Re: NOTÍCIAS
Enviado: Dom Set 14, 2008 5:41 pm
Vai bem mais longe que o MICO e muito mais barato que a concorrência. E deve ter uma capacidade de integração enorme, vide a heterogeneidade da frota indiana.
Túlio: Há também umas charlas do Walter Ciclone sobre o Brasil participar do programa BVR Astra Indiano
Koslova: BVR Indiano? Querem entrar nesta? rs
Túlio: Ué, descendente direto do R77...
Koslova: Sim.. conheço o programa...
to perguntando se tem gente que quer entrar nele?
Túlio: Segundo o colega citado, Brasil e África do Sul...
Koslova: existe um conceito chamado de interface de convergencia... é mais ou menos o seguinte... Se vc desenvolve um SAM por exemplo, suas interfaces de convergencia são basicamente os radares com quem ele vai atuar. Então o atraso geral do programa é o produto do atraso do missil x radar
se é um AAM o produto de atraso é AAM x Plataforma x Integração
como no Brasil (e no mundo) de uma maneira geral os programas de plataforma tem atraso muito, é muito arriscado integrar este tipo de missil em paises com limitações de dinheiro e tecnologia.
O resultado é bem pratico.. por exemplo o Brasil tem o MAA-1, Magic-II e Python-III que são equivalentes e só estão operando no Brasil porque os produtos de atrasos AAM x Plataforma x Integração são enormes.
Se o Brasil quer desenvolver um missil sofisticado, e isto acho que é dever do país desenvolver, deve escolher coisas com historico de programas mais favoraveis.
Um SAM nacional com convergencia para programas como o SABER-60 ou as novas escoltas da MB é muito mais interessante do que um AAM-BVR que hoje tem varias oportunidades no mercado externo, dependendo do caça que for comprado
Túlio escreveu:Gozado, isso me lembrou uma charla que tive com a Koslova pelo MSN em julho. Um resumo do que interessa sobre o Astra:
Túlio: Há também umas charlas do Walter Ciclone sobre o Brasil participar do programa BVR Astra Indiano
Koslova: BVR Indiano? Querem entrar nesta? rs
Túlio: Ué, descendente direto do R77...
Koslova: Sim.. conheço o programa...
to perguntando se tem gente que quer entrar nele?
Túlio: Segundo o colega citado, Brasil e África do Sul...
Koslova: existe um conceito chamado de interface de convergencia... é mais ou menos o seguinte... Se vc desenvolve um SAM por exemplo, suas interfaces de convergencia são basicamente os radares com quem ele vai atuar. Então o atraso geral do programa é o produto do atraso do missil x radar
se é um AAM o produto de atraso é AAM x Plataforma x Integração
como no Brasil (e no mundo) de uma maneira geral os programas de plataforma tem atraso muito, é muito arriscado integrar este tipo de missil em paises com limitações de dinheiro e tecnologia.
O resultado é bem pratico.. por exemplo o Brasil tem o MAA-1, Magic-II e Python-III que são equivalentes e só estão operando no Brasil porque os produtos de atrasos AAM x Plataforma x Integração são enormes.
Se o Brasil quer desenvolver um missil sofisticado, e isto acho que é dever do país desenvolver, deve escolher coisas com historico de programas mais favoraveis.
Um SAM nacional com convergencia para programas como o SABER-60 ou as novas escoltas da MB é muito mais interessante do que um AAM-BVR que hoje tem varias oportunidades no mercado externo, dependendo do caça que for comprado
Pelo jeito ela não leva muita fé no Programa Astra e, como confio em seu conhecimento - infinitamente maior do que o meu - acompanho sua opinião.
Convenhamos, o risco de acabarmos num beco sem saída tecnológico como no caso do torpedo com os Suecos é imenso, não? Muito é propalado por aqui, em elogio aos Suecos, que eles pagaram tudo o que gastamos. Lindo, mas ficamos sem torpedo algum, essa é a verdade. Perdemos um tempo precioso e irrecuperável.March 19/06: DRDL scientists say they will sign a pact with MBDA to develop a dedicated active seeker-head system for the indigenous Astra beyond-visual-range missile, which is being developed in Hyderabad.
http://www.defenseindustrydaily.com/ram ... #more-3072
Não entendo assim, creio que há referência é a outras parcerias, melhores porque dominam inteiramente a tecnologia envolvida. Vejamos Israel, por exemplo. O próximo passo lógico para o Derby é uma versão ramjet e a República Hebraica seria - e de longe - um parceiro muito mais capaz do que os Indianos, que ainda não mostraram a que vieram, em termos de AAMs, esta é a verdade. Se estamos indo em direção a um AAM WVR de quinta geração, então um BVR 5G, da classe do Meteor, seria muito mais interessante do que um 4G da classe do AMRAAM/R77, como o Astra, não?A Ciência é feita por ousadia e determinação, pensamentos como este da Koslova é típico daqueles que não acreditam no País e que por si só não nos trazem nada de novo, a não ser a sugestão indireta que as compras de prateleiras são as mais adequadas para países como o Brasil.
Perfeita as suas considerações, Túlio, muito mais sóbrias do que as minhas.Túlio escreveu:Mas não se trata de brigar ou atacar, trata-se de opiniões, oras. Entendi - e concordei - que há programas melhores do que o Astra, que tem ainda de concorrer com uma possível versão Indo-Russa em ramjet do R-77. O fato é que os Indianos não têm domínio completo da tecnologia envolvida; por exemplo, no Defense Industry Daily há referência a uma busca disso na Europa Ocidental, senão vejamos:
Convenhamos, o risco de acabarmos num beco sem saída tecnológico como no caso do torpedo com os Suecos é imenso, não? Muito é propalado por aqui, em elogio aos Suecos, que eles pagaram tudo o que gastamos. Lindo, mas ficamos sem torpedo algum, essa é a verdade. Perdemos um tempo precioso e irrecuperável.March 19/06: DRDL scientists say they will sign a pact with MBDA to develop a dedicated active seeker-head system for the indigenous Astra beyond-visual-range missile, which is being developed in Hyderabad.
http://www.defenseindustrydaily.com/ram ... #more-3072
Não entendo assim, creio que há referência é a outras parcerias, melhores porque dominam inteiramente a tecnologia envolvida. Vejamos Israel, por exemplo. O próximo passo lógico para o Derby é uma versão ramjet e a República Hebraica seria - e de longe - um parceiro muito mais capaz do que os Indianos, que ainda não mostraram a que vieram, em termos de AAMs, esta é a verdade. Se estamos indo em direção a um AAM WVR de quinta geração, então um BVR 5G, da classe do Meteor, seria muito mais interessante do que um 4G da classe do AMRAAM/R77, como o Astra, não?A Ciência é feita por ousadia e determinação, pensamentos como este da Koslova é típico daqueles que não acreditam no País e que por si só não nos trazem nada de novo, a não ser a sugestão indireta que as compras de prateleiras são as mais adequadas para países como o Brasil.
No que tange a acreditar ou não no País, temos aí o Programa Piranha (MAA1): por causa dele estamos no A-Darter com os Sul-Africanos. Nada contra nossos cientistas, mas sim contra quem deveria manter uma constância de verbas para o desenvolvimento de Programas Científicos dentro do cronograma. O Piranha já nasceu obsoleto por causa disso, não porque não sabemos conduzir pesquisas. A diferença entre desenvolver de forma autóctone ou em consórcio com parcerias estrangeiras, no caso do Brasil, é que no primeiro caso se pode contingenciar verbas a bel-prazer (e nossos politiqueiros são useiros e vezeiros nisso) a ponto de tornar impossível a um determinado desenvolvimento ser mantido up-to-date, enquanto que com estrangeiros há multas pesadas a serem pagas se isso for feito. Então, nada há contra a Ciência Nacional, mas contra a politicagem. E endosso isso fervorosamente. Sou contra o Brasil? Meus mais de 13.000 posts dificilmente mostrarão isso...![]()
Opiniões abalizadas sempre são respeitáveis, eis a verdade. Podemos não concordar com elas, mas isso não as invalida como expressões do conhecimento acumulado ao longo de anos, Cabôco véio...
Acho engraçado esse tom ironico-provocativo do Carlos, tão saudavel...Carlos Mathias escreveu:Só acho que se seguíssemos o pensamento da Koslova, hoje não teríamos nem a tinta do MAR-1. MAs é aquilo né? Opinião todos tem, cada um com a sua.
Impossível deixar de debater com você, nego véio!!! (De "nego" só o véio Dinah!!!Túlio escreveu:É a visão dele, que todos conhecemos e respeitamos, mesmo que divergindo, vez que outra, Bolovo véio.![]()
No meu caso tento manter a mente aberta, mesmo sendo tão Flankeiro quanto ele, já tenho sérias dúvidas de que o Flanker seja o melhor vetor para a nossa realidade, o que não o desmerece como caça, obviamente. Apenas - e para isso muito contribuiram os posts essencialmente macropolíticos (e filosóficos também) do véio Cabôco - vejo uma realidade internacional em rápida mudança; certezas absolutas, praticamente da noite para o dia, não valem mais. Estão obsoletas...
Assim, qualquer aliança que, algum tempo atrás, parecesse um ótimo passo, traz agora em seu bojo gérmens de conflitos que nada nos dizem, que nada aportam de positivo para nós. Dores de cabeça a médio prazo...
E Cabôco véio, não vais sair dessa assim tão fácil, nunca debatemos nada às ganhas, vamos mostrar pra cambada que dá para discordar completamente mas sem perder a compostura nem comprometer uma amizade tão buena de se ter. Mandes chumbo aí que te riposto.![]()
![]()
![]()
![]()
(Amanhã vou estar de plantão, logo, estarei offline. Na terça volto cheio de idéias e vou pegar firme, se continuar a maravilha que está o DB, sem brigas e frescuragens afins, poderei continuar postando por puro prazer de debater e vencer - só que, para mim, só venço quando aprendo algo novo, é bão demais...)
Abração, tigrada!!!
orestespf escreveu:Perfeita as suas considerações, Túlio, muito mais sóbrias do que as minhas.Túlio escreveu:Mas não se trata de brigar ou atacar, trata-se de opiniões, oras. Entendi - e concordei - que há programas melhores do que o Astra, que tem ainda de concorrer com uma possível versão Indo-Russa em ramjet do R-77. O fato é que os Indianos não têm domínio completo da tecnologia envolvida; por exemplo, no Defense Industry Daily há referência a uma busca disso na Europa Ocidental, senão vejamos:
Convenhamos, o risco de acabarmos num beco sem saída tecnológico como no caso do torpedo com os Suecos é imenso, não? Muito é propalado por aqui, em elogio aos Suecos, que eles pagaram tudo o que gastamos. Lindo, mas ficamos sem torpedo algum, essa é a verdade. Perdemos um tempo precioso e irrecuperável.
Não entendo assim, creio que há referência é a outras parcerias, melhores porque dominam inteiramente a tecnologia envolvida. Vejamos Israel, por exemplo. O próximo passo lógico para o Derby é uma versão ramjet e a República Hebraica seria - e de longe - um parceiro muito mais capaz do que os Indianos, que ainda não mostraram a que vieram, em termos de AAMs, esta é a verdade. Se estamos indo em direção a um AAM WVR de quinta geração, então um BVR 5G, da classe do Meteor, seria muito mais interessante do que um 4G da classe do AMRAAM/R77, como o Astra, não?
No que tange a acreditar ou não no País, temos aí o Programa Piranha (MAA1): por causa dele estamos no A-Darter com os Sul-Africanos. Nada contra nossos cientistas, mas sim contra quem deveria manter uma constância de verbas para o desenvolvimento de Programas Científicos dentro do cronograma. O Piranha já nasceu obsoleto por causa disso, não porque não sabemos conduzir pesquisas. A diferença entre desenvolver de forma autóctone ou em consórcio com parcerias estrangeiras, no caso do Brasil, é que no primeiro caso se pode contingenciar verbas a bel-prazer (e nossos politiqueiros são useiros e vezeiros nisso) a ponto de tornar impossível a um determinado desenvolvimento ser mantido up-to-date, enquanto que com estrangeiros há multas pesadas a serem pagas se isso for feito. Então, nada há contra a Ciência Nacional, mas contra a politicagem. E endosso isso fervorosamente. Sou contra o Brasil? Meus mais de 13.000 posts dificilmente mostrarão isso...![]()
Opiniões abalizadas sempre são respeitáveis, eis a verdade. Podemos não concordar com elas, mas isso não as invalida como expressões do conhecimento acumulado ao longo de anos, Cabôco véio...
Concordo plenamente com o exemplo do torpedo e o caso dos suecos, um contra-exemplo na verdade, visto que pagamos caro pelo "prejuízo", sim, prejuízo (não pela grana, que retornou), pois como você muito bem falou, perdemos temos e possibilidade de adquirir conhecimentos com outros parceiros. O mesmo penso sobre o R-77, não temos a garantia de que conseguiremos de concreto.
Por outro lado (aí que está o "problema"), travar parcerias com quem está desenvolvendo é muito mais barato do que tentar transferência de tecnologia de um produto já finalizado e maduro, e pela falta de recursos que tivemos nos últimos anos (espero que mude rapidamente) talvez a escolha "equivocada" tenha sido pela "conveniência".
Quanto ao Piranha não consigo em hipótese alguma aceitar o argumento de prejuízo, só tivemos lucro com este míssil e dos maiores. Algo nosso, que nasceu do zero e com dificuldades mais orçamentárias do que técnicas, sem falar da "ajuda" americana no meio do caminho. Tenho que concordar com seus argumentos sobre o atraso do projeto, não há o que questionar. É triste ver um "cérebro" parado por falta de recursos e que volta e meia aparece e a conta-gotas.
Mas este é justamente o ponto de discórdia entre o que defendo e o que defende a Koslova, ela não acredita definitivamente em nenhum projeto genuinamente brasileiro, e posts/artigos dela neste sentido não me deixam mentir, taí pra todo mundo ver. Mais deixemos minha musa de lado...
Não falei que você é contra o Brasil, pelo contrário, o acho mais nacionalistas (mas sem ser Policarpo Quaresma. rsrss) do que eu, pow!!! Falei da postura daqueles que não acreditam que temos competência (e não orçamento, e que é diferente de haver grana) pra ir adiante e rapidamente. Este é o ponto! Mas não me referi (e refiro) a você, pow! Só peguei carona em seu post, pois havia escrito um post anterior (bem vago, mas pra quem sabe ler) sobre este mesmo assunto.
Bem, sobre o parágrafo final, concordo totalmente com ele, mas não posso respeitar uma "baliza" que me pediu pra resolver duas regras de três, pois não se lembrava mais dos "cálculos". Em suma, nem sempre o que vemos traduz a realidade, se é que me entende. Outra coisa, prepare-se para ler declarações públicas no futuro próximo, compreenderá do que falo.
Deixemos isto de lado, Pai Dinah, até porque não é você um crítico do assunto, apenas o questiona, mas no fundo é um grande defensor deste País e de tudo que ele produz (não é média, sabe disso).
Grande abraço,
Orestes
PS: agora, é bom divergir de vez em quando, né? A gente aprende mais (falo por mim) do que quando concordamos. Continue "batendo", pois suas gentilezas habituais aplicadas a excelentes argumentos só me fazem pensar, e até mesmo voltar atrás.
Vamos supor, só para argumentar, que a crise na Bolívia agrave-se ainda mais, com o país rachado de alto a baixo e entregue, mais do que a badernas urbanas, à guerra civil. Nos últimos dias a fronteira com o Brasil foi fechada e o fornecimento de gás, suspenso por algumas horas. Piorando a situação, a ameaça é de continuação, sem prazo, desses e de outros inusitados.
O presidente Lula tem telefonado para o presidente Evo Morales, solidarizando-se com ele. Afinal, foi eleito democraticamente. O problema de o chefe do governo boliviano haver expulsado o embaixador dos Estados Unidos de seu território é apenas dele, mas fica claro o potencial explosivo dessa iniciativa, já que o presidente da Venezuela fez o mesmo para demonstrar de que lado está.
Hugo Chávez prometeu até ajuda militar ao colega da Bolívia, mas basta a gente olhar o mapa para ver que aviões venezuelanos, para chegar à Bolívia, não iriam dar a volta pela Colômbia e o Peru, até por falta de autorização. A linha reta pressupõe longo sobrevôo sobre território brasileiro. Teriam licença para tanto os caças Sukoi comprados aos montes por Chávez? Vamos fazer o quê?
*Carlos Chagas
Olha Bolovo, pode até ter parecido "tom ironico-provocativo do Carlos, tão saudavel...", mas te digo com toda certeza que não foi minha intenção, nem ser irônico (nesse caso), nem provocativo. É apenas UMA opinião que diverge da externada pela Koslova. Há outras em que concordo em cem por cento, mas talvez o espírito já armado e na defensiva o tenha feito ver o que na verdade não existe.Acho engraçado esse tom ironico-provocativo do Carlos, tão saudavel...