A partida de um amigo que amava a FAB
Enviado: Qui Mai 17, 2007 1:21 am
No próximo mês Zeca seria promovido a capitão da Aeronáutica. Era tenente. Amava a Força Aérea Brasileira, apesar de não ter seguido carreira como aviador. Era um sonho que acalentava desde criança.
Nascemos e fomos criados no mesmo bairro de uma cidade do interior do Rio Grande do Norte. Caicó, de 60 mil habitantes. Quando chegou aos 18 anos, se alistou na Base Aérea de Natal e lá cumpriu o serviço militar obrigatório.
Conseguiu enganjamento e no período estudou o suficiente para passar num concurso de admissão e foi efetivado como sargento especialista. Posteriomente fez outro concurso e foi elevado a condição de oficial da FAB.
Nos quartéis por onde passou ficou reconhecido como o melhor atleta. Era um corredor respeitado no meio militar a ganhou várias competições. Seu porte físico era invejável.
Há apenas quatro meses foi diagnosticado um quadro de leucemia em Zeca. O tratamento de nada adiantou e ele não conseguiu doador compatível de medula. Morreu no Rio de janeiro na segunda-feira passada. Tinha 42 anos.
Na terça-feira estava em Caicó para seu enterro. Estava na casa do meu pai, situada numa praça de frente para a rua dos pais de Zeca, a casa onde foi criado. Por volta do meio-dia estava saindo de casa quando um Bandeirantes da FAB sobrevoou baixo o bairro e passou exatamente em cima da casa dos pais de Zeca. Era o avião que trazia seu corpo.
Achava que aquele sobrevôo sobre a casa teria sido proposital. Que alguém da família vinha no Bandeirantes e orientou o piloto. Mas não. Foi uma melancólica e emocionante coincidência. Deus, quem sabe, quis mostrar a Zeca seu ninho de nascimento pela última vez.
Muito tocante o funeral de um militar. Ainda mais quando é o de um amigo de infância.
O amigo de Zeca era eu próprio, Poti Camarão.
Nascemos e fomos criados no mesmo bairro de uma cidade do interior do Rio Grande do Norte. Caicó, de 60 mil habitantes. Quando chegou aos 18 anos, se alistou na Base Aérea de Natal e lá cumpriu o serviço militar obrigatório.
Conseguiu enganjamento e no período estudou o suficiente para passar num concurso de admissão e foi efetivado como sargento especialista. Posteriomente fez outro concurso e foi elevado a condição de oficial da FAB.
Nos quartéis por onde passou ficou reconhecido como o melhor atleta. Era um corredor respeitado no meio militar a ganhou várias competições. Seu porte físico era invejável.
Há apenas quatro meses foi diagnosticado um quadro de leucemia em Zeca. O tratamento de nada adiantou e ele não conseguiu doador compatível de medula. Morreu no Rio de janeiro na segunda-feira passada. Tinha 42 anos.
Na terça-feira estava em Caicó para seu enterro. Estava na casa do meu pai, situada numa praça de frente para a rua dos pais de Zeca, a casa onde foi criado. Por volta do meio-dia estava saindo de casa quando um Bandeirantes da FAB sobrevoou baixo o bairro e passou exatamente em cima da casa dos pais de Zeca. Era o avião que trazia seu corpo.
Achava que aquele sobrevôo sobre a casa teria sido proposital. Que alguém da família vinha no Bandeirantes e orientou o piloto. Mas não. Foi uma melancólica e emocionante coincidência. Deus, quem sabe, quis mostrar a Zeca seu ninho de nascimento pela última vez.
Muito tocante o funeral de um militar. Ainda mais quando é o de um amigo de infância.
O amigo de Zeca era eu próprio, Poti Camarão.