Fórum Defesa Brasil

INTRODUÇÃO

A Força de Minagem e Varredura é o componente operativo da Marinha do Brasil responsável pelas operações de contramedidas de minagem, destinadas a manter livres, da ameaça de minas, as linhas do tráfego marítimo ao longo do nosso litoral, as áreas marítimas adjacentes aos portos, terminais e plataforma nacionais; bem como, as possíveis áreas de operações de nossas Forças Navais.
Está sediada na Base Naval de Aratu, complexo militar-naval localizado em Salvador-BA, que lhe provê apoio logístico, entre outras atribuições.
Pela especialidade requerida pelo setor de Guerra de Minas, o Comando da Força de Minagem e Varredura realiza, além das atividades inerentes a um Comando de Força, cursos expeditos específicos para os oficiais e praças dos navios-varredores.

Além da realização de operações de contramedidas de minagem (CMM) nos principais portos do país, realizados rotineiramente, a Força de Minagem e Varredura tem operado com marinhas amigas neste tipo de exercício, com o propósito de incrementar o adestramento em operações conjuntas e visando estreitar os laços de amizade entre as marinhas. Realiza, também, exercícios intra e internavios e patrulhamento do nosso mar territorial, durante as travessias, e exercícios de tiro real de superfície contra alvos à deriva, de modo a elevar o grau de prontidão operativa das suas unidades subordinadas e contribuir para a proteção do mar territorial brasileiro, além de realizar missões de salvamento nas proximidades de portos. A realização destas operações, visam ainda, aumentar o grau de aprestamento das comunicações marítimas de interesse brasileiro que constituem, dentre outras, Tarefas da Marinha do Brasil.


MISSÃO

Planejar e executar operações de contramedidas de minagem, a fim de contribuir para a realização de operações navais.

HISTÓRICO

Criada pelo Aviso Ministerial no 0818 de 12 de maio de 1961, a Força de Minagem e Varredura, inicialmente, era subordinada ao Primeiro Distrito Naval e contava com os navios-varredores JAVARÍ e JUTAÍ, recém recebidos da Marinha americana.
Em 1963, contando, também, com os navios-varredores JURUÁ e JURUENA e com os navios-patrulha PIRANHA, PIRAQUÊ e PIRAPIÁ, passou à subordinação da Esquadra.
Em 1967, passou a chamar-se Esquadrão de Minagem e Varredura. Quatro anos depois, em 1971, os navios-patrulha foram transferidos para o Grupamento Naval do Sul e o Esquadrão, então restrito aos quatro navios-varredores, foi transferido para a Bahia, ficando sediado na Base Naval de Aratu.
Por essa época, a Marinha decidiu renovar as unidades do Esquadrão, encomendando a construção de seis novos navios-varredores à Alemanha. Entre novembro de 1971 e dezembro de 1972 foram recebidos os quatro primeiros, batizados com os nomes de ARATU, ANHATOMIRIM, ATALAIA e ARAÇATUBA.
Em fevereiro de 1976, chegam os navios-varredores ABROLHOS e ALBARDÃO, últimos da sua classe a serem recebidos.
Em 1977, é alterada a denominação de "Comando do Esquadrão de Minagem e Varredura" para "Comando da Força de Minagem e Varredura", constituída pelos seis navios-varredores da classe "ARATU", tal a qual conhecemos hoje NAVIOS VARREDORES.
Para a consecução de suas tarefas operativas, existem, diretamente subordinados ao Comando de Força de Minagem e Varredura, 6 navios-varredores (NV) , Classe "Aratu": NV "ARATU" (M-15), NV "ANHATOMIRIM" (M-16), NV "ATALAIA" (M-17), NV "ARAÇATUBA" (M-18 ), NV "ABROLHOS" (M-19) e NV "ALBARDÃO" (M-20).

FABIO escreveu:esse topico ja existe portanto estou trancando.

esse topico ja existe portanto estou trancando.

FABIO escreveu:esse topico ja existe portanto estou trancando.

zela escreveu:

FABIO escreveu:esse topico ja existe portanto estou trancando.

Que diabos...?

Carcará escreveu:Amigos,

Abri este tópico no Fórum Base Militar, porém, não despertou interesse dos foristas. Caiu no esquecimento.
Como está em pauta uma possível aquisição de meios para sua renovação, estou abrindo este tópico (aqui desta vez) para discutirmos uma área que é muito pouco propagada e que não se reveste do glamour da força de submarinos ou até das escoltas. Por não encontrar tantas discussões e informações acerca do tema, pergunto:

1. Qual a importância, dentro do contexto atual de guerra naval, da força de minagem e varredura?

Eu diria que a importância é fundamental hoje em dia, principalmente se nos lembrarmos do conceito "littoral warfare"(...)

A missão precípua da Força de Minagem e Varredura é (também)a negação do uso de área marítima(geralmente litorânea) por parte do inimigo através da "semeadura" de campos minados que venham retardar ou mesmo inviabilizar o trânsito de embarcações inimigas na área minada. Isso em uma postura defensiva.

Imagine uma Marinha como a USN constrangida em sua liberdade de ação por armas cotadas em até US$ 7/9mil.!
Um grupo terrorista poderia comprar essas armas em 10 vezes no cartão sem problemas.

A Navy sabe muito bem o que é ser constrangida por minas recentemente em virtude de ações costeiras na América Central na década de 80, e pela crise Irâ-Iraque na mesma época, notadamente no litortal da Guatemala e El Salvador e estreito de Ormuz no golfo Pérsico.

Além da já citada pelo Marino "problema" em Inchon.

Apenas como observação, a minagem ofensiva não é mais feita ostensivamente por navios mineiros iguais aos operados pela MB no início do século passado.

(puxando a brasa para minha sardinha)

A semeadura de campos minados é tarefa por excelência dos submarinos, que ao utilizar-se de sua furtividade podem lançar campos minados nos principais pontos focais do litoral inimigo ou de disputa e restringir o trânsito de navios de guerra, submarinos, navios de apoio, atividades off-shore de explotação marítima, e mesmo (e pior) o tráfego marítimo e de cabotagem do opositor.

Evidentemente, navios de porte mínimo como rebocadores e traineiras de pesca podem ser adaptados para excutarem o lançamento de minas sem chamar a atenção do adversário.

2. Como estamos, a nível material e doutrinário, dentro deste contexto?

A MB definitvamente pensou e agiu certo. Conquistou um Know How impagável com a aquisição dos NVs Aratu(Schutze), na década de 70 e desenvolveu-o, e foi capaz de gerar uma infra-estrutura de suporte a guerra de minas que só quem possui na hemisfério sul é ela(MB).

Além de uma base com instalações adequadas para apoiar as operações da ForMinVar tem-se tb, uma raia magnética em Aratu-BA, contando inclusive com o inestimável suporte de pesquisadores civis e convênios adequados com a comunidade científica baiana, para qualificação de pessoal especializado civil e militar afeto a guerra de minas.

Além disso foi desenvolvido uma série de equipamentos de concepção nacional que otimizaram o rendimento das embarcações classe Aratu ora operantes, bem como das próprias minas que já são fabricadas no Brasil com tecnologia própria e com o salutar envolvimento da industria nacional.(DSND CONSUB)

3. Existe algum plano dentro do PRM sobre essa área?

Sem duvida que sim. como disse acima, a coisa não é apenas receber navios novos, mas manter atualizada no estado da arte da guerra de minas nossas doutrinas desenvolvidas nessa área desde o início do século passado.

A eventual incorporação de novos meios na modalidade de compra por oportunidade só é um sintoma do interesse da MB em se manter

4. Quais seriam os meios (embarcações) e técnicas mais atuais hoje disponíveis?

Uma classe que eu destacaria é a Osprey/Lerici que pode estar sendo cogitada para a MB no momento. Sobre técnicas é melhor deixar para os experts no assunto.

O Marino pode certamente dar uma luz neste quesito.

5. Porque não vemos a Força de Minagem e Varredura atuando em exercícios de grande monta da Esquadra? (pelo menos não é divulgado ou visto)

De fato. Mas esse é um dos "espíritos da coisa".
Mas longe da verdade, esxiste um adágio que diz.

"onde a esquadra for, nós estivemos"

Bem, é isso aí e mais alguma coisa que vocês queiram trazer de discussão e novidades!!

Abraço a todos!

old escreveu:Creo que los cazaminas/dragaminas son los barcos mas caros en relacion a su tonelaje que pueda tener una marina de guerra , debido a la sofisticacion de sus equipos.

Basicos, sin duda.