Túlio escreveu:Muito interessante, Knight véio, em que pese a josta que foi ler aqueles documentos um por um, na base do abre/retorna. Um ponto particularmente importante a ser destacado é que o EB, ao invés de se aferrar a NACIONALICES, busca investigar primeiro se há interessados aqui em desenvolver e produzir o que for necessário (quando acabei de ler teu primeiro post já estava começando a abrir o berreiro sobre como seria fácil, com o que já temos, fazer coisa bem melhor que o RBS-70, dae parei e fui ler o segundo, então o "fácil" não me pareceu mais tão fácil assim), vide o desinteresse pelo Guarani, que levou ao desenvolvimento da VTR por empresa estrangeira, já que ninguém aqui dentro deu bola (até por saber a fria que é, que o diga a IVECO e futuramente a SAAB)...
Vou colocar aqui uns pontos importantes do projeto, pois ele é extenso e pode gerar dúvidas como a do Carvalho.
É um projeto de vigilância, comando e controle, que inclui os radares M60 e M200, e também detectores IR, pode ter apoio de empresas estrangeiras, e com certeza terá pelos requisitos. E exclui a contratação de armamento:
OBJETIVOS DO PROJETO
a. Contratar o serviço de obtenção e integração do Subsistema de Controle e Alerta da Defesa
Antiaérea da Força Terrestre (DA Ae F Ter), envolvendo as seguintes atividades: gerenciamento, pesquisa
e desenvolvimento, fornecimento, prova de conceito, suporte logístico integrado inicial e offset.
b. Implantar o Projeto de Obtenção e Integração do Subsistema de Controle e Alerta, integrante do
Subprograma de Suporte do Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (PrgEE DA Ae).
....
Cabe destacar que, atualmente, os escalões Bateria de Artilharia Antiaérea (Bia AAAe), Grupo de
Artilharia Antiaérea (GAAAe) e Brigada de Artilharia Antiaérea (Bda AAAe) possuem meios de controle
e alerta obsoletos, sendo dotados de COAAe manuais e Postos de Vigilância (P Vig) limitados, meios
incompatíveis com os PRODE já adquiridos para o escalão Seção de Artilharia Antiaérea (Seç AAAe),
com o radar SABER M200 VIGILANTE (em desenvolvimento) e com a necessária integração com o
Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).
...
O Subsistema de Controle e Alerta
O Subsistema de Controle e Alerta (S Sist Ct Alr) tem como missão realizar a vigilância do espaço
aéreo sob sua responsabilidade, receber e difundir o alerta da aproximação de incursões, bem como
acionar, controlar e coordenar a AAAe subordinada.
O S Sist Ct Alr é composto pelo centro de operações antiaéreas (COAAe), por sensores radar de
vigilância (Rdr Vig) e por postos de vigilância (P Vig). Tem como funções básicas receber e difundir o
alerta antecipado, estabelecer e acompanhar a situação aérea local, controlar o emprego dos subsistemas
de armas (S Sist A) e ligar-se com outros sistemas e centros de comando e controle. O S Sist Ct Alr pode,
também, utilizar equipamentos passivos de localização de aeronaves, como forma de complementar ou
mesmo substituir o emprego de radares.
O S Sist Ct Alr, para cumprir sua missão, deve:
- empregar seus sensores para vigiar o espaço aéreo;
- estabelecer a situação aérea na área sob sua responsabilidade e difundir o alerta, com base nas
informações disponíveis, nos dados dos sensores e nas medidas de coordenação em vigor;
- controlar o emprego do S Sist A; e
- coordenar as ações da DA Ae com outro S Sist Ct Alr, a rede de alarme da Força Terrestre
Componente (FTC), das Divisões de Exército (DE) e os sistemas de controle da Força Aérea Brasileira.
É necessário que o S Sist Ct Alr realize a identificação automática das aeronaves, no momento de sua
detecção. Para tal, acoplado aos seus Rdr, deve existir um Sistema de Identificação Amigo ou Inimigo
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(IFF), destinado a identificar a aeronave detectada. A identificação eletrônica complementa os demais
processos e critérios estabelecidos, baseados em normas de procedimentos.
Em resumo, o S Sist Ct Alr da DA Ae deve vigiar o espaço aéreo e identificar as ameaças, com a
utilização de sensores; difundir o alerta antecipado ao S Sist A e aos outros centros de controle;
estabelecer a situação aérea, combinando dados e as informações disponíveis com as medidas de
coordenação da defesa; e coordenar o engajamento de alvos pelas unidades de tiro (U Tir).
..
Inicialmente, foram previstos os seguintes COAAe para a Defesa Antiaérea da F Ter:
a) Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Brigada (COAAe Elt Bda), que propicia ao comando
do escalão Brigada AAAe, por meios eletrônicos, acompanhar, continuamente, a evolução da situação
aérea e de controlar e coordenar as DA Ae desdobradas;
b) Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Grupo (COAAe Elt Gp), componente do Sistema
Grupo de Artilharia Antiaérea de Baixa Altura (Sist GAAAe Bx Altu), que proporciona ao comando do
escalão GAAAe, por meios eletrônicos, acompanhar, continuamente, a evolução da situação aérea e de
controlar e coordenar as DA Ae desdobradas;
c) Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Bateria (COAAe Elt Bia), que possibilita ao comando
do escalão Bia AAAe, por meios eletrônicos, acompanhar, continuamente, a evolução da situação aérea e
de controlar e coordenar as DA Ae desdobradas;
d) Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Bateria Leve (COAAe Elt Bia L), que propicia ao
comando do escalão Bia AAAe Orgânica de Bda Paraquedista, Aeromóvel e de Selva, por meios
eletrônicos, acompanhar, continuamente, a evolução da situação aérea e de controlar e coordenar as DA
Ae desdobradas;
e) Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Seção (COAAe Elt Seç), que proporciona ao
comando do escalão Seção Míssil Baixa Altura da Bia AAAe, por meios eletrônicos, acompanhar,
continuamente, a evolução da situação aérea e de controlar e coordenar seus Sistemas de Armas Míssil
Baixa Altura nos ambientes operacionais do Território Nacional (TN), em tempo de paz, bem como na
Zona de Interior (ZI) e no Teatro Operacional (TO), em caso de conflito; e
f) Centro de Operações Antiaéreas Eletrônico de Seção Leve (COAAe Elt Seç L), que possibilita ao
comando do escalão Seção Míssil Baixa Altura da Bia AAAe Orgânica de Bda Paraquedista, Aeromóvel e
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de Selva, por meios eletrônicos, acompanhar, continuamente, a evolução da situação aérea e de controlar e
coordenar seus Sistemas de Armas Míssil Baixa Altura nos ambientes operacionais do TN, em tempo de
paz, bem como na ZI e no TO, em caso de conflito.
Devido às suas atribuições e funcionalidades, o COAAe Elt Gp, o COAAe Elt Bia e COAAe Elt Bia L
poderão ser dotados da mesma capacidade. Com isso, as especificações complementares desses COAAe
são idênticas, fazendo com que o equipamento a ser obtido tenha o mesmo padrão para os três COAAe
Elt. Por uma questão de simplicidade, os três tipos de COAAe serão chamados apenas de COAAe
Eletrônico de Grupo / Bateria (COAAe Elt Gp / Bia). O COAAe Elt Bda, o COAAe Elt Seç e o COAAe
Elt Seç L permanecem inalterados.
...
O Sistema Sensor Radar de Vigilância está previsto no escopo do PrgEE DA Ae e se encontra em fase
de pesquisa e desenvolvimento, iniciada em outubro de 2015, com previsão de conclusão para o final de
2019. Atualmente, não existe outro sensor em operação no Exército Brasileiro que desempenhe a função
deste sistema.
Cabe ressaltar que os Pacotes Técnicos do COAAe Elt Seç e do Sistema Sensor Radar de Vigilância
são de propriedade do Exército Brasileiro, a quem caberá permitir o acesso às informações técnicas
necessárias à execução dos serviços de que trata este Projeto, resguardados os cuidados com o sigilo e a
proteção da propriedade intelectual.
..
Amplitude
O Projeto Hórus contempla a obtenção e integração do Subsistema de Controle e Alerta do Programa
Estratégico do Exército Defesa Antiaérea, envolvendo as seguintes atividades: gerenciamento, pesquisa e
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desenvolvimento, fornecimento e integração, prova de conceito, suporte logístico integrado inicial e
offset.
A amplitude do projeto envolve o fornecimento ou execução de cada Produto ou Serviço listado a
seguir:
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..
d. Exclusões
O GT Sist Ct Alr / DA Ae nomeado deverá levar em consideração, para a elaboração do Estudo de
Viabilidade, as seguintes exclusões do escopo do Projeto Hórus:
1) Centro de Operações Antiaéreas de Média Altura (COAAe Me Altu);
2) Subsistema de Armas;
3) Subsistema de Comunicações que extrapole o necessário para o funcionamento do Subsistema de
Controle e Alerta;
4) Subsistema de Apoio Logístico que extrapole o necessário para o funcionamento do Subsistema de
Controle e Alerta; e
5) Criar ou transferir OM AAAe.