os estágios.
Leandro G. Card
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Olá LeandroGCard
Algumas ressalvas.
O que está parado é o processo de reconstrução da torre de lançamento. O desenvolvimento do VLS-1 e do Alfa estão em andamento. Pode-se perceber em uma breve visita ao site do IAE (se vc o acompanha há algum tempo) que eles estão fazendo um grande esforço na formação de pessoal na área de propelente líquido (mestrado e doutorado). Um dos pontos da ajuda russa é este. A qualificação de especialistas.
O programa Cruzeiro do Sul está em andamento, com o já início do desenvolvimento do Alfa.
Mesmo que começássemos a reconstruir hoje a TMI, só poderíamos lançar algo daqui a 18 meses.
O programa VLM parece que não existe mais. Pois o desenvolvimento do seu booster também não existe mais. Se for verdade isso, foi uma excelente idéia.
A carga útil do VLS-1 é algo em torno de menos de 300Kg para órbitas muito baixas e menos de 100Kg para 700Km, e com baixa precisão.
Se eu fosse o coordenador do programa espacial eu deixava esse VLS-1 de lado e ia direto ao Alfa, pois este tem capacidades muito melhores, é bem mais eficiente e não deve ser muito mais caro. Não perderíamos mais tempo com um foguete "inseguro".
Nos lançamentos parciais, o primeiro será apenas com os 2 primeiros estágios ativados, o segundo será completo, mas não levará um satélite específico. Ótima idéia também do CTA. Era exatamente isso o que deveriam ter feito já em 1997.
abraços]
Algumas ressalvas.
O que está parado é o processo de reconstrução da torre de lançamento. O desenvolvimento do VLS-1 e do Alfa estão em andamento. Pode-se perceber em uma breve visita ao site do IAE (se vc o acompanha há algum tempo) que eles estão fazendo um grande esforço na formação de pessoal na área de propelente líquido (mestrado e doutorado). Um dos pontos da ajuda russa é este. A qualificação de especialistas.
O programa Cruzeiro do Sul está em andamento, com o já início do desenvolvimento do Alfa.
Mesmo que começássemos a reconstruir hoje a TMI, só poderíamos lançar algo daqui a 18 meses.
O programa VLM parece que não existe mais. Pois o desenvolvimento do seu booster também não existe mais. Se for verdade isso, foi uma excelente idéia.
A carga útil do VLS-1 é algo em torno de menos de 300Kg para órbitas muito baixas e menos de 100Kg para 700Km, e com baixa precisão.
Se eu fosse o coordenador do programa espacial eu deixava esse VLS-1 de lado e ia direto ao Alfa, pois este tem capacidades muito melhores, é bem mais eficiente e não deve ser muito mais caro. Não perderíamos mais tempo com um foguete "inseguro".
Nos lançamentos parciais, o primeiro será apenas com os 2 primeiros estágios ativados, o segundo será completo, mas não levará um satélite específico. Ótima idéia também do CTA. Era exatamente isso o que deveriam ter feito já em 1997.
abraços]
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Re: VLS DA FAB.
Olá Brasileiro,
Na verdade foi isto que eu quis dizer, sem entrar nos detalhes. Veja o extrato abaixo:
Eu concordo parcialmente com você com relação ao programa Cruzeiro do Sul. Também evitaria gastar mais esforços ($$$) no VLS, só que eu partiria direto para o Beta, pois vejo no Alfa apenas uma mistura que não me parece fazer muito sentido.
A minha citação ao VLM foi só porque alguns dos dados postados pelo P-44, como peso total e carga útil, pareciam referir-se ao mais ao VLM que ao VLS.
Mas na verdade eu pessoalmente acho que algo parecido com o VLM deveria ser considerado, pois seria algo muito mais simples e barato que o VLS, poderia ser lançado à partir da base do Sonda-IV no CLBI (e portanto não estaria limitado pela reconstrução da TMI), permitiria uma etapa intermediária como o VLS-Alfa (se desejado, talvez para aprendizado sobre combustíveis líquidos) e existe um certo interesse no setor aeroespacial mundial por pelo lançamento de pequenas cargas em órbita baixa (até 50-100 Kg), dentro da capacidade prevista para o VLM.
Um exemplo destas cargas seriam modelos para testes de componentes a serem utilizados em satélites maiores, cuja durabilidade ou comportamento em gravidade zero poderiam ser avaliados por longos períodos em órbitas baixas (até vários anos), o que é muito difícil ou mesmo impossível em câmaras de simulação em terra. Este tipo de teste não requer órbitas precisas, e foguetes com controle de atitude apenas no primeiro estágio podem perfeitamente ser utilizados, dispensando o uso das plataformas inerciais, outro grande limitador do programa VLS (e que se não for resolvido também será para o programa Cruzeiro do Sul).
Um pequeno foguete assim permitiria duas coisas interessantes em prazo bem mais curto que com o VLS; o Brasil finalmente entraria para o clube das nações que realmente podem lançar satélites espaciais (por menores que fossem estes), e uma "mentalidade comercial" poderia começar a ser formada com a venda de lançamentos deste foguete para outros países (para a finalidade descrita acima e outras, algumas até um pouco estranhas como sepultamentos no espaço), o que posteriormente seria muito útil ao programa Cruzeiro do Sul.
Abraços,
Leandro G. Card
Na verdade foi isto que eu quis dizer, sem entrar nos detalhes. Veja o extrato abaixo:
LeandroGCard escreveu:
... Também existe um trabalho de adequação do projeto do foguete e dos procedimentos de preparação para o lançamento, a ser executado com auxílio russo, mas isto pode ficar pronto bem antes da torre se já não estiver.
Eu concordo parcialmente com você com relação ao programa Cruzeiro do Sul. Também evitaria gastar mais esforços ($$$) no VLS, só que eu partiria direto para o Beta, pois vejo no Alfa apenas uma mistura que não me parece fazer muito sentido.
A minha citação ao VLM foi só porque alguns dos dados postados pelo P-44, como peso total e carga útil, pareciam referir-se ao mais ao VLM que ao VLS.
Mas na verdade eu pessoalmente acho que algo parecido com o VLM deveria ser considerado, pois seria algo muito mais simples e barato que o VLS, poderia ser lançado à partir da base do Sonda-IV no CLBI (e portanto não estaria limitado pela reconstrução da TMI), permitiria uma etapa intermediária como o VLS-Alfa (se desejado, talvez para aprendizado sobre combustíveis líquidos) e existe um certo interesse no setor aeroespacial mundial por pelo lançamento de pequenas cargas em órbita baixa (até 50-100 Kg), dentro da capacidade prevista para o VLM.
Um exemplo destas cargas seriam modelos para testes de componentes a serem utilizados em satélites maiores, cuja durabilidade ou comportamento em gravidade zero poderiam ser avaliados por longos períodos em órbitas baixas (até vários anos), o que é muito difícil ou mesmo impossível em câmaras de simulação em terra. Este tipo de teste não requer órbitas precisas, e foguetes com controle de atitude apenas no primeiro estágio podem perfeitamente ser utilizados, dispensando o uso das plataformas inerciais, outro grande limitador do programa VLS (e que se não for resolvido também será para o programa Cruzeiro do Sul).
Um pequeno foguete assim permitiria duas coisas interessantes em prazo bem mais curto que com o VLS; o Brasil finalmente entraria para o clube das nações que realmente podem lançar satélites espaciais (por menores que fossem estes), e uma "mentalidade comercial" poderia começar a ser formada com a venda de lançamentos deste foguete para outros países (para a finalidade descrita acima e outras, algumas até um pouco estranhas como sepultamentos no espaço), o que posteriormente seria muito útil ao programa Cruzeiro do Sul.
Abraços,
Leandro G. Card
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Olá Leandro
Eu sugeria o corte do VLM por que o VLS-1 que lhe dá origem não é um foguete seguro nem preciso.
O VLS-1 é um lançador de micro e pequeno porte com quatro estágios e mais outras duas divisões entre o 3º e 4º estágios. Ou seja, é um foguete que por pequeno, o certo era que fosse mais simples. São muitas coisas para dar errado. E quanto mais coisas e processos você põe, maior a chance de algo sair errado.
Na minha opinião o Alfa é o que o VLS-1 deveria ter sido desde o início. Apesar de ser de maiores capacidades, o Alfa, por ter apenas um corpo acima do segundo estágio, é muito mais simples, e por isso, menos provável de dar algo errado.
Outra coisa, o VLS-1 é impreciso como lançador (seguindo a linha do VLS-1, o VLM também seria). Antes de ligar o 4º estágio, ele é "mirado" para a sua órbita, então ele separa o módulo de serviço e inicia a queima do 4º estágio sem nenhum tipo de guigagem, bem como no sistema ASTROS, impedindo quaisquer correções de rota. Tudo isso será corrigido no Alfa.
Dessa forma, por mim eles "chutavam" o VLS-1 e ficavam só com o Alfa. O "-1" já deu (ou tirou) tudo o que tinha que dar.
Sobre o Alfa eu o acho muito importante sim, pois é o nosso primeiro contato com a tecnologia de combustíveis líquidos, ou seja, um 'trampolim' para o Beta. Se formos direto ao Beta, corremos o risco de cometermos os mesmos erros do VLS-1. E outra, no PNAE há uma demanda boa para satélites de até 250kg, o que justificaria um lançador de menor porte que o Beta.
Para um lançador de microssatélites a minha proposta seria um lançador de pequeno porte com o 1º estágio do VS-40 e um segundo menor com propelente líquido. Ele seria lançado do C-390 (igual o foguete Pégasus). Eu vou tentar fazer um desenho no Paint pra mostrar aqui como seria.
abraços]
Eu sugeria o corte do VLM por que o VLS-1 que lhe dá origem não é um foguete seguro nem preciso.
O VLS-1 é um lançador de micro e pequeno porte com quatro estágios e mais outras duas divisões entre o 3º e 4º estágios. Ou seja, é um foguete que por pequeno, o certo era que fosse mais simples. São muitas coisas para dar errado. E quanto mais coisas e processos você põe, maior a chance de algo sair errado.
Na minha opinião o Alfa é o que o VLS-1 deveria ter sido desde o início. Apesar de ser de maiores capacidades, o Alfa, por ter apenas um corpo acima do segundo estágio, é muito mais simples, e por isso, menos provável de dar algo errado.
Outra coisa, o VLS-1 é impreciso como lançador (seguindo a linha do VLS-1, o VLM também seria). Antes de ligar o 4º estágio, ele é "mirado" para a sua órbita, então ele separa o módulo de serviço e inicia a queima do 4º estágio sem nenhum tipo de guigagem, bem como no sistema ASTROS, impedindo quaisquer correções de rota. Tudo isso será corrigido no Alfa.
Dessa forma, por mim eles "chutavam" o VLS-1 e ficavam só com o Alfa. O "-1" já deu (ou tirou) tudo o que tinha que dar.
Sobre o Alfa eu o acho muito importante sim, pois é o nosso primeiro contato com a tecnologia de combustíveis líquidos, ou seja, um 'trampolim' para o Beta. Se formos direto ao Beta, corremos o risco de cometermos os mesmos erros do VLS-1. E outra, no PNAE há uma demanda boa para satélites de até 250kg, o que justificaria um lançador de menor porte que o Beta.
Para um lançador de microssatélites a minha proposta seria um lançador de pequeno porte com o 1º estágio do VS-40 e um segundo menor com propelente líquido. Ele seria lançado do C-390 (igual o foguete Pégasus). Eu vou tentar fazer um desenho no Paint pra mostrar aqui como seria.
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Brasileiro escreveu:Olá Leandro
Eu sugeria o corte do VLM por que o VLS-1 que lhe dá origem não é um foguete seguro nem preciso.
O VLS-1 é um lançador de micro e pequeno porte com quatro estágios e mais outras duas divisões entre o 3º e 4º estágios. Ou seja, é um foguete que por pequeno, o certo era que fosse mais simples. São muitas coisas para dar errado. E quanto mais coisas e processos você põe, maior a chance de algo sair errado.
Na minha opinião o Alfa é o que o VLS-1 deveria ter sido desde o início. Apesar de ser de maiores capacidades, o Alfa, por ter apenas um corpo acima do segundo estágio, é muito mais simples, e por isso, menos provável de dar algo errado.
Outra coisa, o VLS-1 é impreciso como lançador (seguindo a linha do VLS-1, o VLM também seria). Antes de ligar o 4º estágio, ele é "mirado" para a sua órbita, então ele separa o módulo de serviço e inicia a queima do 4º estágio sem nenhum tipo de guigagem, bem como no sistema ASTROS, impedindo quaisquer correções de rota. Tudo isso será corrigido no Alfa.
Dessa forma, por mim eles "chutavam" o VLS-1 e ficavam só com o Alfa. O "-1" já deu (ou tirou) tudo o que tinha que dar.
Sobre o Alfa eu o acho muito importante sim, pois é o nosso primeiro contato com a tecnologia de combustíveis líquidos, ou seja, um 'trampolim' para o Beta. Se formos direto ao Beta, corremos o risco de cometermos os mesmos erros do VLS-1. E outra, no PNAE há uma demanda boa para satélites de até 250kg, o que justificaria um lançador de menor porte que o Beta.
Para um lançador de microssatélites a minha proposta seria um lançador de pequeno porte com o 1º estágio do VS-40 e um segundo menor com propelente líquido. Ele seria lançado do C-390 (igual o foguete Pégasus). Eu vou tentar fazer um desenho no Paint pra mostrar aqui como seria.
abraços]
Seria uma imagem linda.
Editado pela última vez por Centurião em Qui Jun 07, 2007 3:13 pm, em um total de 2 vezes.
- LeandroGCard
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Oi Brasileiro,
Concordo com você quanto ao fato de que o VLM, por ser pequeno, deveria ser mais simples. Por isto eu disse no meu último post que "algo parecido" com o VLM poderia ser interessante. O que eu tinha em mente era um veículo com um estágio à menos e com apenas o primeiro estágio guiado. Seria algo como isso:
- Primeiro estágio: Uma versão modificada dos S-43, com o sistema de controle de atitude completo e uma eletrônica simplificada. Seria o único estágio guiado, e por operar próximo à base de lançamento poderia ser controlado inteiramente de terra através de um link de dados, eliminando a necessidade de computadores à bordo e substituindo a plataforma inercial por um conjunto de giroscópios, bem mais simples.
- Segundo estágio: Uma versão simplificada e encurtada do S-43 (ou aumentada do S-40), sem o controle de atitude. Seria estabilizada apenas por rotação.
- Terceiro estágio: Uma versão também simplificada do S-40, talvez um pouco alongada, que também seria estabilizada por rotação.
A economia de peso obtida com a retirada dos sistemas de controle de atitude dos dois estágios superiores e a diferente relação de massa do terceiro estágio permitiria a eliminação do quarto estágio. É bem provável que a carga máxima em LEO não chegasse aos 100 Kg, mas acredito que algo acima de 50 Kg seria possível.
Tentei fazer cálculos mais precisos sobre as porporções dos estágios e a carga útil final, mas não encontrei dados sobre as frações de massa dos motores S-43 e S-40, então tenho que ficar só no chute mesmo. Um foguete como este não teria precisão para óbitas circulares nem para altitudes e direções precisas, mas os tipos de missão que se imaginam para nano-satélites não precisam disto, basta a carga ficar em órbita estável por um certo tempo.
Um foguete assim seria bem mais econômico que o VLS e mesmo que o VLM, e utilizaria as tecnologias e a infra-estrutura que já está disponíveis. Se fosse para começar do zero eu também não acharia um foguete assim muito interessante, mas como já está tudo pronto para ele e dadas as circunstâncias atuais, acho que poderia sim ser uma alternativa interessante a espera de mais de dois anos que teremos até o retorno dos lançamentos do VLS.
Falando agora do VLS-Alfa, não consigo achar legal esta história de utilizar o "cacho" de foguetes que compõem o primeiro estágio do VLS e mais um segundo estágio sólido como base para um estágio superior de combustível líquido. Preferia que o VLS fosse abandonado de vez e que se iniciasse logo o Beta, mesmo que em uma versão menor. Mas já que vão lançar o VLS de qualquer jeito, sou obrigado a concordar que esta gambiarra do Alfa passa até a ser interessante.
Quanto a um lançador de nano-satélites lançado de avião, a idéia até que é interessante, mas não consigo imaginar como compatibilizar isto de forma razoável com combustíveis líquidos. Para suportar o transporte e o lançamento horizontal o foguete teria que ter a estrutura tão reforçada que a vantagem dos combustíveis líquidos em termos de relação de massa seria perdida. E seria praticamente obrigatório o uso de combustíveis estocáveis, uma tecnologia que não será desenvolvida no Brasil (porque não tem mais razão de ser). Senão, o foguete seria abastecido em vôo pelo avião? Isto sim seria complicado. Que tipo de sistema você imagina?
Sabe, é muito legal poder trocar idéias deste tipo com outros interessados, esta área aero-espacial parece interessar muito pouca gente em nosso país.
Um grande abraço,
Leandro G. Cardoso
CCS Consultoria e Sistemas
Concordo com você quanto ao fato de que o VLM, por ser pequeno, deveria ser mais simples. Por isto eu disse no meu último post que "algo parecido" com o VLM poderia ser interessante. O que eu tinha em mente era um veículo com um estágio à menos e com apenas o primeiro estágio guiado. Seria algo como isso:
- Primeiro estágio: Uma versão modificada dos S-43, com o sistema de controle de atitude completo e uma eletrônica simplificada. Seria o único estágio guiado, e por operar próximo à base de lançamento poderia ser controlado inteiramente de terra através de um link de dados, eliminando a necessidade de computadores à bordo e substituindo a plataforma inercial por um conjunto de giroscópios, bem mais simples.
- Segundo estágio: Uma versão simplificada e encurtada do S-43 (ou aumentada do S-40), sem o controle de atitude. Seria estabilizada apenas por rotação.
- Terceiro estágio: Uma versão também simplificada do S-40, talvez um pouco alongada, que também seria estabilizada por rotação.
A economia de peso obtida com a retirada dos sistemas de controle de atitude dos dois estágios superiores e a diferente relação de massa do terceiro estágio permitiria a eliminação do quarto estágio. É bem provável que a carga máxima em LEO não chegasse aos 100 Kg, mas acredito que algo acima de 50 Kg seria possível.
Tentei fazer cálculos mais precisos sobre as porporções dos estágios e a carga útil final, mas não encontrei dados sobre as frações de massa dos motores S-43 e S-40, então tenho que ficar só no chute mesmo. Um foguete como este não teria precisão para óbitas circulares nem para altitudes e direções precisas, mas os tipos de missão que se imaginam para nano-satélites não precisam disto, basta a carga ficar em órbita estável por um certo tempo.
Um foguete assim seria bem mais econômico que o VLS e mesmo que o VLM, e utilizaria as tecnologias e a infra-estrutura que já está disponíveis. Se fosse para começar do zero eu também não acharia um foguete assim muito interessante, mas como já está tudo pronto para ele e dadas as circunstâncias atuais, acho que poderia sim ser uma alternativa interessante a espera de mais de dois anos que teremos até o retorno dos lançamentos do VLS.
Falando agora do VLS-Alfa, não consigo achar legal esta história de utilizar o "cacho" de foguetes que compõem o primeiro estágio do VLS e mais um segundo estágio sólido como base para um estágio superior de combustível líquido. Preferia que o VLS fosse abandonado de vez e que se iniciasse logo o Beta, mesmo que em uma versão menor. Mas já que vão lançar o VLS de qualquer jeito, sou obrigado a concordar que esta gambiarra do Alfa passa até a ser interessante.
Quanto a um lançador de nano-satélites lançado de avião, a idéia até que é interessante, mas não consigo imaginar como compatibilizar isto de forma razoável com combustíveis líquidos. Para suportar o transporte e o lançamento horizontal o foguete teria que ter a estrutura tão reforçada que a vantagem dos combustíveis líquidos em termos de relação de massa seria perdida. E seria praticamente obrigatório o uso de combustíveis estocáveis, uma tecnologia que não será desenvolvida no Brasil (porque não tem mais razão de ser). Senão, o foguete seria abastecido em vôo pelo avião? Isto sim seria complicado. Que tipo de sistema você imagina?
Sabe, é muito legal poder trocar idéias deste tipo com outros interessados, esta área aero-espacial parece interessar muito pouca gente em nosso país.
Um grande abraço,
Leandro G. Cardoso
CCS Consultoria e Sistemas
Brasileiro escreveu:Olá Leandro
Eu sugeria o corte do VLM por que o VLS-1 que lhe dá origem não é um foguete seguro nem preciso.
O VLS-1 é um lançador de micro e pequeno porte com quatro estágios e mais outras duas divisões entre o 3º e 4º estágios. Ou seja, é um foguete que por pequeno, o certo era que fosse mais simples. São muitas coisas para dar errado. E quanto mais coisas e processos você põe, maior a chance de algo sair errado.
Na minha opinião o Alfa é o que o VLS-1 deveria ter sido desde o início. Apesar de ser de maiores capacidades, o Alfa, por ter apenas um corpo acima do segundo estágio, é muito mais simples, e por isso, menos provável de dar algo errado.
Outra coisa, o VLS-1 é impreciso como lançador (seguindo a linha do VLS-1, o VLM também seria). Antes de ligar o 4º estágio, ele é "mirado" para a sua órbita, então ele separa o módulo de serviço e inicia a queima do 4º estágio sem nenhum tipo de guigagem, bem como no sistema ASTROS, impedindo quaisquer correções de rota. Tudo isso será corrigido no Alfa.
Dessa forma, por mim eles "chutavam" o VLS-1 e ficavam só com o Alfa. O "-1" já deu (ou tirou) tudo o que tinha que dar.
Sobre o Alfa eu o acho muito importante sim, pois é o nosso primeiro contato com a tecnologia de combustíveis líquidos, ou seja, um 'trampolim' para o Beta. Se formos direto ao Beta, corremos o risco de cometermos os mesmos erros do VLS-1. E outra, no PNAE há uma demanda boa para satélites de até 250kg, o que justificaria um lançador de menor porte que o Beta.
Para um lançador de microssatélites a minha proposta seria um lançador de pequeno porte com o 1º estágio do VS-40 e um segundo menor com propelente líquido. Ele seria lançado do C-390 (igual o foguete Pégasus). Eu vou tentar fazer um desenho no Paint pra mostrar aqui como seria.
abraços]