Amazônia sob fogo cruzado
Enviado: Dom Mai 20, 2007 3:29 pm
Pessoal, matéria do jornal Diário do Nordeste.
A Amazônia é alvo de problemas recorrentes nas fronteiras, como o narcotráfico e a biopirataria
Na década de 70 a meta era povoar os grandes vazios do Brasil, entre eles a Amazônia. A rodovia Transamazônica (praticamente desaparecida na região) é o maior símbolo da política de ´integração´ nacional. O ´sonho´ levou para a região aventureiros, gente de bem e tantos outros nem tão bons, que ocasionaram desequilíbrio ao meio ambiente.
As conseqüências foram desastrosas. Com a atuação de madereiras predatórias e da agropecuária os grandes vazios urbanos, tornaram-se grandes vazios de verde. Entre 2002 e 2003 foram registrados 23.750 quilômetros quadrados de desmatamento, principalmente nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), já foram devastados cerca de 550 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica brasileira, o que equivale a 13,7% da mata. Desse total, 200 mil quilômetros foram abandonados pelos exploradores assim que os recursos naturais se esgotaram.
Na década de 80 e 90 chegaram à Região grandes projetos de impacto: Carajás (Minério de Ferro) Trombetas (bauxita); Albrás-Alunorte (alumina e alumínio metálico); e as hidrelétricas de Tucuruí, Balbina, Uatumã, e Samuel, no rio Jamari, dentre outros.
O progresso deu lugar também ao surgimento de áreas de tensões sociais, disputas por terras e invasões de reservas indígenas. Nessa ´guerra´ não declarada muitos tombaram e a maioria do lado mais fraco. Chico Mendes é o exemplo maior e mais recentemente a missionária Dotothy Stang. Na região existem os ´marcados para morrer´.
A Amazônia que viveu seu auge com o ciclo da Borracha, no século XX, depois com a Zona Franca de Manaus, obteve uma nova promessa com a ´corrida do ouro´ em diversas regiões, como Serra Pelada e Serra do Navio, que corre o risco de ser mais uma cidade fantasma, depois de mais de 50 anos de exploração. Na região existem cerca de 20 regiões de alta concentração de garimpo de ouro, todas fontes de degradação ambiental.
Outras ameaças são as pastagens e roças. O instrumento usado é eficaz e age com rapidez - as queimadas, principalmente se acontecerem na estação seca. Rotineiramente esse processo, que é barato, acaba causando inúmeros impactos ambientais e saindo do controle. Em cidades amazônicas. como Manaus, são comuns a fumaça invadindo as ruas.
A biopirataria, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, movimenta US$ 100 milhões por ano nas indústrias química, farmacêutica e cosmética. A empresa japonesa Asahi Foods, em 2002 patenteou o açaí, fruta típica da região. Em 2004 a patente foi derrubada. Outros produtos como andiroba, cupuaçu, jaborandi, castanha do Pará também são alvos de empresas multinacionais.
Outros graves problemas na região são o narcotráfico e as guerrilhas, principalmente nas regiões das fronteiras com a Colômbia, Bolívia e Venezuela. Na fronteira com Colômbia, por exemplo, há o constante deslocamento de pessoas por conta da guerrilha. Também é intenso o tráfico de drogas, o comércio ilegal de mercadorias e a prostituição.
FALTA PESSOAL - Contigente de 22 mil para toda região
As fronteiras brasileiras na Região Amazônica, além da dificuldade natural de deslocamentos, que são feitos ou por via fluvial ou aérea devido a sua longa extensão, contam com uma insignificante presença civil e militar.
Só para se ter uma idéia, em termos comparativos da área territorial, o estado de São Paulo, com 248 mil quilômetros quadrados conta com um efetivo de 130.000 policiais. Em Minas Gerais são 52 mil policiais para 588.384 quilômetros quadrados e o Rio de Janeiro 44 mil policiais para 43.864,3 quilômetros. Na Amazônia são 22 mil agentes de segurança para dar conta de 5,2 milhões de quilômetros quadrados.
Dos quase 18 mil quilômetros quadrados de fronteira brasileira, 11.800 estão na Amazônia. Neles existem 27 pelotões de fronteira, cada um com 66 militares no quadro permanente – ou seja, quase 1.800 cabos, soldados, oficiais e sargentos. No plano de estruturação do Exército há previsão para implantar mais cinco pelotões de fronteira, mas não há prazo para que isso ocorra.
A prioridade é a construção de um pelotão em Marechal Taumaturgo, no Acre. Uma reserva indígena onde são comuns os contrabandos de madeiras nobres para o Peru. O governo concluiu um audacioso plano de reaparelhamento das Forças Armadas em que prevê investimentos de até R$ 16 bilhões para a aquisição e modernização de equipamentos militares, grande parte para a região Amazônica.
FRONTEIRAS AMEAÇADAS - Diário abordou o tema em 2004 em uma série
O Diário do Nordeste abordou na série de reportagens, ´Fronteiras Ameaçadas´, em 2004, assinada pelo jornalista Marcus Peixoto, a problemática da floresta Amazônica. Marcus idealizou a pauta, que resultou em uma viagem, de 20 dias, por 14 mil quilômetros. O jornalista investigou a nova doutrina de defesa do Exército Brasileiro no norte do País.
A idéia de fazer uma reportagem sobre o motivo da transferência do 10º Grupamento de Artilharia e Campanha, em 2000, de Fortaleza para Boa Vista, em Roraima, cresceu e se transpôs para a análise da situação das fronteiras .
´Desde o fim da ditadura o Exército vinha passando por uma crise de identidade. Outras unidades também foram transferidas para lá. Constatamos que a Amazônia é hoje o centro das atenções do Exército, que tem um empenho em salvaguardar as fronteiras´, afirma o jornalista.
Três anos depois a situação recrudesceu. O pequeno efetivo diante de uma imensidão territorial tem sido o maior prolema encontrado pelo Exército Brasileiro na Região. A ausência do Estado é uma constatação geral.
A miséria e a corrupção na fronteira do Brasil com a Guiana e o Peru, o contrabando nas proximidades da Venezuela e o narcotráfico e a guerrilha na fronteira com a Colômbia, permanecem inalteradas.
Essa reportagem mostrará a busca de soluções com o envolvimento de parlamentares, que após visitarem nove pontos na fronteira, entre pelotões, batalhões e hospitais, deverão apresentar propostas para melhorar a situação fronteirísca.
DOCUMENTO DA UNODOC - Fronteiras vulneráveis ao tráfico
De acordo com o último relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodoc), o Brasil é particularmente vulnerável ao tráfico por sua proximidade dos principais produtores de drogas da América Latina.
Segundo o documento, a maconha entra no Brasil por via terrestre ou aérea pelas fronteiras dos estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná. A cocaína entra no Brasil pela Bolívia, Colômbia e Peru, por via terrestre, fluvial e aérea.
Da Bolívia, a droga entra no país principalmente pelas cidades de Guayara Mirim/Guajará-Mirim e Cubijas/Brasiléia. A que vem do Peru entra pelas cidades de Anaparí/Assis Brasil e Cruzeiro do Sul, Iquitos/Estirão do Equador, Atalaia do Norte e Benjamin Constant. A que vem da Colômbia entra pelas cidades de Leticia/Tabatinga e pelos rios Amazonas/Solimões, dentre outras.
Controle
O Brasil tem adotado uma política consistente no que diz respeito ao controle de drogas e combate ao tráfico. As prioridades têm sido coibir o abuso e a demanda dentro das fronteiras e praticar uma política de estreita cooperação com outros países.
O Brasil assinou e ratificou as três convenções internacionais sobre o controle de drogas: a Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961, a Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971 e a Convenção das Nações Unidas sobre o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas de 1988. Neste sentido, o Brasil é parte contratante dos tratados mais relevantes relacionados ao controle de drogas.
No plano bilateral, o Brasil é signatário de vários acordos de cooperação para a prevenção do uso abusivo, para a reabilitação e para a troca de informações sobre legislação e jurisprudência nacionais.
A Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) é o órgão encarregado de planejar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de prevenção e repressão ao tráfico ilícito, uso indevido e produção não autorizada de entorpecentes.
PREDATÓRIAS - Madereiras ilegais vencem guerra contra o Governo
Brasília. Em 2006 o governo federal comemorou, pelo segundo ano consecutivo, a redução da taxa de desmatamento da Amazônia. A estimativa de queda foi de 30% no período de agosto de 2005 e mesmo mês em 2006. A área desmatada no período 2005-2006 foi estimada em 13.100 km2, uma redução de 5.700 km2 em relação a igual período anterior.
Mesmo com esses índices a madereiras predatórias continuam vencendo a guerra contra o governo, apesar de algumas baixas, como a ocorrida no último dia 16, quando a Polícia Federal e o Ibama através da a Operação Mapinguari, prenderam 19 pessoas envolvidas na extração de madeira no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso.
Há mais de 3 000 empresas cortando árvores na Amazônia. Para cada unidade retirada, os madeireiros danificam pelo menos outras quinze árvores. De acordo com o INPE, até 2050 a cobertura florestal na Amazônia brasileira deve perder 2,1 milhões de quilômetros área maior que a do México.
Por: MARCELO RAULINO (Repórter)
A Amazônia é alvo de problemas recorrentes nas fronteiras, como o narcotráfico e a biopirataria
Na década de 70 a meta era povoar os grandes vazios do Brasil, entre eles a Amazônia. A rodovia Transamazônica (praticamente desaparecida na região) é o maior símbolo da política de ´integração´ nacional. O ´sonho´ levou para a região aventureiros, gente de bem e tantos outros nem tão bons, que ocasionaram desequilíbrio ao meio ambiente.
As conseqüências foram desastrosas. Com a atuação de madereiras predatórias e da agropecuária os grandes vazios urbanos, tornaram-se grandes vazios de verde. Entre 2002 e 2003 foram registrados 23.750 quilômetros quadrados de desmatamento, principalmente nos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), já foram devastados cerca de 550 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica brasileira, o que equivale a 13,7% da mata. Desse total, 200 mil quilômetros foram abandonados pelos exploradores assim que os recursos naturais se esgotaram.
Na década de 80 e 90 chegaram à Região grandes projetos de impacto: Carajás (Minério de Ferro) Trombetas (bauxita); Albrás-Alunorte (alumina e alumínio metálico); e as hidrelétricas de Tucuruí, Balbina, Uatumã, e Samuel, no rio Jamari, dentre outros.
O progresso deu lugar também ao surgimento de áreas de tensões sociais, disputas por terras e invasões de reservas indígenas. Nessa ´guerra´ não declarada muitos tombaram e a maioria do lado mais fraco. Chico Mendes é o exemplo maior e mais recentemente a missionária Dotothy Stang. Na região existem os ´marcados para morrer´.
A Amazônia que viveu seu auge com o ciclo da Borracha, no século XX, depois com a Zona Franca de Manaus, obteve uma nova promessa com a ´corrida do ouro´ em diversas regiões, como Serra Pelada e Serra do Navio, que corre o risco de ser mais uma cidade fantasma, depois de mais de 50 anos de exploração. Na região existem cerca de 20 regiões de alta concentração de garimpo de ouro, todas fontes de degradação ambiental.
Outras ameaças são as pastagens e roças. O instrumento usado é eficaz e age com rapidez - as queimadas, principalmente se acontecerem na estação seca. Rotineiramente esse processo, que é barato, acaba causando inúmeros impactos ambientais e saindo do controle. Em cidades amazônicas. como Manaus, são comuns a fumaça invadindo as ruas.
A biopirataria, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, movimenta US$ 100 milhões por ano nas indústrias química, farmacêutica e cosmética. A empresa japonesa Asahi Foods, em 2002 patenteou o açaí, fruta típica da região. Em 2004 a patente foi derrubada. Outros produtos como andiroba, cupuaçu, jaborandi, castanha do Pará também são alvos de empresas multinacionais.
Outros graves problemas na região são o narcotráfico e as guerrilhas, principalmente nas regiões das fronteiras com a Colômbia, Bolívia e Venezuela. Na fronteira com Colômbia, por exemplo, há o constante deslocamento de pessoas por conta da guerrilha. Também é intenso o tráfico de drogas, o comércio ilegal de mercadorias e a prostituição.
FALTA PESSOAL - Contigente de 22 mil para toda região
As fronteiras brasileiras na Região Amazônica, além da dificuldade natural de deslocamentos, que são feitos ou por via fluvial ou aérea devido a sua longa extensão, contam com uma insignificante presença civil e militar.
Só para se ter uma idéia, em termos comparativos da área territorial, o estado de São Paulo, com 248 mil quilômetros quadrados conta com um efetivo de 130.000 policiais. Em Minas Gerais são 52 mil policiais para 588.384 quilômetros quadrados e o Rio de Janeiro 44 mil policiais para 43.864,3 quilômetros. Na Amazônia são 22 mil agentes de segurança para dar conta de 5,2 milhões de quilômetros quadrados.
Dos quase 18 mil quilômetros quadrados de fronteira brasileira, 11.800 estão na Amazônia. Neles existem 27 pelotões de fronteira, cada um com 66 militares no quadro permanente – ou seja, quase 1.800 cabos, soldados, oficiais e sargentos. No plano de estruturação do Exército há previsão para implantar mais cinco pelotões de fronteira, mas não há prazo para que isso ocorra.
A prioridade é a construção de um pelotão em Marechal Taumaturgo, no Acre. Uma reserva indígena onde são comuns os contrabandos de madeiras nobres para o Peru. O governo concluiu um audacioso plano de reaparelhamento das Forças Armadas em que prevê investimentos de até R$ 16 bilhões para a aquisição e modernização de equipamentos militares, grande parte para a região Amazônica.
FRONTEIRAS AMEAÇADAS - Diário abordou o tema em 2004 em uma série
O Diário do Nordeste abordou na série de reportagens, ´Fronteiras Ameaçadas´, em 2004, assinada pelo jornalista Marcus Peixoto, a problemática da floresta Amazônica. Marcus idealizou a pauta, que resultou em uma viagem, de 20 dias, por 14 mil quilômetros. O jornalista investigou a nova doutrina de defesa do Exército Brasileiro no norte do País.
A idéia de fazer uma reportagem sobre o motivo da transferência do 10º Grupamento de Artilharia e Campanha, em 2000, de Fortaleza para Boa Vista, em Roraima, cresceu e se transpôs para a análise da situação das fronteiras .
´Desde o fim da ditadura o Exército vinha passando por uma crise de identidade. Outras unidades também foram transferidas para lá. Constatamos que a Amazônia é hoje o centro das atenções do Exército, que tem um empenho em salvaguardar as fronteiras´, afirma o jornalista.
Três anos depois a situação recrudesceu. O pequeno efetivo diante de uma imensidão territorial tem sido o maior prolema encontrado pelo Exército Brasileiro na Região. A ausência do Estado é uma constatação geral.
A miséria e a corrupção na fronteira do Brasil com a Guiana e o Peru, o contrabando nas proximidades da Venezuela e o narcotráfico e a guerrilha na fronteira com a Colômbia, permanecem inalteradas.
Essa reportagem mostrará a busca de soluções com o envolvimento de parlamentares, que após visitarem nove pontos na fronteira, entre pelotões, batalhões e hospitais, deverão apresentar propostas para melhorar a situação fronteirísca.
DOCUMENTO DA UNODOC - Fronteiras vulneráveis ao tráfico
De acordo com o último relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodoc), o Brasil é particularmente vulnerável ao tráfico por sua proximidade dos principais produtores de drogas da América Latina.
Segundo o documento, a maconha entra no Brasil por via terrestre ou aérea pelas fronteiras dos estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná. A cocaína entra no Brasil pela Bolívia, Colômbia e Peru, por via terrestre, fluvial e aérea.
Da Bolívia, a droga entra no país principalmente pelas cidades de Guayara Mirim/Guajará-Mirim e Cubijas/Brasiléia. A que vem do Peru entra pelas cidades de Anaparí/Assis Brasil e Cruzeiro do Sul, Iquitos/Estirão do Equador, Atalaia do Norte e Benjamin Constant. A que vem da Colômbia entra pelas cidades de Leticia/Tabatinga e pelos rios Amazonas/Solimões, dentre outras.
Controle
O Brasil tem adotado uma política consistente no que diz respeito ao controle de drogas e combate ao tráfico. As prioridades têm sido coibir o abuso e a demanda dentro das fronteiras e praticar uma política de estreita cooperação com outros países.
O Brasil assinou e ratificou as três convenções internacionais sobre o controle de drogas: a Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961, a Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971 e a Convenção das Nações Unidas sobre o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas de 1988. Neste sentido, o Brasil é parte contratante dos tratados mais relevantes relacionados ao controle de drogas.
No plano bilateral, o Brasil é signatário de vários acordos de cooperação para a prevenção do uso abusivo, para a reabilitação e para a troca de informações sobre legislação e jurisprudência nacionais.
A Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) é o órgão encarregado de planejar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de prevenção e repressão ao tráfico ilícito, uso indevido e produção não autorizada de entorpecentes.
PREDATÓRIAS - Madereiras ilegais vencem guerra contra o Governo
Brasília. Em 2006 o governo federal comemorou, pelo segundo ano consecutivo, a redução da taxa de desmatamento da Amazônia. A estimativa de queda foi de 30% no período de agosto de 2005 e mesmo mês em 2006. A área desmatada no período 2005-2006 foi estimada em 13.100 km2, uma redução de 5.700 km2 em relação a igual período anterior.
Mesmo com esses índices a madereiras predatórias continuam vencendo a guerra contra o governo, apesar de algumas baixas, como a ocorrida no último dia 16, quando a Polícia Federal e o Ibama através da a Operação Mapinguari, prenderam 19 pessoas envolvidas na extração de madeira no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso.
Há mais de 3 000 empresas cortando árvores na Amazônia. Para cada unidade retirada, os madeireiros danificam pelo menos outras quinze árvores. De acordo com o INPE, até 2050 a cobertura florestal na Amazônia brasileira deve perder 2,1 milhões de quilômetros área maior que a do México.
Por: MARCELO RAULINO (Repórter)